O Estado deveria retirar juízes das estruturas componentes do futebol profissional
Atualmente, há dez juízes na Liga Portuguesa de Futebol. Dois na Comissão Disciplinar, e oito na Comissão Arbitral, que funciona como uma espécie de órgão externo para resolução de questões referentes ao jogo.
A Federação Portuguesa de Futebol, por outro lado, não tem desde dezembro qualquer magistrado nas suas comissões.
O tema vem à tona justamente no dia em que se dará o início do julgamento do processo principal do caso “Apito Dourado”, no Tribunal de Gondomar, envolvendo 24 pessoas. Em questão, Valentim Loureiro, José Luís Oliveira e Pinto de Sousa, dentre outros, são suspeitos de terem montado um esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Gondomar Sport Clube, facilitando o plano do clube de subir à II Liga Profissional de futebol.
Loureiro, presidente da Câmara de Gondomar e ex-presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, é acusado de 26 crimes dolosos de corrupção ativa, sob a forma de cumplicidade, e um crime doloso de prevaricação.
Já José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara de Gondomar, presidente da Direcção do Gondomar SC e presidente da Assembléia-Geral do Sousense, à data dos fatos, é o principal réu no processo, sendo acusado de 26 crimes dolosos de corrupção ativa e 21 crimes dolosos de corrupção desportiva ativa.
O ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, José António Pinto de Sousa, responde por 26 crimes dolosos de corrupção passiva para ato ilícito.
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