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31 de maio de 2011

Facebook deletou conta de jogador brasileiro por sua defesa da Palestina

http://inforrock.blogspot.com/2011/05/facebook-deletou-conta-de-jogador.html


GALERA, INACREDITÁVEL!
MATÉRIA QUE LI NO BLOG 
TREZENTOS FALA QUE O O PERFIL DO FACEBOOK DO JOGADOR BRASILEIRO MARCELO VIEIRA FOI DELETADO.
MARCELO, LATERAL ESQUERDO DA SELEÇÃO BRASILEIRA E DO REAL MADRID, APENAS DEMONSTROU SUA SOLIDARIEDADE PARA COM O POVO PALESTINO, E SUA ARDUA LUTA POR UM PEDAÇO DE TERRA.

Two days later, the unexpected happened. Marcelo Vieira’s Official facebook page was shut down. Official Real Madrid website mentioned that the facebook administration received requests from Israelis to shut down the page as it was inciting violence against Israel by supporting the Palestinian Intifada.

POR PURA PRESSÃO DOS 
JUD  SIONISTAS.. 
JORNAL ISRAELENSE: http://www.ynet.co.il/articles/0,7340,L-4069131,00.html(SE JÁ NÃO EDITARAM!)

ESSE TAL DE Mark Zuckerberg ...
AUSÊNCIA TOTAL DE REPERCUSSÃO NO BRASIL!
SÉCULO XXI

9 de abril de 2011

Um ofício. Uma carta. Uma resposta. A mudança de uma história.

Há exatos 87 anos, uma carta mudou os rumos do futebol brasileiro. Em 07 de abril de 1924, os pobres, mulatos, negros e nordestinos  do Vasco, liderados por José Augusto Prestes, davam à sociedade brasileira um tremendo pontapé no preconceito, ou seja, uma demonstração de como deveria ser o Brasil, forte e com igualdade para todos.

Uma carta que, mais que uma carta, é um verdadeiro libelo contra a discriminação social e racial. Pelo que representou para o esporte nacional, pelo que representa até hoje para os vascaínos,para nós da URC, para todas as vítimas de todo e qualquer tipo de preconceito,  e pela nobreza do seu conteúdo, a nossa reverência.

Confira a carta:

Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261
Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos

As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.

Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.

Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.

Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.

Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.

Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr.

Obrigado

(a) Dr. José Augusto Prestes
Presidente

14 de fevereiro de 2011

O futebol egípcio após a saída de Mubarak


"Eu apoio 100% o poder do povo e suas reivindicações legítimas." 
Hosni Abd Rabo, meio-campista do Al-Ahli


O clube Al Ahly do Cairo acaba de abrir um fundo para ajudar as vítimas da revolta de 25 de Janeiro. "Nosso clube não vai se limitar a um apoio financeiro, também vamos estimular a participação na doação de sangue para os feridos", revelou o meia Shehab Ahmed.

Para Sporting África

O ex-presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981, finalmente, decidiu demitir-se após a revolta de seu povo. Agora, tendo em conta esta realidade, o país inteiro deve ser reorganizado, incluindo o futebol. O campeonato poderá ser cancelado, até a poeira abaixar. Por seu turno, os jogadores mostram solidariedade para com seu povo. A Premier League, o campeonato já foi suspenso, mas rumores apontam para uma anulação completa da temporada 2010-2011, ou até a metade do ano.

A segunda parte da temporada foi adiada indefinidamente por razões de segurança. "Aqueles que querem os jogos disputados à porta fechada, tem um pensamento inadequado", disse Amer Hussein, diretor do Comitê Executivo da EFA.

O organismo que rege o futebol internacional (FIFA), criou duas principais condições para a retomada do egípcio Premiere League. "Os estados da FIFA como a principal condição que deve ser suficiente segurança para jogadores e fãs, antes de decidir retomar os jogos", disse Samir Zaher, Associação de Futebol do Egito (EFA).

"Isso também exige que todos os clubes devem apresentar a sua aprovação para prosseguir com a competição", disse Zaher. Quem também negou todos os rumores sobre o cancelamento do campeonato desta temporada. "O cancelamento do campeonato egípcio que nos vai custar muito. Os clubes podem ter de enfrentar desastres, porque eles gastaram muito dinheiro no acampamento de treinamento, os contratos de patrocínio e transferência de jogadores", disse ele.

Zaher acredita que a retomada do campeonato egípcio poderia ajudar a fazer as coisas de volta ao normal no país. "Teremos uma reunião com funcionários de diferentes clubes para chegar a um acordo sobre a retomada da competição e organização partidária, local, dias, horas e os árbitros", disse ele.

Jogadores de Solidariedade

Por seu turno, os jogadores não são indiferentes ao que acontece em seu país. "Eu apoio 100% o poder do povo e suas reivindicações legítimas. Muitos compatriotas vivem em condições muito difíceis", disse o meia Hosni Abd Rabo. "Algumas pessoas pensam que os jogadores de futebol não estão conscientes da realidade da vida nas ruas, mas a verdade é que muitos de nós vêm de famílias pobres e, portanto, compreendemo o sofrimento do povo. Os jovens podem estudar mas não conseguem encontrar trabalho. "Estou disposto a fazer qualquer coisa para apoiar a revolta ", acrescentou.

Enquanto um dos clubes mais prestigiados do país, Al Ahly do Cairo, acaba de abrir um fundo para ajudar as vítimas da revolta de 25 de Janeiro. "Nosso clube não vai se limitar a um apoio financeiro, também vamos estimular a participação na doação de sangue para os feridos", revelou o meia Shehab Ahmed. "Quem disse que futebol não tinha consciência social?" 

