26 de dezembro de 2007

Polícia religiosa saudita intensifica ações contra camisas do Barcelona com cruz

A Polícia religiosa saudita intensificou sua pressão para que não sejam vendidas camisas do Barcelona com a cruz de São Jorge, símbolo que, segundo alguns países islâmicos, fere os sentimentos dos muçulmanos.

A Agência Efe comprovou que vários vendedores sauditas evitam exibir camisas com o escudo original do Barcelona por causa do temor de que sejam confiscadas por membros da Polícia religiosa, a Mutawa, cujo nome oficial é "Comissão para a Promoção da Virtude e da Prevenção do Vício".

Fontes da Mutawa afirmam que a cruz de São Jorge "é uma provocação contra os sentimentos dos muçulmanos, pois os recorda das cruzadas".

Sadek Jan, um dos vendedores de roupas esportivas de Riad, lamentou que nos últimos meses tenha aumentado o número de membros da instituição contrários à venda da camisa da equipe catalã.

Porém, Jan disse que muitos rejeitam comprar as camisas sem a cruz de São Jorge que atualmente circularam no país islâmico.

Vários cidadãos sauditas consultados pela Efe rejeitaram as pressões dos religiosos sauditas, e alguns deles a qualificaram de "injustas".

"Por que se concentrar em um detalhe que não é importante. Será que acham que em um jogo de futebol os espectadores podem notar a existência de uma cruz na camisa", perguntou Yaser al Barkan, um saudita de 32 anos.

A Polícia religiosa saudita tem cerca de 5 mil membros que patrulham os locais públicos para vigiar se os cidadãos estão cumprindo as estritas normas sociais.

Fonte: Agência EFE

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