29 de maio de 2009

Calendario de Manifestações contra o aumento de passagem


20 Centavos faz muita diferença sim!

A Frente de Luta Contra o Aumento da Passagem convida toda população de Fortaleza a demonstrar sua indignação contra a efetivação do aumento da passagem de Embora a diferença pareça pequena, os vinte centavos farão uma diferença de 1,60 para 1,80.4 reais por semana para um estudante somente para ir e voltar da escola de segunda a sexta, e de 8 reais por semana para o trabalhador/desempregado, isso só para ir e voltar do trabalho de segunda a sexta. No fim do ano a diferença será de 48 reais para estudante e 75 reais para o trabalhador, isso só para ir e voltar de segunda a sexta. O/A fortalezense que já gastava 25% do orçamento familiar com transporte, com o aumento esse percentual aumentou ja que sobe a passagem e não sobe o salario. Ainda que a passagem tenha ficado congelada por 4 anos, os empresarios que tem o oligopolio das empresas de ônibus não deixaram de lucrar ja que desde 2006 a prefeitura isentou as empresas de uma serie de impostos e vem injetando dinheiro publico nas mesmas através da Câmara de Compensação.

1,80 é muito caro para o serviço prestado com:

Poucos ônibus. Ônibus que demoram muito. Ônibus lotado. Buracos nas ruas. Trabalhadores rodoviarios mal remunerados. Entre outros...

Vamos barrar o aumento da Tarifa!!! Que os Empresarios paguem pela crise no transporte!!!


Compareça nas manifestações atos Contra o Aumento da Passagem:

28/05 (Quinta Feira) As 9h na Secretaria Municipal de Educação
, num ato dos professores da rede municipal e servidores do municipio(Av. Pontes Vieira, proximo a Assembleia Legislativa), a Frente estará presente demonstrando solidariedade a luta.

29/05 (Sexta Feira) as 17h no Terminal da Parangaba.
(Concentração as 16h nos portões do Campus do Itaperi).

01/06 (Segunda Feira) as 16h no Cruzamento das Av. 13 de Maio com Av. da Universidade.


Blog: www.frentecontraoaumentoelimitacao.blogspot.com
Comunidade no orkut: Contra o Aumento da Passagem CE
LISTA DE E-MAIL: fcaplm@googlegroups.com
Contato: flcaplm@gmail.com

Torcedor do Fortaleza é preso por porte de arma

Três torcedores do Fortaleza que também iam para Natal foram presos por porte de bombas e drogas, mas acabaram liberados

Flávio Pinto
da Redação

28 Mai 2009 - 01h19min

Sessenta torcedores do Fortaleza que seguiam para Natal, na tarde da última terça-feira, para assistir ao jogo contra o ABC, pela Série B do Campeonato Brasileiro, foram detidos em duas ações pela Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte. O torcedor Lindemberg Silva Castro, 21, foi preso em flagrante por porte de arma. Outros três chegaram a ser detidos. Segundo a PM, no momento da abordagem, Lindemberg estava com um revólver calibre 38 na cintura. Até o final da tarde de ontem, dos quatro torcedores levados para a delegacia de Angicos, no interior do Estado, e para delegacia plantonista de Natal, apenas Lindemberg Silva continuava preso. Os torcedores haviam saído da capital cearense por volta das 14 horas da última terça-feira, em um ônibus fretado com destino ao estádio Frasqueirão, em Natal. À noite, o ônibus quebrou próximo a Angicos. De acordo com PMs, a baderna dos torcedores teria despertado atenção da população local, que os acionou a Polícia. Ao chegarem ao local, os policiais decidiram fazer uma vistoria no ônibus. Segundo o sargento Messias Luna, da PM do Rio Grande do Norte, na fiscalização foi detectado que Lindemberg Silva estava armado. Com a prisão de Lindemberg Silva, os demais torcedores foram liberados. Mas, para prosseguir viagem, eles tiveram de alugar três vans. Os veículos foram escoltados pelos PMs, que, ao chegarem ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Macaíba, na Região Metropolitana de Natal, decidiram realizar uma nova inspeção nos veículos. Desta vez, foram encontradas dentro das vans algumas trouxas de maconha, papelotes de cocaína, bombas caseiras e pacotes de lança-rojão (foguetes de médio impacto). Na ação, outros três torcedores foram detidos: Geílson Leite Cordeiro, 19; Wenderson Bezerra de Medeiros Messias, 20; e Cláudio Duarte Gonzales, de 19.

