Uma reunião, realizada na manhã desta quarta-feira (19), irá rever a proibição das bandeiras dentro dos estádios de Belo Horizonte. Há três anos, o artigo foi banido das arenas por medida de segurança.
Do encontro convocado por Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, na sede da Secretaria de Estado de Defesa Social, participarão além do diretor da pasta, Maurício de Oliveira Campos Junior, dirigentes de Atlético, Cruzeiro e América, os três grandes clubes de Belo Horizonte, o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Hélio Santos Junior, e um representante do Ministério Público.
A volta das bandeiras aos estádios foi uma das promessas de Kalil quando buscava votos dos conselheiros para a sua eleição no Atlético-MG. O presidente do time mineiro pretende que a medida seja aceita para que a torcida seja autorizada a entrar com bandeiras já no confronto contra o Santos, último jogo do Atlético-MG como mandante no Campeonato Brasileiro 2008, marcado para o próximo dia 30 de novembro.
O presidente eleito do Cruzeiro, Zezé Perrella, atual vice de futebol, diz concordar com a liberação das bandeiras, desde que se garantindo a segurança pública. "Sempre achei bacana as bandeiras, mas é uma questão de segurança, de Corpo de Bombeiro, de Polícia. Se der para voltar, ótimo. Talvez usando-se um mastro de plástico ou algo assim. A gente não entende porque o Maracanã pode e aqui não pode. Tem que ter uma coerência", disse.
As bandeiras estão proibidas nos estádios de Belo Horizonte, desde o final de 2005, por questão de segurança, em iniciativa tomada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por intermédio da Promotoria de Defesa do Cidadão, em parceria com a Polícia Militar. A proibição já havia acontecido em 2002, após confrontos entre torcedores de Atlético e Cruzeiro em um clássico no Mineirão. Na primeira vez, a punição durou dois anos, sendo liberado o uso em 2004. Um novo confronto entre torcedores do Atlético e Cruzeiro no ano seguinte, desta vez em uma estação de ônibus, que resultou na morte do torcedor do time cruzeirense Francisco Aguinaldo Felício, levou à nova proibição, que permanece em vigor até hoje.
Além dos dirigentes de clubes importantes da capital mineira a iniciativa de liberarem-se as bandeiras nos estádios da cidade é apoiada pela maioria dos jogadores e técnicos dos clubes locais. Na opinião deles, o espetáculo proporcionado pelas torcidas fica mais bonito quando as bandeiras estão presentes.
Caso as bandeiras sejam liberadas, as torcidas, em conjunto com as autoridades locais deverão fazer uma campanha de conscientização dos torcedores para que seja mantida a paz nos estádios e para que a bandeira seja usada exclusivamente para torcer.
Fonte: Cidade do Futebol
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