30 de maio de 2008

Congresso da Fifa apóia maioria de jogadores nacionais nas equipes

O Congresso da Fifa aprovou por grande maioria a proposta de seu presidente, Joseph Blatter, para aplicar a regra que obrigará os clubes a escalarem seis jogadores que possam ser convocados pelo país das equipes, para proteger a identidade das seleções nacionais.

O apoio do Congresso da Fifa, no qual 155 associações votaram a favor, cinco contra e 40 se abstiveram, veio dias depois de a União Européia (UE) ter rejeitado a norma por entender que transgride a regulamentação do bloco europeu sobre a livre circulação de trabalhadores.

A decisão do Congresso permitirá à Fifa trabalhar para tentar aplicar a medida de forma progressiva a partir da temporada 2010-2011, com quatro jogadores, passando para cinco em 2011-2012 até os seis definitivos em 2012-2013.

Blatter disse que se reunirá com o presidente do Parlamento Europeu no próximo mês e se mostrou otimista diante da possibilidade de chegar a um acordo para aplicar a regra.

"Onde há vontade, há um caminho, e tentaremos isso com diálogo, não com confronto. Precisamos consultar os Governos, especialmente na Europa", disse Blatter.

A idéia de que a perda de identidade nacional dos clubes põe em risco as seleções, e a necessidade de educar e formar os jovens, além de acabar com as grandes desigualdades entre continentes e países foram alguns dos argumentos que marcaram o debate.

A medida também contou com o apoio de Michel Platini, presidente da Uefa. O ex-jogador francês respaldou os objetivos da norma, apesar de a proposta de sua organização para promover as categorias de base dos clubes - baseada mais no desenvolvimento dos jovens do que na nacionalidade - já contar com o apoio da União Européia.

Platini acrescentou que "é um assunto delicado", e que apesar de "não ser uma situação cômoda para a Europa, tentará fazer o possível para ajudar o presidente da Fifa a alcançar este objetivo".

Uma das vozes discordantes em relação à norma foi o diretor-executivo da Federação Inglesa de Futebol (FA), Brian Barwick. Ele advertiu sobre "os obstáculos" que sua aplicação representará e defendeu que a presença dos jogadores nos clubes se baseie nas atuações.

"A lei européia é bastante exata nestes temas. Os jogadores devem estar nas equipes principalmente por sua habilidade", afirmou Barwick que destacou a presença de três clubes ingleses nas semifinais da Liga dos Campeões.

Além disso, o Congresso ratificou oficialmente o Código Mundial Antidoping da Agência Mundial (AMA) com 175 votos a favor e só um contra, na presença do presidente desta entidade, o australiano John Fahey.

Fonte: Agência EFE

Milão sediará Copa do Mundo dos Sem-teto em 2009

A cidade italiana de Milão foi escolhida como sede da Copa do Mundo dos Sem-Teto, torneio de futebol que reunirá 700 jogadores de 64 países em setembro de 2009.

A edição de 2008 será realizada em Melbourne, na Austrália, entre os dias 1º e 8 de dezembro. O Brasil vai participar com uma equipe organizada pela Ocas (Organização Civil de Ação Social).

Em 2007, os brasileiros ficaram em 22º lugar no Mundial realizado em Copenhagen. O melhor resultado do país foi o quarto lugar na primeira Copa, em 2003, na Áustria.

Fonte: AgÊncia EFE

Pessoas aptas para participar desse evento é que não irão faltar. O Brasil, por exemplo, possui uma quantidade tão expressiva de pessoas nessas condições sociais que ficará difícil escolher quem irá compor a seleção do país... É rir pra não chorar...

Fifa retira suspensão, a Iraque poderá jogar no domingo

A Fifa anunciou que vai retirar provisoriamente a suspensão do futebol iraquiano de suas competições oficiais. No início da semana a entidade havia anunciado uma sanção preventiva devido à interferência política do Estado no comitê olímpico e nas demais organizações esportivas, o que incluiria a federação de futebol.

Nesta quinta-feira, um porta-voz da Fifa afirmou que a entidade recebeu uma carta do governo iraquiano, dizendo que a federação de futebol não está incluída no decreto que dissolve o comitê olímpico nacional.

"Esta carta é um avanço, embora não responda a todas as perguntas que a Fifa tenha feito sobre quais as intenções do governo ao controlar as federações esportivas e o comitê olímpico iraquiano", disse a Fifa, em nota oficial.

Com a retirada provisória da suspensão, o Iraque poderá jogar contra a Austrália, no domingo, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. A entidade máxima do futebol deve retomar o assunto nas próximas semanas, a fim de discutir a possibilidade de suspender o Iraque, ou rever a sanção de forma definitiva.

Fonte: Agência Estado

29 de maio de 2008

CE diz que vai lutar contra regra "6+5" da Fifa

A Comissão Européia (CE) ameaçou atuar contra os países que aplicarem a regra "6+5" da Fifa, que limita a presença de jogadores estrangeiros nos campeonatos nacionais, e alega que a medida é discriminatória.

A proposta do presidente do Fifa, Joseph Blatter, poderia acabar com a presença quase ilimitada de jogadores estrangeiros nas ligas européias. A medida será debatida no congresso que a entidade máxima do futebol mundial realizará em Sydney, na Austrália, nos dias 29 e 30 de maio.