Fonte: Jornal O POVO

28 de maio de 2009

Peruanos ameaçam rejeitar convocação para a seleção

LIMA - Os jogadores peruanos não aceitarão a convocação para a seleção do país a partir de 24 de junho caso as autoridades não realizem reformas destinadas a reverter a crise esportiva no país, disse um dirigente sindical dos atletas na quarta-feira.

A medida não afetará os próximos jogos pelas eliminatórias para a Copa de 2010 - dia 7, em casa, contra o Equador, e no dia 10, em Bogotá, contra a Colômbia.

O protesto, no entanto, pode prejudicar o Peru nas quatro partidas restantes da disputa, contra Uruguai, Venezuela, Argentina e Bolívia.

"A partir de 24 de junho não aceitarão a convocação para a seleção até que sejam atendidas nossas reivindicações", disse a jornalistas o presidente da Agremiação de Futebolistas do Peru, Francesco Manassero (foto).

A decisão foi aprovada e assinada por 100 por cento dos atletas profissionais que atuam no futebol local, segundo ele.

"É necessário tomar ações urgentes para uma mudança no futebol do nosso país. A agremiação nunca falou de greve nem adiamento do campeonato", afirmou Manassero.

O futebol peruano vive uma das piores crises da sua história, e seus clubes acumulam resultados desastrosos nos torneios internacionais. Além disso, a seleção está praticamente fora da Copa de 2010, já que ocupa a lanterna nas eliminatórias, com 7 pontos em 12 partidas.

Fonte: Reuters

27 de maio de 2009

Federação Cearense decide por não realizar Copa Estadual

Desrespeitando uma exigência do Ministério Público e o seu próprio calendário oficial de competições para 2009, a Federação Cearense de Futebol (FCF) tomou a decisão de não realizar a Copa Estadual Fares Lopes, previsto para começar no próximo dia 13 de junho.

Segundo o atual vice-presidente da mentora, Mauro Carmélio, o lado financeiro foi o principal problema. "Nós tentamos apoio do Governo do Estado, da televisão e de patrocinadores, mas nada foi conseguido", afirmou o dirigente em entrevista ao site Artilheiro.com.br. Carmélio também alegou a falta de uma premiação que motivasse a participação dos clubes, sem no entanto citar que o projeto original da competição, elaborado pelo próprio Ferroviário, previa a destinação de uma vaga para a Copa do Brasil do ano seguinte para o campeão, item sumariamente retirado pela FCF quando do planejamento da copa.

No dia 10 de setembro de 2008, por unanimidade de votos, o Conselho Arbitral aprovou a criação da Copa Estadual envolvendo os clubes cearenses. Nove dias depois, o próprio Mauro Carmélio assinou um Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público Estadual, onde a FCF se comprometia a oferecer aos seus afiliados, já a partir de 2009, os 10 meses de competições oficiais garantidos pelo Estatuto do Torcedor.

A luta por um calendário justo iniciou-se em maio de 2008, com a denúncia de torcedores do Ferroviário contra o descumprimento do Artigo 8° do Estatuto do Torcedor por parte da Federação. Enquanto o futebol cearense dá mais um passo atrás, vários estados vizinhos mostram organização.

A partir de 15 de julho começará a Taça Cidade de São Luís, competição maranhense que envolverá oito clubes e indicará o segundo representante do estado na Copa do Brasil 2010. Os três grandes do estado confirmaram presença: Maranhão, Moto Club e Sampaio Correa. Estes dois últimos, inclusive, dividirão as atenções desta Copa com a disputa do Campeonato Brasileiro.

Competições semelhantes já acontecem também em Pernambuco, Piauí, Paraíba e Bahia. Há alguns anos atrás, as Federações de Alagoas e Sergipe se uniram, inovaram, e com muita criatividade promoveram a Copa Alagipe, sucesso técnico e de público.

Diante da demonstração explícita de descumprimento do que rege o Estatuto do Torcedor, a Associação dos Amigos do Ferroviário se reunirá em breve para deliberar sobre o assunto. Dessa vez, a empreitada coral estará acompanhada de associações de torcedores de outros clubes brasileiros.

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

24 de maio de 2009

TV da Espanha censura protesto separatista em jogo de futebol


Na última quarta-feira (13), a emissora TVE, da Espanha, tirou do ar cenas em que torcedores de futebol de origem separatista vaiavam o hino do país. O incidente aconteceu na partida final da Copa do Rei, entre Barcelona e Athletic de Bilbao.

