
31 de dezembro de 2008
30 de dezembro de 2008
Resultado da última enquete:
Qual o principal problema atualmente existente no futebol?
Racismo: 12%
Corrupção: 10%
Violência: 14%
Mercantilização: 63%
29 de dezembro de 2008
Entrevista: José Paulo Florenzano (parte 1)
Cientista social com atuação na área de Antropologia do Esporte conta sobre a Democracia Corintiana e os reflexos desse movimento no futebol atual
José Paulo Florenzano –A importância dela reside no fato de romper com a hegemonia do modelo do futebol-força, propondo para a modalidade o reequilíbrio entre os exercícios do corpo e os exercícios da mente. A Democracia Corinthiana reintroduz no espaço do futebol as aulas de filosofia, pois se pensarmos o que era o ginasium na antigüidade clássica, vemos que era o local onde os gregos exercitavam o corpo, buscando esculpir o ideal do belo, mas era também onde, por vezes, os filósofos realizavam as suas palestras e diálogos
José Paulo Florenzano –Como todo e qualquer movimento social, político e cultural, a Democracia Corinthiana também teve uma série de contradições. A principal delas era o fato de tentar conciliar dois projetos antagônicos: um modelo de futebol empresa, isto é, a Democracia Corinthiana tentava legitimar-se diante dos demais atores do futebol e da imprensa esportiva como uma proposta de modernização do futebol, com inscrição publicitária na camisa e uma série de ações voltadas para esse modelo. Ao mesmo tempo, inclusive porque ela estava inserida no contexto da redemocratização da sociedade brasileira e, nesse sentido, partilhava com uma multiplicidade de sujeitos coletivos, o ideal da autonomia também desenvolve o exercício da democracia direta.
José Paulo Florenzano –Existem outros exemplos, porque o papel do ídolo no futebol, enquanto esse ele pode favorecer o clube e os produtos que se associam ao mesmo é algo muito mais antigo do que se está habituado a reconhecer. Poderíamos mencionar casos desse tipo desde o Friedenreich que fez anúncios publicitários, assim como Leônidas da Silva, o qual foi contratado pelo São Paulo em uma estratégia de popularização do clube. Enfim, esse tipo de estratégia é muito mais freqüente do que parece.
José Paulo Florenzano –Na realidade, nós estamos prisioneiros a um modelo global de futebol, e temos que perceber qual é o papel do Brasil nesse cenário. Parece que aqueles que detêm o poder de decisão no futebol brasileiro se saem muito bem na participação que o país tem nesse modelo que é a de fornecer atletas. Por isso, talvez, não haja tanto interesse em reposicionar o Brasil nesse quadro.
José Paulo Florenzano –Eu penso que existe muita idealização desse pensamento do amor à camisa. Muitos atletas que tiveram amor à camisa acabaram na miséria. Por outro lado, existe uma perda de identidade, de se mencionar o nome de um jogador e, rapidamente, lembrar-se do clube em que ele atua.
José Paulo Florenzano –A identidade de um clube também sofre mudanças ao longo do tempo. Por exemplo, o Palestra Itália foi fundado para representar os diversos grupos italianos em São Paulo. Era ele que conferia essa identidade italiana a essas comunidades. Em um determinado momento, ele é obrigado a mudar de nome e se transforma em Palmeiras e, a partir daí, abre-se para outros grupos dentro da sociedade.
José Paulo Florenzano –No caso do São Paulo, esse tipo de contratação passa pelas contratações de Leônidas da Silva, e depois pela do Didi, que teve uma curta passagem pelo clube, nos anos 1950. Outro caso, como foi citado, foi o do Bobô. Porém, não sei até que ponto essas contratações podem ser incluídas na conta de uma estratégia de popularização do clube, mas certamente, esse fator também é um efeito que deve ser levado em consideração.
José Paulo Florenzano –Já houve uma mudança muito significativa. Ficou para trás a idéia do futebol como o “ópio do povo”, discurso que associava a modalidade a um mecanismo de alienação e um certo preconceito que impedia a academia de reconhecer o futebol como um objeto de estudo e um acesso privilegiado para a compreensão da realidade brasileira.
José Paulo Florenzano –O Museu do Futebol é uma idéia extraordinária e, aos poucos, ele irá se aprimorando, com a contribuição de jornalistas e historiadores, e com a participação dos seus assessores.
José Paulo Florenzano – É muito difícil manter-se na trajetória que o Pelé conseguiu ficar, com todo o sucesso por ele obtido. Esse autocontrole ao longo de toda a sua carreira, é um ponto que merece ser destacado. Logo, esse aspecto dele falar sobre ele mesmo afastando-se da figura Pelé é o mínimo que podemos citar nesse sentido.
24 de dezembro de 2008
Crise mundial pode tirar maior patrocinador da Premier League