"A CE não pode aceitar esta regra, para a qual nós damos cartão vermelho. Os jogadores profissionais são trabalhadores, por isso os princípios de não-discriminação e livre circulação devem respeitados", disse o comissário europeu de Emprego, Vladimir Spidla.

Segundo Spidla, a regra seria "uma discriminação direta em relação à nacionalidade, algo inaceitável para a Comissão".

"Se os Estados-membros a aplicarem, estarão violando o Tratado."

Fonte: Agência EFE

Evo Morales volta a defender prática do esporte na altitude


O presidente da Bolívia, Evo Morales (foto), voltou a defender a prática do esporte com uma corrida pelas ruas de La Paz, capital administrativa do país.

Usando roupas esportivas e cercado de ministros, Morales abriu o chamado "Dia do Desafio", explicando que não há riscos para a prática do esporte na altitude e incentivando os mais novos a usar o esporte como forma de se tornarem grandes pessoas.

"A responsabilidade dos jovens é estudar e estudar, mas também fazer esporte, mais esporte e mais esporte".

O presidente correu da Praça Murillo de La Paz, onde fica o Palácio do Governo, até o estádio Hernando Siles, a 3.577 metros acima do nível do mar e palco das partidas da seleção da Bolívia.

Morales também fará uma partida contra uma equipe formada por jornalistas.

Ano passado, o governante boliviano usou o "Dia do Desafio" como justificativa para acabar com o veto da Fifa à prática do futebol na altitude.

Esta semana, a organização à frente do futebol mundial decidiu suspender provisoriamente a proibição da disputa de jogos na altitude. Com isso, a equipe receberá Chile e Paraguai em La Paz pelas próximas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo de 2010, em junho.

Fonte: Agência EFE

Político alemão indignado com o salário absurdo dos jogadores de futebol

O presidente da comissão de esportes do Parlamento alemão, Peter Danckert (foto), considera que os salários dos jogadores de futebol "uma loucura".

"A relação entre salário e esforço não corresponde a nada. Falamos de dois tempos de 45 minutos, com média de 60 partidas ao ano, onde os jogadores se esforçam mais ou menos", lamentou Danckert.

Ele se disse favorável à adoção de um teto salarial para a categoria.

Segundo o jornal Sport Bild, os 26 jogadores pré-convocados para a Eurocopa pelo técnico Joachim Löw ganham um total de 100 milhões de euros em salários ao ano, sendo 20,5 milhões apenas ao meia Michael Ballack.

Fonte: Agência AFP

Realmente os valores dos salários de alguns jogadores de futebol beira o absurdo. Mas a verdade é que essa não é a realidade da maioria destes profissionais. No Brasil, por exemplo, cerca de 90% dos 20 mil jogadores profissionais no Brasil ganham de 1 a 3 salários mínimos.

27 de maio de 2008

Torcedores do PSG agridem homem negro na França


Cerca de trinta torcedores do Paris Saint-Germain agrediram um homem negro no sábado na capital francesa, antes da partida do clube com o Lyon pela final da Copa da França.

Testemunhas afirmaram que cerca de trinta skinheads tentaram linchar um homem que esperava um trem na estação de Saint-Michel, de acordo com a rádio "France Info".

A Polícia e a empresa de transportes SNCF ainda não confirmaram a agressão.

O movimento anti-racista MRAP informou em um comunicado que os agressores começaram cantando "A Marselhesa", hino nacional da França, e depois entoaram cânticos nacionalistas e racistas. O grupo chegou fazer saudações nazistas e aclamou Jean-Marie Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional.

O Lyon venceu a partida realizada no Stade de France por 1 a 0 e conquistou a Copa da França.

Curiosamente, o time de Paris conta com 12 jogadores negros em seu elenco profissional. O brasileiro Ronaldinho Gaúcho, também negro, melhor jogador do mundo em 2005 e 2006, passou pelo clube entre 2001 e 2003.

Não é o primeiro episódio de racismo envolvendo torcedores do PSG nos últimos meses.

O clube foi excluído da Copa da Liga da França da temporada 2008-09 pela comissão de disciplina após um grupo de torcedores exibir uma faixa com ofensas à torcida do Lens durante a final da edição deste ano da competição no Stade de France em 29 de março.

A faixa dizia "Pedófilos, desempregados e consangüíneos: bem-vindos à casa dos Ch'tis". Os insultos eram dirigidos aos habitantes do norte do país, na qual se localiza a sede do Lens.

Fonte: Agência EFE

Fifa e AFA 'prepararam' resolução suspendendo veto a partidas na altitude

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, "prepararam" a resolução que suspende temporariamente a proibição a partidas oficiais de futebol em cidades em grande altitude, com o "silêncio cúmplice" do Brasil, disse nesta terça-feira o vice-presidente da Federação Boliviana de Futebol, Mauricio Méndez (foto).

"(Joseph) Blatter preparou com (o argentino) Julio Grondona para que fosse assim (...) com o silêncio cúmplice do (brasileiro Ricardo) Teixeira", afirmou Méndez, em entrevista concedida por telefone à rádio católica Fides.

