25 de março de 2009

O Estatuto do Torcedor não quer punir a cartolagem

A Copa do Mundo de 2014 pode começar ainda este ano para os brasileiros. Os ministérios dos Esportes e da Justiça anunciaram um pacote para conter a violência nos estádios, visando “limpá-los” no período de 5 anos. Desde 2003 até hoje ocorreram 37 mortes em estádios ou em situação de jogo. Ou seja, um torcedor a cada dois meses, em média. Infelizmente nada disso é novidade, e é de se presumir que a motivação do Estado sejam os encargos da FIFA e não a preservação da vida de jovens torcedores.

No começo, o governo e seu ministro Orlando Silva, acenaram que, com a modificação do Estatuto do Torcedor, todas as pessoas que pretenderem acesso ao estádio terão seus dados como CPF e impressão digital armazenados em um cartão magnético que também será o seu “ingresso”. Já cairíamos em um problema de dubiedade, pois o status de torcedor não é uma figura jurídica. No mais, também implica em delegar autoridade a uma entidade privada de caráter associativo, o clube de futebol. Na proposta original, esse cartão deveria ser fornecido pelo clube, só podendo ser cobrado em caso de perda. O cadastro dos torcedores seria nacional, e para todos os estádios que receberem jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Para facilitar a aplicação das penas aos infratores, o cadastro permitirá um cruzamento de dados com a Justiça Criminal comum. Mais uma vez, incorre-se no problema de fundo. Não há uma figura jurídica para o crime de “brigar em estádio de futebol”, o brigão e arruaceiro é enquadrado como “rinha” e este é um crime sem punição.

Porém essa mudança no Estatuto do Torcedor tem alguns pontos que não são facilmente solucionáveis: em princípio, menores de 16 anos estariam livres desta medida. A pauta se atravessa duplamente. Reduzir a maioridade penal é a sanha da direita mais reacionária, e muitas das vezes, das mais corruptas. No caso, embora seja relativamente comum ver a jovens cometendo atos injustificados no entorno dos estádios, nunca se soube de um menor de idade que seja “chefe ou líder de torcida” e nem nenhuma outra hierarquia do gênero. Não podendo punir os menores (de 16) infratores das violências dos estádios, ficaria fácil continuar cometendo os atos (a mando dos chefes de torcida, de cartolas e da demência que impregna a cabeça e o corpo explodindo de testosterona) que existem atualmente nos estádios e seus arredores.

Além da medida escapista, a de delegar aos clubes algo que é dever de Estado, existe também um movimento da OAB no sentido de que as novas regras ferem os direitos básicos do cidadão, como o de ir e vir. Isto sem falar, na afronta à presunção de inocência, uma vez que tanto cidadãos de bem, quanto arruaceiros – segundo o projeto - devem ser identificados antes mesmo de cometer (ou não) algum delito.

A lista de problemas que dão o contorno do pano de fundo é sabida, pública e notória mas nenhum dos atores-chave na questão quer entrar. A bancada da bola é poderosa, e boa parte dos parlamentares tem interessei eleitoral na paixão clubística. Luiz Fernando Zacchia e Paulo Odone materializam este conceito aqui na província. Toda torcida mais ou menos organizada tem vínculos com a diretoria de seus clubes. Toda a torcida mais ou menos violenta sabe que uma forma de ganhar dinheiro com a própria turba é gerar a simbologia da violência, da banalização do ato de agredir o outro. Todos os chefetes de torcida recebem entrada de jogos e organizam excursões para dar apoio ao clube quando joga fora de casa. Assim como boa parte dos cartolas mais notórios termina se projetando e se enriquecendo com a jogatina da supervalorização do futebol. O exemplo nacional mais bizarro é o de Eurico Miranda, ex-deputado federal pela legenda que sucedera a Arena – uma das – e que amava o Vasco da Gama, ao ponto de querer para si tudo o que o Vasco produzira!

Enquanto não for interrompido o vínculo cartolagem com chefes de torcida a violência irá seguir. Enquanto o clube de futebol, como pessoa jurídica, e seus dirigentes eleitos, como pessoas físicas, não pagarem pelos atos dos torcedores “organizados” por eles mesmos, a demência irá continuar. No caso do Rio Grande, dada a semelhança com los hermanos argentinos, temos triste exemplo das Barras Bravas, como a do Boca Juniors, e de políticos profissionais – herdeiros de empresários suspeitíssimos – tal é o caso de Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires (capital federal, unidad autônoma), co-fundador de um partido de direita neoliberal (o PRO – Partido para Uma República com Oportunidades) e cartola do Boca. É neste arranjo de mando, dinheiro fácil, paixão com euforia coletiva e demência projetada onde mora o perigo das torcidas organizadas. Sem isso, não há como alimentá-las e se interrompe o fluxo da imbecilidade e da covardia de gente que espanca – na base do 20 contra 1 – e ainda se crê possuidora de virtude e valentia!

