6 de fevereiro de 2008

Interditado

O PV foi interditado, por determinação da Prefeitura de Fortaleza. A decisão foi tomada na última segunda-feira

O feriado de Carnaval trouxe baixas para o Campeonato Cearense de Futebol 2008. Por determinação da Prefeitura de Fortaleza, a Secretaria Executiva Regional IV resolveu interditar o estádio Presidente Vargas, no Benfica, que vinha recebendo partidas com apenas metade da sua capacidade liberada (10 mil lugares). O estádio seria palco de duas das quatro partidas das semifinais do Estadual e com essa decisão, não poderá ser mais utilizado para jogos até que se saiba a sua real situação. A primeira delas seria amanhã, às 20h30min, entre Fortaleza e Horizonte.

A decisão pela interdição veio na segunda-feira, um dia após a queda de um lance das arquibancadas (domingo, 3) da avenida Domingos Olímpio, durante o desfile de carnaval da capital cearense. No entanto, a prefeita Luizianne Lins ressaltou que já havia uma discussão para que não houvesse jogos no PV até que os laudos sobre o grau de infiltração e de impacto fossem apresentados. "Essa decisão já havia sido pensada antes", frisou a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins.


O atual secretário da Regional IV, Roberto Rodrigues, confirmou a informação de Luizianne e disse que a idéia de paralisar as partidas no PV partiu dele. "Os laudos não chegaram ainda. E a nossa prioridade é fazer com que o torcedor esteja bem." Segundo o secretário, não se sabe que parte da arquibancada está com problemas, então é melhor prevenir. Em dezembro do ano passado, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Ceará (CREA-CE) dignosticou uma série de problemas estruturais no PV e recomendou que nenhuma atividade esportiva fosse programada para o estádio até que testes de corrosão e impacto fosse realizados. A Universidade Federal do Ceará é a responsável pela realização dos testes.

O presidente do CREA-CE, Antônio Salvador aprovou a decisão da Prefeitura. "Acredito que essa tenha sido a melhor decisão. O estádio precisa, realmente, de algumas reformas. Há locais visíveis com infiltração e muitas ferragens estão à mostra", comentou. E ainda ressaltou que os testes necessários podem ser feitos em pouco tempo. "Cerca de duas semanas são suficientes para que tudo seja feito." Para o administrador do PV, Marcos Pinto, a interdição aconteceu na hora certa. "A interdição veio para que se evite problemas maiores. Depois dos testes, a gente avalia o que deve ser feito."

Fonte: Jornal O Povo

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