Em última instância, quem vai pagar a conta de arenas para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil? Anunciado na última quarta-feira, o veto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador local (COL) ao Morumbi, estádio escolhido por São Paulo para representar a cidade no torneio, reaqueceu um debate sobre esse tema.
Pouco depois de a decisão ter sido anunciada, nota emitida pela Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo, endossada pela prefeitura, rechaçou a possibilidade de usar dinheiro público para a construção de uma nova arena na região.
O governo federal também se eximiu. Em entrevista coletiva concedida em Johanesburgo, na África do Sul, o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, passou a responsabilidade ao comitê local.
"O governo federal assinou um termo com a Fifa e se comprometeu a cumprir 11 exigências para realizar a Copa do Mundo, mas nenhuma delas era relacionada a estádios. Isso consta de um documento que as cidades acertaram com a Fifa. Portanto, é uma responsabilidade da região", explicou o ministro.
Segundo Silva Júnior, o governo federal foi procurado no início do ano passado por representantes das 12 cidades-sedes. Eles argumentaram que a crise financeira internacional dificultou a busca por parceiros comerciais e pediram ajuda na forma de crédito facilitado.
O governo federal colocou uma linha de crédito de R$ 400 milhões à disposição das cidades via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, entidades privadas responsáveis por estádios não conseguiram reunir garantias necessárias para tomar a receita.
Fonte: Máquina do Esporte.
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