De acordo com Taques, do início ao fim da partida seus atletas, ambos negros, sofreram com insultos por parte de alguns poucos torcedores sinopenses, que os chamavam de "macacos e negros safados" entre outros adjetivos depreciativos. A agressão verbal foi tanta que o treinador tricolor ensaiou partir para cima dos torcedores.
"Os insultos eram tantos e agressivos que cheguei a partir para cima do pessoal. Não quero generalizar, mas o grupo de torcedores do Sinop extrapolou ao ofender meus jogadores. Foi uma pura manifestação de racismo contra dois profissionais que estavam ali trabalhando de forma honesta. É condenável e a federação têm que tomar alguma providência com relação ao que tudo que ocorreu com Ezequiel e o Bogé", disse, sem esconder sua irritação com a atitude dos torcedores.
Procurado pela reportagem de A Gazeta, o presidente do Sinop, Altair Cavaglieri, não foi encontrado para comentar o assunto. Já o do Operário, Wendel Rodrigues, estava em viagem, mas já estuda medidas para representar o clube de Sinop.
O presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, lamentou o ocorrido prestando solidariedade aos jogadores tricolores. Segundo o dirigente, a entidade tomará ciência da acusação e se for constatado o que foi relatado por Éder Taques, o Sinop responderá pelos atos do grupo de torcedores.
Orione lembrou que caso de manifestação racista é combatida com veemência na Europa. "O clube chegar a perder mando de campo, disse.
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