Escrito por Bruno Lima Rocha e Felipe Fonseca – do Rio Grande.

17 de março de 2009

O neoliberalismo no futebol

Multiplicam-se as reclamações de que o dinheiro passou a mandar no futebol, que os clubes estão falidos, que os jogadores já não tem apego aos clubes, mudam às vezes durante o campeonato, passando para o rival, se contratam meninos ainda para jogar no exterior, uma parte deles fica abandonado, submetidos a todo tipo de irregularidade.

Mas o que aconteceu, o que está na raiz de tudo isso?

O futebol – assim como todos os esportes – não é imune às imensas transformações econômicas, sociais e éticas que as nossas sociedades sofreram e ainda sofrem. No Brasil, o neoliberalismo chegou ao futebol através da chamada Lei Pelé. Que pregava a “profissionalização” do futebol, contra a ditadura dos clubes, que tinham os jogadores atrelados ao clube como se se tratasse de uma relação feudal, pré-capitalista.

Intensificou-se dura campanha contra os “cartolas”, com acusações - todas provavelmente reais -, de corrupção, concentração de poder, arbitrariedades, etc. Porém, de forma similar ao que se fazia na campanha neoliberal contra o Estado, não era para democratizar aos clubes, ou ao Estado, mas para favorecer o mercado.

A profissionalização foi isto. Supostamente para libertar os jogadores do domínio dos clubes, jogou-os nas mãos dos empresários privados. Não por acaso se deu durante a década de 90, em pleno governo FHC, que preconizou todo o tempo a centralidade do mercado, os defeitos do Estado, a necessidade de mercantilizar tudo, de transformar a sociedade em um lugar em que tudo se compra, tudo se vende, tudo é mercadoria.

Os jogadores foram transformados em simples mercadorias, nas mãos dos empresários, que reinam soberanos, assim como o mercado e as grandes empresas fazem no conjunto da sociedade. Enquanto os clubes, da mesma forma que o Estado, ao invés de serem democratizados, são sucateados. Interessa aos empresários privados que os clubes sejam fracos, estejam falidos, serão mais frágeis ainda diante do poder do seu dinheiro. Assim como ao chamado mercado interessa que o Estado seja mínimo, seja fraco, para que ceda cada vez mais a seus interesses.

Os clubes podem ser democratizados – de que o exemplo da democracia corintiana é claro. O jogo dos empresários não é democratizável, nem passível de ser controlado socialmente, vale quem paga mais, que tem mais dinheiro. Assim como o Estado pode ser democratizado – e as políticas de orçamento participativo são o melhor exemplo disso.

Com o reino do mercado, não há Estado, não há democracia, não há interesses coletivos. Triunfa o mercado e seu principio maior – o do dinheiro. Com o reino dos empresários privados, não há clubes, há times, que ocasionalmente são montados para disputar um campeonato, enquanto os empresários não vendem os jogadores. Os campeonatos servem apenas como vitrine para exibir as mercadorias dos empresários.

Em um tempo em que tantas identidades entraram em crise, nem sequer os clubes de futebol conseguem resistir, diante da privatização que a lei Pelé significou, fazendo da camisa dos jogadores um lugar em que mal cabe – quando cabe – o distintivo, de tal forma tudo é comercializado. Ou se fortalecem os clubes, democraticando-os, destacando sua dimensão publica e não de empresas privadas a serviço da comercialização dos jogadores, ou a quebra generalizada que atinge o mercado capitalista não poupará os clubes. Que irão à falência, diante do enriquecimento ilimitado dos empresários privados.

Escrito por Emir Sader.

13 de março de 2009

Estréia em grande estilo: Jardel marca gol na vitória coral

Foi mais uma noite inesquecível protagonizada pelo ídolo Jardel. Se mês passado ele já havia entusiasmado a todos com sua chegada de helicóptero no campo que o projetou para o futebol, hoje à noite o ídolo coral foi além: depois de 18 anos fez sua reestréia com a camisa coral e marcou um dos gols mais bonitos já anotados na Vila Olímpica Elzir Cabral.

O Quixadá foi um brioso adversário. Vindo de uma vitória contra o Ceará, o time da terra dos monólitos ofereceu bastante resistência ao Ferroviário, que tentava a todo custo mais uma vitória na competição. Mesmo assim, o time coral criou ótimas chances na primeira etapa, todas desperdiçadas pelo ataque do Tubarão da Barra.