Originalmente publicado em 11 de fevereiro, 2011 em http://sportingafrica.blogspot.com/


Tradução de Google Tradutor com revisão

3 de janeiro de 2011

O futebol é um meio de conscientização das contradições da sociedade


Entrevista Marcos Alvito
"O futebol é um meio de conscientização das contradições da sociedade"
Por Débora Prado
Antropólogo e professor da Universidade Federal Fluminense, Marcos Alvito foi um dos idealizadores da Associação Nacional dos Torcedores (ANT), que luta pela defesa do futebol brasileiro como arte, cultura e um patrimônio popular. A associação teve sua primeira chapa para diretoria eleita no dia 12 de dezembro, cerca de dois meses após a fundação, e deve votar seu estatuto no começo do ano que vem. Já com mais de 2,5 mil associados, entre os objetivos da ANT estão a luta contra a retirada de comunidades de trabalhadores em nome da Copa do Mundo e das Olimpíadas e a exclusão do povo brasileiro dos estádios de futebol. Em entrevista a Caros Amigos, Alvito fala sobre a associação e o potencial pedagógico e transformador que o futebol pode ter se não expropriado somente para fins mercadológicos. Confira:
Caros Amigos - O que é ANT, por que ela foi fundada e o que ela busca?
A ANT é uma entidade autônoma, supra-clubistica, apartidária, porém política – entendida num sentido amplo de uma luta pela cidadania torcedora. Ela é formada por torcedores individualmente, ela não tem nenhuma ligação com as torcidas organizadas, embora a gente considere as organizadas como parte da cultura do futebol e sejamos contra a criminalização destas torcidas. Mas, a ANT é formada por indivíduos que se associam livremente. Ela tem como objetivo principal lutar pela defesa do futebol brasileiro como arte e cultura popular e também como um patrimônio que está sendo expropriado num processo perverso, que está sendo travestido de uma modernização e que na verdade não é modernização, pois se mantém intactas as estruturas arcaicas do futebol brasileiro, permitindo uma livre exploração do futebol por parte do capital.
Esse futebol não é moderno. Você tem uma estrutura feudal do ponto de vista das decisões, com clubes que são aristocráticos, com dirigentes que se perpetuam no poder, com todo tipo de manobras palacianas, intrigas de corte, etc. Estamos em plena Idade Média por um lado e por outro há o capitalismo selvagem, em que se aumenta o ingresso na hora que quiser e bem acima da inflação. Há um aumento abusivo de preço, mas cadê a defesa do consumidor, o ministério público, a defensoria pública? Não tem, porque você não tem ninguém que represente os torcedores. Por isso a gente tem que ter uma associação para representar os interesses dos torcedores. Só que a nossa associação não vê o futebol desligado do movimento social, a gente vê o futebol como cultura popular e um meio de conscientização das contradições que atravessam a sociedade.
Caros Amigos - Como está o calendário da ANT?
A gente vai ter um congresso da ANT em janeiro ou fevereiro para votar o nosso estatuto, para fazermos a primeira grande convenção nacional. E assim que começar o Campeonato Brasileiro, na primeira rodada, a gente vai fazer o “Dia do Pinico”. Como a gente não é bárbaro e achamos que a árvore é um ser vivo, nós vamos levar pinicos para os jogos da primeira rodada do Brasileiro, já que não tem banheiro químico.
A gente quer se organizar durante as férias e depois de votado nosso estatuto a vamos entrar com ações legais. Por exemplo, o futebol se dá nas quatro linhas. O Engenhão tem ainda, desde que foi inaugurado, placas de publicidade que cobrem a linha de fundo toda e isto inclui a linha do gol. Então, você paga 30 reais para sentar atrás da linha do gol e não vê a bola entrar. Se no Engenhão eu só vejo três linhas, ou você muda aquelas placas de lugar ou você interdita o estádio, pelo menos as alas sul e norte, porque o ingresso está sendo vendido para ver um jogo de futebol e se eu não vejo a bola entrar no gol, eu não vejo o grande momento do jogo. Então, ou tira a placa do lugar ou interdita o Engenhão. Vamos pedir a defensoria pública que eles façam alguma coisa contra o aumento abusivo do preço dos ingressos, porque os clubes botam o ingresso no preço que quiserem.
Agora, aquilo que eu pessoalmente vejo como a coisa mais importante que a ANT pode fazer é uma movimentação junto ao Congresso Nacional para votar uma lei que regulamente as escolinhas de futebol. Se você entrar num restaurante, você não vê um garçom com sete anos de idade, mas aos 7, 8,9 e 10 anos há meninos sendo explorados pelos clubes para serem depois vendidos como se fossem mercadorias. Eu acho que isso é a face mais horrenda e perversa do futebol, que é se valer do sonho de milhões de meninos - que é um sonho ao mesmo tempo de fama, de glória, de realização, e também de ascensão social - para descartar num funil gigantesco. É como o Darcy Ribeiro chamava o Brasil de um moinho que mói gente, o futebol, as categorias de base dos grandes clubes, são um moinho de crianças, são uma fábrica de destruição de sonhos. Essas crianças são exploradas, depois elas são totalmente descartadas sem nenhum apoio de serviço social, sem que haja nenhum apoio educacional. É uma máquina absolutamente perversa.
O mínimo que esses clubes tem obrigação de fazer é, se eles querem treinar essas crianças, ter um limite para esse treinamento e tem que ter um processo de profissionalização. Os clubes tem que ter escolas próprias profissionalizando esses garotos. Se um garoto vai treinar no São Paulo, por exemplo, aos sete anos, então o São Paulo vai ter que assinar um compromisso que vai ter uma escola onde haja ensino de língua, de computação, um ensino de primeira qualidade e profissionalizante e ele vai ter que ficar com esse garoto até ele concluir o segundo grau.  A gente que ama o futebol tem a obrigação ética de amar um futebol que no mínimo dê um retorno educacional a esses garotos.
Meu outro sonho é fazer o que existe na Inglaterra, onde o Ministério da Cultura banca um reforço escolar para garotos e garotas de comunidades usando as instalações dos clubes. O Corinthians, vamos dizer, vai montar 10 escolas dessas em toda a periferia, mas monta também uma sala multimídia, de maneira que as crianças das escolas municipais do entorno possam passar algumas semanas ali. Pode ter a revista do Corinthians e isso ser usado para ensinar português, gramática, redação. Isto representa afirmar o vínculo do clube com a comunidade e é usar o futebol como uma arma da educação. Eu, como professor, tenho um sonho de usar o futebol, de fazer uma pedagogia do futebol. Ele tem penetração em todas as classes, é uma língua geral, e isso poderia ser usado de um trilhão de maneiras e hoje ele só é utilizado pelo mercado, só é usado de uma forma feitichizada. Ele poderia ser usado para combater a homofobia, o sexismo, podemos fazer várias parcerias com os movimentos sociais. Aliás, eu quero aproveitar este espaço para prestar uma homenagem ao MC Leonardo, porque foi numa conversa com ele e inspirado na luta da ApaFunk (Associação dos profissionais e amigos do funk), que é a madrinha da ANT, que a gente teve a ideia de fazer a associação. A gente está inspirado por eles.
>> Conheça os sete objetivos da ANT, uma organização sem fins lucrativos para lutar contra:
1.     A exclusão do povo brasileiro dos estádios de futebol, fruto de uma política deliberada de diminuição da capacidade dos estádios, extinção de setores populares dos estádios e aumento abusivo dos ingressos
2.     O desrespeito à cultura torcedora com a extinção de áreas populares como a geral, onde há uma tradição própria de participação no espetáculo que inclui assistir ao jogo de pé (o que acontece na Alemanha)
3.     A falta de transparência no futebol brasileiro, há décadas nas mãos de dirigentes incompetentes e corruptos; exigimos a democratização das decisões acerca do futebol brasileiro com a participação dos torcedores; por exemplo: as sucessivas e milionárias reformas do Maracanã, feitas sem nenhuma consulta aos torcedores
4.     A exploração politiqueira do futebol visando eleger candidatos que aproveitam-se da sua popularidade para conseguirem mandatos contra o povo
5.     O controle das tabelas e horários dos campeonatos na mão da rede de televisão que há décadas detém o lucrativo monopólio das transmissões televisivas de jogos de futebol; horário máximo de 20h para o início das partidas durante a semana e 17h aos domingos
6.     A retirada de comunidades de trabalhadores em nome da Copa do Mundo e das Olimpíadas
7.     A falta de meios de transporte dignos durante os dias de jogos; exigimos esquemas especiais em dias de jogos
Fonte: Caros Amigos