Na ocasião, torcedores de ambos os clubes, de ascendência catalã e basca, respectivamente, soaram apitos na hora em que o hino espanhol era tocado no estádio. Nesse momento, a TVE decidiu mostrar um link nas cidades de Bilbao e Barcelona, para exibir os preparativos dos torcedores para a grande final.

Durante a semana, grupos separatistas bascos e catalães fizeram campanha para que o hino do país fosse vaiado no estádio definido para a final, em Valência. Em comunicado à imprensa, a emissora afirmou que as imagens do protesto não foram exibidas por "erro humano" e não como forma de censura à ação.

A final da Copa do Rei da Espanha, realizada na cidade de Valência, foi vencida pela equipe do Barcelona, pelo placar de 4 a 1.

Matéria indicada por Eusko Gudari.

Vídeo comparando a transmissão da TVE com a de outro canal de televisão:



Outro vídeo do YouTube, mostrando o ponto de vista dos torcedores, vaiando até perder o fôlego:


15 de maio de 2009

Time inglês antirracista de futebol amador no Brasil

A convite do Autônomos FC, equipe de várzea autogestionada da Grande São Paulo, estará no Brasil entre 16 e 26 de maio de 2009 o Easton Cowboys&Cowgirls, equipe de futebol de Bristol, Inglaterra que desde 1992 joga e viaja pelo mundo divulgando os ideais antifronteiras, antirracismo, antifascismo. Entre suas viagens, está todo ano a ida ao Mundial Anti-Racista que acontece em julho na Itália, uma visita aos zapatistas em Chiapas e outra à Palestina, lugar onde foram a primeira equipe inglesa em toda a história a jogar. Para saber mais sobre a história e as atividades do clube, visite a página oficial dos ingleses: http://eastoncowboys.org.uk/ Aqui no Brasil, Easton e Autônomos terão agenda cheia durante os 12 dias de estada dos ingleses. Mais informações, atualizações e relatos poderão ser encontrados no blog do Autônomos FC: http://vamoauto.wordpress.com

Passagem de ônibus em Fortaleza aumentará!

"Saiu o aumento das passagens de ônibus de Fortaleza. A Ettufor e o Sindiônibus entraram num acordo, durante encontro realizado nesta quinta-feira, 14, na sede da empresa gestora do transporte do município. Ficou acertado o seguinte: a passagem inteira sobe de R$ 1,60 para R$ 1,80 e a meia de R$ 0,80 para R$ 0,90. Mas esse novo preço só valerá a partir do próximo dia 25. O decreto já foi assinado pela prefeita Luizianne Lins. A "Tarifa Social", que hoje é de R$ 1,00, e é cobrada aos domingos, vai subir para R$ 1,20 (inteira) e R$ 0,60 (meia). " (Fonte: O Povo)


Manifestação contra o "possível" aumento da passagem, no dia 7 de maio (1 semana atrás).


Agora cabe aos estudantes e trabalhadores de Fortaleza responderem a mais esse ataque. Para mais informações sobre as reuniões e as próximas manifestações contra o aumento, visite o blog da Frente Contra o Aumento da Passagem e Limitação da Meia.

TODOS ÀS RUAS!
SE A PASSAGEM AUMENTAR, FORTALEZA VAI PARAR"

13 de maio de 2009

No país do futebol, a culpa é do ensino (ou da ausência dele)

O futebol está muito mais presente na vida destas crianças do que podemos imaginar. É comum escutar da boca de meninos de todas as classes sociais, que no futuro “eles vão ser jogadores de futebol”. A diferença está nas opções. O país tem ensino público universalizado, mas de péssima qualidade. No caso, o chamado contra turno é ocupado pela criança de qualquer maneira. Um país com turno integral na rede de ensino não teria o problema do Brasil.

Para a pobreza brasileira, a bola está ali como socialização primária e miragem do futuro do bolso farto e da cabeça vazia. Na pouca várzea que sobrou, nasce e ressurge a esperança, na rua e nos campinhos de terra com areia e pedra. Ao invés de se dedicarem aos estudos, como as crianças de outras classes sociais, desde muito cedo passam o tempo que deveria ser destinado ao ensino e mais o resto do tempo que tem para brincar, em campos de pelada com seus amigos. Concorrendo com a bola e as declarações idiotizadas de craques precoces, jogos eletrônicos e a TV. O Estado tira da reta e deixa o entorno deformar por conta própria.

Em outros paises, por mais que o ensino seja precário, as crianças passam pelo menos 10h do seu tempo dentro delas. Além das aulas formais, são proporcionadas atividades extra-classe. Além disso, elas recebem incentivos ao ensino e a prática do esporte. Por exemplo, para uma criança poder fazer parte do time de futebol de sua escola, ela precisa tirar boas notas. No Brasil, se fosse feito isso, teríamos a massa de praticantes com socialização desportiva para preencher a lacuna da overdose do futebol e da pouca presença do conjunto dos esportes olímpicos. Sem um modelo de base escolar, ficamos à mercê do alto rendimento e das bolsas do Comitê Olímpico Brasileiro.

Voltando ao fenômeno dos “boleiros precoces”, cabe observar o papel da família. Os pais, que deveriam ser à base da boa educação, dando todo o apoio e incentivo necessário para irem as escolas, se omitem da questão. Ou, de tão ocupados por terem de acordar cedo para trabalhar e voltarem tarde para casa, pensam que elas foram para a aula, mas mal sabem que nem chegaram perto dos portões do colégio. Se os parentes diretos percebem que há chance real do menino vir a se profissionalizar, o talento e o gosto do guri se tornam investimento. E a expectativa familiar é transferida para uma criança que deveria ter como única responsabilidade o desempenho escolar.

Para agravar ainda mais a situação, apesar de todo o problema financeiro, a família não pode deixar de ter uma televisão. E no centro das salas de suas casas, ela reprisa propagandas quem dizem: “compre isso”, “tenha aquilo”, "a melhor marca", "o melhor brinquedo", "a comida mais saborosa", "a roupa da moda". As crianças têm consciência que seus pais não podem lhe dar aquilo que a televisão diz, mas isso não impede de que cresça o interesse de ter aquilo que gostariam de ter.

O exemplo e a saída para escapar da pobreza estão ali também. Além disso, assistem pelo menos duas vezes por semana, partidas de futebol que são televisionadas, mostrando por 90 minutos, pessoas que, assim como eles, saíram das favelas e “cresceram na vida”, jogando futebol. Nestas condições, é muito fácil compreender como nasce o interesse pelo esporte, que ignoram todos os sacrifícios que terão que passar, que na realidade, para estas crianças, nada é mais difícil do que a vida que levam. Elas acabam acreditando que este é o caminho mais fácil para a felicidade. Como se a felicidade, e a culpa de todos os seus problemas fosse o dinheiro.

Contudo, sonhar com o futebol é fácil, difícil é chegar lá. Dos milhares de garotos que dividem o mesmo sonho, apenas alguns conseguem chegar ao profissionalismo. Destes, um número ainda mias ínfimo se revela como grande jogador. A partir daí o funil são os contratos com o exterior, quando a commoditye que chuta bola lastreia a lavagem de dinheiro de gente como Berlusconi, Abramovitch e Cia. Neste ponto, as chances de se ganhar fortunas aumenta.

Se fôssemos pôr na balança da sociedade brasileira o volume de frustração pela ausência de uma estrutura esportiva de base e a miríade do futebol profissional para a criançada, talvez mudasse a nossa própria definição do fenômeno das quatro linhas. No país dos boleiros, até o futebol perde com tamanha expectativa sobre apenas um jogo profissional.

Escrito por André Carvalho e Bruno Lima Rocha .

11 de maio de 2009

Bambis, ora pois!

Por FERNANDO GALLO*

Já que ninguém fala, direi eu

Está na hora de nós, são-paulinos de fina estirpe, tricolores de quatro costados, assumirmo-nos: somos bambis, sim senhor! Por que não?

Depois de muito ruminar o assunto, agora, pondo em perspectiva, creio que o Vampeta prestou um grande serviço quando nos colocou o apelido. Jocoso, pra dizer o mínimo. Vamos falar claramente. Funciona assim: chamo alguém de bambi querendo associá-lo à homossexualidade, de forma a diminuí-lo ou desvalorizá-lo, como se isso diminuísse ou desvalorizasse quem quer que seja.E nós, tricolores, temos nos sentido ofendidos, sem lembrarmo-nos de que a ofensa só acontece quando o ofendido se dá por ofendido. Pleno 2008, quase 2009, século 21! Se futebol é coisa de macho, amigo, é também de mulheres e homossexuais, e de qualquer outra classificação em que se encaixe quem ama esse esporte.

Tricolores hetero e homossexuais, são-paulinos civilizados, hexacampeões que querem ver cada vez mais distantes a barbárie e a selvageria que assolam este mundão de meu Deus, vamos assumir em coro: somos bambis, sim, senhor! Somos bambis! Vamos fazer como fez no passado o Palmeiras, que adotou o porco, e hoje faz lindas festas no chiqueiro. Ou o Flamengo, que assumiu o urubu, e atualmente tem torcida organizada que leva seu nome. Sugiro à torcida que teça uma enorme bandeira com um bambi muito másculo sentado à mesa, devorando os restos de um porco e de um gavião! Que ela invente cânticos divertidos sobre isso.

Proponho à diretoria que encampe essa idéia, e siga indicando que somos um time moderno, um espaço para o qual convirjam pessoas de toda sorte, independentemente de suas preferências sexuais.Vai fazer um bem danado para a imagem e para os cofres do clube. Inclusão é palavra que deve nos orgulhar, não nos envergonhar. A Terra será um planeta muito mais habitável à medida que aprendamos a soletrar a palavra igualdade. Nós, tricolores, devemos dar o exemplo.

Que ele seja dotado de bom-humor. Em coro, nos estádios país afora, ou onde quer que estejamos, gritaremos: bambis, bambis sim senhor!

*Fernando Gallo é são-paulino fanático, jornalista dos bons, heterossexual, trabalha na CBN e seu último desejo é ser empalhado em sua cadeira cativa no Morumbi, em posição de comemoração de gol.

Fonte: Blog do Juca

Ali Babá e os quarenta ladrões

Vamos direto ao assunto: não seria mais racional as Séries A, B, C e D do campeonato brasileiro começarem no mesmo período? Assim, muitos clubes participantes não seriam obrigados a pararem entre o fim do estadual e o início da competição nacional. A Série C só começa no fim de maio e a D no início de julho. Já os exaltados 40 clubes das Séries A e B - sempre privilegiados - dispõem de um certame o ano inteiro. Seria pedir muito que a CBF programasse melhor o calendário do mais importante campeonato do território nacional? Creio que não faria mais que sua obrigação.

Não vou entrar no mérito de um campeonato que privilegia apenas 40 clubes, nem todos importantes em nível de tradição, representatividade e potencial de torcedores, mas que chegaram onde estão por merecimento técnico e principalmente por serem melhor geridos. Apelo apenas para o bom senso em evitar que as outras equipes (Séries C e D) sejam obrigadas a parar para depois recomeçar dentro da mesma temporada. No caso dos humildes 40 participantes da Série D, há uma vácuo de mais de 2 meses no calendário entre as competições. Quem paga a folha de pagamento destes times durante o período sem arrecadação? O desmanche dos elencos é praticamente inevitável e torna ainda mais caro o processo de preparação das equipes.

Também não vou comentar sobre a eliminação precoce da grande maioria dos times, que ficarão sujeitos a longos períodos de inatividade até o ano que vem. Mais um absurdo de um calendário excludente. Nem vou comentar sobre o papel quase sempre ridículo das federações, sempre coniventes com os desmandos da CBF. Os 10 meses de competições oficiais, previstos no Estatuto do Torcedor, são desrespeitados vergonhosamente por ambas instituições. Até o dia que os clubes e seus torcedores se rebelarem e tomarem suas providências.

Enquanto isso, os dirigentes da CBF e das federações vão se perpetuando no poder. Em 2009, Ricardo Teixeira completa 20 anos no comando da CBF, mesmo período de tempo que a "situação" manda e desmanda na FCF. Simplesmente lamentável sob todos os aspectos. Enquanto mais de 300 times comem o pão que o diabo amassou, a CBF continua dando festinha particular para 40 convidados, promovendo o "maior e melhor campeonato do mundo", de nível técnico muitas vezes duvidoso, para uma legião de expectadores que sequer tem a capacidade - e a dignidade - de perceber a morte aos poucos do maior patrimônio do futebol nacional: os seus próprios times de futebol.

