3 de fevereiro de 2009

Corinthians segue à espera de Ronaldo e patrocínio

Já são quase dois meses de Ronaldo no Parque São Jorge e mais de 30 dias da promessa de anúncio de novos patrocinadores. O time já vai para o segundo mês de salários em 2009 e, até agora, o Corinthians segue em compasso de espera. Não sabe quando poderá contar com o atacante em campo e faz pose na ausência de parceiros: os dirigentes não aceitam negociar o peito e as costas da camisa por menos de R$ 20 milhões e as mangas e o calção abaixo de R$ 6 milhões.

“Estamos negociando dentro do conceito que o Corinthians vale. O clube significa 60% da audiência da televisão. Só ele passa o ano inteiro ao vivo. O parceiro tem de pagar um preço justo”, afirmou o diretor de futebol Mário Gobbi. “Temos planos A, B e C, mas estamos segurando ao máximo. Precisa ser homem para segurar a negociação de um patrocínio. Se podemos ter um tempo, por que não usá-lo? Temos de ser ousados e buscar o melhor para o clube”, seguiu o dirigente.

A estratégia da diretoria é usar a imagem de Ronaldo em campo para conseguir boas cifras. Por isso, a ordem no clube é sempre elogiar a evolução do jogador, minimizar suas polêmicas em casas noturnas e fazer questão de ressaltar que falta pouco para sua estreia. “Ele estará em campo em março”, disse Gobbi, repetindo as palavras do técnico Mano Menezes. “Ele fará coletivos uma semana antes do fim de fevereiro”.

“O Corinthians vai ter patrocínio na manga e no calção acertados pelo Ronaldo. Com a fatia que ele vai trazer, vamos pagar inúmeros outros atletas do clube”, apostou Gobbi, imaginando um alto valor pelos 20% a que o clube terá direito nestas partes do uniforme. O restante é do jogador. “Ele pega o telefone e fala com presidentes de grandes empresas. Vai nos ajudar”.

No ano passado, a Medial Saúde desembolsou R$ 16,5 milhões para estampar sua marca na camisa do Corinthians. O presidente Andrés Sanchez agradeceu o acordo, mas na apresentação de Ronaldo disse que o clube faria um acerto muito melhor para 2009. Mas já começa a faltar receita para os gastos do clube.

Fonte: Agência Estado.

"O investimento dos patrocinadores no futebol visa apenas o retorno lucrativo e não sua verdadeira finalidade, que é proporcionar aos trabalhadores um espetáculo de dribles, jogadas e “arte”.

É claro que o futebol às vezes serve para a alienação de muitos trabalhadores, mas só é assim porque a burguesia se apropria dele e o manipula para a dominação da classe trabalhadora e também como mais uma fonte para garantir seus lucros, algo que também ocorre em outros aspectos da vida social. Mas esse grande espetáculo que mobiliza milhões de trabalhadores em todo mundo não precisa de um punhado de parasitas para sobreviver."

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