Muitos contam a história de um clube por seus títulos, outros por mérito de um indivíduo, porém, isso não basta para contarmos a história do Ferroviário Atlético Clube. A história do Ferrão também é permeada pela coletividade, engajamento e organização política dos ferroviários, características que dão um enfoque de classe à gloriosa história do Tubarão da Barra.
Assim como a luta de classes, poderíamos dividir a história do Ferrão em épocas, etapas, conjunturas. Os ferroviários não eram meros expectadores de partidas de futebol, eles eram sujeitos políticos do processo histórico, envolvidos no sindicato e na luta de classes (esta, por sinal, acirradíssima quando do período da fundação do clube coral). Deve ainda se ressaltar que os ferroviários cearenses constituíram um foco de resistência ao golpe militar de 1964.
Muitos podem pensar que o fato do Ferrão ser o segundo time da maioria dos trabalhadores - da velha guarda, pois conhece as origens do clube, já que a nova geração foi privada de conhecê-la devido à inoperância de sucessivas composições de diretorias do Clube, como também à campanha de marginalização sofrida por esta agremiação esportiva - é por que "viraram a casaca", mas mantiveram simpatia pelo Ferroviário. Acredito que isso se deva mais a uma intuição de classe pois, geralmente, passamos a torcer por um time estimulados por algo ou alguma coisa ainda quando criança de forma inconsciente. Somente quando despertamos para o futebol tardiamente podemos definir conscientemente para que clube torcer. Deixemos essas questões para um momento posterior...
No último período o Ferroviário tem sido espelho da luta de classes. Os times da burguesia estão na ofensiva com seus investimentos milionários, enquanto os times que possuem um histórico de classe estão na defensiva e, infelizmente, alguns destes já tombaram ante o poder aquisitivo dos adversários.
Mas o trem da história não pára, aguarda apenas o vapor das massas, a força motriz da "locomotiva" (como Karl Marx denominava a revolução) guiada pelo "grande maquinista".
Desde 1933 a história do Ferroviário A. C. também é a história da luta de classes (parafraseando Marx - autor que, inclusive, também nascera nos primeiros dias do mês de maio, só que em 1818). Por isso mesmo, o Ferrão nunca morrerá e, aonde for, terá torcedores, a sua classe!
(Extraído da introdução ao artigo "Uma breve história do Ferrão", por Trotskid Trosko, no fanzine Bandeira Coral, edição especial).
Assim como a luta de classes, poderíamos dividir a história do Ferrão em épocas, etapas, conjunturas. Os ferroviários não eram meros expectadores de partidas de futebol, eles eram sujeitos políticos do processo histórico, envolvidos no sindicato e na luta de classes (esta, por sinal, acirradíssima quando do período da fundação do clube coral). Deve ainda se ressaltar que os ferroviários cearenses constituíram um foco de resistência ao golpe militar de 1964.
Muitos podem pensar que o fato do Ferrão ser o segundo time da maioria dos trabalhadores - da velha guarda, pois conhece as origens do clube, já que a nova geração foi privada de conhecê-la devido à inoperância de sucessivas composições de diretorias do Clube, como também à campanha de marginalização sofrida por esta agremiação esportiva - é por que "viraram a casaca", mas mantiveram simpatia pelo Ferroviário. Acredito que isso se deva mais a uma intuição de classe pois, geralmente, passamos a torcer por um time estimulados por algo ou alguma coisa ainda quando criança de forma inconsciente. Somente quando despertamos para o futebol tardiamente podemos definir conscientemente para que clube torcer. Deixemos essas questões para um momento posterior...
No último período o Ferroviário tem sido espelho da luta de classes. Os times da burguesia estão na ofensiva com seus investimentos milionários, enquanto os times que possuem um histórico de classe estão na defensiva e, infelizmente, alguns destes já tombaram ante o poder aquisitivo dos adversários.
Mas o trem da história não pára, aguarda apenas o vapor das massas, a força motriz da "locomotiva" (como Karl Marx denominava a revolução) guiada pelo "grande maquinista".
Desde 1933 a história do Ferroviário A. C. também é a história da luta de classes (parafraseando Marx - autor que, inclusive, também nascera nos primeiros dias do mês de maio, só que em 1818). Por isso mesmo, o Ferrão nunca morrerá e, aonde for, terá torcedores, a sua classe!
(Extraído da introdução ao artigo "Uma breve história do Ferrão", por Trotskid Trosko, no fanzine Bandeira Coral, edição especial).
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