A federação boliviana comemorou a decisão do maior organismo do futebol mundial que em sua reunião na cidade australiana de Sydney cancelou, por enquanto, sua proibição às partidas em cidades situadas a mais de 3.000 m de altura, o que prejudicaria principalmente os bolivianos.

Méndez explicou que o presidente da Fifa, o suíço Blatter, e o vice-presidente do organismo e principal dirigente do futebol argentino, Julio Grondona, debateram a situação para tomar a medida, enquanto que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, "não fez uso da palavra".

"Foi um silêncio cúmplice", disse o dirigente boliviano, ao explicar a conduta de seu colega brasileiro, a quem considerou "um homem inteligente" por não insistir no veto à altitude, que não tinha o apoio da Conmebol e de suas entidades afiliadas.

Fonte: Agência AFP

26 de maio de 2008

Fifa anuncia suspensão provisória de federação iraquiana

A Fifa anunciou nesta segunda-feira que a federação iraquiana de futebol está suspensa provisoriamente de jogos oficiais pelo período de um ano. O motivo alegado pela entidade máxima do esporte, durante encontro em Sydney, na Austrália, é a interferência política no futebol do país.

Na semana passada, um decreto governamental dissolveu o comitê olímpico iraquiano, bem como todas as federações esportivas nacionais. A Fifa afirmou que aguarda explicações para rever sua posição.

De acordo com o comitê executivo da entidade, a punição pode ser cancelada caso o governo iraquiano envie uma confirmação por escrito afirmando que o decreto foi anulado.

Joseph Blatter, presidente da Fifa, disse que já pediu ao governo pela anulação do decreto, e mostrou confiança na possibilidade de rever a suspensão. Caso não seja possível e a sanção seja mantida, o Iraque ficará fora dos próximos jogos das Eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2010.

O Iraque tem seu próximo confronto no torneio marcado justamente contra a Austrália, no próximo domingo. As duas equipes ocupam o Grupo 1 asiático, junto de Catar e China. A Austrália lidera a chave com quatro pontos em dois jogos; o iraquianos são os lanternas, com um.

Fonte: Agência Estado

23 de maio de 2008

Governo de Buenos Aires nomeia novo interventor para o Racing

O Governo da província de Buenos Aires nomeou hoje um novo interventor para o Racing, clube da capital argentina que passa por uma crise financeira. Héctor García Cuerva substitui Nicolás Dilernia e anunciou que pedirá à Blanquiceleste S.A., empresa que administra o clube há sete anos, que deixe o Racing.

A equipe de Avellaneda ocupa a penúltima posição do torneio Clausura do Campeonato Argentino. Se a competição terminasse hoje, o Racing teria que disputar duas partidas contra uma equipe da Segunda Divisão para se manter na elite.

A torcida realizou hoje um protesto no treino da equipe, mas o novo interventor defendeu o técnico e o elenco. "Hoje não há jogadores nem técnico melhores do que os que temos", disse. No protesto, os torcedores também queimaram uma bandeira que fazia referência ao ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, torcedor do Racing. Para a torcida, o antigo governante não se esforçou para normalizar a situação do clube.

Em 1999, o Racing quebrou financeiramente e a Justiça argentina determinou uma intervenção. Dois anos depois, a empresa Blanquiceleste S.A. passou a explorar o futebol do clube. No entanto, vários sócios e torcedores defendem o afastamento da Blanquiceleste e a convocação de eleições.

Fonte: Agência EFE

Torcedores corais foram impedidos de entrar no julgamento

O que deveria ser um ato público terminou sendo uma demonstração da arbitrariedade da FCF. Nesta terça-feira, cerca de vinte torcedores do Ferroviário, devidamente uniformizados, foram impedidos de entrar no auditório do TJD para assistirem ao julgamento do "Caso Piva".

Logo na porta de acesso ao prédio da FCF (foto), o Superintendente Coronel Figueiredo fazia a triagem de quem podia ou não assistir ao julgamento. Inúmeras foram as reclamações de torcedores que, só porque vestiam a camisa coral, foram barrados pelo truculento representante da mentora.

O curioso é que nas dependências do TJD, um torcedor do Horizonte desfilava alegremente com a camisa amarela do clube interiorano. Pelo visto, o Coronel Figueiredo usou o critério da triagem por camisas apenas para os torcedores corais. Vale lembrar, que foi justamente o Superintendente da mentora o autor da infeliz declaração, há 10 dias atrás, de que Ceará e Fortaleza tinham prioridade na FCF.

Fonte: Portal oficial do Ferroviário


Como membros da Resistência Coral estivemos presentes nesse episódio, e confirmamos a veracidade de tais fatos. Foi algo deplorável, não só esse impedimento ao acesso, como também todo o processo de julgamento (que nem chegou a ocorrer, graças a uma manobra venal impetrada pela Federação Cearense de Futebol e por membros do Tribunal de Justiça Desportiva).

Coréia do Norte boicota torneio na Coréia do Sul

A Coréia do Norte desistiu de disputar um torneio internacional de futebol feminino na Coréia do Sul em junho, como conseqüência das relações ruins entre os dois países.

Oito países, incluindo a Coréia do Norte e os Estados Unidos, disputariam a competição a partir del 14 de junho, mas Pynongyang enviou uma mensagem na qual justificava a desistência pela "deterioração das relações na península coreana".