* Saiba mais sobre a ANT pelo twitter @ANTorcedores e pelo site

2 de janeiro de 2011

Ante a jornada de 26 de dezembro

O direito de contar com selecçons galegas em igualdade de condiçons com as outras naçons do planeta e polo tanto gozando do pleno reconhecimento internacional é ante todo um direito nacional da Galiza, a nossa naçom.

É por isso que, mais um ano, o partido da selecçom galega de futebol será o pretexto para que a juventude trabalhadora manifeste na rua o apoio que os sectores populares galegos dam a todas às reivindicaçons nacionáis no terreno desportivo, em contraposiçom a antidemocrática legislaçom espanhola. Legislaçom que lateja ao serviço do projecto nacional rojigualdo e responsável directa da regionalizaçom que padecem as nossas equipas.

 A campanha mediática à roda da selecçom espanhola de futebol durante a celebraçom da Taça do Mundo evidenciou a agressividade espanholista e o carácter opressivo e destrutor de todas as suas manifestaçons. Além do mais, esta campanha de chauvinismo reaccionário foi fomentada e aproveitada pola caste política e o mundo empresarial para agravar o degrau de exploraçom do conjunto d@s trabalhadoras/es galeg@s, enquanto amplos sectores destes distraiam as suas preocupaçons quotidianas olhando para Suláfrica.

Mas outro modelo desportivo é possível. Queremos umhas equipas galegas que sejam oficiáis e que nos representem no mundo com a bandeira erqueita da contribuiçom ao desporto de base, antidoto perfeito contra a competitividade depredadora que fomenta o capitalismo. Capaz de insuflar vitalidade e energia a um ócio nom mercantilizado e consumista. Que nom castre a potencialidade física de mulheres e homens sob parámetros seguidistas dos roles de género impostos polo vigorante sistema patriarcal.

De BRIGA aplaudimos a iniciativa de Siareir@s Galeg@s de convertir o evento deste 26 de Dezembro também numha clamorosa reivindicaçom dos valores internacionalistas. O povo palestiniano é torturado, assassinado e negado em todas as suas dimensons na terra onde geraçons trabalhárom devido às políticas colonialistas do estado sionista de Israel, com a cumplicidade inquebrantável da Uniom Europeia e dos EUA. É o nosso dever como jovens revolucionári@s apoiar e difundir a sua luita como se fosse nossa, reconhecendo todos os métodos de luita para garantir o sucesso do seu povo.

