Infelizmente, em meio à Copa do Mundo que faz bilhões de pessoas vibrarem em todo o planeta, o futebol é cenário de um caso revoltante de violência à mulher. O goleiro do Flamengo, Bruno, mais uma vez, é o protagonista de uma história que já era grave e chegou ao extremo por causa da impunidade. Ele é suspeito de matar e ocultar o cadáver de Eliza Samudio, com quem teve um relacionamento e um filho.
Eliza, 25 anos, está desaparecida há três semanas. Segundo amigas, ela teria ido passar uma temporada com o filho no sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG). Bruno, com a ajuda de amigos, teria sequestrado a jovem e o bebê de quatro meses que seria filho do jogador. Eles teriam espancado Eliza até a morte e depois enterrado o corpo na propriedade do jogador.
A criança foi entregue a um terceiro pela esposa de Bruno, Dayanna Souza, que foi presa na sexta-feira e liberada em seguida. A pessoa depôs dizendo que tinha sido orientada a fazer o bebê desaparecer. O pai de Eliza já encontrou o menino e conseguiu sua guarda.
Esse não é apenas um episódio, mas mais um ato de um espetáculo de terror. A história de violência de Bruno com Eliza teve um crescimento gradual e podia ter sido interrompida.
Em outubro de 2009, Eliza Samudio, grávida de cinco meses, denunciou Bruno de tê-la sequestrado, ameaçado de morte, agredido fisicamente e apontado uma arma para a sua cabeça. Três amigos ajudaram Bruno. Ele a agrediu fisicamente.
Ela conta que Bruno dizia: “Eu não sei se te mato, não sei o que eu faço”. Ele queria que ela fizesse um aborto e tentou forçá-la a tomar Citotec, medicamento utilizado no tratamento de úlcera que pode provocar aborto. Ela recusou e ele a levou para o seu apartamento, onde lhe deu remédios sedativos e uma bebida que a moça não identificou.
Mesmo com as ameaças para que Eliza não recorresse à polícia – ele ameaçou matar a ela, à família e às amigas – ela recorreu à Delegacia de Atendimento à Mulher. O que aconteceu com Bruno? Nada. Continuou livre e, assim, confiante para levar à violência às últimas consequências.
Um crime previsível
Eliza, 25 anos, está desaparecida há três semanas. Segundo amigas, ela teria ido passar uma temporada com o filho no sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG). Bruno, com a ajuda de amigos, teria sequestrado a jovem e o bebê de quatro meses que seria filho do jogador. Eles teriam espancado Eliza até a morte e depois enterrado o corpo na propriedade do jogador.
A criança foi entregue a um terceiro pela esposa de Bruno, Dayanna Souza, que foi presa na sexta-feira e liberada em seguida. A pessoa depôs dizendo que tinha sido orientada a fazer o bebê desaparecer. O pai de Eliza já encontrou o menino e conseguiu sua guarda.
Esse não é apenas um episódio, mas mais um ato de um espetáculo de terror. A história de violência de Bruno com Eliza teve um crescimento gradual e podia ter sido interrompida.
Em outubro de 2009, Eliza Samudio, grávida de cinco meses, denunciou Bruno de tê-la sequestrado, ameaçado de morte, agredido fisicamente e apontado uma arma para a sua cabeça. Três amigos ajudaram Bruno. Ele a agrediu fisicamente.
Ela conta que Bruno dizia: “Eu não sei se te mato, não sei o que eu faço”. Ele queria que ela fizesse um aborto e tentou forçá-la a tomar Citotec, medicamento utilizado no tratamento de úlcera que pode provocar aborto. Ela recusou e ele a levou para o seu apartamento, onde lhe deu remédios sedativos e uma bebida que a moça não identificou.
Mesmo com as ameaças para que Eliza não recorresse à polícia – ele ameaçou matar a ela, à família e às amigas – ela recorreu à Delegacia de Atendimento à Mulher. O que aconteceu com Bruno? Nada. Continuou livre e, assim, confiante para levar à violência às últimas consequências.