A Coréia do Norte venceu o torneio, organizado pela Confederação Asiática de Futebol, em 2001 e 2003.

As relações entre os dois países esfriaram desde a posse do novo presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, em fevereiro. Pyongyang rompeu o diálogo oficial com o governo de Lee para protestar contra a vontade deste de vincular a ajuda econômica ao vizinho ao fim do programa nuclear da Coréia do Norte.

Fonte: Agência AFP

21 de maio de 2008

Lei para torcidas é contestada em audiência

O projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP) (foto), visando a imposição de regras para as torcidas organizadas no Estado de São Paulo, foi contestado pelos principais órgãos competentes que atuam nos jogos de futebol. Uma audiência pública realizada nesta terça-feira reuniu representantes dos clubes e das organizadas, além da Federação Paulista de Futebol e da Polícia Militar.

PM e FPF, representados pelo coronel Carlos Botelho e pelo coronel Marcos Marinho, respectivamente, consideram inviáveis os principais pontos discutidos no projeto de lei: a criação de um acesso específico e a delimitação das arquibancadas atrás dos gols para as torcidas organizadas, bem como a exigência de cadeiras numeradas e aplicação de multa ao torcedor que não estiver na sua cadeira.


- Na prática, não dá para controlar a obediência dos lugares numerados. No Morumbi, por exemplo, temos setores para 10 mil pessoas. É humanamente impossível fazer o torcedor sentar no lugar certo – constatou o coronel Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem da FPF.

Para Marinho, os clubes e a federação precisariam de no mínimo cinco anos para tentarem adequar os estádios às exigências do projeto de lei. Principalmente para conseguirem separar o acesso das organizadas do acesso destinado ao restante do público, fato também ressaltado pelo coronel Botelho, comandante do 2º Batalhão de Choque da PM.


- Não seria viável nem prudente colocar torcidas organizadas entrando pelo mesmo acesso do torcedor comum. Haverá confrontos e podemos ter fatalidades. Esse projeto d elei esbarra em uma realidade estrutural dos estádios paulistas – justificou Botelho.


Nem o Morumbi, maior e mais utilizado estádio de São Paulo, tem condições de atender todas as exigências do projeto de Capez. O gerente financeiro Osmar Parra, que representou o Tricolor na audiência, admitiu que há falhas estruturais na casa do São Paulo.


- Para um público acima de 35 mil pessoas no Morumbi, é impossível separar o torcedor organizado do comum. Em jogos que superam esse público, temos que juntar os dois públicos – afirmou o representante são-paulino.

Fonte: LANCEPRESS

Mais uma lei ridícula e inviável criada por um parlamentar medíocre! O problema da violência das torcidas organizadas é algo bem mais complexo, que decorre de diversos fatores sociais e que, portanto, não será possível resolver com uma simples canetada. O buraco é bem mais embaixo...

Maradona fala de política em Cannes

O ex-jogador argentino Diego Armando Maradona (foto) esteve hoje no Festival de Cannes, onde promovia o documentário "Maradona by Kusturica" (ver trailer abaixo) e fez comentários sobre a política na Argentina e nos Estados Unidos.

Maradona disse que a situação na América Latina é "preocupante".

"Em meu país há problemas no campo. Disseram que eu estava ao lado da presidente, mas apesar de respeitá-la, estou com o povo do campo", disse.

Perguntado sobre o que queria para a Argentina,o ex-jogador respondeu que gostaria de "um novo presidente". Porém, desmentiu em seguida.

"Não, é uma brincadeira. Pediria a Deus que desse emprego aos meus argentinos", afirmou.

Maradona faz várias declarações políticas no filme e disse que foi uma idéia do diretor sérvio Emir Kusturica.

"Parece que quando você fica famoso não pode falar dos Estados Unidos nem de (George W.) Bush. Por ser jogador de futebol, não se pode opinar sobre um assassino", disse.

Maradona também falou sobre seus problemas com drogas e afirmou ter consciência que "fez coisas que não deveria ter feito. Porém, agora faço o que tenho que fazer".

"Agora posso me levantar pela manhã e viver de outra maneira", concluiu.

Fonte: Agência EFE



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Maradona detona Pelé

O ex-craque Maradona soltou o verbo durante o lançamento de um documentário sobre sua vida, no Festival de Cinema de Cannes, França. Nesta terça-feira, em entrevista coletiva, o maior jogador do futebol argentino ofendeu Pelé, mas saiu em defesa de Ronaldinho Gaúcho.

Sobre o Atleta do Século, Maradona disse que o Rei do Futebol não tinha dignidade e que, se o argentino não tivesse abusado das drogas, seria o melhor jogador de todos os tempos. Ainda acusou Pelé de defender a Fifa em ações contra os outros jogadores.

- Eu lamento por ele. Se eu não tivesse feito as coisas que fiz na vida, Pelé não chegava nem em segundo. Quando ele fala, fala negociando. E creio que o carinho das pessoas não se negocia. Ele já foi. Tinha de estar mais perto dos jogadores, e não de Joseph Blatter e João Havelange. Quando Pelé fala de mim, não respondo, porque ele não tem dignidade para falar de mim - disse Maradona. (...)

