14 de outubro de 2009

Leste Europeu é palco para acompanhamento de casos de racismo no futebol

A preocupação da Uefa com os casos recorrentes de racismo envolvendo torcedores e atletas de futebol nos campos rendeu a criação de um grupo voltado para estudos específicos sobre a temática. E a partir deste mês de outubro, as ações se estabeleceram também a partir de uma região pontual: o Leste.

Em Varsóvia, capital da Polônia, começou o funcionamento do Centro de Monitorização Anti-Racismo do Leste Europeu, que irá monitorar, pesquisar e documentar casos de discriminação racial verificados na região onde se incluem os países organizadores da próxima edição da Eurocopa - Polônia e Ucrânia.

“O crescimento do significado social do futebol nesses países na antecâmara do Euro-12 constituiu uma excelente oportunidade para destacar a pertinente questão do racismo e da xenofobia no Leste Europeu”, apontou o sociólogo Rafal Pankowski, coordenador do projeto.

“O nosso ponto de partida será o racismo no futebol, mas o vemos dentro de um contexto mais global de discriminação na sociedade em geral”, acrescentou o coordenador adjunto, Jacek Purski, ainda em entrevista ao site ofial da Uefa.

O centro é parte integrante de um projeto de desenvolvimento da Fare (Rede Pan-Europeia Contra o Racismo no Futebol) nessa localidade, que terá a duração de três anos e contará com fundos da entidade que comanda o futebol no Velho Continente.

Dentre outras frentes, esse financiamento provirá das receitas do licenciamento das transmissões da principal competição entre seleções da Europa. O sindicato dos jogadores (FIFPro), que, juntamente com a Uefa e a Fare, organizou a conferência “Unidos Contra o Racismo”, no mês de março, também apoia a iniciativa.

Os alvos centrais são apoiar a preparação do torneio e de atividades anti-discriminação, a partir de programas de formação, comunicação e parcerias com organismos governamentais, comitês locais e cidades anfitriãs, e trabalhar em conjunto com comunidades de minorias étnicas: uma forma de combate à essa aversão social e de aumentar a a visibilidade dos programas da Fare.

Por fim, busca-se a construção de uma base de recursos capaz de suportar no Leste Europeu, em longo prazo, outras campanhas desse sentidopor intermédio do futebol - Romênia, Bulgária, Rússia, Bielorrússia e Moldávia também fazem parte da empreitada.

Fonte: Universidade do Futebol

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