Fonte: BRIGA

Povos em luita. Selecçons irmás


A selecçom nacional de futebol volverá ao campo a desputar, mais um ano, um amigável com muita transcendência política. O colectivo Siareir@s Galeg@s leva semanas de intenso trabalho, que com certeza irám a mais nos próximos dias, de cara à convocatória dum emotivo jogo de paz entre as selecçons de duas naçons em distintos níveis de conflito contra os seus opressores.

Palestina dará continuidade às distintas selecçons que, com carácter nom oficial desde o retorno da direita espanhola ao governo da Junta, colocam as pernas no frio mês de natal galego para entreter um público arrejuntado nas bancadas em apoio às reivindicaçons de emanipaçom nacional.

BRIGA quer dar reconhecimento público ao sacrifício d@s companheir@s de Siareir@s Galeg@s que fam possível mais um ano este simbólico acto de sam patriotismo rebelde, construindo desde a base do nosso orgulho a realidade desfeita desde o auto-ódio e complexo fomentado pola elite burguesa da caste política.

O dia 26 de dezembro, todas as actividades de Siareir@s Galeg@s conformam um interessante motivo para a confraternizaçom entre jovens procedentes de muitas comarcas do País para que, nesta ocasiom em Ourense, construamos Pátria de maos dadas contra o terrorismo sionista e espanhol, contra o terrorismo do capital.

Programaçom do colectivo em defesa dos direitos nacionais da Galiza no terreno desportivo:
12:00 na Praça da Magdalena
III Aberto de Bilharda da Auténtica
Actuaçom de Palhaços em Rebeldia e Jantar Popular

16:00 desde a Praça Maior
Manifestaçom Nacional sob a legenda "POVOS EM LUITA, SELECÇONS IRMÁS"
17:30 no Campo dos Remédios
Partido de futebol GALIZA - PALESTINA

20:30 na Praça Magdalena
Concerto de KELTOI, ROYALTIES e SOM DO GALPOM.

Fonte: BRIGA

10 de dezembro de 2010

Jogadores do Campeonato Italiano desconvocam greve


Os jogadores da primeira divisão do Campeonato Italiano cancelaram nesta quinta-feira a greve que haviam convocado para a 16ª rodada da competição e os jogos, marcados para este final de semana, serão disputados normalmente.
A Associação Italiana de Jogadores (AIC) anunciou a decisão através de um comunicado e a atribuiu aos avanços registrados nas negociações com a Federação Italiana de Futebol (FIGC) para estipular o novo contrato coletivo.
No último dia 30, os jogadores da Série A convocaram uma greve em protesto pela renovação do contrato coletivo que, segundo os atletas, os deixa desprotegidos. A queda de braço com a Federação acontece desde setembro.
Entre os assuntos mais problemáticos da negociação do novo convênio coletivo está o ponto que estabelece a possibilidade de as direções dos clubes fazerem com que um jogador treine separado do restante do elenco.
Essa não foi a primeira ameaça de greve no futebol da Itália. No dia 10 de setembro, os jogadores já haviam se mobilizado para cancelar a quinta rodada, nos dias 25 e 26 daquele mês, mas desistiram após várias reuniões com os dirigentes.

7 de dezembro de 2010

É hoje que Cantona vai ganhar um estandarte vermelho


Por: José Milhazes, baseando-se no site do KPLO (Comunistas de São Petersburgo e da Região de Leninegrado):

A Organização Comunistas de São Petersburgo e da Região de Leninegrado decidiu condecorar Eric Cantona com um Estandarte Vermelho “pela ideia de destruir o poder absoluto do capital mundial financeiro-especulativo”.

“O camarada Cantona, depois de tomar consciência de que errou quando jogou pelo Manchester United e dançou a mando da batuta sanguinária da FIFA, passou claramente para as posições do marxismo criativo”, escreve esta organização estalinista no seu sítio na Net.

“Os membros da Comissão Ideológica do CC do PC consideram que a nova forma de luta de classes, inventada por Cantona, entrará nos anais do movimento revolucionário mundial. Dezenas de milhares de europeus e muitas centenas de habitantes da antiga URSS preparam-se para a hora “X” e atirar a sua pedra virtual”, sublinha-se no comunicado.

Os comunistas decidiram “condecorar Cantona com um estandarte vermelho pelo contributo para o processo revolucionário”.

O comunicado termina com uma célebre frase do poeta revolucionário soviético Vladimir Maiakovski: “Chegou o teu último dia, burguês!”.

2 de dezembro de 2010

Sindicato italiano de jogadores fará greve em 11 e 12 de dezembro

Texto em espanhol


Comunicado íntegro del sindicato mundial de jugadores:


FIFPro apoya plenamente la huelga que han convocado los futbolistas italianos de la Serie A. El sindicato mundial de jugadores subraya las razones que han llevado a los futbolistas italianos a emprender esta acción.


'FIFPro nunca podrá aceptar las medidas propuestas por la liga italiana de fútbol (Lega di Serie A), que contravienen los derechos básicos de los futbolistas profesionales de todo el mundo', ha manifestado Theo van Seggelen, secretario general de FIFPro.


Los futbolistas de la Serie A italiana irán a la huelga durante el fin de semana del 11 y el 12 de diciembre. El sindicato italiano de jugadores (AIC) ha decidido dar ese paso después de que la Liga rechazara negociar un nuevo convenio colectivo de trabajo.