Fonte: LANCEPRESS

Não sei em relação ao futebol, mas se formos levar em consideração o posicionamento e a atuação política o Maradona é muito melhor que o Pelé... É como afirmou o Romário em sua célebre frase: "O Pelé com a boca fechada é um poeta!". Assino embaixo!

19 de maio de 2008

Uefa anuncia campanha contra o racismo durante final da Liga dos Campeões

Os jogadores de Manchester United e Chelsea, adversários na final da Liga dos Campeões, expressarão seu apoio à campanha "Unidos contra o Racismo", da Uefa, durante a partida da próxima quarta no Estádio Olímpico Luzhniki, em Moscou.

Segundo informações da organização, os capitães das duas equipes usarão braçadeiras para promover a campanha e demonstrar apoio aos esforços para erradicar o racismo e a intolerância no futebol.

A Uefa lembrou que a campanha "Unidos contra o racismo" será uma das principais iniciativas a serem desenvolvidas durante a Eurocopa da Áustria e da Suíça, entre 7 e 29 de junho, acompanhada também de atividades para promover a integração das minorias étnicas dos dois países.

Fonte: Agência EFE

16 de maio de 2008

Polícia suíça afirma que Al-Qaeda ameaça a Eurocopa

A rede "terrorista" Al-Qaeda ameaça realizar atentados durante a Eurocopa de junho na Áustria e na Suíça, informou a polícia suíça, segundo a imprensa local.

"A Eurocopa 2008 é um alvo citado pela rede terrorista islamita. Seguimos a situação de perto", declarou Jürg Bühler, diretor do serviço de análise e prevenção da polícia federal suíça, ao jornal La Liberté.

Bühler se referiu às ameaças de atentados feitas nas últimas semanas em sites islamitas, como aconteceu em 2006 antes da Copa do Mundo da Alemanha. "Estamos preparados para qualquer eventualidade", declarou.

Fonte: Futebol Total

Esse é preço que se paga por invadir país alheio... E aí, ainda vão?

Dirigentes da Bolívia defenderão futebol na altitude no congresso da Fifa


Um grupo de dirigentes da Bolívia defenderá a prática do futebol na altitude durante o próximo congresso da Fifa, a ser realizado nos próximos dias 29 e 30 em Sydney, na Austrália.

A delegação contará com o presidente da federação local, Carlos Chávez, entre outros. O grupo viaja à Austrália no próximo dia 23.

O estádio Hernando Siles de La Paz, casa dos jogos da seleção boliviana, fica 3.577 metros acima do nível do mar.

A Fifa anunciou uma série de resoluções para restringir a prática do futebol na altitude - a última delas estabelece uma preparação obrigatória de duas semanas para a realização de partidas em locais acima de 3.000 metros.

O objetivo dos dirigentes bolivianos é defender o direito de a seleção jogar em La Paz as partidas contra Chile e Paraguai, pelas Eliminatórias Sul-americanas à Copa do Mundo de 2010, em junho.

Fonte: Agência EFE

15 de maio de 2008

Ex-presidente da Uefa insinua que João Havelange favoreceu Brasil em 1994

O ex-presidente da Uefa Lennart Johansson insinuou hoje que o ex-presidente da Fifa João Havelange (foto) teria favorecido o Brasil na vitória sobre a Suécia por 1 a 0 na semifinal da Copa do Mundo de 1994.

Segundo Johansson, Havelange teria pressionado para mudar de maneira irregular o árbitro que apitou a partida.

"O árbitro foi trocado no último segundo por um sul-americano (o colombiano José Joaquín Torres) que mostrou o cartão vermelho a Jonas Thern. Isso foi estranho", assinalou Johansson em uma entrevista à revista sueca de futebol "Offside".

O sueco Johansson, que presidiu a Uefa entre 1990 e 2007 e também foi vice-presidente da Fifa, acrescentou que circulou na ocasião um "rumor" sobre a escolha de Torres.

O ex-presidente da Uefa afirmou que a troca não ocorreu da forma correta, e disse que "suspeita" que Havelange estava por trás da mudança.

"Não nego que a entrada de Thern fosse merecedora do cartão amarelo, mas não do vermelho. Essa decisão influiu na partida. Thern era o capitão e sem ele o jogo não foi o mesmo", assegurou Johansson.

O jogador sueco foi expulso da partida aos 18 do segundo tempo quando, a semifinal ainda estava em 0 a 0. O gol da vitória do Brasil foi marcado aos 35 minutos, com Romário.

A Copa de 1994, disputada nos Estados Unidos, pôs fim a uma fila de 24 do Brasil sem o título mundial. A seleção levantou o troféu após bater a Itália nos pênaltis.

Fonte: Agência EFE

Não é a primeira vez que João Havelange é denunciado por corrupção (saiba mais sobre o assunto). Eu não boto minha mão no fogo por ele... Você bota?

Nakba 60 anos.

