SÃO PAULO - Um confronto entre corintianos e vascaínos deixou uma pessoa morta e pelo menos oito feridas na noite desta quarta-feira, 3, na Marginal do Tietê, próximo à Ponte das Bandeiras, zona norte de São Paulo. O torcedor morto, ainda não identificado, foi encontrado por uma viatura da Polícia Militar (PM) seminu, com sinais de espancamento e sem nenhum documento, próximo à Praça Campo de Bagatelle.
A briga aconteceu pouco antes do jogo entre os dois times no estádio do Pacaembu, pela Copa do Brasil. Trinta pessoas, entre elas 27 corintianos e três vascaínos, foram detidas e levadas ao 13º Distrito Policial, da Casa Verde. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo policiais militares da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), torcedores do Corinthians armaram uma emboscada para os 15 coletivos que traziam os vascaínos do Rio de Janeiro. Eles se posicionaram no sentido Castello Branco da Marginal do Tietê e, por volta das 21h30, quando os ônibus do Vasco passaram, iniciaram o confronto.
O major Marinho, do Batalhão de Choque da Policia Militar, afirmou que corintianos que ocupavam veículos de passeio começarem a atirar pedras contra os ônibus dos torcedores cariocas. "Eles (os corintianos) vieram preparado para isso (o confronto)", relatou o major em entrevista à Rádio Bandeirantes. Segundo os policiais os ônibus cariocas eram escoltados pela Rocam, mas a presença da polícia não intimidou os torcedores.
No local da briga a polícia encontrou barras de ferro, pedras e rojões. O ônibus corintiano e cinco carros - entre eles um Corsa Sedan, um Classic, um Fox, um Celta e um Audi A3 - foram atacados. O coletivo, o Celta e Audi terminaram depredados. Segundo a PM, entre os 27 torcedores do Corinthians detidos, estavam um rapaz procurado e outros três com passagens por porte ilegal de arma.
Pouco mais tarde, por volta das 23h30, um dos ônibus que levou a torcida do Vasco ao estádio foi incendiado, na Avenida Pacaembu. Ninguém ficou ferido. Por segurança, a polícia reteve os torcedores do Vasco por cerca de uma hora no estádio após a partida.
O irmão de um dos corintianos feridos disse não acreditar que a torcida paulistana tenha preparado uma emboscada para os cariocas. Na opinião dele, isso seria um "suicídio". "Não estou querendo desmentir ninguém e nem falar mal da polícia, mas é o seguinte: para falar que um ônibus com quarenta e poucas pessoas vai enfrentar 15 ônibus, isso não existe", disse o motorista Norisvaldo Anderson da Silva, de 32 anos. "Me perdoe, mas eu acho isso bem inviável", afirmou.
Norisvaldo contou que o irmão, Renato da Silva, de 32 anos, sofreu fraturas no crânio e no nariz, além de outros ferimentos no rosto. Ele permanece internado no Pronto-Socorro de Santana e deve passar por exames para avaliar a extensão das lesões.
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