21 de fevereiro de 2008

Vale a pena o risco ambiental em prol da Copa?


Está sendo questionado dentro da Redação do O POVO sobre a aparente inatividade (ou desinteresse) do Governo do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza em prol da campanha para tornar a capital cearense uma das sedes da Copa de 2014, que será realizada no Brasil.

Residi em Natal até o dia 10 de fevereiro, e posso afirmar que a cidade está realmente em campanha firme para levar algumas seleções para o Rio Grande do Norte. Vou listar aqui alguns locais onde as seleções poderiam treinar: estádio Frasqueirão, de propriedade do ABC; estádio Machadão e o próprio centro de treinamentos do América, com algumas adaptações.

A governadora Wilma de Faria já prometeu um estádio para 70 mil pessoas. E até garoto propagaganda já tem. Trata-se do pop star David Beckham, que deu o ar da graça no RN no final de janeiro, para lançar um empreendimento com a sua marca.

Estrutura hoteleira também não é problema, tem hotel sobrando. Mas há um ponto que me preocupa. A ocupação do litoral potiguar com empreendimentos estrageiros. Não sei até que ponto é saudável a construção de mega resorts, sob a alegação de que desenvolverá o turismo e de que seja ponto-chave para a escolha da cidade como sede. Assim como no Ceará, lá no RN também tem obra parada, devido à questionamentos pertinentes acerca do impacto ambiental.

Vale a pena garantir uma sede da Copa a todo custo, independentemente dos impactos ambientais que isso possa acarretar?


por Tiago Prates

Fonte: Blog de Esportes do jornal O Povo
Chargista: Edson Takeuti

Essa pergunta nós respondemos sem titubear: NÃO!

Nenhum comentário: