Há exatos 11 anos, 19 agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) morreram e 69 ficaram feridos em um confronto no sul do Pará com a Polícia Militar, no episódio que ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás. A ordem partiu do Secretário de Segurança do Pará, Paulo Sette Câmara, que declarou, depois do ocorrido, que autorizara "usar a força necessária, inclusive atirar". De acordo com os sem-terra ouvidos pela imprensa na época, os policiais chegaram jogando bombas de gás lacrimogêneo. Os sem-terra revidaram com paus e pedras. A polícia, então, partiu para uma ação mais violenta e atirou. 19 pessoas morreram na hora, outras duas morreram anos depois, vítimas das seqüelas e outras 67 ficaram feridas e mutiladas para o resto da vida. Segundo o legista Nélson Massini, que fez a perícia dos corpos, pelo menos 10 sem-terra foram executados. Sete lavradores foram mortos por instrumentos cortantes, como foices e facões.
Desde sábado (14/04), o MST realizou uma série de protestos em todo o país para lembrar a data, cobrar a punição dos envolvidos e reivindicar avanços na reforma agrária.
A RESISTÊNCIA CORAL se une a luta travada pelos trabalhadores sem terra, e repudia a impunidade!
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