Um crime previsível
O perfil do goleiro já era conhecido. Quando o então jogador do Flamengo Adriano – hoje no Roma da Itália – agrediu de forma selvagem a ex-namorada Joana Machado, Bruno deu uma entrevista coletiva, defendendo o colega. Justificando a agressão de Adriano a Joana, Bruno disse aos jornalistas: “qual nunca saiu na mão com sua mulher?”
No episódio, ocorrido em março, Adriano, Vagner Love, Bruno e Álvaro saíram de um jantar na luxuosa Barra da Tijuca e foram para um baile funk no Morro da Chatuba. Joana, então noiva de Adriano, foi atrás do craque para exigir satisfações. Joana atirou pedras nos carros dos jogadores, fato que foi mais destacado pela imprensa do que o que aconteceu depois.
Bruno, goleiro e capitão do Flamengo, conteve a moça aos gritos, quando ela se dirigiu ao seu carro, de forma nada gentil: “O meu carro você não quebra, não, sua puta”. Adriano tentou segurar Joana, que revidou. Ele não teve dúvidas: bateu na namorada, pediu aos traficantes que a expulsassem da favela e, caso ela resistisse, que a amarrassem numa árvore e a deixasse até o sol raiar.
O noticiário nacional tratou o caso como um “barraco”. Dois dias depois, a notícia era sobre a reconciliação do casal. Só uma sociedade doente e moralmente degenerada permite uma inversão dessas.
O que assusta é a naturalização como a violência à mulher é tratada. Só agora, depois desse filme de terror, Bruno foi afastado do Flamengo.
O carro de luxo, a mansão e a mulher
Há tempos que os jogadores deixaram de ser ídolos por causa de seu belo futebol, como foram Garrincha, Tostão, Pelé e tantos outros. Atualmente, a maioria deles é celebridade, como qualquer astro de Hollywood.
Com salários milionários, que um trabalhador não recebe numa vida inteira de suor, compram o que querem. E não são só os salários. É normal os mais famosos passarem mais tempo fazendo propagandas publicitárias do que treinando.
Para eles, a mulher é apenas mais uma coisa que eles podem comprar. É como a Ferrari, o Jaguar, o Lamborghini, a mansão na Europa, o apartamento de luxo na Barra da Tijuca.
Como ídolos, eles são referência para milhões de pessoas comuns, trabalhadores e jovens. Esses reproduzem suas atitudes. Os exemplos não faltam. Felipe Melo, volante da seleção brasileira, chamou a bola Jabulani de “patricinha que não gosta de ser chutada”.
A impunidade de Bruno e de outros jogadores e a falta de reprovação e condenação às falas machistas constantes autorizam qualquer homem a fazer o que bem entende com as mulheres, pois nada acontece com eles.
Para que serve a Lei Maria da Penha? Se já não funciona em tantos casos para as mulheres pobres denunciarem seus companheiros, menos efeito ainda tem sobre pessoas importantes, com um poder financeiro e social, como têm os jogadores. No caso Bruno, a lei sequer o intimidou.
Com salários milionários, que um trabalhador não recebe numa vida inteira de suor, compram o que querem. E não são só os salários. É normal os mais famosos passarem mais tempo fazendo propagandas publicitárias do que treinando.
Para eles, a mulher é apenas mais uma coisa que eles podem comprar. É como a Ferrari, o Jaguar, o Lamborghini, a mansão na Europa, o apartamento de luxo na Barra da Tijuca.
Como ídolos, eles são referência para milhões de pessoas comuns, trabalhadores e jovens. Esses reproduzem suas atitudes. Os exemplos não faltam. Felipe Melo, volante da seleção brasileira, chamou a bola Jabulani de “patricinha que não gosta de ser chutada”.
A impunidade de Bruno e de outros jogadores e a falta de reprovação e condenação às falas machistas constantes autorizam qualquer homem a fazer o que bem entende com as mulheres, pois nada acontece com eles.
Para que serve a Lei Maria da Penha? Se já não funciona em tantos casos para as mulheres pobres denunciarem seus companheiros, menos efeito ainda tem sobre pessoas importantes, com um poder financeiro e social, como têm os jogadores. No caso Bruno, a lei sequer o intimidou.
Escrito por: Luciana Candido do Opinião Socialita.
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