O governo boliviano anunciou hoje que prepara um recurso ante o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, em francês) caso seja aprovado um novo veto à disputa de partidas de futebol na altitude.
O vice-ministro de Esportes, Víctor Barrientos, afirmou à imprensa a opção jurídica se confirmará caso “a intransigência da Fifa continue” e a entidade decida proibir jogos a mais de 2.750 metros acima do mar.
Em 2008, a Fifa impediu disputas oficiais em estádios que superassem aquela altitude, mas depois suspendeu temporiariamente a medida para La Paz, capital boliviana, cujo estádio Hernando Siles está a 3.600 metros acima do nível do mar.
“Ninguém escolhe o lugar onde nasce, e a altura por si só não ganha nem perde jogos. Estatisticamente, nos últimos anos, a altura não beneficiou as equipes locais. Esta é a defesa que faremos”, disse o vice-ministro.
Barrientos acrescentou que a participação do governo boliviano neste processo, encabeçado pelo presidente Evo Morales, que é fã de futebol, é “contundente” para que a Fifa desista de sua posição.
Morales afirmou neste domingo que a entidade “discrimina” a Bolívia e “erra” ao querer vetar novamente jogos na altitude, lembrando que o futebol é um esporte de “integração”.
Morales respondeu dessa maneira às declarações do chefe da comissão médica da Fifa, o belga Michael D'Hooghe, que insinuou neste sábado que a entidade pretende proibir novamente partidas disputadas em locais de altitude elevada. “Temos que encerrar já este último capítulo e dizer a palavra final”, afirmou Barrientos.
Se a proibição da Fifa se confirmar, alguns dos principais estádios bolivianos serão afetados, como o Hernando Siles, o Jesús Bermúdez, de Oruro, a 3.700 metros de altitude, e o Víctor Agustín Ugarte, de Potosí, a 4.000 metros acima do nível do mar.
Para defender o futebol disputado na altitude, Morales chegou a jogar uma partida em La Paz, em março de 2008, da qual também participou o técnico da seleção argentina, Diego Maradona.
Fonte: Portal Copa 2014
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