Apesar de não ter anotado gols no primeiro tempo, a desenvoltura do time coral foi considerado boa, tanto que o treinador Arnaldo Lira voltou para a etapa final com a mesma equipe. Entretanto, o Quixadá ameaçou o Ferrão em duas oportunidades, com duas bolas na trave do atacante Siloé, que pertence ao próprio Ferroviário. Os ataques do adversário levaram o técnico coral a alterar a equipe.

Léo Jaime entrou no posto de Clebson e o Ferrão passou a atuar no esquema 4-3-3. Em seguida, Guto substituiu Cleiton Cearense, com Ernandes sendo deslocado para a lateral esquerda. O gol persistia em não sair. Foi quando aos 30m, a grande atração da noite, o consagrado Jardel, foi ovacionado em campo ao substituir o atacante João Neto. A presença de Jardel em campo deu sorte. Logo na sua primeira participação na área, bastante marcado pelos defensores do Quixadá, Ernandes cobrou escanteio e a bola foi na cabeça de Léo Jaime que abriu o placar numa cabeçada sensacional. Festa na Barra: Ferrão 1x0.

Após o gol, o time coral continuou impetuoso e chegou ao segundo tento num dos momentos mais emocionantes da partida. Em jogada pelo lado direito, a bola foi alçada na área, a bola sobrou para Jardel, que matou no peito, tirou o adversário da jogada, e de pé direito encobriu o goleiro Toni assinalando um dos mais belos gols já vistos na Barra do Ceará. Delírio no estádio! Festa entre Jardel, os jogadores e o mascote Tutuba (foto). Foi o primeiro gol de Jardel vestindo a camisa do time profissional do Ferrão.

O restante do jogo foi festa total. Jardel ainda teve tempo de fazer boas jogadas e esperar o apito final de Eveliny Almeida. A torcida coral entrou em campo para abraçar o ídolo e comemorar mais uma vitória coral no campeonato.

O Ferrão atuou com: Jéfferson; Rodrigo, Paulo Paraíba, Carlinhos e Cleiton Cearense (Guto); Válter, Robson Simplício, Clebson (Léo Jaime) e Ernandes; Wescley e João Neto (Jardel).

Fonte: Portal oficial do Ferroviário


12 de março de 2009

A regra é clara: soco na cara é cartão vermelho…



Se eu fosse presidente de um clube cujo time de futebol corre menos que o árbitro, demitiria o preparador físico ainda no vestiário.

Fifa adia anúncio das cidades-sede da Copa de 2014

Na última quarta-feira (11), a Fifa anunciou uma alteração na data de divulgação das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil. O que estava previsto para ocorrer no próximo dia 20 de março foi adiado para o final do mês de maio.

No entanto, essa mudança pode tornar ainda mais difícil a adaptação das cidades para o evento e o cumprimento de prazos. "O adiamento na realidade contribui para diminuir ainda mais o prazo, que já está defasado em termos de cronograma, para contratação de projetos e obras exigidos para dotar as cidades-sede de uma estrutura compatível com as exigências da Fifa e da magnitude do evento", comentou José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco).

As cidades candidatas a sede do maior campeonato de seleções do planeta estavam no aguardo do anúncio da Fifa para botarem em prática os seus programas e investimentos, visando a melhoria da infraestrutura. Agora, tudo isso terá que ser postergado.

"Não podemos esquecer que já perdemos o ano de 2008, quando poderiam ter sido contratados os estudos e projetos essenciais à definição das obras necessárias para suprir as deficiências. Em 2009, continuamos no mesmo caminho e o adiamento só vai prejudicar o país", lembrou Bernasconi.

Em 2007, o Sinaenco desenvolveu um estudo sobre a situação de 29 estádios, em 17 cidades candidatas a sede da Copa de 2014. Desde então, o sindicato realiza seminários nesses locais para explicitar as principais deficiências de infra-estrutura e discutir as soluções mais viáveis tanto do ponto de vista técnico como econômico.

"Há cidades, como Belo Horizonte, por exemplo, que têm deficiências mais complexas em determinados setores da infraestrutura, como na rede hoteleira. Buscamos, com os seminários, avaliar não só os projetos e obras necessários, mas sua adequação técnico-econômica e sua sustentabilidade. Não adianta simplesmente investir na construção de mais leitos de hospedagem se posteriormente esses empreendimentos não tiverem viabilidade econômica", explicou o presidente da entidade.

Fonte: Universidade do futebol.

Torcedor acusa Mourinho de agressão; polícia investiga

Detetives britânicos estão investigando a acusação feita por um torcedor que alega ter sido agredido pelo técnico da Inter de Milão, José Mourinho, após a derrota do time italiano para o Manchester United, na cidade inglesa, informou a polícia nesta quinta-feira.

