2 de outubro de 2008

Ministro russo diz que Zenit e Bayern não relevarão acusações de suborno

O ministro de Esporte, Turismo e Juventude da Rússia, Vitali Mutko, afirmou hoje que os clubes Zenit São Petersburgo e Bayern de Munique não deixarão impunes as acusações de combinação de resultados divulgada pela imprensa espanhola.

"Zenit e Bayern se unirão, encontrarão advogados e os meios de comunicação que publicaram estes artigos terão seu castigo merecido", afirmou Mutko em entrevista coletiva, segundo a agência "RIA Novosti".

O dirigente afirmou que "apóia os clubes e se dirigirá à Uefa". "Esta é uma nova tentativa de desvalorizar" os sucessos obtidos pelo futebol russo, tanto em nível de clubes quanto de seleção, protestou.

"A acusação é irreal. Assisti à partida no estádio. Em campo, estavam jogadores como Kahn, Klose, Zé Roberto e Lúcio, campeões da Europa e do Mundo. Por acaso alguém imagina que eles possam ter sido comprados?", questionou.

Em comunicado emitido no dia anterior, o Zenit considerou um "ultraje" as informações publicadas em jornais espanhóis sobre o suposto suborno à equipe do Bayern de Munique, no jogo em que o time russo bateu os alemães por 4 a 0 pelas partida de volta das semifinais da Copa da Uefa da última temporada, em maio.

"Os advogados do Zenit estão analisando o conteúdo das informações" publicadas nos jornais "El País", "Marca" e "ABC", entre outros, acrescentou.

Segundo o "El País", o juiz espanhol Baltasar Garzón comunicou há algumas semanas à Procuradoria alemã a informação sobre uma suposta compra da partida, obtida através de conversas telefônicas grampeadas do chefe mafioso Gennady Petrov, um dos líderes da organização criminosa Tambobskaya, sediada em São Petersburgo.

Aparentemente, o próprio Petrov teria revelado em uma das conversas que tinha pago 50 milhões (sem especificar a unidade monetária) ao Bayern para que a equipe alemã perdesse o jogo.

Fonte: Agência EFE

Infelizmente, é essa a realidade do futebol: corrupção, cartolagem, enfim, a crescente mercantilização do esporte e a pressão das grandes empresas que patrocinam os clubes de futebol.

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