Por conta disso, apesar de ser um dos torneios mais rentáveis do planeta, a liga de futebol inglesa deve ter que procurar um novo patrocinador de peso, já que as empresas estão receosas em aumentarem seus investimentos em fatores considerados supérfluos como os patrocínios.
O terceiro maior banco britânico detém os direitos da liga desde 2001, mas o atual contrato de 65 milhões de libras (cerca de 101 milhões de dólares) acaba no final da temporada 2009/2010.
Membro do departamento comercial e de marketing do banco, Libby Chambers afirmou que a parceria foi importante para dar visibilidade internacional ao banco, mas isso não significa que o futebol ficará de fora da revisão. "Haverá uma revisão de nossos patrocínios a fim de avaliar se estamos tendo forte retorno dos investimentos internacionais", afirmou.
O Barclays também patrocina os torneios de golfe Scottish Open e Singapore Open, o torneio de tênis Dubai Championships e a Churchill Cup de rúgbi. Além disso, em junho deste ano, o banco assinou o contrato para patrocinar o final da temporada da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), oferecendo US$ 7 milhões (cerca de R$ 16,45 milhões) anuais.
Fifa retira punições de Peru, Samoa e Kuwait

A decisão acaba com as pretensões do Fluminense, vice-campeão da Copa Libertadores deste ano, e do Internacional, campeão da Copa Sul-Americana, de ocupar as vagas daquele país na Copa Santader Libertadores de 2009.
As vagas dos times peruanos estavam em aberto na tabela da competição continental, divulgada nesta semana. Agora, o Universitario, o Universidad San Martín e o Sporting Cristal estão liberados para participarem competição sul-americana.
"Foi possível aproximar no Peru as pessoas e os políticos. Nós esperamos que continue a funcionar", afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter. A Fifa havia punido o futebol peruano após a intervenção do governo federal sobre a FPF. O presidente da Federação, Manuel Burga, reeleito em 2007, não era reconhecido pelo governo. Além disso, o IPD havia pedido uma mudança na diretoria da entidade, alegando que a FPF não aceitava as leis do país.
Depois que o Peru perdeu o direito de sediar o Campeonato Sul-Americano sub-20, em 2009, para a Venezuela, devido à punição, as entidades peruanas entraram em acordo no dia 13 de dezembro. O resultado das negociações foram enviados à Suíça, sede da Fifa.
A Fifa também retirou as suspensões que havia imposto Samoa (por má administração) e Kuwait (pot interferência política). "Nós retiramos a suspensão ao Kuwait temporariamente", afirmou Blatter. "Se as leis no Kuwait não forem mudadas para dar autonomia às organizações de esportes, então isso irá ao congresso. Se o congresso decidir suspender o Kuwait, a decisão durará por pelo menos um ano", concluiu.


23 de dezembro de 2008
18 de dezembro de 2008
Gravado hino em homenagem à Resistência Coral
Á convite do músico, membros da Resistência Coral estiveram presentes no estúdio para uma participação especial na gravação, deixando a marca da torcida na canção com um incisivo grito de guerra.