O torcedor alega que levou um soco no rosto do lado do fora do estádio Old Trafford depois da partida realizada na noite de quarta-feira.

Perguntado sobre a acusação, um porta-voz da polícia de Manchester afirmou: "Recebemos a denúncia de uma agressão muito pequena. Neste momento estamos investigando."

O time de Mourinho perdeu por 2 x 0 e foi eliminado da competição.

Fonte: Yahoo esportes.

11 de março de 2009

Comissão analisa reformulação da Lei Pelé

Na próxima quarta-feira (11), será realizada a reunião da Comissão Especial da Câmara encarregada de analisar o Projeto de Lei 5.186/05, do Executivo, o qual trata da reformulação da Lei Pelé (9.615/98). O encontro, que está marcado para as 14h, irá discutir o parecer do relator, o deputado José Rocha (PR-BA).

De acordo com a Agência Câmara, Rocha elaborou substitutivo que dá aos clubes formadores de atletas (não apenas jogadores de futebol) o direito de receber um percentual sobre cada uma das suas futuras transferências, inclusive as realizadas entre clubes estrangeiros.

Segundo esse documento, a porcentagem que deve ser destinada ao clube formador é de 0,5% por ano em que o jogador permanecer na agremiação, chegando a um limite máximo de 5%, o que seria equivalente a 10 anos de vínculo. Todas as agremiações que tiverem participado da formação do atleta terão o direito de receber uma parcela (proporcional) do percentual destinado aos clubes formadores.

O relator do projeto de lei baseou-se em normas que vigoram internacionalmente, em especial, em países europeus. "Com isso, vamos conseguir segurar por mais tempo o atleta no País, porque o clube formador terá melhor condição para competir por ele com o clube estrangeiro", acredita Rocha que ressaltou a valorização dada aos clubes que se dedicarem em formarem bons profissionais.


Outra questão polêmica que se pretendia resolver com essa proposta de lei é a idade mínima para que o atleta transfira-se para um clube estrangeiro. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, defende que se deve elevar de 18 para 21 anos de idade. No entanto, o assunto ficou de fora da do substitutivo de Rocha, pois de acordo com ele, a idéia não teria sustentação jurídica, “porque violaria o direito de ir e vir”.

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público, o relator do projeto incluiu no seu documento que as agremiações estão proibidas de realizarem testes de jovens atletas, as “peneiras”, durante os dias de aula. Ou seja, esse procedimento só poderá ser feito nos fins de semana ou no período de férias escolares.

Em relação à ruptura unilateral de contrato, o substitutivo prevê multas pesadas. Caso o clube quebre o acordo, o atleta terá o direito de receber uma indenização que varia de tudo aquilo que a agremiação deveria lha pagar até o final do contrato até 400 vezes o salário médio do jogador.


Porém, se o rompimento daquilo que foi acordado partir do atleta, a indenização a ser paga é maior ainda. O jogador poderá ser multado em uma quantia equivalente a até duas mil vezes o valor do seu salário.


Para uma agremiação ser considerada como formadora, ela terá que ser certificada para isso, depois de passar por uma inspeção do Ministério público do Trabalho e do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente (Conanda), a qual irá analisar a qualidade da estrutura física para o treinamento, além das instalações (alojamentos, área de lazer, etc) e aspectos como a alimentação fornecida, por exemplo.

Os empresários que quiserem agenciar os jovens atletas também terão que ser certificados pela instituição responsável pela modalidade da qual participa o seu jogador. Caso contrário, nenhum dos contratos por ele intermediados serão levados em consideração.

Fonte: Universidade do futebol

Essa lei Pelé, pra muita gente, é algo do tipo “ganhe dinheiro sem trabalhar pergunte-me como”. Antes já era difícil manter nossos jogadores, depois dessa “canetada” então…
A situação do nosso país também não ajuda. Segurança, educação de qualidade para os filhos, e serviço de saúde decente, são apenas alguns dos fatores que chamam a atenção de qualquer profissional quando o assunto é trabalhar na Europa. Isso sem falar dos milhões de Euros, É CLARO ! Assim não dá para competir !!! Não dá para ter ídolos, craques, nem time.

10 de março de 2009

O absurdo critério para a nova Série C

Me causa um tremendo desconforto cada vez que eu vejo os nomes dos 20 clubes que disputarão o Campeonato Brasileiro da Série C em 2009. Ainda não engoli a forma decretada pela CBF para definir os participantes desta competição.