Palestinos e seus partidários fiéis ao redor do mundo recordaram nesse último dia 15 de maio o Dia de Al Nakba, o dia em que Israel se auto-declarou um estado independente, sobre as ruínas de casas palestinas e centenas de cidades que sofreram limpeza étnica há 58 anos.
Muitos escritores, a maioria palestinos, procuraram mais uma vez articular uma posição sólida, explicar uma história que foi intencionalmente confusa, se baseando em tudo o que foi perdido e no pouco que sobrou.
A escritora palestina Ghada Karmi desabafou a sua perda pela 58º vez esse ano: “Apesar de ainda ter sido uma criança, me lembro perfeitamente do pânico e da miséria daquele vôo da nossa casa em Jerusalém naquela manhã de abril de 1948. A Palestina naquele momento já se tornara um campo de batalha enquanto judeus lutavam para tomar nossas terras se baseando no plano da ONU de partilha da Palestina em 1947. Meus pais resolveram se afastar do território temporariamente. “Nós iremos retornar”, ele dizia, “o mundo não deixará que uma injustiça assim aconteça”.
De fato, o Dia de Al Nakba se tornou um profundo evento político. Muito diferente da maioria das nações existentes hoje no mundo, o dia 15 de maio marca uma história de resistência sobre a atual situação na Palestina, e não apenas memórias de acontecimentos passados.
Mas, o dia 15 de maio deve servir para um objetivo mais importante do que reflexões pessoais ou comentários políticos. Para o Dia de Al Nakba atingir os seus méritos merecidos, ele deve ser conhecido e encarado como um dia em que muitos mitos foram destruídos e uma nova realidade cruel nascia.
A partir daquele dia, poucos iriam contrariar o fato de que toda a imigração judaica para a Palestina tinha objetivos pacíficos. Menos ainda iriam dizer que os palestinos estavam exagerando quando afirmavam que a Inglaterra estava preparada para tornar o “lar nacional judaico” uma realidade dentro do território palestino.
O Dia de Al Nakba deve ser comemorado como uma oportunidade para se examinar antigos e novos mitos que acreditamos. Não apenas de 1948 e seu contexto histórico, mas de todos os outros anos a partir dele. Isso, é claro, se alguém quiser ultrapassar as barreiras sobre uma reflexão do passado.
Em conjunto com os mitos de Israel sobre “segurança” – além de centenas de outras histórias que não passam de fábulas –, criados apenas para tomar posse de mais territórios da Palestina, o mito dos Estados Unidos sobre “o salvador que levará liberdade aos mais fracos”, o principal conflito do Oriente Médio está sob risco de se tornar inteiramente uma história mal interpretada e destorcida.
Se o dia 15 de maio tem qualquer valor, essas fábulas e muitas outras devem ser confrontadas sem medo, não apenas para complicar mais a situação, mas para permitir uma representação verdadeira do passado e do presente, e assim preparar para o futuro. Sem a compreensão disso tudo, não poderá existir a “solidariedade Palestina” no seu sentido verdadeiro, não será possível pensar seriamente em “paz” e muito menos em uma justiça que faça sentido. Se isso não for feito, o dia 15 de maio se tornará um dia de derrota, e assim será a mais verdadeira Catástrofe (Al Nakba).
Fonte: Oriente Médio Vivo

"A paz não pode ser alcançada, pois as pessoas não esquecem de onde vieram. Falar de paz agora não faz sentido com gente que não te respeita gente que á sessenta anos lhes roubou suas terras."

Thair Nakhla - Refugiado palestino

Brasil: da bola às balas no Haiti!


Era 2004 quando o imperialismo ianque, utilizando-se de seu braço recolonizador, a ONU, invadiram mais uma vez o Haiti, sob o argumento de que o governo estaria desestabilizado por gangues (que eles próprios armaram anteriormente). Para disfarçar a invasão (e porque também suas tropas estão atoladas no Iraque) Bush regionalizou-a, concedendo ao Brasil a liderança da "Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti" (MINUSTAH), auxiliado por tropas do Uruguai, Argentina, Chile e Guatemala.

Dado o caráter do Brasil de submetrópole do imperialismo na região e o contágio dos haitianos pelo futebol braileiro, o presidente Lula não vacilou ante a possibilidade de, à exemplo do regime militar nos anos de 1970, utilizar a seleção a sua política de ópio. Como um presente de gregos a troianos, os haitianos fizeram uma festa para recepcionar os astros da seleção, cuja a soma dos salários milionários equivaleria ao PIB do país. Passada a festa, os jogadores foram substituídos por soldados armados até os dentes para reprimir e coagir os trabalhadores ao trabalho semi-escravo nas multinacionais instaladas nas 18 zonas francas criadas após a invasão.

Após 4 anos de invasão e repressão, o Haiti é uma nação de famintos, onde o povo vive com menos de um dólar diário, se alinta com biscoitos de terra (argila) e onde se pretende retornar, como no passado colonial francês, a um grande canavial para produzir biocombustível para o Brasil.

Não podemos aceitar que um povo irmão nosso seja submetido a estas agressões, principalmente quando nos é vendida a mentira de que as tropas estão lá para "estabilizar" o país.
Se eles usam o futebol para anestesiar as massas, nós devemos utilizar as arquibancadas para despertar a rebeldia, comum aos haitianos na história contra os colonizadores. Convocamos todas as torcidas ultras, hooliganeiras, principalmente latino-americanas e com países envolvidos diretamente na invasão, a levarem aos estádios faixas e cantos em solidariedade ao Haiti, exigindo a imediata retirada das tropas invasoras.

FORA TROPAS BRASILEIRAS E DA ONU DO HAITI! QUE O POVO HAITIANO DECIDA SEU PRÓPRIO DESTINO!