Não é a primeira vez que o funcionário público Virgílio César grava músicas relacionadas ao Ferroviário. Virgílio compôs as canções Ferrão Setentão e Levada do Ferrão, lançadas em CD em meados de 2008 pela AAFAC (Associação dos Amigos do Ferroviário), numa compilação que além de destacar os novos trabalhos, resgata ainda as tradicionais e antigas músicas corais.
Virgílio César entrou para o seleto grupo dos compositores corais, formado por nomes como Zezé do Vale, J. Augusto, Zé Limeira, Olavo Barros, entre outros.
Confira a letra do Hino à Ultras Resistência Coral:
ULTRAS RESISTÊNCIA CORAL
Nasceu da luta social
Pra combater qualquer discriminação
No nosso futebol e em qualquer canto da nação
Não somos meros torcedores do FERRÃO
Somos trabalhadores que engrandecem um país
Não admitindo qualquer forma de exclusão
Igual a que sofre o povão e o FERRÃO
História bonita do nosso FERROVIÁRIO
Que surgiu da mão do operário
Tal qual a RESISTÊNCIA CORAL
Na luta de classes somos revolucionários
A ULTRAS RESISTÊNCIA CORAL
É hoje opção de nossas vidas
Nem paz entre as classes
Nem guerra entre as torcidas
De esquerda, anti-racista, anti-capitalista
Nada diminui nossa paixão incendiária
FERROVIÁRIO, orgulho da classe operária!
(Link alternativo: http://www.badongo.com/audio/12551523)
Ficha técnica:
Compositores: Virgílio César Aires e Leonardo Carneiro
Voz: Virgílio César e participação especial de membros da Resistência Coral
Gravação e mixagem:
Arão Stúdio - Produção sonora
(85) 8898.0154 / 30817914
email: araostudio@hotmail.com


Resistência Coral presente em ato contra o assassinato do torcedor são-paulino
Por KADJ OMAN
Treze.
O número de pessoas que compareceu ao ato de domingo contra a morte do torcedor são-paulino pela polícia em Brasília.
Menos do que os que estavam na fila para o Museu do Futebol, no último dia da exposição sobre as "marcas do Rei".
Menos do que o número de blogs que retransmitiram o chamado pra ação, que até notícia na "Folha Online" virou.
Menos até do que o próprio número de jogadores do Autônomos FC que compareceu ao habitual jogo do time aos sábados.
Desanimador, um fracasso, prova de que o futebol não tem a ver com política, diriam alguns.
Não para nós.
Poucos, mas loucos.
Que armaram a quadra, esperando a polícia aparecer para o jogo.
Que distribuíram panfletos sobre o que se passava para os que apareceram pra conferir aquela agitação estranha.
Que decretaram o W.O. da polícia depois de esperar mais de uma hora.
E que disputaram uma partida ali mesmo, todos contra todos, sem muitas regras, como é o futebol de rua.
Três corinthianos, três andreenses, dois juventinos, um santista, um flamenguista, dois portugueses e um torcedor do Ferroviário-CE, membro da Resistência Coral.
Escalados como um time, um único time, autônomo e reivindicativo de uma liberdade cada vez mais tomada.
Pouca gente? Um retrato do Brasil? Fosse a Argentina estariam milhares de hinchas pelas ruas?
Talvez.
Mas, se não se pode superestimar o que foi na verdade uma confraternização de amigos, também não se pode tirar mérito desses 13 primeiros que saíram de suas casas em um domingo frio e com cara de chuva pra firmar presença em algo que julgam essencial para o futebol e a sociedade.
Porque não se pode tirar leite de pedra, também.
Esperar milhares com três dias de agitação apenas e após o término das atividades futebolísticas oficiais seria um deslumbre.
Desvalorizar os 13 que compareceram, um desdém.
O que podemos, e devemos, é tomar na medida certa este 14/12, como um ponto de partida para construir algo maior.
Porque já se disse que não começou em Seattle.
E não vai terminar em Atenas.
Política não tem nada a ver com o futebol?
Há controvérsias:
Torcida do Bayern München no jogo contra o Lyon pela UEFA Champions League em 10 de dezembro último.
Fonte: Blog do Juca Kfouri
13 de dezembro de 2008
A força que vem dos ventos

