O Castelão completa hoje 35 anos. O estádio embalou os sonhos de redenção do futebol cearense. Mas os anos passaram e pouco se progrediu
A jóia da coroa. O ingrediente que faltava para o futebol cearense atingir a maturidade, o primeiro nível do esporte no País. Foi sob esse mote que os desportistas locais saudaram a inauguração do estádio Olímpico Plácido Aderaldo Castelo há exatos 35 anos. Mas o tempo veio, o Castelão se consolidou como um dos maiores palcos da bola no Brasil, e o futebol cearense segue na periferia - mesmo após a "chegada do futuro".
As décadas mostraram que a construção de grandes arenas não significa o desenvolvimento do esporte. O paradoxo entre o gigante Castelão e a tímida expressão do futebol local provam isso. Desde o surgimento do estádio, os times cearenses figuraram sem grande destaque na elite nos anos de 1970 e metade dos 80, quando o Campeonato Brasileiro comportava em média 40 equipes. De proveitoso, o vice-campeonato do Ceará na Copa do Brasil de 1994 e as três recentes participações do Fortaleza na Série A.
"Entre a construção do Castelão e o que se esperava para a realidade há um descompasso muito grande. Se imaginava que o estádio por si só representaria a redenção. Mas apesar dele ser imprescindível, se observou foi que tivemos uma sucessão de erros, más administrações dos clubes e da Federação", pontua o cronista Wilton Bezerra. "Não conseguimos sair do nosso quintal suburbano", finaliza.
O jornalista Alan Neto lembra bem do clima de euforia na época da construção do estádio. Porém, contata que, "se a intenção era de fazer o futebol cearense ter um sopro de progresso, foi um tiro no pé". Ele também cita a desorganização e pouco planejamento locais como fatores que atrapalharam o desenvolvimento do futebol. "O Castelão é bonito e moderno, só que o futebol cearense não rompeu os grilhões do Prado e do PV", afirma.
A construção do Castelão, por sinal, seguiu tendência do início dos anos 70. Após a conquista do tricampeonato na Copa do México, os militares passaram a investir em estádios gigantescos. O ex-governador Plácido Aderaldo Castelo iniciou a obra e César Cals a concluiu, com direito a discurso inflamado na solenidade de inauguração: "O estádio é do povo. Para sua alegria", destacou, após o hasteamento da bandeira nacional.
Em seguida, Ceará e Fortaleza entraram em campo para a primeira partida no estádio. A meta das cerca de 65 mil pessoas que se deslocaram de suas residências para o então longínquo bairro de Mata Galinha era entrar, sentar nas arquibancadas, ver de perto o símbolo de uma nova era para o futebol local. Mas os rivais acabaram empatando sem gols. Já era indício de que pouca coisa iria melhorar.
A jóia da coroa. O ingrediente que faltava para o futebol cearense atingir a maturidade, o primeiro nível do esporte no País. Foi sob esse mote que os desportistas locais saudaram a inauguração do estádio Olímpico Plácido Aderaldo Castelo há exatos 35 anos. Mas o tempo veio, o Castelão se consolidou como um dos maiores palcos da bola no Brasil, e o futebol cearense segue na periferia - mesmo após a "chegada do futuro".
As décadas mostraram que a construção de grandes arenas não significa o desenvolvimento do esporte. O paradoxo entre o gigante Castelão e a tímida expressão do futebol local provam isso. Desde o surgimento do estádio, os times cearenses figuraram sem grande destaque na elite nos anos de 1970 e metade dos 80, quando o Campeonato Brasileiro comportava em média 40 equipes. De proveitoso, o vice-campeonato do Ceará na Copa do Brasil de 1994 e as três recentes participações do Fortaleza na Série A.
"Entre a construção do Castelão e o que se esperava para a realidade há um descompasso muito grande. Se imaginava que o estádio por si só representaria a redenção. Mas apesar dele ser imprescindível, se observou foi que tivemos uma sucessão de erros, más administrações dos clubes e da Federação", pontua o cronista Wilton Bezerra. "Não conseguimos sair do nosso quintal suburbano", finaliza.
O jornalista Alan Neto lembra bem do clima de euforia na época da construção do estádio. Porém, contata que, "se a intenção era de fazer o futebol cearense ter um sopro de progresso, foi um tiro no pé". Ele também cita a desorganização e pouco planejamento locais como fatores que atrapalharam o desenvolvimento do futebol. "O Castelão é bonito e moderno, só que o futebol cearense não rompeu os grilhões do Prado e do PV", afirma.
A construção do Castelão, por sinal, seguiu tendência do início dos anos 70. Após a conquista do tricampeonato na Copa do México, os militares passaram a investir em estádios gigantescos. O ex-governador Plácido Aderaldo Castelo iniciou a obra e César Cals a concluiu, com direito a discurso inflamado na solenidade de inauguração: "O estádio é do povo. Para sua alegria", destacou, após o hasteamento da bandeira nacional.
Em seguida, Ceará e Fortaleza entraram em campo para a primeira partida no estádio. A meta das cerca de 65 mil pessoas que se deslocaram de suas residências para o então longínquo bairro de Mata Galinha era entrar, sentar nas arquibancadas, ver de perto o símbolo de uma nova era para o futebol local. Mas os rivais acabaram empatando sem gols. Já era indício de que pouca coisa iria melhorar.
Fonte: Jornal O Povo
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