O anúncio da criação da Série D e o consequente rebaixamento de todos os clubes que não participaram da edição 2008 ou que não conseguiram ficar entre os 16 primeiros colocados, foi, no mínimo, um tremendo absurdo. Pior do que isso só se tivessem feito uma lista de convidados, como aconteceu naquela tal Copa João Havelange.

O Ferroviário, face o orgulho de nunca ter participado de uma virada de mesa, acabou sendo prejudicado justamente por ter ficado de fora do Brasileirão do ano passado. Não estou querendo colocar em questão a não classificação coral para a edição de 2008. Fomos incompetentes dentro de campo? Com certeza. Mas e os anos anteriores? Organizar uma nova competição utilizando como critério apenas os últimos 5 meses, é muita injustiça. Infelizmente, de nada adiantou estar entre os três clubes que mais pontuaram na Série C, além de ter o ataque mais positivo da história do campeonato. De nada adiantou também termos 6 participações na Série A e outras 8 na Série B. Fomos rebaixados sem jogar.

Segundo comentam nos bastidores da CBF, a divisão dos dois grupos para a nova Série C já está definida:

  • Grupo do Norte: Rio Branco/AC, Águia/PA, Paysandu/PA, Sampaio Corrêa/MA, Icasa/CE, ASA/AL, Confiança/SE, Salgueiro/PE, CRB/AL e Luverdense/MT.
  • Grupo do Sul: Brasil/RS, Guaratinguetá/SP, Ituiutaba/MG, Marcilio Dias/SC, Criciúma/SC, Caxias/RS, América/MG, Marília/SP, Gama/DF e Mixto/MT.

Metade desses estão abaixo do time coral no Ranking da CBF, sendo 8 pra lá da 100ª posição. No Grupo do Norte, especificamente, apenas Paysandu (31º), CRB (34º), Sampaio (63º) e Confiança (78º) estão melhor rankeados do que o Ferroviário (82º).

Lamentações a parte, a continuação da boa campanha coral no atual Campeonato Cearense é essencial para garantir ao Ferrão a vaga na Série D 2009. Outros tradicionais clubes brasileiros como Santa Cruz/PE, Remo/PA, CSA/AL, Moto/MA, Treze/PB, Sergipe/SE, River/PI e Joinville/SC também buscam o mesmo objetivo.

Postado por Chateaubriand Arrais Filho


Fonte: Portal oficial do Ferroviário

Clubes, CBF e TV: trio cada vez mais trabalha contra o torcedor

Em que pese a TV ter o direito de fazer o que ela bem entender com os jogos do Campeonato Brasileiro - e ela faz - é realmente absurdo o fim do horário das 20:30h para os jogos de meio de semana, tanto na Série A, quanto na Série B.

Todas as cidades brasileiras são muito mal servidas de transporte público - algumas mais, outras menos - e o prejuízo ao torcedor que ainda tem coragem e paciência de ir aos estádios é evidente. Quanto mais tarde, pior.

Como já postei antes, 21:00h será o horário mais utilizado, podendo variar para às 19:30h ou 21:50h, outro absurdo.

Que a TV paga e manda, tudo bem, mas o clubes e a CBF também não estão nem aí para os torcedores. Não há bom senso algum, apenas o claro objetivo de afastar e dificultar ao máximo o acesso do torcedor de bem aos estádios, porque os que vão para brigar não importa o horário.

Que da CBF não se pode esperar nada, é fato, mas os dirigentes dos clubes deveriam e poderiam lutar, pelo menos um pouco, pelo bem estar do seu cliente.

Postado por - Fernando Graziani 10/03/2009 12:55

Fonte: Blog de Esportes do Jornal O POVO

Boliviano entra na Justiça contra atos xenófobos em jogo na Argentina

Um integrante da comunidade boliviana na Argentina apresentou hoje uma denúncia penal para que sejam investigados os supostos atos xenófobos da torcida do Independiente na partida contra o Boca Juniors, válida pelo torneio Clausura.

Além de pedir a investigação junto à Promotoria de Buenos Aires, o boliviano Mario Flores Sanabria solicitou à Associação do Futebol Argentino (AFA) a suspensão do árbitro do jogo, Sergio Pezzotta, segundo informou à Agência Efe o seu advogado, Gustavo Morón.

No domingo, um grupo de torcedores do Independiente estendeu bandeiras de Bolívia e Paraguai numa forma de provocação à torcida do Boca Juniors.

"Solicitamos que a Promotoria peça os vídeos da partida para identificar os infratores, e que se avaliem as provas, pois pode ter ocorrido uma violação da lei antidiscriminatória", disse o advogado.