El sindicato de jugadores había establecido la fecha límite del 30 de noviembre para alcanzar un acuerdo. Las negociaciones llevadas a cabo como último recurso entre el AIC, la Serie A y la federación italiana de fútbol (FIGC) en Roma no consiguieron llegar a un acuerdo antes de esa fecha.


‘La huelga ha sido convocada para los días 11 y 12 de diciembre’, ha explicado Leonardo Grosso, vicepresidente del AIC y presidente de FIFPro. ‘Lo lamentamos, porque había voluntad de llegar a un acuerdo. La liga continuó exigiendo negociar sobre la cuestión de los jugadores que quedan excluidos del equipo, que para nosotros era innegociable.’

El sindicato de jugadores y la Serie A han tratado de firmar un nuevo convenio colectivo de trabajo (CCT). El antiguo CCT expiró el 30 de junio, y la Liga se negó a negociar un nuevo convenio colectivo con los jugadores. El principal obstáculo ha sido la postura que mantiene la Liga, según la cual los clubes deberían tener potestad para obligar a los jugadores que no desea mantener a entrenar aparte del primer equipo, o para obligar a los jugadores a aceptar transferencias a clubes equivalentes.

El sindicato calificó esto de injusto y rechazó negociar sobre esos dos puntos. El AIC sí que aceptó la propuesta de Giancarlo Abete, presidente de la federación italiana FIGC, que sugirió no negociar esos dos puntos, sino otros seis puntos de debate, pero la Liga no estaba dispuesta a cooperar.

‘La negativa de la Liga a aceptar el planteamiento del AIC ha motivado esta acción de protesta’, ha declarado el sindicato. ‘Estábamos dispuestos a negociar seis de los ocho puntos presentados por la Liga, con la excepción de los dos puntos antes mencionados.’

‘Soy un jugador y respaldo a mis colegas’, ha manifestado Massimo Addo, defensa del Milán y antiguo portavoz del AIC, tras el anuncio de la huelga. ‘Si el AIC ha decidido ir a la huelga, ello significa que esta vez es inevitable, pues ya hemos visto que se hizo caso omiso de nuestro primer llamamiento y amenaza de huelga. Sabíamos que el principal escollo era el de los jugadores excluidos de sus equipos.’

Dos ejemplos:

Los medios de comunicación han criticado a los jugadores por plantear una huelga en unos momentos de desestabilización económica, pero el sindicato puede señalar algunos casos que respaldan su postura:

* Los jugadores del Juventus Fabio Grosso y Hasan Salihamidzic fueron excluidos del equipo al comienzo de la temporada por rechazar transferencias, pero el gran número de lesiones significó su regreso a la alineación.

* La temporada pasada, Goran Pandev fue suspendido por el Lazio por solicitar una transferencia. Un panel de arbitraje falló a su favor y fichó por el Inter sin pago de una cuantía de transferencia, caso que podría tener implicaciones para Antonio Cassano, del Sampdoria, y para Federico Marchetti, del Cagliari. Ambos jugadores han sido excluidos por razones disciplinarias, y sus respectivas audiencias de arbitraje están previstas para dentro de poco.


25 de novembro de 2010

Os futebolistas bascos vão jogar com a selecção para relançar a exigência da oficialização




Vai haver jogo de Natal da selecção. E muitos dar-se-ão por satisfeitos pelo facto de se retomar a celebração de uma festa que, na opinião dos protagonistas, deveria ir bastante mais além.

É precisamente o objectivo final dessa jornada, a sua essência, aquilo que separou a Federação e os futebolistas nos últimos anos. E, na verdade, continua a fazê-lo. Porque, como os jogadores explicaram ontem numa nota pública, desta vez também não se chegou a um acordo com a Federação, que acusam não só de «não ter vontade de dar passos em prol da oficialização», mas também de manter um discurso ambíguo a esse respeito, incumprindo permanentemente os compromissos assumidos.

A pesar disso, os futebolistas tomaram «a decisão de jogar, para acabar com as interpretações interessadas e para que a sociedade entenda claramente que os futebolistas bascos estão sempre dispostos a defender as nossas cores, no campo ou em qualquer outro lugar». Mas as suas intenções têm pouco a ver com o aspecto folclórico ou, mais ainda, pecuniário com que se conforma a Federação. «Só quer organizar os jogos com o objectivo de obter benefícios económicos - denunciam. Essa é a sua verdadeira preocupação a respeito da selecção. Para arredondar o orçamento anual, essa fonte de rendimentos é imprescindível à Federação Basca. E é isso que a leva a fazer o esforço de organizar o jogo, não o sonho da oficialização da nossa selecção».

Daí que, face à atitude federativa, os futebolistas façam um apelo para que as aparições da selecção não se reduzam a festivais anuais para amealhar verbas. «Tomámos a decisão de vestir a camisola do nosso país. E, unindo-nos à vontade dos aficionados bascos e da maioria da sociedade, gostaríamos que o jogo de Natal fosse um dia de reivindicação do nosso direito e não um acto teatral para cobrar dinheiro», insistem.

De facto, os jogadores querem que «este jogo represente o final de um ciclo e o princípio de uma nova era. Estamos dispostos a jogar este ano, mas, olhando para o futuro, julgamos que será necessário trabalhar também noutras áreas». E para isso solicitam a ajuda da sociedade basca. «Há muito trabalho por fazer e queremos dizer, com sinceridade, que nós, jogadores, não nos vemos capazes de fazer o caminho todo sozinhos. Por isso, com toda a humildade, queremos pedir ajuda à sociedade basca e especialmente a quem pude dar o seu contributo neste âmbito, para que entre todos construamos o caminho em direcção à oficialização».

