9 de outubro de 2008

Crise econômica: Com dívida de US$ 5 bi, futebol inglês teme crise financeira

O futebol inglês amealhou dívidas de cerca de 3 bilhões de libras (5,2 bilhões de dólares) em todos os seus níveis e importantes clubes podem falir em vista da atual crise financeira, afirmou o presidente da Federação Inglesa de Futebol, David Triesman.

Triesman disse em uma conferência com importantes empresários do setor que o dado baseava-se em informações fornecidas por pessoas da Prefeitura de Londres e que representava a estimativa mais confiável e mais atualizada.

"A melhor estimativa que consegui obter foi a de que as dívidas do futebol inglês como um todo somam provavelmente cerca de 3 bilhões de libras", disse no discurso de abertura do evento de dois dias, que ocorre dentro do estádio Stamford Bridge, do Chelsea.

"Há uma coisa imutável a respeito de dívidas: elas precisam ser pagas, ou precisam ser financiadas."

"A montanha de dívidas da qual hoje tomamos ciência tem credores espalhados pelo mundo todo e, portanto, parte dos clubes está espalhada pelo mundo, na mão de instituições financeiras, algumas das quais encontram-se em uma situação péssima, ou por vezes na mão de pessoas muito ricas que não pretenderiam continuar com o clube."

Segundo Triesman, quase um terço da dívida total -- 950 milhões de libras -- havia sido contraída pelos quatro principais times da Inglaterra -- Manchester United, Liverpool, Chelsea e Arsenal -- e os gastos com a folha de pagamento elevavam-se uma média de 12 por cento ao ano.

A Federação Inglesa de Futebol também fez uma dívida de 400 milhões de libras em vista da construção do novo estádio de Wembley, inaugurado no ano passado -- essa dívida está incluída na estimativa total apresentada por Triesman.

Questionado sobre se poderia garantir que, durante a atual crise financeira, nenhum dos grandes clubes ingleses faliria em vista de suas dívidas, a autoridade respondeu: "Eu não sei. Isso poderia acontecer."

Fonte: Agência Reuters

A crise econômica mundial provoca cenas curiosas. Como Bush com cara de ânus falando à América e quase implorando para que seu plano salva-vida-dos-endinheirados seja aprovado. É engraçado ver a classe média americana com medo de ter um "way of life" parecido com o dos mexicanos que cruzam a fronteira em busca de oportunidades. Se o problema é crise econômica, o Brasil, pode exportar consultores. José Sarney, Fernando Collor, Delfim Netto e Zélia Cardoso de Mello. É de graça. Só não pode devolver.

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