VIV SOLIDARITE ANT PEP BREZIL AKPEP AYITI! ABA OKIPASYON! MINISTA NAN! PEYI NOU AYITI!

14 de maio de 2008

Racismo no Zenit de São Petersburgo!

O FC Zenit de São Petersburgo na Rússia, é o mais exemplo de manifestações racistas no futebol. O time que está na final da Copa dos Campeões da UEFA pela primeira vez na história não possui jogadores negros no elenco. Até aí tudo bem... Em recente entrevista, perguntado sobre tal fato, o técnico holandês Dick Advocaat declarou que não indica jogadores negros, pois seria impossível a contratação pelo Clube para não desagradar os torcedores.

De fato, os torcedores do Zenit são conhecidos por suas loas ao nazismo, com manifestações claras de racismo em jogos contra adversários que possuem atletas negros, onde costumam fazer onomatopéia de macacos. Em uma imagem captada por um fotográfo, um torcedor usava um capuz branco ao estilo Ku Klux Klan (KKK), seita racista dos Estados Unidos.


Isso só vem a demonstrar o grau de retrocesso na consciência das massas russas após décadas de stalinismo e sua política chauvinista grão-russa, que não seria muito caracterizar como uma forma de fascismo, culminando com a restauração do capitalismo na Rússia.

Felizmente, esta escória não é predominante nos estádios russos. O oposto se verifica em alguns grupos (pois também existe a presença facha nessas bancadas) hooligans do Lokomotiv Moscou e do CSKA Moscou ligados aos Redskins (do RASH) Rússia, que são demonizados por sua truculência com torcidas racistas e de cunho neo-nazi. Como não deixaria de ser, a mídia lá também os estampa nas manchetes como baderneiros para esconder o caráter político dos embates.

...DIEN TVOI POSLIEDNI PRIODIT BURJUI!


(Torcida do Lokomotiv Moscou, ou Loko)

13 de maio de 2008

Sindicato vê qualificação de atletas como pauta para ‘segundo momento’

Brecar a crescente saída precoce dos atletas. Fortalecer os clubes. Fomentar a manutenção de talentos no Brasil. Muitos são os interesses relacionados à discussão sobre a revisão da Lei Pelé. Contudo, o debate sobre a legislação ainda é focado em medidas para fortalecer o esporte nacional e pouco ligado a iniciativas para a evolução dos atletas.

Segundo Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp), essa revisão no processo de formação é um assunto para ser tratado depois de mudanças serem realizadas na organização. A postura foi demonstrada na última segunda-feira, depois de um encontro entre representantes da entidade com o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior.

Nós precisamos pensar primeiro em arrumar a casa e criar um ambiente favorável. Se isso não acontecer, nossos jogadores continuarão deixando o país a qualquer proposta de outros lugares. Se você não está bem no seu trabalho e não é respeitado pela empresa, por que ficar quando aparece outra chance?”, questionou Martorelli.

Fonte: Cidade do Futebol

Fair play aumenta vagas para Inglaterra na Copa da Uefa

Difundido pela Fifa, o conceito de fair play tem sido tema de campanhas das principais entidades que gerenciam o futebol no planeta nos últimos anos. Agora, a Uefa resolveu fazer uma iniciativa ainda mais contundente para propalar a idéia e dará à Inglaterra, país que liderou o continente nesse quesito, uma vaga extra na próxima edição da Copa da Uefa.
O ranking de fair play é estabelecido a partir de uma análise de jogos de competições organizadas pela Uefa, nas quais um grupo de observadores cria um coeficiente. São contabilizados valores como respeito ao adversário e ao árbitro, comportamento do público e cartões recebidos pelos atletas.
Entre os países analisados, nenhum teve mais incidência de fair play do que a Inglaterra. Com isso, haverá uma vaga a mais na Copa da Uefa da próxima temporada.
A Uefa ainda distribuirá outras duas vagas entre os países com valor 8 em seu ranking – Alemanha, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Noruega e Suécia. Essa escolha será feita por sorteio.
Depois da definição dos três países que terão direito a vaga, a Uefa usará novamente o fair play como critério. Cada país terá de indicar um ranking interno e esse levantamento servirá como base para a classificação dos times à competição continental.

Fonte: Cidade do Futebol

Uma bela iniciativa da UEFA!

12 de maio de 2008

Na Espanha, elenco do Levante entra em greve por tempo indeterminado

Os jogadores do Levante, lanterna do Campeonato Espanhol e já rebaixado para a segunda divisão, afirmaram hoje que vão iniciar no sábado uma greve por tempo indeterminado.

O elenco do clube protesta contra o não cumprimento de acordos assinados em abril pela diretoria, que atrasou pagamentos aos jogadores.

Desta forma, o Levante não deve entrar em campo na última rodada do Espanhol, quando enfrenta o Real Madrid no Santiago Bernabéu.


