Há várias décadas, o futebol é considerado o esporte mais popular do planeta, constituindo-se num dos maiores fenômenos de massa de todos os tempos. Na América Latina, a importância a ele atribuída alcança níveis extraordinários, tendo sido responsável até mesmo por guerras, como foi o caso do conflito envolvendo Honduras e El Salvador no ano de 19691.
Ao analisarmos a história dessa modalidade, constatamos a existência de equipes formadas a partir de diferentes origens. Elas podem estar ligadas a grupos étnicos: Vasco da Gama, Tuna Luso, Cruzeiro e Palmeiras (Brasil), Central Español (Uruguai), Audax Italiano e Palestino (Chile); cidades: Coritiba, Marília, Fortaleza, Caracas, Bucaramanga; personagens históricos: Bolívar e Jorge Wilsterman (Bolívia), O'Higgins e Colo Colo (Chile), Jorge Newberry (Argentina), Saprissa (Costa Rica), Juan Aurich (Peru); instituições de ensino: Universitário (Peru), Newell's Old Boys e Estudiantes (Argentina), Universidad Autonoma de Guadalajara (México), Universidad de Chile; bairros: Botafogo, Boca Juniors, Madureira, Campo Grande; e fábricas: Cruz Azul (México), Talleres de Córdoba (Argentina) e Bangu. Giulianotti (2002) afirma que o futebol moderno possui três formas fundamentais de identificação social: nação, localidade e classe (p.55). É exatamente a respeito do surgimento de um novo tipo de identidade de classe a partir do desenvolvimento do futebol no interior do ambiente fabril que nos dedicaremos no presente trabalho.
Iniciaremos com um breve histórico acerca da criação do futebol moderno e da sua rápida difusão pelo planeta. Posteriormente, analisaremos a sua chegada à América Latina, o estranhamento inicial por ele provocado, culminando na formação de uma Liga Contra o Foot-ball fundada pelo escritor Lima Barreto, e a resistência enfrentada por parte da militância anarquista e comunista. Por fim, estudaremos a importância que os times de fábrica tiveram não somente para o desenvolvimento do esporte, como também das sociedades locais, colaborando para a superação de barreiras raciais e sociais, e com a mudança nas relações de trabalho a partir do surgimento da figura do operário-jogador, uma espécie de transição entre o amadorismo e o profissionalismo.
Para tal, optamos por um estudo mais detalhado acerca do Bangu Atlético Clube, devido ao fato dele historicamente constituir-se no mais importante time de fábrica do país, por ter sido a primeira equipe a romper com a barreira da cor da pele no nosso futebol e por ser um marco numa nova perspectiva nas relações patrão-empregado no Brasil.
Assim sendo, não teremos a preocupação de percorrer a história do futebol brasileiro e latino-americano até os dias atuais. O nosso recorte temporal se limitará até o início da década de 1930, época da implantação do profissionalismo no nosso país, período áureo dos times de fábrica.
Ao analisarmos a história dessa modalidade, constatamos a existência de equipes formadas a partir de diferentes origens. Elas podem estar ligadas a grupos étnicos: Vasco da Gama, Tuna Luso, Cruzeiro e Palmeiras (Brasil), Central Español (Uruguai), Audax Italiano e Palestino (Chile); cidades: Coritiba, Marília, Fortaleza, Caracas, Bucaramanga; personagens históricos: Bolívar e Jorge Wilsterman (Bolívia), O'Higgins e Colo Colo (Chile), Jorge Newberry (Argentina), Saprissa (Costa Rica), Juan Aurich (Peru); instituições de ensino: Universitário (Peru), Newell's Old Boys e Estudiantes (Argentina), Universidad Autonoma de Guadalajara (México), Universidad de Chile; bairros: Botafogo, Boca Juniors, Madureira, Campo Grande; e fábricas: Cruz Azul (México), Talleres de Córdoba (Argentina) e Bangu. Giulianotti (2002) afirma que o futebol moderno possui três formas fundamentais de identificação social: nação, localidade e classe (p.55). É exatamente a respeito do surgimento de um novo tipo de identidade de classe a partir do desenvolvimento do futebol no interior do ambiente fabril que nos dedicaremos no presente trabalho.
Iniciaremos com um breve histórico acerca da criação do futebol moderno e da sua rápida difusão pelo planeta. Posteriormente, analisaremos a sua chegada à América Latina, o estranhamento inicial por ele provocado, culminando na formação de uma Liga Contra o Foot-ball fundada pelo escritor Lima Barreto, e a resistência enfrentada por parte da militância anarquista e comunista. Por fim, estudaremos a importância que os times de fábrica tiveram não somente para o desenvolvimento do esporte, como também das sociedades locais, colaborando para a superação de barreiras raciais e sociais, e com a mudança nas relações de trabalho a partir do surgimento da figura do operário-jogador, uma espécie de transição entre o amadorismo e o profissionalismo.
Para tal, optamos por um estudo mais detalhado acerca do Bangu Atlético Clube, devido ao fato dele historicamente constituir-se no mais importante time de fábrica do país, por ter sido a primeira equipe a romper com a barreira da cor da pele no nosso futebol e por ser um marco numa nova perspectiva nas relações patrão-empregado no Brasil.
Assim sendo, não teremos a preocupação de percorrer a história do futebol brasileiro e latino-americano até os dias atuais. O nosso recorte temporal se limitará até o início da década de 1930, época da implantação do profissionalismo no nosso país, período áureo dos times de fábrica.
Leia mais em: http://www.efdeportes.com/efd90/times.htm
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