17 de dezembro de 2007

Política de sócios causa desertificação nos estádios portugueses

Imprensa lusa aponta fidelização como motivo da baixa média de público

A crescente política de benefícios para sócios de clubes de futebol está causando problemas em Portugal. De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal luso Diário de Notícias, quem não se filia as agremiações acaba pagando até três vezes mais por um ingresso do que um sócio. Para especialistas ouvidos pela publicação, isso tem causado a desertificação dos estádios. Outro problema vivido pelas equipes é a crescente dependência da televisão aliada à pouca qualidade de grande parte dos jogos.

A Liga portuguesa acredita que os clubes precisam se adaptar à realidade econômica do país e crítica a o tabelamento de preços, que serve somente para evitar especulação nos finais de temporada. (...)

O torcedor comum aponta o preço dos ingressos como principal motivo para o baixo público. Porém, especialistas não concordam, uma vez que o ingresso mais barato custa cinco euros e o mais caro 75 euros.

O sócio de uma equipe portuguesa contribui em média com dez euros ao mês e paga pelas entradas três euros (em Leiria) ou em média dez, nos casos das grandes equipes. Já o torcedor comum não tem incentivo para ir ao estádio. Uma família de três pessoas que queria, por exemplo, assistir Benfica x Leiria, terá que desembolsar pelo menos 60 euros.

Equipes como Benfica, Sporting e Porto têm mais da metade de sua lotação já vendida através de carnês no início da temporada. No entanto, os dirigentes das grandes equipes não consideram os ingressos caros e acusam as pequenas de aumentaram significativamente o valor das entradas quando recebem uma equipe grande.

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