O torcedor coral que for a Vila Olimpica Elzir Cabral vai se deparar com uma grande novidade. Devido aos altos custos com energia elétrica, recentemente o presidente Paulo Wagner Pinheiro dotou o complexo coral de um sistema de geração de energia própria para bombear água para a irrigação do campo.
O cata-vento possui várias utilidades, seu nome está associado comumente ao aproveitamento da energia eólica em aplicações engenhosas, como a moenda (os moinhos de vento), o bombeamento de água, ou em conceitos mais modernos, para geração de energia elétrica, através dos aerogeradores.
Alguns estudiosos acreditam estar na Pérsia 915 a.C, hoje Irã, a origem do cata-vento. A energia obtida com os cata-ventos prestou muitas aplicações no passado, moer grãos e bombear água foram apenas algumas delas. Eles foram utilizados também para extração de óleo, transformação do papel, preparação de pigmentos e tinturas, dentre outras. Foram também a principal fonte de energia durante toda a Idade Média.
Apesar de parecer ultrapassado, é justamente a energia eólica que sinaliza ser a solução para geração de energia no futuro. Investir na geração de energia que vem dos ventos além de ser uma política ecologicamente correta, incorre em baixos custos comparados com obras como hidroelétricas. Vale ressaltar também que é uma fonte de energia inesgotável comparada com as energias geradas pelos combustíveis, gás natural e atômica.
12 de dezembro de 2008
Ato contra a morte de Nilton César de Jesus
Daqui de Fortaleza nos solidarizamos com Nilton e com todas as milhares de vítimas que sofrem cotidianamente a violência da repressão policial, seja ela nos estádios, nas periferias ou na luta de classes.
3 de dezembro de 2008
O silêncio do PV
A situação é pouco esclarecida pelos órgãos públicos.
E 2009 promete ser mais um ano inativo para o PV.
Confira a matéria veiculada no Grande Jornal, da TV O POVO, desta quarta-feira.
Postado por Equipe do Blog - esportes@opovo.com.br
Jogador belga é punido por saudação nazista em campo

Velasco, que defende o Helmond Sport, estendeu o braço em direção a um rival do RBC Roosendaal, em partida na sexta-feira. O gesto foi interpretado como uma alusão ao cumprimento usado pelos alemães no período do governo de Adolf Hitler.
Em entrevista após a partida, que terminou empatada por 1 a 1, o jogador afirmou que fez a saudação porque o adversário estava se comportando como um alemão em campo.
O Helmond Sport afirmou que não vai recorrer da punição de cinco partidas. Antes mesmo da pena imposta pela federação, o clube já havia suspendido o meia por uma partida.
Atleta da saudação "black power" diz que acredita em sucesso de Obama

Smith ficou conhecido pelo protesto que fez no pódio dos Jogos do México. Ao lado do também americano John Carlos, vencedor da prova, o velocista fez a saudação do "black power" ("poder negro") ao receber as medalhas.
Na manifestação, os atletas ergueram o punho com luvas pretas durante a execução do hino americano e abaixaram a cabeça em sinal de protesto ao racismo.
Smith, que está em Madri para receber um prêmio, afirmou a vitória de Obama foi importante pela sua capacidade de representar as pessoas e liderar o país.
"Foi uma vitória esperada e necessária, não pela cor de sua pele, mas por sua personalidade e capacidade de liderança. Obama representará o povo e acho que será capaz de mudar as coisas", disse.
Outro que recebeu elogios do ex-atleta foi o jamaicano Usain Bolt, vencedor e recordista mundial dos 100m e 200m nos Jogos Olímpicos de Pequim.
"Bolt já tem os recordes dos 100m e 200m. Ele foi enviado por Deus ao atletismo, mas tem que trabalhar para ser o melhor", disse.
Em relação a seu famoso gesto em 1968, Smith disse que a idéia tinha o objetivo de chamar a atenção "não só para a defesa dos direitos dos negros, mas de todas as pessoas".
Entretanto, o ex-atleta disse que o incidente fez com que sua vida corresse perigo na época. Smith afirmou que recebeu ameaças de morte e enfrentou vários tipos de problema.
O ex-velocista também se mostrou insatisfeito com o tratamento que recebeu do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do comitê de seu país.
"Os comitês não se desculparam. No americano, se aproximam de mim para dizer que sentem muito, mas sorrio, sei que é mentira. Acho que deveria ter um lugar no Hall da Fama dos Jogos Olímpicos, mas os dirigentes esportivos são estúpidos", afirmou.
"O então presidente do COI, Avery Brundage, forçou o comitê americano a nos tirar dos Jogos e cassar nossas medalhas. Acabaram com nossas vidas. Eu me divorciei e a mulher de John Carlos se suicidou", acrescentou.
A decepção vai ser grande...