Amaia U. LASAGABASTER


24 de novembro de 2010

Eric Cantona convoca boicote aos bancos


Estudantes e funcionários públicos em toda a Europa que se preparam para um longo inverno de protestos e manifestações acabam de receber ajuda de peso de Eric Cantona, jogador de futebol afamado e modelo arquetípico de rebelde.

Aos 44 anos, o ex-jogador recomendou corrida massiva aos bancos mundiais, em entrevista a um jornal, filmada também para ser exibida pela televisão. A entrevista virou sucesso imediato no YouTube e já desencadeou vasto movimento político (em http://www.youtube.com/watch?v=-Uop5R7E314).

Cantona começou por intervenções de ação direta dentro e fora das quatro linhas. Em 1995, foi punido com nove meses de suspensão, quanto atacou com um golpe de caratê, no Crystal Palace, um espectador que gritou slogans racistas contra um jogador, depois de ter sido expulso (no detalhe da foto ao lado). Agora, solidário ao protesto dos franceses, o já aposentado Cantona prega abordagem mais radical e mais sofisticada para forçar melhores condições de negociação.

O jornal regional Presse Océan em Nantes perguntou a Cantona sobre seu trabalho social com a Fundação Abbé Pierre, que faz campanha por moradia para os pobres e para a qual produziu um livro de fotografias no ano passado. A discussão rapidamente tomou outro rumo e o entrevistador comentou as manifestações de rua na França e em toda a Europa contra os cortes nos investimentos governamentais na melhoria da assistência aos cidadãos, na atual 'nova era de austeridade'.

Cantona, usando uma brilhante jaqueta vermelha, disse que os protestos, como estão sendo feitos, jamais trarão qualquer resultado. Cartazes e palavras de ordem já não mudam nada. Em vez disso, os manifestantes poderiam provocar verdadeira revolução social e econômica, se sacassem todo o dinheiro que todos têm depositado nos bancos.

Disse Cantona: "Não acho que alguém possa sentir-se completamente feliz, vendo a horrível miséria que nos cerca. A não ser que você viva numa redoma. Sempre há alguma coisa que qualquer um pode fazer. De qualquer modo, sair às ruas já não resolve problema algum. Há outros meios para fazer as coisas andarem melhor.

"Tampouco acredito em pegar em armas e sair matando gente, para iniciar a revolução. De fato, a coisa hoje ficou até muito mais fácil do que antes. Qual é a base sobre a qual todo o sistema foi construído? Todo o sistema está hoje construído sobre o poder dos bancos. Portanto, o sistema só pode ser modificado ou destruído se modificarmos ou detruirmos os bancos.

"Se as três milhões de pessoas que levaram seus cartazes para as manifestações de rua fossem ao banco e sacassem todo o dinheiro que têm depositado lá, os bancos entrariam em colapso. 3 milhões, 10 milhões de pessoas sacando todo o dinheiro que têm depositado em bancos é movimento civil, de que qualquer um pode participar sem medo de represálias. E começaríamos uma revolução.

"Bastaria que cada um fosse ao banco e sacasse todo o próprio dinheiro. Não é difícil. Em vez de ir para as ruas, ou de dirigir quilômetros para participar das manifestações na capital, cada um vai ao próprio banco, na cidade e no país em que estiver, e saca o próprio dinheiro. O dinheiro fica na mão do seu legítimo proprietário e os bancos desmoronam. Serviço limpo. Sem armas, sem violência, sem sangue."

E concluiu: "Nada de complicado. E, imediatamente, os bancos passariam a ouvir de outro modo os cidadãos. Sindicatos? Quem pode reivindicar alguma coisa, com medo de ser demitido? Os sindicatos precisam entender melhor o mundo."

A ideia de Cantona parece ter tocado ponto sensível em muitas cabeças e gerou resposta imediata. Mais de 40 mil visitas imediatas ao filme no YouTube e um movimento francês (StopBanque) imediatamente começou a divulgar campanha para saques massivos, coordenados, de vários bancos, todos no dia 7/12 próximo. Até agora, mais de 14 mil pessoas já se comprometeram a sacar. O movimento agora começa a ser divulgado na Grã-Bretanha.

O trio de usuários do Facebook que agora organizam a campanha em toda a Europa, já convocaram o saque geral. "Nós controlamos os bancos, não o contrário", escreveram.

O documento-manifesto do movimento, pode ser lido na página Bankrun2010.com , onde se lê:

"Nosso movimento pode ser mais bem-sucedido do que podemos imaginar. É movimento popular (...) e não atacamos nada e ninguém em particular, além do sistema criminoso, corrupto, moribundo ao qual decidimos resistir pelos meios que temos, dentro da lei."

O documento é assinado por Géraldine Feuillien, 41, cineasta belga, e Yann Sarfati, 24, francês, ator e diretor de cinema.

Sarfati e Feuillien disseram que só pensaram em divulgar o clip de Cantona, mas, de repente, viram-se no meio de um moviemtno global de cidadãos". (...) "Não somos anarquistas nem ligados a partido político ou sindicado. Apenas entendemos que é outro modo de protestar."

Sarfati acrescentou: "Entre duas gravações de anúncios para a L'Oréal, Cantona achou jeito de deixar falar seu lado revolucionário. O sujeito vive bem, mas evidentemente tem consciência social. Pareceu-me sincero."

