10 de junho de 2007

Conselho questiona negociação de atletas

Mesmo fora da Série C do Campeonato Brasileiro, reinava calmaria no Ferroviário, agora abalado por prestação de contas


Volante Dedé já teria sido negociado no Caribe, segundo o Conselho, mas a direção nega (Foto: João Luís)

Uma exigência do Conselho Deliberativo do Ferroviário poderá ocasionar até a saída do atual presidente da diretoria executiva, Paulo Wagner. Isto porque, o presidente do Conselho, Vilemar Rodrigues, cobra uma prestação de contas da atual gestão do Ferrão. Vilemar pretende que o mandatário coral faça um balancete mensal da atual administração, além da prestação de contas, que deveria ser feita anualmente.

A direção do Ferroviário está no comando há três anos e meio e durante todo esse período nunca nos entregou nem balancete nem prestação de contas”, afirma Vilemar. Ontem, o presidente do órgão maior do Ferrão esteve na sede da Federação Cearense de Futebol, na tentativa de encontrar um meio legal de impedir a transferência de jogadores, sem o conhecimento do Conselho.

Segundo o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Jorge Bruno, o balancete foi solicitado há 60 dias e não houve resposta afirmativa da diretoria que comanda o clube. “Nós precisamos amoldar a agremiação para receber investimentos da Timemania. Fizemos uma adaptação dos estatutos para receber as receitas, mas precisamos ter a contabilidade em dia. Sei que a diretoria atual é honesta e já vem fazendo tudo isso, mas precisamos dos documentos”, explica Jorge Bruno.

A polêmica toma vulto quando os conselheiros passam a afirmações. Segundo eles, a diretoria teria vendido cinco jogadores na excursão no Caribe: Dedé, Danúbio, Valmir, Róbson e Eli, sem informar nada a ninguém. Falam também de uma suposta venda do meia Paulo Victor para o futebol português. Indagado sobre o assunto, Wagner disse que Paulo Victor ainda vai a Portugal, mas para testes, e negou a venda dos cinco atletas citados. “Nós trabalhamos com livro caixa e é só os conselheiros irem no clube para saberem de tudo. Se quiserem que eu saia eu entrego, pois não quero meu nome envolvido em fuxico”, ameaçou o mandatário. Paulo Wagner, Sérgio Teixeira e Francisco Neto vêm bancando o Ferrão há vários anos e afirmam que já colocaram cerca de R$ 300 a R$ 400 mil, para manter o Ferroviário em funcionamento até os dias atuais.


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