O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, marcou "um gol contra" para a América do Sul ao não apoiar a rejeição regional à decisão da FIFA de proibir a realização de partidas oficiais em cidades de grande altitude, afirmou nesta sexta-feira o diretor boliviano, Carlos Chávez.
"Pensei que apenas a Bolívia e algum outro país da zona andina estavam chateados com ele, mas me surpreendi em saber que outros mais também estão devido à posição de Teixeira, que como nosso representante no Comitê Executivo da FIFA, não nos representou", disse Chávez, presidente da Federação Boliviana de Futebol, citado nesta sexta pelo jornal La Prensa.
O diretor boliviano disse ainda que Teixeira, como membro do Comitê Executivo da FIFA, não assumiu a posição sul-americana e só defendeu a causa das equipes brasileiras, que nos campeonatos regionais de clubes não gostam de disputar partidas em cidades de grande altitude.
Teixeira "atuou (na FIFA) representando cinco equipes brasileiras, isso foi muito grave, e violentou um mandato que havia sido dado a ele", criticou o diretor boliviano.
Segundo Chávez, o presidente da CBF "jogou contra e fez um gol contra, de modo que é uma situação delicada"; além disso, afirmou que a atitude brasileira vai "afetar o que sempre foi a Conmebol: unida, integrada e monolítica".
A Bolívia elogiou a decisão da Conmebol, que em sua reunião no Paraguai na quinta-feira ratificou o pedido boliviano de não atender a resolução da entidade máxima do futebol mundial de proibir jogos oficiais em cidades a mais de 3.000 metros de altura, exceto após um período de aclimatação de 15 dias para a equipe visitante.
A seleção boliviana costuma jogar as partidas eliminatórias em seu histórico estádio de La Paz, 3.600 metros acima do nível do mar.
Fonte: Agência de Notìcias
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