Smith ficou conhecido pelo protesto que fez no pódio dos Jogos do México. Ao lado do também americano John Carlos, vencedor da prova, o velocista fez a saudação do "black power" ("poder negro") ao receber as medalhas.
Na manifestação, os atletas ergueram o punho com luvas pretas durante a execução do hino americano e abaixaram a cabeça em sinal de protesto ao racismo.
Smith, que está em Madri para receber um prêmio, afirmou a vitória de Obama foi importante pela sua capacidade de representar as pessoas e liderar o país.
"Foi uma vitória esperada e necessária, não pela cor de sua pele, mas por sua personalidade e capacidade de liderança. Obama representará o povo e acho que será capaz de mudar as coisas", disse.
Outro que recebeu elogios do ex-atleta foi o jamaicano Usain Bolt, vencedor e recordista mundial dos 100m e 200m nos Jogos Olímpicos de Pequim.
"Bolt já tem os recordes dos 100m e 200m. Ele foi enviado por Deus ao atletismo, mas tem que trabalhar para ser o melhor", disse.
Em relação a seu famoso gesto em 1968, Smith disse que a idéia tinha o objetivo de chamar a atenção "não só para a defesa dos direitos dos negros, mas de todas as pessoas".
Entretanto, o ex-atleta disse que o incidente fez com que sua vida corresse perigo na época. Smith afirmou que recebeu ameaças de morte e enfrentou vários tipos de problema.
O ex-velocista também se mostrou insatisfeito com o tratamento que recebeu do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do comitê de seu país.
"Os comitês não se desculparam. No americano, se aproximam de mim para dizer que sentem muito, mas sorrio, sei que é mentira. Acho que deveria ter um lugar no Hall da Fama dos Jogos Olímpicos, mas os dirigentes esportivos são estúpidos", afirmou.
"O então presidente do COI, Avery Brundage, forçou o comitê americano a nos tirar dos Jogos e cassar nossas medalhas. Acabaram com nossas vidas. Eu me divorciei e a mulher de John Carlos se suicidou", acrescentou.
A decepção vai ser grande...
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