26 de abril de 2007

Maioridade penal

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quinta-feira, por 12 votos a 10, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal no país. O texto, do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), propõe a redução, mas estabelece o regime prisional somente para jovens menores de 18 anos e maiores de 16 que cometerem crimes hediondos.

Opinião - Aumentar a punição é a única alternativa dada pelos setores conservadores da sociedade. Fazem-se críticas cada vez mais fortes ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e defende-se a redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos. Os defensores destes projetos argumentam que a redução da maioridade diminuiria a criminalidade. Entretanto, pesquisas em países onde isso já ocorre provam o contrário. A volta ao crime aumenta. Essas propostas tiradas como se fossem os “coelhos da cartola”, têm o objetivo de desviar dos reais problemas que afetam o país e camuflar a crise na segurança pública. As verdadeiras causas desta violência que assola o país, e que levam à morte, milhares de crianças e jovens, barbaramente neste país, ninguém fala.
Da desigualdade social; do alto nível de desemprego, que atinge principalmente a juventude; da crise na educação, que foi recentemente revelada pelos resultados das avaliações de ensino; da barbárie instalada na saúde pública: sobre estas causas ninguém fala. Ninguém propõe solução. Não há “comoção nacional” neste caso.
Por que os nobres parlamentares não votam projetos que beneficiem todas as áreas sociais, como Saúde, Educação, Moradia, Previdência Social, que têm sofrido a cada ano cortes de gastos pelo governo?
Como pode ser verificado por um questionamento mais amplo, a repressão com uma prisão mais severa não solucionará os problemas, servindo tão somente para aplacar a uma sede de vingança. É necessário, sim, refletirmos sobre o que ocorre, não podemos jogar os jovens dentro de um sistema que intensifica os problemas que o levaram para lá.
Não a redução da maioridade penal!

18 de abril de 2007

Massacre de Eldorado dos Carajás completa 11 anos

Há exatos 11 anos, 19 agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) morreram e 69 ficaram feridos em um confronto no sul do Pará com a Polícia Militar, no episódio que ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás. A ordem partiu do Secretário de Segurança do Pará, Paulo Sette Câmara, que declarou, depois do ocorrido, que autorizara "usar a força necessária, inclusive atirar". De acordo com os sem-terra ouvidos pela imprensa na época, os policiais chegaram jogando bombas de gás lacrimogêneo. Os sem-terra revidaram com paus e pedras. A polícia, então, partiu para uma ação mais violenta e atirou. 19 pessoas morreram na hora, outras duas morreram anos depois, vítimas das seqüelas e outras 67 ficaram feridas e mutiladas para o resto da vida. Segundo o legista Nélson Massini, que fez a perícia dos corpos, pelo menos 10 sem-terra foram executados. Sete lavradores foram mortos por instrumentos cortantes, como foices e facões.
Desde sábado (14/04), o MST realizou uma série de protestos em todo o país para lembrar a data, cobrar a punição dos envolvidos e reivindicar avanços na reforma agrária.

A RESISTÊNCIA CORAL se une a luta travada pelos trabalhadores sem terra, e repudia a impunidade!

17 de abril de 2007

Ferrão: campeonatos que ficaram na história.

Ferrão: 1988 - Final contra o Fortaleza


Ferrão Campeão 1994 - Final contra o Ceará


Ferrão BI-CAMPEÃO 95

Puta que pariu!!!!!!!!!!!!!!!!

Eu aqui no marasmo, sem fazer nada, daí me vem à memória o 1º de abril quando o Ferrão quebra o tabu e vence o Fortaleza, líder do campeonato (por 3 x 1) e eu não estava lá hehehe. Puta que pariu, que merda! Bom, para os poucos torcedores ferrenhos que presenciaram este feito, meus sinceros cumprimentos!

Dá-lhe Ferrão!!!!

16 de abril de 2007

"Torcedor"?

Na noite de ontem (15/04) quem passava na Av. João Pessoa em frente a sede do Ceará Sporting Club de ônibus, era surpreendido com um pequeno grupo de “torcedores” que tentavam embarcar nos ônibus, só que os mesmos não paravam, daí eram apedrejados pelos “torcedores”. Este que vos relata esta nota estava em um destes ônibus, que foram apedrejados, passageiros feridos e apavorados com o acontecido comentavam: “os vândalos estão a solta”. Infelizmente é este tipo de imagem que fica a cada dia na mente das pessoas, de que as “torcidas organizadas” de hoje são gangues, que aterrorizão a cidade com sua delinqüência.
Isso dar-se pelo surgimento de configurações organizativas com característica burocrática/militar, fenômeno essencialmente urbano que cria uma nova categoria de torcedor, ou seja, o chamado "torcedor organizado".

Fica uma indagação: em quais circunstâncias socioculturais, políticas e econômicas nasce essa "nova categoria de torcedor"? A questão perpassa todo um contexto e remete à análise da constituição do tecido social das grandes cidades.

11 de abril de 2007

Trabalhadores em luta na Argentina

No último dia 09, as provincias argentinas foram tomadas por mais de 300 atos em resposta ao chamado de greve geral convocado pela CTA e pela CTERA. Em Neuquén 30 mil pessoas tomaram as ruas em protesto contra a morte do professor Carlos Fuentealba, na semana passada. Fuentealba, 41 anos, tinha sido ferido na cabeça pela polícia, durante manifestação de professores, na província de Neuquén, no sul do país.

A paralisação nacional incluiu professores da rede pública e particular, que suspenderão suas atividades durante 24 horas. Motoristas de ônibus, metrô e trens, bancários e servidores do setor judicial, entre outros.

Neste ano de eleições presidenciais, marcadas para outubro, a morte de Fuentealba acabou entrando no debate da campanha eleitoral. O governador da província de Neuquén, Jorge Sobisch, é pré-candidato presidencial e adversário político do presidente Nestor Kirchner, que o responsabilizou, através de assessores, pela morte do professor.

A tragédia e a queda-de-braço ocorrem quando professores de diferentes províncias protestam por ajustes salariais. Além de Neuquén, cinco das 21 províncias do país vivem dias de protesto de professores, apesar de eles receberem salários diferentes por região. As manifestações são registradas em Salta e Chaco, no norte da Argentina, La Rioja, no noroeste, e Terra do Fogo e Santa Cruz, também na Patagônia.


A Resistência Coral presta todo apoio e solidariedade à luta dos trabalhadores argentinos!