Guardian

10 de agosto de 2010

Sócrates, revolucionário da bola, afirma: "Sou e morrerei socialista!"

Sócrates (ao centro) em ato pelas Diretas-Já!, em 1984


Aos dezessete anos de idade Sócrates vivia um dilema: continuar a jogar futebol nas categorias de base do Botafogo de Ribeirão Preto, então time da primeira divisão do futebol paulista, ou dedicar-se exclusivamente a recém iniciada faculdade de medicina.

Com dificuldade conciliou as duas atividades nos primeiros anos de estudo. Quando se tornou profissional passou a receber convites de diversos clubes grandes, mas afirmou só sair do Botafogo depois de formado. Assim, chegou ao Corinthians e ficou c
onhecido como Doutor Sócrates.

Um dos líderes da democracia corinthiana e jogador da seleção brasileira nas copas de 82 e 86, Sócrates é considerado um dos grandes jogadores da história do Brasil.

Homem de respostas curtas e claras, consciência política e posições fortes, o Doutor conversou com o Unificados sobre a democracia corinthiana, socialismo, e claro, a seleção do Dunga.

ENTREVISTA
“Devemos lutar por democracia em qualquer estrutura social”


Unificados: Você sempre fugiu do padrão comum do jogador de futebol, tem consciência política, foi um dos lideres da democracia corinthiana, como isso surgiu?

Sócrates: Sei lá. O diferente não sou eu. O problema é o sistema educacional brasileiro que não dá oportunidade a todos, muito menos aos jogadores de futebol.

Unificados: Você ainda se considera socialista? Como vê o socialismo hoje?

Sócrates: Sou e morrerei assim. O socialismo idealizado não tem hoje nem nunca, só sempre.

Unificados: Acha que um movimento semelhante à democracia corinthiana poderia acontecer em algum clube atualmente?

Sócrates: Eu acho que sim. E também acredito que devemos lutar por democracia em qualquer estrutura social, inclusive no futebol. Particularmente, sempre achei um absurdo viver em um regime de casta, isso vem da origem do meu pai.

Ele nasceu pobre, fodido e não tinha o que comer. Então esse sentimento sempre foi muito claro para mim, por que casta? Por que as pessoas são tratadas de forma diferente? Esse sentimento nasceu comigo e você vai elaborando com o tempo.
Mas isso é uma coisa interiorizada, tentar lutar contra isso depende das oportunidades que você tem na vida. E aconteceu no Corinthians em uma época de crise e só existe revolução em crise. Ou então em guerra.


Unificados: A democracia corinthiana teve algum efeito no comportamento dos jogadores dentro de campo? E como foi a recepção dos jogadores e dirigentes de outros times?
Sócrates: Quem se sente tratado como deve sempre reage positivamente. Foi isso que aconteceu. Todos nós reagimos positivamente, e a reação dos demais pouco importa.

Ali aconteceu uma revolução porque as pessoas queriam fazer revolução, estavam juntas em um momento propício para isso. Se fosse em outro momento talvez não acontecesse nada.

Unificados: Como o movimento acabou? Isso teve a ver com sua ida para a Itália?

Sócrates: Um movimento revolucionário só ocorre na sociedade que o quer. Quando inventamos ou estamos em outra sociedade, esta caminha de acordo com a maioria dos seus integrantes e interesses.

Eu saí, o Casão (Walter Casagrande, hoje comentarista na Globo) saiu, mais gente saiu e contrataram outros 10 caras, com outra cabeça. O momento mudou, acabou porque tinha que acabar.
Eu fui para a Itália por causa das Diretas Já. Fiquei frustrado com o resultado da votação no Congresso. Fui embora.


Unificados: Muito se falou das atitudes do Dunga nessa Copa do Mundo, o que achou do desempenho da seleção?
Sócrates: Compatível com o esperado. Os jogadores estavam quebrados. O Dunga não levou os principais talentos do Brasil, aquela seleção não era a representação do país.

Unificados: E de afirmações do Dunga, que falou que não poderia dizer se a escravidão tinha sido boa ou ruim, e nem a ditadura?

Sócrates: Um pouco de literatura não faz mal a ninguém, muito pelo contrario. Quem não lê e não quer saber como o homem se comportou em outros tempos é um absoluto alienado ou analfabeto.

Unificados: Esse ano temos eleições legislativas, como você vê o cenário político atual no Brasil?

Sócrates: O país está em evolução. Seja lá quem forem os políticos eleitos, que ninguém altere este cenário para pior. Para melhor, por favor!

Dr. Sócrates "Magrão" comemora gol pelo Corinthians


Fonte: Site do Sindicato Quimicos unificados

23 de julho de 2010

Maradona: Chávez é uma 'pessoa fantástica e um defensor do Sul'


CARACAS — O técnico da seleção argentina de futebol, Diego Maradona, foi recebido nesta quinta-feira pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que disse que "admira desde sempre" por ser uma "pessoa fantástica" e um "defensor do sul".

"Para mim é realmente um orgulho poder estar ao lado do presidente Chávez, porque ele luta pela gente, por seu país, por seus ideais, e estou com ele até a morte", disse Maradona no palácio presidencial de Miraflores em Caracas, onde foi recebido pelo presidente venezuelano.

"Todo o povo venezuelano te admira desde sempre, você é um defensor do sul", disse Maradona a Chávez, depois de assegurar que o considerava "uma pessoa fantástica".

