Numa entrevista coletiva concedida durante sua visita à Argentina, o governante boliviano se disse "confiante" e se "certo de que, com o apoio da América do Sul, não haverá veto ao futebol em La Paz".
Recentemente, a Fifa determinou que não serão disputados jogos internacionais nos estádios localizados a mais de 3.000 metros acima do nível do mar, a não ser quando as equipes dispores de um período de aclimatação de pelo menos duas semanas.
Nesta sexta-feira, Morales disse que a Fifa se acha "maior que as Nações Unidas" e que "com este tipo de veto não consegue dividir os países".
"Mas estou convencido de que as federações da América do Sul e seus dirigentes, como (o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, o paraguaio Nicolás) Leoz e (o vice-presidente da Fifa, o argentino Julio) Grondona, nunca irão nos abandonar, porque não se pode excluir os países que vivem em grandes altitudes", acrescentou.
O presidente da Bolívia também destacou "as conclusões de uma grande reunião da CSF realizada em Santiago do Chile em 22 deste mês, quando a resolução da Fifa foi rejeitada por unanimidade".
"Se vivemos em uma altitude elevada temos o direito de jogar em locais de altitude elevada. Temos muitos argentinos e jogadores de outros países que jogam em várias equipes da liga de futebol boliviana e nunca se queixaram da altura. É importante entender isto", frisou.
Segundo Morales, o assunto está "nas mãos" do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, que "se comprometeu" com o próprio presidente da Bolívia "a acabar com esta injustiça".
"Tenho muita confiança e sinto-me orgulhoso de nossos dirigentes da América do Sul. O futebol nos une. Não só recebi apoio dos dirigentes do futebol, mas também dos Governos. Tive que falar com muitos presidentes para evitar este veto", declarou o governante.
Morales fez estas afirmações depois de se reunir hoje em Buenos Aires com a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner.
Fonte: Agência EFE
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