Jogadores já batiam bola há algum tempo em Itu. Veio a ordem para o árbitro Paulo César de Oliveira atrasar o início do jogo. É que Santos e Internacional decidiam nos pênaltis uma vaga para a semifinal da Taça São Paulo e a transmissão da emissora não poderia ser interrompida.
O povo começou a vaiar e, depois de 15 minutos de espera, Paulo César usou tardiamente o bom senso e começou a partida, ao final vencida pelo Ituano por 1 a 0.
Repare na tabela do Campeonato Paulista. Tem jogos 16h, 17h, 18h, 19h30, 20h30, 21h45 (que sempre começa perto das 22h, por causa desse nefasto Big Brother). Além do horário-novidade das 23h. Acabou a padronização! Para onde levaram a tradição?
Até agora não explicaram por que o jogo do Corinthians com o Guarani começou às dez da noite de quinta-feira passada. Mas o jogo da Globo, no meio de semana, não é na quarta?
O Morumbi recebeu 30 mil corintianos. Se a partida fosse as 20h30, horário tradicional, mais de 50 mil iriam ao estádio.
Tenho o maior respeito pela Rede Globo. Mas ela só está vendo os seus interesses e de seus filhotes SporTV e pay-per-view. E nada me tira da cabeça que ela quer acabar com o público nos estádios. Assim daria as cartas com os cartolas e seria a principal receita do futebol. E os clubes e federações continuariam em suas mãos.
A televisão é muito importante para o futebol. Principalmente uma emissora da envergadura da Globo. Mas não com esse modelo absurdo.
Para ser mais democrático e justo, ao elaborar uma tabela, todos os interesses envolvidos devem ser privilegiados. E não apenas os da televisão! Com prejuízo direto para o torcedor que gosta de ir ao estádio.
Aliás, o torcedor deveria ser a preocupação número um de quem faz futebol.
Por Márcio Bernardes
BR Press
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