Postado por Evandro Ferreira Gomes

Fonte: Blogservatório - Portal oficial do Ferrão

10 de maio de 2009

Feliz Aniversário, Ferroviário! Desde 09 de maio de 1933


Sábado, 9 de maio de 2009. Hoje o Ferroviário Atlético Clube comemora 76 anos de gloriosa existência. Fruto da singela fusão de Matapasto e Jurubeba, simpáticos times dos saudosos funcionários da Rede de Viação Cearense (RVC) na década de 30, o clube coral nasceu e cresceu, tornando-se a maior expressão esportiva de raízes operárias do Brasil.

Apontado por historiadores como o clube de origem ferroviária mais vitorioso de todo o país, o Tubarão da Barra é ainda um dos poucos times em atividade remanescentes das representações de classe, muito tradicionais nas primeiras décadas do século passado. Foram muitas alegrias, conquistas e percalços, naturais a toda história gloriosa.

Ao longo de mais de sete décadas, o Ferroviário sabe muito bem o que é ter uma extensa relação de ídolos: Popó, Pepê, Manoelzinho, Nozinho, Fernando, Aldo, Macaco, Pacoti, Zé de Melo, Edmar, Coca Cola, Amilton Melo, Paulo Veloso, Simplício, Celso Gavião, Jacinto, Betinho, Jorge Veras, Luisinho das Arábias, Mazinho, Marcelo Veiga, Batistinha, Acássio, Jardel, entre tantos outros.

O clube ostenta confrontos históricos contra Fluminense-RJ (2x0 em 1949, 3x2 em 1966 e 4x1 em 1981), Bahia (4x2 em 1940, 4x2 em 1941, 7x2 em 2006), Santa Cruz-PE (5x2 em 1941), Paysandu-PA (3x2 em 1946 e 2x1 em 1955), Náutico-PE (3x1 em 1948), Santos-SP (0x0 em 1968), São Paulo-SP (2x2 em 1957) e até Seleção Brasileira (1x2 em 1968), entre outros. Em um registro inédito na história do esporte alencarino, o clube coral recebeu a placa com o título de Honra ao Mérito Legislativo outorgada pela Câmara de Vereadores de Fortaleza, em 1988.

A galeria coral já contabiliza mais de 100 conquistas oficiais, entre campeonatos, copas, torneios e taças. São 9 títulos estaduais e 21 vice-campeonatos. Foi o primeiro, e até então único, clube de futebol do estado do Ceará a disputar uma competição internacional fora do território brasileiro. Este ano, estreando na primeira edição da Série D, o Ferrão participará pela 27ª vez do Campeonato Brasileiro, com 6 presenças na Série A e 8 na Série B.

Ao todo são mais de 3.200 jogos e mais de 1.600 atletas utilizados ao longo de 76 anos de existência. Todos esses detalhes estão sendo minuciosamente resgatados em uma série de pesquisas históricas que, brevemente, gerarão um livro e um almanaque, tornando o Ferroviário o único clube do futebol nordestino a conhecer profundamente simplesmente todos os dados da sua história.

O clube tem um patrimônio invejável e recentemente vem sofrendo uma renovação em sua safra de dirigentes que promete dias de muitas alegrias para o Ferrão. Através do Programa Sócio-Torcedor, criado e administrado pela Associação dos Amigos do Ferroviário Atlético Clube (AAFAC), o Tubarão já desenvolve projetos de construção do Centro de Treinamentos e ampliação do Estádio Elzir Cabral.

O Ferroviário tem ainda o privilégio de conviver com o Sr. Valdemar Caracas, fundador do clube, que completou lúcido, no fim do ano pasado, 101 anos de idade.

Renovado de espírito e de idéias, o clube mantém um importante tripé de comunicação oficial: além de possuir um dos melhores portais de internet do Brasil, o Ferroviário Atlético Clube conta com uma revista trimestral, a Expresso Coral, e com um programa radiofônico semanal, a Rádio Ferrão.

São 76 anos de vida, 76 anos de um verdadeiro patrimônio histórico e imaterial do estado, 76 anos que sempre se renovam. O Ferroviário é um jovem que continua sonhando alto e que, certamente, vai chegar ao topo dada a persistência de seus novos e velhos mandatários, unidos rumo a mais 76 anos de glórias. Definitivamente, não é pra qualquer um. E viva o Ferrão. Feliz Aniversário, amor da vida de mais de 200 mil pessoas.

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

7 de maio de 2009

No tempo em que o futebol andava de trem

No dia em que comemora 76 anos de história, o Ferroviário Atlético Clube será o principal destaque do projeto Percursos Urbanos, organizado pelo Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a ONG Mediação de Saberes, que a cada sábado promove um passeio itinerante para pontos importantes da cidade.

