A capital espanhola está na disputa pelo direito de sediar os Jogos de 2016 com as cidades do Rio de Janeiro, Chicago e Tóquio. O vencedor será escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional em outubro do ano que vem.
Incidentes isolados de racismo em eventos esportivos na Espanha mancharam a imagem do país nos últimos anos, levando a temores de que as chances da cidade podem ser ameaçadas.
"Madri é uma cidade tolerante, mesmo se for verdade que houve alguns incidentes provocados por uma minoria que de maneira alguma representa a atitude geral dos residentes da cidade", disse a chefe da candidatura, Mercedes Coghen (foto), na quinta-feira em um evento na cidade.
Um vídeo curto promovento a candidatura olímpica, com mensagens de apoio de jogadores de futebol como o zagueiro brasileiro naturalizado português Pepe e o defensor tcheco Tomas Ujfalusi, do Atlético de Madri, também foi apresentado.
"O esporte é uma arma no arsenal da tolerância", disse Coghen, apontando que uma série de iniciativas educacionais foram lançadas e o filme seria exibido nas escolas da cidade.
A decisão de Madri de abordar o assunto da integração e da tolerância segue um incidente deste mês, quando a imprensa reportou que o atacante camaronês Samuel Eto'o, do Barcelona, foi vítima de cantos racistas da torcida em um partida do Campeonato Espanhol em Málaga.
Em outro incidente no início da temporada, o equatoriano do Getafe Joffre Guerron sofreu abusos raciais da torcida durante uma partida contra o Sporting Gijon, de acordo com a súmula do árbitro do jogo .
Separadamente, mensagens de ódio tendo como alvo o campeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton foram postadas em um site espanhol.
Hamilton, o primeiro piloto negro da Fórmula 1, também sofreu insultos raciais de torcedores durante testes em Barcelona em fevereiro. Depois do incidente, a FIA lançou uma campanha contra o racismo.
Fonte: Agência Reuters
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