O prognóstico mais divulgado ao longo do tempo dá conta da extinção do Ferroviário Atlético Clube. Não rara é a rápida associação que as pitonisas locais - incompetentes de ofício - ousam em fazer com o fim do Maguari, saudosa agremiação cearense dos anos 1940, mostrando total desconhecimento da própria história deste futebol cheio de mazelas e personagens infames.
Todos os dias, o torcedor coral escuta, lê e assiste um pouco destas pitonisas em ação. O caso mais conhecido remete ao ano de 1961, quando o Jornal O Povo elaborou uma ampla matéria publicada em três edições intitulada "Debacle de um time de futebol", que previa o fim do Ferroviário para a década seguinte. A matéria ousava até em dizer que o clube nunca mais testemunharia o surgimento de novos ídolos.
Depois disso, o Ferroviário conheceu Coca Cola, Edmar, Amilton Melo, Jacinto, Luisinho das Arábias, Marcelo Veiga, Acássio, para citar apenas sete jogadores que entraram para a sua gloriosa história. Com eles, vieram os títulos de 68, 70, 79, 88 e a inédita conquista do bi-campeonato 94/95. Velhas e novas gerações continuaram vivenciando a doce sensação de ver o Ferrão em ação. Pitonisas se foram. Pitonisas vão e vêm. Eles estão nos jornais, no rádio, na TV e nas arquibancadas. Mais forte do que tudo e todos, o Ferrão marcha célere para o seu 75° aniversário em meio ao surgimento de novos torcedores e dirigentes. Por que? Porque o Ferrão é eterno.
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