29 de maio de 2010

Formação de cartel e suspeita de crimes são revelados em estudo sobre a África do Sul

A organização da Copa do Mundo está seriamente comprometida. Relatos criminosos sobre formação de cartel, clientelismo e até suspeita de assassinatos na concretização de obras para a realização do primeiro evento desse porte em solo africano compõem estudo escrito por jornalistas sul-africanos e pesquisadores com financiamento de governos europeus. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com material do Instituto de Estudos de Segurança (ISS, sigla em inglês), composto por mais de 250 páginas, o orçamento para o Mundial teria passado de US$ 300 milhões para US$ 2,1 bilhões entre 2004 e 2010.

O estádio Mbombela, em Nelspruit, que foi construído por 100 milhões de euros (R$ 228 milhões), seria o principal caso de suspeita de corrupção.
Presidente da assembleia local, o sul-africano Jimmy Mohlala, denunciou corrupção por duas empresas, uma do país natal e outra da França. Confirmadas as acusações, os responsáveis pela licitação foram demitidos em fevereiro de 2009. Após um ano, Mohlala foi morto em crime ainda não explicado.


Ainda segundo o estudo científico, algumas empresas foram favorecidas em contato com os governos locais. A National Stadium AS (NSSA), criada em 2007, fez um contrato com a prefeitura de Johannesburgo. Por 10 anos, teria o controle do principal estádio da Copa do Mundo, o Soccer City, ficando com toda a renda, que seria suficiente em uma década para pagar a sua própria construção.

Já as empresas responsáveis por cimento e metal aumentaram o valor do material em 20% antes do início das obras, o que é citado como formação de cartel.
Entre os critérios para obter contratos para a Copa, empresas teriam de demonstrar que negros fazem parte do comando. Segundo a ISS, poucos meses antes da licitação, a Global Event Management, que tem 50% das ações da NSSA, vendeu 26% das ações para o ex-segurança da empresa, Gladwin Khangale, que é negro.


Fonte: Universidade do Futebol.

Aqui será diferente?

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