28 de janeiro de 2009

'Perseguido’, treinador do Ferroviário abdica do banco de reservas

Arnaldo Lira está desiludido com o futebol cearense. Mais especificamente com a arbitragem local. Tudo por conta das recentes punições que o treinador do Ferroviário recebeu durante o Campeonato Estadual, que entrará apenas na sexta rodada. Diante disso, decidiu tomar uma atitude mais drástica: abandonar o banco de reservas.

“Não vou ficar mesmo mais no banco. Na próxima partida, contra o Itapipoca, vou ficar num local ali fora. Do outro lado onde fica a torcida. Porque não adianta eu ir para o campo”, anunciou o comandante-técnico da equipe coral.

“O que é que eu vou ficar fazendo dentro de campo? Ser expulso de novo? Ele está cerceando meu direito de trabalhar. Pra eu ficar, sendo expulso, sendo prejudicado? Prefiro logo ficar fora. Daqui a pouco, até o Ferroviário pode achar estranho, que eu não estou servindo mais, que eu não estou sendo interessante. Aí, me tira e coloca outro. E esse é o interesse deles e vão acabar conseguindo”, esbravejou Lira, em referência a Afrânio Lima, presidente da CEAF (Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol).

O técnico entende que está sendo perseguido justamente após suas reclamações no clássico contra o Ceará, que terminou empatado por 2 a 2. Lira reclamou publicamente de dois supostos pênaltis sofridos por atletas de sua equipe, não anotados pelo juiz que apitou a partida na ocasião.

No último fim de semana, quando sua equipe triunfou diante do Fortaleza, o técnico denunciou que Carlos Custódio, quarto-árbitro do embate, estava com um celular no bolso recebendo ordens para lhe tirar de campo – o mandatário da CEAF, do Ceará, que é possui posto na polícia local, estaria na linha do outro lado.

“O coronel [referência a Afrânio Lima] tem de entender que ele é coronel na Polícia. Quando vai para dentro de campo, ele não pode ser coronel. Como a gente pode criticar a arbitragem, ele ou qualquer pessoa pode criticar o Ferroviário, dizer que o time não foi bem escalado. Isso é direito de todo mundo. O que não pode haver é uma perseguição”, afirmou Lira.

“Ir para um jogo, com um celular dentro do bolso, para ficar recebendo ordens? Eu vou ficar lá fora, que assim ele não vai ter como me tirar. Aí, ficam só essas duas expulsões, que eles conseguiram”, finalizou, ainda em entrevista ao Diário do Nordeste.


Fonte: Cidade do futebol.
Conhecemos muito bem como são os árbitros e como conseguem ser extremamente tendenciosos ainda mais se alguns clubes estão em campo (Ceará e Fortaleza). Concordamos com Lira e vamos além, está perseguição se estende ao Ferroviário e aos demais times do campeonato pois "nossa" Federação só se faz para os seus dois filhos prediletos e os demais que busquem sobreviver. Não da mais para ficar calado diante de uma situação tão absurda e cretina, vamos todos lutar para que o futebol cearense seja democrático!

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