Fonte: Agência EFE

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11 de maio de 2008

Governo Cearense irá auxiliar financeiramente clubes locais

Recursos serão destinados para as equipes que disputam a série B do Brasileiro
Durante a premiação dos destaques do Campeonato Cearense de futebol, o secretário do Esporte do Governo Estadual, Ferrucio Feitosa (foto), anunciou que o governo irá auxiliar financeiramente os clubes locais que disputam a série B do Brasileiro. Fortaleza e Ceará receberão, cada um, R$ 300 mil, que serão distribuídos ao longo da competição.
Nós queremos ver os nossos clubes de volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro e para isso o governo do Ceará quer colaborar de alguma forma para que esse objetivo seja alcançado”, afirmou Ferrucio Feitosa.
Além da ajuda direta aos clubes, o secretário também assinou a homologação para a contratação de 36 pessoas que irão trabalhar na administração do estádio Castelão. Segundo Feitosa, os novos contratados deverão iniciar as atividades até o dia 15 deste mês.
Entre os profissionais que serão contratados existem vagas para eletricistas, pedreiros, e também três engenheiros civis, que prestarão assessoria em reformas internas do estádio.

Fonte: Cidade do Futebol

Dinheiro público sendo destinado a empresas privadas: isso é correto?!

9 de maio de 2008

Ferroviário A.C: Há 75 anos orgulho da classe operária!


Muitos contam a história de um clube por seus títulos, outros por mérito de um indivíduo, porém, isso não basta para contarmos a história do Ferroviário Atlético Clube. A história do Ferrão também é permeada pela coletividade, engajamento e organização política dos ferroviários, características que dão um enfoque de classe à gloriosa história do Tubarão da Barra.

Assim como a luta de classes, poderíamos dividir a história do Ferrão em épocas, etapas, conjunturas. Os ferroviários não eram meros expectadores de partidas de futebol, eles eram sujeitos políticos do processo histórico, envolvidos no sindicato e na luta de classes (esta, por sinal, acirradíssima quando do período da fundação do clube coral). Deve ainda se ressaltar que os ferroviários cearenses constituíram um foco de resistência ao golpe militar de 1964.

Muitos podem pensar que o fato do Ferrão ser o segundo time da maioria dos trabalhadores - da velha guarda, pois conhece as origens do clube, já que a nova geração foi privada de conhecê-la devido à inoperância de sucessivas composições de diretorias do Clube, como também à campanha de marginalização sofrida por esta agremiação esportiva - é por que "viraram a casaca", mas mantiveram simpatia pelo Ferroviário. Acredito que isso se deva mais a uma intuição de classe pois, geralmente, passamos a torcer por um time estimulados por algo ou alguma coisa ainda quando criança de forma inconsciente. Somente quando despertamos para o futebol tardiamente podemos definir conscientemente para que clube torcer. Deixemos essas questões para um momento posterior...

No último período o Ferroviário tem sido espelho da luta de classes. Os times da burguesia estão na ofensiva com seus investimentos milionários, enquanto os times que possuem um histórico de classe estão na defensiva e, infelizmente, alguns destes já tombaram ante o poder aquisitivo dos adversários.

Mas o trem da história não pára, aguarda apenas o vapor das massas, a força motriz da "locomotiva" (como Karl Marx denominava a revolução) guiada pelo "grande maquinista".

Desde 1933 a história do Ferroviário A. C. também é a história da luta de classes (parafraseando Marx - autor que, inclusive, também nascera nos primeiros dias do mês de maio, só que em 1818). Por isso mesmo, o Ferrão nunca morrerá e, aonde for, terá torcedores, a sua classe!

(Extraído da introdução ao artigo "Uma breve história do Ferrão", por Trotskid Trosko, no fanzine Bandeira Coral, edição especial).

8 de maio de 2008

Solidariedade aos Rodoviários!


Fortaleza volta a ser palco de fortes embates da luta de classes.

Desde as grandes manifestações estudantis no início do ano 2000, não víamos tanto "estardalhaço" na mídia burguesa, servindo de porta-voz da burguesia cearense.
Há duas semanas os trabalhadores da construção civil, uma categoria de luta e tradição de greves, enfrentamentos com a patronal, declarou uma radicalizada greve que durou duas semanas, conseguindo dobrar os patrões que ofereciam uma porcentagem muito abaixo da inflação do período, embora os lucros tenham batido recordes no último período.

A onda grevista não parou por aí! Logo, os rodoviários de Fortaleza e Região Metropolitana tomaram o rumo da paralisação contra a patronal e a casta burocrática e mafiosa que se instalou no sindicato da categoria. A atual direção do Sindicato, a revelia dos trabalhadores, assinou um acordo com o sindicato patronal sem consultar a assembléia - instância máxima- de trabalhadores - o que vem ocorrendo nos últimos anos, após a última greve forçada pela base.

Desta forma a Oposição Rodoviária à luta.

A patronal ficou perplexa ante a paralisação de quase 100% da frota, como não se via a bastante tempo, mostrando a capacidade e organização ds trabalhadores. Prontamente, os jornalistas de emissoras burguesas, tentando passar uma falsa indignação - pois não andam de ônibus- para comover os telespectadores, ganhar ideologicamente a população contra a greve.

O fato é que a greve é um último recurso dos trabalhadores (pela limitação sindical) e que por mais transtornos que possa causar, ganha a solidariedade da população que está cansada de ser explorada e oprimida pela burguesia, governo e seus agentes no movimento operário. A greve não resolve os problemas da classe operária de conjunto, mas é um ensaio de uma guerra maior.

Os trabalhadores rodoviários estão na direção da vitória!
Todo nosso apoio e solidarieadade aos lutadores!