21 de agosto de 2007

Plebiscito Popular: A Vale é nossa!

De 1 a 7 de setembro de 2007 será realizado um grande plebiscito em todo o país. É o Plebiscito Popular cujo principal tema é a anulação da privatização da Vale do Rio Doce. Além desse tema, serão abordadas ainda três questões muito importantes para o povo brasileiro: as dívidas externa e interna, a tarifa de energia elétrica e a reforma da Previdência.

Mais de 60 entidades, entre organizações e movimentos sociais de quase todos os estados do Brasil, estão organizando o plebiscito: o Jubileu Sul, as Pastorais Sociais da Igreja, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a Consulta Popular, a Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), a Intersindical, o Grito dos Excluídos, o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e muitas outras. Por isso, em todo o país, haverá campanha e urnas para a votação. Participe!

Veja as quatro perguntas:

1. Em 1997, a Companhia Vale do Rio Doce – patrimônio construído pelo povo brasileiro – foi fraudulentamente privatizada, ação que o governo e o poder judiciário podem anular. A Vale deve continuar nas mãos do capital privado?

2. O Governo deve continuar priorizando o pagamento dos juros da dívida externa e interna, em vez de investir na melhoria das condições de vida e trabalho do povo brasileiro?

3. Você concorda que a energia elétrica continue sendo explorada pelo capital privado, com o povo pagando até 8 vezes mais que as grandes empresas?

4. Você concorda com uma reforma da Previdência que retire direitos dos trabalhadores/as?


Diga não ao roubo do nosso patrimônio e dos nossos direitos!

A ULTRAS RESISTÊNCIA CORAL apoia esta iniciativa!


Saiba mais sobre o plebiscito:

http://avaleenossa.org.br/

Video da campanha:

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=LM6oph1muCI
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=qBEK1Wup0dw
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=GfwlYZeVjF4

1 de agosto de 2007

2 ANOS DE RESISTÊNCIA CORAL! ORGULHOSOS DE ESTAR ENTRE O PROLETARIADO!


No último dia do mês, 31 de julho, a ULTRAS RESISTÊNCIA CORAL, claque (1) de ultra esquerda do FERROVIÁRIO ATLÉTICO CLUBE - orgulho da minha vida, time do meu coração e da classe operária - comemora 2 anos de arquibancada. Uma história curta, porém, bastante rica em experiências.
A RESISTÊNCIA reivindica a cultura hooliganeira --- mal-afamada, escanteada e satanizada pelos meios de comunicação burgueses que vinculam o termo hooligan (2) à violência gratuita nos estádios entre torcidas ganguistas típicas do Brasil --- e leva pros estádios, ginásios, espaços esportivos e manifs. (3) a politização dos ultras (4) autênticos.
Tal iniciativa, no Brasil, causou bastante impacto no público que freqüenta estádios, também na repressão. Logo do surgimento da torcida, da publicação de seu site, surgiram várias iniciativas similares, embora a maioria delas ainda permaneçam virtuais, isto é, atuando somente na internet.
Pelo fato de ser abertamente politizada e de esquerda (5) , numa ocasião a torcida teve faixas censuradas, quando não arrancadas pela polícia e em outra ocasião tiveram sua bandeira com uma foice e um martelo (6) cortada por policiais no Estádio Presidente Vargas (P.V), durante jogo televisionado, o que causou repercussão nacional, através da mídia alternativa, fazendo com que crescesse o número de iniciativas de torcidas de esquerda.
Como diz o Manifesto da torcida: "Nos campos de classe e de futebol a resistência segue adiante" nesta vitoriosa experiência, da qual sou membro de uma krew (7).
Uma salva de fogos de artifício, cerveja e cânticos pra brindarmos essa vitória!

1 - O mesmo que torcida.
2 - Termo que designa torcidas formadas por jovens filhos de/ou operários surgida nos anos de 1960 na Inglaterra, de fortes vínculos genéticos com os skinheads, sendo praticamente uma história comum com desdobramentos distintos. A mídia tratou de ligar os hooligans ao acontecimentos de violência entre torcidas, escondendo o conteúdo político que havia nesses embates antes, durante e depois das partidas de futebol, quase se tratava de uma torcida antifascista combatendo torcidas fascistas.
3 - Abreviatura de manifestação.
4 - Termo que os antifascistas passaram a utilizar após a proibição da entrada dos hooligans nos estádios. Isso fez com que os ultras se tornassem bem mais organizados, para fugir das manobras repressivas da polícia. Assim como o termo hooligan - sob o qual recai a fama destes escroques - os fachos passam a usurpar o termo ultra, assim havendo ultras de esquerda e de direita, também alguns indecisos ditos apolíticos.
5 - A esquerda que nos referimos é a revolucionária, já que muita gente ainda associa esse termo a organizações traidoras de classe e que debandiaram-se de mala e cuia pra direita.
6 - Símbolo do comunismo, isto é, da classe trabalhadora.
7 - Célula da torcida, por exemplo Trotskrew Ferrooligans.

(* Texto extraído do folheto "Cockney! Idioma Skinhead" de um camarada membro da Resistência Coral!)