12 de março de 2008

O horrendo show dos árbitros.

Quem não gosta, pode reclamar.
Mas não tem como deixar de falar do serviço de péssima qualidade que os árbitros prestam ao futebol. Há momentos que eles decidem mais que os jogadores.

Eu acho chato, entretanto sou obrigado a discutir o tema. Carrego a bandeira do uso das imagens durante as partidas. Ninguém, até hoje, me deu uma resposta convincente para a minha eterna pergunta.
Por que a cena transmitida, gravada e reprisada pelas televisões que todo mundo vê, não pode ser utilizada no local e hora onde é mais importante, necessária?

Tenho outras questões: Quem ganha com isso? Qual a razão dos árbitros, os maiores criticados, não lutarem pelo auxílio? E o chip? E a profissionalização? E o fim da ligação entre árbitros, Federações e CBF? Quatro auxiliares ao invés de dois? Ótimo, será bom para o jogo! Só que não vai chegar nem perto de diminuir a quantidade de erros absurdos dos sopradores de apito. O cheiro da naftalina dos ternos da cartolagem deve estar afetando a mente de quem cuida da revisão das regras.

Em 2008, na era digital, da comunicação, do imediatismo, não vão me vender que mais dois seres humanos correndo pelos lados do gramado significam modernidade.

Escrito por Vitor Birner

Quando li sobre o assunto do chip na bola tive a mesma sensação. Afinal de contas, o chip iria detectar apenas um tipo de infração: se a bola passou ou não a linha do gol. 99% dos erros de arbitragem não são desse tipo. Quanto aos 2 novos assistentes, pode até diminuir erros de arbitragens, mas não parece uma medida convincente, inclusive porque eu acho que fere a universalidade das regras, a princípio, qualquer jogo de futebol teria de contar com 5 árbitros. O argumento contra o uso do vídeo no futebol é que é um jogo que deveria fluir. Não é como futebol americano que tem troca de equipe de ataque e defesa. Isso torna o uso do vídeo complicado. Mas já fizeram sugestões interessantes, como a de colocar um assistente numa sala, com acesso a vídeo, ele só pode intervir no jogo se o juiz chama-lo, e dar um feedback instantâneo para o árbitro, que toma a decisão no final. Contudo esta solução de mão única caminharia naturalmente para uma solução de duas mãos, o assistente poder se comunicar a todo o momento com o árbitro. Isso realmente seria uma forma de diminuir muito os erros de arbitragem, porém se aplicaria apenas a jogos retransmitidos na tv. Duvido que um jogo da “3a divisão” teria recursos para usar um sistema próprio de captação audiovisual.

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