Sanabria, que integra o Conselho Solidário Internacional de Bolivianos Residentes no Exterior, escreveu uma carta ao presidente da AFA, Julio Grondona, na qual pedia a suspensão do árbitro.

"Pezzotta foi indiferente, permissivo e complacente diante dos atos discriminatórios", disse Sanabria.

Pezzotta foi escalado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF) para trabalhar no jogo entre Boyacá Chicó e Grêmio, amanhã, pela Copa Libertadores.

Fonte: Agência EFE

9 de março de 2009

Entidade protesta contra suposto ato xenófobo em jogo na Argentina

O Instituto Nacional Contra a Discriminação (Inadi) da Argentina informou hoje que pedirá explicações à Associação do Futebol Argentino (AFA) sobre os supostos atos xenófobos da torcida do Independiente (foto) no jogo de ontem contra o Boca Juniors, válido pelo torneio Clausura.

A entidade pretende saber, entre outras coisas, se o árbitro Sergio Pezzotta relatou o incidente na súmula.

A torcida do Independiente, que foi o mandante do duelo deste domingo, exibiu bandeiras de Paraguai e Bolívia com a intenção de provocar os torcedores do Boca.

"Queremos saber se o incidente está na súmula. O árbitro não deveria ter autorizado o início do segundo tempo. Os auto-falantes do estádio deveriam dizer que o jogo não recomeçaria enquanto não retirassem as bandeiras", disse uma representante do Inadi.

Dentro de campo, o Independiente venceu o Boca por 2 a 0.

Fonte: Agência EFE

Clubes e ligas apoiam plano de Platini para novo limite de idade

Os grandes clubes e ligas apoiaram a proposta do presidente da Uefa, Michel Platini (foto), para barrar as transferências internacionais para a Europa de jogadores menores de 18 anos, disse a entidade reguladora do futebol europeu nesta segunda-feira.

Platini afirmou que aumentar o limite de idade é necessário para combater o crescente número de jogadores jovens, principalmente da África e da América Latina, traficados para a Europa.

No entanto, qualquer nova regra deve ser aprovada pela União Europeia (UE) onde a idade mínima legal para transferências internacionais é de 16 anos.

"Todos os quatro grupos (associações, clubes, ligas e jogadores) concordaram no princípio de que não deverá haver transferências de menores (de jogadores com menos de 18 anos) para e dentro da Europa", disse a Uefa em comunicado.

O acordo assinado pela Uefa, a Associação de Clubes Europeus (representando os 137 maiores como o Manchester United e Real Madrid), a união dos jogadores FIFPro e as Ligas Europeias de Futebol diz também que jogadores menores de 18 anos devem assinar seu "primeiro contrato" com o clube que os treinou.

No mês passado, o comissário da UE para esportes, Jan Figel, disse estar disposto a perguntar aos 27 países da UE para apoiarem o plano de Platini se fosse lhe dada evidência de que a proposta acabaria com a exploração de jogadores jovens.

A entidade reguladora do futebol, a Fifa, que supervisiona as transferências internacionais, também apoiou a proposta de Platini.

(Reportagem de Darren Ennis)

Fonte: Agência Reuters

Resistência antimachista!


Parabenizamos todas as mulheres, que cotidianamente lutam contra o machismo reinante em nossa sociedade, e especialmente as torcedores corais, que demonstram que lugar de mulher é na luta e nos estádios de futebol também!

Essa é uma pequena homenagem que nós da torcida RESISTÊNCIA CORAL prestamos ao Dia Internacional da Mulher!

CONTRA O MACHISMO! PELO FERRÃO!

6 de março de 2009

Ausência de promoção para Copa-10 é alvo de crítica da Fifa

Decepção. Esse é o sentimento relatado por Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, em relação à falta de empenho apresentado pela África do Sul, na figura de seus representantes oficiais, para divulgar os dois grandes eventos a que o país se propôs: a Copa das Confederações deste ano e a Copa do Mundo em 2010. “Não vi uma promoção sequer da Copa das Confederações, e nem da Copa do Mundo. É impossível trazer pessoas aos estádios se não os promovermos”, cobrou Valcke. E a reivindicação não foi ignorada pelos executivos africanos. Diretor do comitê organizador do Mundial, Danny Jordaan admitiu que o povo local não parece tão empolgado quanto esperava. Os elogios, então, são tecidos a rivais. “Apenas um país vai sediar esta Copa do Mundo, e será a África do Sul. E ainda assim você vê países como Canadá e Austrália que estão mais entusiasmados do que a própria população sul-africana. A mesma situação se aplica à Copa das Confederações”, comparou. Cerca de 170 mil ingressos apenas foram vendidos para o torneio preparatório, uma espécie de teste ao Mundial do ano que vem. A disputa ocorrerá entre os dias 14 e 28 de junho.


