O caso veio à tona em março de 2004, quando as autoridades da Polícia Judiciária, principal órgão de investigação de Portugal, receberam uma carta anônima denunciando que dirigentes da equipe do Gondomar, da segunda divisão B, tentavam levar o clube a ser promovido através de subornos.
Naquela época, Valentim Loureiro era também prefeito de Gondomar.
O caso de corrupção envolve o jogo entre Boavista e Estrela da Amadora, de 3 de abril de 2004. O árbitro foi Jacinto Paixão, agora acusado de corrupção passiva.
O Boavista perdeu a partida, mas a Polícia Judiciária possui gravações telefônicas comprometedoras. Numa delas, Valentim Loureiro reconhece, ao falar com Paixão, que era impossível favorecer mais a equipe.
Esta é a primeira acusação oficial do processo, que inclui diversos esportivos e de organismos disciplinares da Liga de futebol.
Em 7 de abril de 2005, a Polícia Judiciária encerrou a investigação após um ano de trabalho, com mais de 200 acusados.
Durante a investigação, as autoridades escutaram 370 testemunhas e fizeram mais de 100 buscas nas residências dos envolvidos.
Após o início da investigação, o presidente do Porto, Nuno Pinto da Costa, foi acusado de cinco crimes de tráfico de influência, dois de corrupção no esporte e um de falsificação de documentos.
Pinto da Costa teve de prestar declaração no tribunal de Gondomar, mas acabou libertado após pagar uma fiança de 125.000 euros e com medidas cautelares, entre elas a impossibilidade de entrar em contato com os demais envolvidos.
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