22 de março de 2008

Presidente da Conmebol é citado em caso de falência da ISL

Os promotores que investigam a falência da empresa ISL, ex-sócia de marketing da Fifa, apresentaram provas de pagamentos feitos de uma conta bancária secreta ao paraguaio Nicolás Leoz (foto), presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol.

Leoz, que também é membro do comitê executivo da Fifa, preside a Conmebol desde 1986.

O dirigente foi citado em uma lista de supostos beneficiários de pagamentos feitos através de uma conta bancária de Liechtenstein de uma companhia que era propriedade da ISL mas que nunca havia sido declarada na estrutura de sua dona, a ISMM.

Os pagamentos foram expostos em um documento da promotoria de 228 páginas entregue a jornalistas na primeira etapa de um julgamento pela falência da ISL em 2001.

Leoz não foi acusado de agir de forma incorreta. No entanto, os documentos não indicaram o propósito dos pagamentos feitos ao paraguaio, de 79 anos, entre janeiro e maio de 2000, totalizando 130.000 dólares.

A Conmebol considerou o episódio como "um capítulo encerrado".

"A Conmebol emitiu um comunicado em setembro de 2006. A partir desse dia em que assentou-se a postura em defesa da instituição, nada mudou", disse à Reuters o porta-voz da organização, Néstor Benítez.

O comunicado, emitido pouco depois de que o caso foi publicado em um jornal da Inglaterra, dizia que "nenhum membro da instituição recebeu dinheiro algum de tal empresa, não mantendo, desde então, qualquer vínculo comercial com ela".

A nota foi assinada pelo secretário-geral da entidade, Eduardo Deluca, pelo vice-presidente Eugenio Figueredo e pelo tesoureiro Romer Osuna, que fizeram parte do comitê de urgência da Conmebol.

Seis ex-executivos da ISL e ISMM enfrentam acusações que vão desde desfalque à falsificação de documentos, por isso, os promotores pedem sentenças de prisão de até quatro anos e meio.

A apresentação da promotoria sustenta que o propósito global da conta de Liechtenstein era subornar dirigentes esportivos, num esforço para garantir contratos lucrativos para a ISL.


Fonte: Agência Reuters

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