No sábado, dia 9, um ônibus urbano sai da sede do CCBNB rumo a pontos relacionados à história do Tubarão da Barra, como a Av. Francisco Sá, onde se situavam as Oficinas do Urubu, nascedouro do Ferroviário nos anos 1930, além da aprazível Barra do Ceará, bairro onde se localizam as invejáveis instalações do clube.

Durante o passeio, acontecerá um bate-papo intitulado "No tempo em que o futebol andava de trem", com a participação de Airton de Farias, autor do livro "Ferroviário: Nos trilhos da vitória", Evandro Ferreira Gomes, diretor de marketing e historiador do clube, e Leonardo Carneiro, integrante da Ultras Resistência Coral.

Serviço: No Tempo em que o Futebol Andava de Trem - Dia 09, sábado, 15h às 18h30

Operários fortalezenses dos anos 1930, compelidos a prestar horas-extras noturnas, aproveitam o "intervalo forçado" entre um turno e outro para praticarem o football. Da pelada nasceria o Ferroviário Atlético Clube. O time de ferroviários tornou-se símbolo para militantes de esquerda e chegou a eleger um comunista para a Câmara de Fortaleza, logo cassado pelo Estado Novo. Neste percurso, futebol, política e outras histórias do Expresso Coral, que neste dia completa 76 anos. 210min.

Participantes: Interessados em geral, mediante inscrição prévia.
Ponto de saída: Centro Cultural Banco do Nordeste (Centro).
Inscrições: a partir de 05/05, na recepção do CCBNB.

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

Salve-se quem puder

Primeiro foi o absurdo critério imposto pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para definir os 20 times da Série C 2009, que tinha como principal atrativo os mesmos moldes das Séries A e B: disputa por pontos corridos e calendário o ano inteiro.

Depois veio a constatação da balela: nada de pontos corridos e muito menos calendário o ano inteiro. A Série C será composta por 4 grupos regionalizados e metade dos times que iniciarão a competição ficarão de "férias" em apenas 2 meses, depois de míseras 8 partidas.

Agora, mais uma lamentação: não só os 40 clubes da Série D, mas também todos os da Série C vão ter que se virar para arranjar dinheiro. A informação que já havia sido anunciada pelo diretor da CBF, Virgílio Elísio, foi confirmada também pelo presidente da FBA (Futebol Brasil Associados), José Neves.

"A CBF não vai ajudar financeiramente os clubes da Série C. Agora temos a Série D para olhar, pois achamos que o filho já cresceu. Faremos de tudo para que os clubes tenham boas condições, ainda mais durante essa crise, que é séria, mas não daremos dinheiro", anunciou Elísio.

"Cada um vai se bancar, cada um vai se virar. Este ano será assim com as Série C e D", confirmou Neves.

Salve-se quem puder!

Postado por Chateaubriand Arrais Filho

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

1 de maio de 2009

O Primeiro de Maio: memória, símbolo e rito da vida operária.

As manifestações do Primeiro de Maio, com seus cortejos, estandartes das associações dos trabalhadores, hinos e alegorias remetem a valores constitutivos do movimento operário, tais como o internacionalismo e a solidariedade, plenos do intuito educativo e dos ideais de comunidade, união e luta. O esforço para consolidar este momento de expressão pública e coletiva de anseios por parte dos trabalhadores se completa na luta pela preservação do sentido de protesto dos oprimidos e explorados que a data encerra, furtando-se da intenção dos que a querem como "festa do trabalho", lugar da conciliação de classes. A memória operária é também objeto de lutas, o sangue derramado pelas "Oito horas de trabalho; oito horas de repouso; oito horas de educação" não pode ser esquecido.

No Ceará, como em todo o Brasil, os ecos das manifestações operárias em torno do Primeiro de Maio são ouvidos desde o final do século XIX. Os primeiros militantes socialistas cearenses expressam em seus jornais, discursos e partidos as idéias da redenção operária, fortalecendo uma tradição e formando e moldando a sua identidade. O Centro Artístico Cearense batiza seu jornal com o nome de Primeiro de Maio, já em 1905. A memória dos mártires é reverenciada em praça pública, em comício e demonstrações. Nas primeiras décadas do século XX, nas páginas do Voz do Graphico, Pedro Augusto Mota, trabalhador gráfico e militante libertário exalta a "data bendita", sintoma da luta pela construção da memória operária.