Fonte: Universidade do futebol

Em 2010 os olhos do mundo irão se voltar para a África do Sul, cinco novos estádios estão sendo construídos especialmente para a copa. Será a primeira vez que o país terá estádios próprios para o futebol. A África tem pouca experiência com o futebol, participou somente das copas de 2002 e 1998. Mas o dinheiro que eles estão gastando com tudo isso poderiam gastar com os africanos, investindo na saúde, saneamento básico... Enquanto isso um monte de gente está morrendo de fome, sem saber o que fazer ou a quem recorrer. Sem noção de higiene, de vida, não sabem nem se quer como se prevenir de doenças. Os sul-africanos continuam tão pobres quanto há 15 anos, após o Apartheid . O fracasso do governo em divulgar a copa de 2010 para mim é o de menos enquanto o povo sul africano sofre com vários tipos de vírus por falta de informação.

5 de março de 2009

Falha em duelo do Estadual rende processos a FPF e Corinthians

No último dia 7 de fevereiro, Corinthians e Portuguesa, com o mando do clube alvinegro, enfrentaram-se no Pacaembu, em partida válida pelo Campeonato Paulista. Em um evento recheado de problemas extra-campo e que durou quase três horas, a responsabilidade ficou fragmentada e não fora assumida por quaisquer partes envolvidas no processo. Até agora.

O Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo instaurou processos administrativos contra o Corinthians Paulista e a Federação Paulista de Futebol, que é responsável pelo torneio, por conta da má prestação de serviço durante a partida.

Após interrupção em virtude da forte chuva que caía na região da Zona Oeste paulistana, o serviço de som do estádio teria informado aos torcedores que o evento estava suspenso, induzindo-os a deixar o local. O jogo, porém, foi reiniciada cerca de uma hora e meia depois da indicação do árbitro Flávio Rodrigues Guerra.

O órgão de defesa do consumidor notificou ambas instituições envolvidas para prestar esclarecimentos sobre os fatos, a fim de discutir como seria feito o ressarcimento aos torcedores que deixaram o estádio após a informação prestada pelo serviço de som do estádio – a alegação é que tanto Corinthians quanto FPF se isentaram de responsabilidade.

Com base no CDC (Código de Defesa do Consumidor) e no Estatuto do Torcedor, o Procon entendeu que ambos são solidariamente responsáveis por qualquer prejuízo causado ao torcedor que deixou de assistir a partida integralmente e deverão responder aos processos.

Fonte: Cidade do futebol.

4 de março de 2009

Projeto de lei prevê restrição a entrada de jovens em estádios de futebol no PE

Há aproximadamente um mês, no clássico entre Santa Cruz e Sport, pelo Campeonato Pernambucano, mais de 200 pessoas foram detidas por variados crimes – desde depredação do patrimônio público até brigas e porte de explosivos. Hoje, todas estão livres.

O panorama alusivo a Recife pode ser estendido a qualquer praça nacional, que vem sofrendo com problemas relacionados a violência entre torcidas e instituições de segurança e defasagem de estrutura ao público. E a restrição da entrada de menores de idades em jogos de futebol pode ser uma das soluções para minimizar isso tudo. Pelo menos é em que acredita Clodoaldo Magalhães, deputado estadual pelo PTB-PE.

Na visão do parlamentar, grande parte das torcidas organizadas é formada por crianças e adolescentes, e essas agremiações, de modo majoritário, seriam as protagonistas dos casos problemáticos nas arenas.

“Tem por fito dotar o Estado de Pernambuco de condições favoráveis à sociedade de poder assistir aos grandes jogos de futebol com o conforto e aparato necessários à prevenção e correção de fatos indesejáveis”, verbaliza Magalhães, na justificativa de seu projeto de lei que está em tramitação na Assembleia Legislativa.

Se aprovado, o plano de ação, que determina ainda a criação de um cadastro estadual de infratores, vetaria o acesso de menores desacompanhados de pais ou dos responsáveis, que teriam que se apresentar também no ato da compra dos ingressos – a determinação valeria também para espetáculos culturais.

O projeto está em análise na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, presidida pelo ex-dirigente do Náutico, André Campos. Passando, seguirá a votação no plenário. O governador do Estado, Eduardo Campos, pode ainda vetá-lo.

Fonte: Cidade do futebol.

Não cabe atribuir as causas da violência, exclusivamente, às questões de classe social ou fatores estritamente econômicos. Na composição de uma "torcida" participam pessoas que respondem a processos criminais, viciados, estudantes, trabalhadores das mais diversas profissões, pais de família, mulheres e jovens. Existe uma pluralidade de "agentes" que assumem diversos papéis nos "jogos" de relações sociais.

