De acordo com o dirigente, os clubes espanhóis que não possuem um vasto poder lucrativo como os de Real Madrid e Barcelona, por exemplo, estão mantendo-se no limite de suas rendas, utilizando um modelo econômico defeituoso.
"A não ser que haja uma grande mudança, prevejo um genuíno desastre financeiro", disse Izco por e-mail à agência Reuteurs. "Houve um grande acordo de excesso na construção dos elencos. Os clubes não monitoraram seus gastos e a situação saiu de controle", completou.
zco é presidente do Osasuna desde 2002. Seus comentários foram feitos em meio a possibilidade real de falência de clubes pequenos e médios, que tentam administrar o aumento dos salários e custos de transferência durante a pior recessão sofrida na Espanha nos últimos 50 anos.
utro exemplo claro de que a situação das agremiações espanholas não é boa, foram as medidas a que foi obrigado a se submeter o Valência, equipe duas vezes vice-campeã da Liga dos Campeões da Uefa na última década. A agremiação assumiu que pode ter que vender alguns dos seus principais jogadores, além de não ter conseguido pagar os salários em dia, e ter paralisado as obras do seu novo estádio.
Segundo os cálculos da Universidade de Barcelona, os 20 clubes da primeira divisão do futebol espanhol possuem uma dívida de aproximadamente três bilhões de euros.
Para o presidente do Osasuna, o impacto da crise financeira será mais claro nos clubes da Espanha durante esta temporada, quando as agremiações tiverem que negociar as receitas de vendas de ingressos, patrocínio e direitos de televisão. "O mundo do futebol não está imune à situação econômica", afirmou Izco.
No futebol espanhol, a maioria dos clubes é gerido como sociedades desportivas anônimas (SADs), ou empresas esportivas limitadas. Alguns poucos, como Osasuna, Real Madrid, Barcelona e Athletic Bilbao, são administrados como clubes esportivos, com os seus muitos sócios como donos, ao invés de um pequeno número de acionistas.
O governo da Espanha criticou as SADs por conta do abuso das leis de insolvência, pelas quais, os clubes iniciam procedimentos de falência para cortarem seus níveis de débito e continuam seu exercício além da capacidade, voltando à situação de dívidas anterior.
Para Izco, esse modelo precisa ser revisto. Ele pediu que as autoridades esportivas espanholas introduzam controles financeiros para forçar os clubes a frearem os seus gastos.
Fonte: Universidade do Futebol
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