Não cabe, em igual proporção, pensar a violência entre "torcidas", no caso do Brasil, negando os efeitos do esvaziamento político do sujeito social, em especial dos agrupamentos de jovens, instaurado no processo de construção de uma "sociedade atomizada" e impulsionado pelos traçados ideológicos dos governos militares.

O que se arrisca, por derradeiro, dizer é que a violência caracterizou-se como parte intensa nas dimensões do cotidiano urbano contemporâneo, em especial dos grandes centros, sendo que uma pista importante, diante da intolerância da "comunidade" esportiva e das "autoridades públicas" ao movimento de "torcidas organizadas", cinge-se na indicação de que a repressão (policial, legal, etc.) contribui para manter uma "suposta ordem", porém, contribui, também, no deslocamento dessa massa jovem para outros movimentos de busca de prazer e de excitação.

CARLOS ALBERTO MÁXIMO PIMENTA (Professor de Sociologia na Universidade de Taubaté. Autor do livro Torcidas Organizadas de Futebol: violência e auto-afirmação, aspectos da construção das novas relações sociais)

Restringir a entrada de jovens nos estádios, não é nem de longe uma saída para solucionar os casos de violência entre torcidas organizadas nós estádios de futebol.

Uefa exige à Polônia explicações sobre luta contra corrupção no futebol

A Uefa quer que a federação polonesa de futebol explique detalhadamente como vem lutando contra a corrupção, problema que afeta o esporte no país e que já resultou na detenção de 140 pessoas envolvidas com práticas ilegais.

O organismo também quer receber uma relação completa de todos os árbitros envolvidos em escândalos de corrupção, as acusações feitas e medidas concretas adotadas pela federação polonesa.

Durante os quatro anos de luta contra a corrupção no futebol da Polônia, a Justiça investigou não só árbitros, mas também jogadores, dirigentes, torcedores e treinadores - entre eles um que passou pelo Wisla Cracóvia, um dos times mais importantes do país.

Segundo a imprensa digital polonesa, a Uefa tem mostrado preocupação com o andamento das investigações. Embora nada aponte por enquanto que a federação do país será punida, algumas publicações indicam que um supervisor pode ser nomeado para ficar à frente do processo.

Há alguns meses o Governo polonês decidiu substituir a cúpula da federação de Futebol por um administrador, encarregado de "limpar" a instituição e a corrupção no esporte.

A medida foi totalmente rejeitada pela Fifa, que ameaçou suspender a seleção das Eliminatórias Europeias à Copa de 2010 se não voltasse atrás.

O Governo polonês acabou cedendo ao ultimato da federação internacional de futebol, que poderia prejudicar também os planos do país como sede da futura Eurocopa de 2012, a ser organizada pelo país e a Ucrânia.

Fonte: Agência EFE.

Se esses ventos soprassem até aqui a CBF estaria perdida hein!

3 de março de 2009

Futebol dá um bico no povão

O futebol sempre foi conhecido como o "esporte do povão". Para jogá-lo, não precisa de muito: basta uma bola qualquer (oficial, de meia ou até de papel serve) e duas "traves", que podem ser feitas com dois chinelos de dedos, tijolos... Dá para jogar um contra um, dois contra dois e por aí vai. Fica a gosto dos "boleiros".

Assistir a uma partida de futebol profissional, porém, está virando cada vez mais passatempo para a elite do País. Não existem mais ingressos populares. De uns anos para cá, os clubes se acham no direito de cobrar preços exorbitantes em seus jogos. Principalmente aquelas partidas em que julgam ser "especiais".


Em São Paulo, uma arquibancada não sai por menos de R$ 40. Isso em jogos de São Paulo, Corinthians ou Palmeiras. Se o torcedor resolver escapar da chuva (ou do sol), então, pode preparar o bolso: os preços das cadeiras cobertas variam de R$ 100 a R$ 150.


Mas a ganância dos dirigentes já ultrapassou os limites do Sul/Sudeste. Aqui mesmo, apesar de ainda mais acessíveis, as arquibancadas já chegaram aos R$ 20.
O maior absurdo, porém, está acontecendo em Recife. Como disputa a Copa Libertadores, o Sport está cobrando R$ 100 por uma arquibancada contra a LDU, do Equador. O argumento dos dirigentes é sempre o mesmo: "Se não aumentar os preços, o clube não sobrevive".

E o torcedor que se dane!

Postado por - Thiago Cafardo
03/03/2009 14:07

Fonte: Blog de Esportes do jornal O POVO