A pedido de Chávez, Maradona estenderá sua visita para acompanhar a inauguração do torneio de futebol feminino dos XXI Jogos da América Central e do Caribe Mayaguez 2010, que serão disputados na Venezuela esta semana.

"Te consideramos venezuelano, Diego. Argentinos, não fiquem com ciúmes", disse Chávez.

Maradona tinha visitado Caracas pela última vez no início de 2009 e participou de atos políticos com Chávez.

Maradona prevê reunir-se na semana que vem em Buenos Aires com o titular da AFA, Julio Grondona, para discutir seu futuro à frente da seleção argentina, que foi eliminada da Copa da África do Sul nas quartas de final.

Fonte: AFP

17 de julho de 2010

Sócrates: "Imagina a Gaviões da Fiel politizada! Esse é o grande medo do sistema"

Como você está vendo a organização da Copa do Mundo aqui no Brasil daqui a quatro anos?
Sócrates
Aqui no Brasil, ainda não há organização nenhuma, pelo que eu saiba. Na verdade, existe uma desorganização dirigida para que os investimentos que sejam alocados nas obras não passem por licitações, então estão protelando o máximo possível para que isso ocorra.

Você acha que é intencional?
É claro! Isso aconteceu no Pan-Americano, acontece sempre. Quanto mais demorado melhor, porque aí tudo é feito a toque de caixa, e a toque de caixa tem situação emergencial que vale a pena para desviar alguma coisa.

Você acha que a exclusão do Morumbi como um estádio da Copa tem a ver com isso?
Não tenho dúvida. Eles querem construir um outro estádio. Desde o começo estava na cara, criaram todo tipo de dificuldade. E acho que o São Paulo fez certo, fazer um investimento de 700 milhões no Morumbi? É mais fácil o São Paulo construir outro estádio.

Você acha que o interesse é mais econômico ou político?
É para-econômico. Não é nem econômico. Economicamente não poderíamos escolher Manaus em vez de Belém. Cuiabá como sede, onde eles vão ter que construir o estádio para depois ficar parado, Brasília a mesma coisa, Natal a mesma coisa. É não é interesse econômico. É desperdício de dinheiro. Desperdício econômico. É para-econômico, para desviar verba.

Você não vê o fato de o São Paulo ter encabeçado uma chapa de oposição na eleição do Clube dos 13 como um elemento para a exclusão?
Não, isso vem lá de fora. Todos os estádios vão ser reformados. Alguns com um custo absurdo. Deve ser a quinta ou sexta vez que fazem reforma no Maracanã nos últimos três anos. O Minerão também. Vão construir outro na Bahia. Entendeu? É pro dinheiro andar. Andando o dinheiro alguém tá ganhando. Seja quem constrói, quem administra. O único que não ganha é o povo.

Você sempre diz que atualmente o futebol tem mais força do que arte. Você acha que a Copa de 1982 foi um marco na consolidação do esporte como está hoje?
Não existe um divisor aí. O que ocorre é uma falta de adaptação do futebol com a evolução física dos atletas. A questão não é só filosófica, claro que isso faz parte do processo. Mas ela é muito mais dependente da questão física. Inclusive na minha tese de mestrado, seria nove contra nove, tirar dois jogadores de cada time. Quer dizer, você resgatar os espaços que tínhamos há anos atrás. Então vão ter que jogar. Hoje tem gente que se esconde. Você pega um back central da vida ai que não sai do lugar. A única coisa que ele faz é chutar a bola pra frente, pro lado, isso não é jogar futebol. Com nove contra nove, o back central vai ter que saber jogar. Não só ele, todos vão ter que saber jogar, porque a bola vai correr. Na verdade o futebol é um dos poucos esportes que não se adaptou a essa evolução. Imagine uma prova de atletismo, 100 metros, hoje, com cronômetro manual... Iria dar empate para caramba. Ou 50 metros na piscina. Tem que se adaptar a isso. E futebol não mudou nada. Não quer mudar. Nem tecnologia se utiliza para se dirimir as dúvidas de arbitragem.

Você não acha que essa não adaptação beneficia maus jogadores, que mesmo não tendo tanto talento, mantêm contratos milionários?
Hoje, na verdade, se nivelou o futebol. Um ou outro jogador que se destaca, que tem mais técnica, mais talento. Na verdade, todo mundo privilegia o físico hoje e é isso que impera no futebol. Seja na seleção de Honduras, você comparar com a seleção da Inglaterra. Você vê as equipes que se classificaram, tem time que nunca passou para a segunda fase e tem um monte na segunda fase, tá tão igual.

Como foi a democracia corinthiana?
Uma sociedade que decidia tudo no voto e a maioria simples levava vantagem nas decisões, absolutamente democrático. O roupeiro tinha o mesmo peso de voto de um dirigente.

Como a direção do time reagiu? Não só a direção, mas os patrocinadores, o Leão quis dar uma pernada?
O Leão não dava pernada em ninguém, ele nunca votou ué. Um voto nulo, em branco. Se você não quer participar de uma sociedade você não vota e agüente a decisão da maioria. A direção participava, um voto era da direção do clube e não tinha patrocinador, nessa época não tinha essas coisas.

Esse foi um dos poucos momentos em que o futebol cumpriu um papel mais positivo politicamente?
Na verdade cumpriu um papel importante nesse processo de redemocratização, porque o processo corintiano começou dois anos antes da grande mobilização das Diretas Já! Acho que foi um fator importantíssimo na discussão da realidade política brasileira. Você está dentro de um meio extremamente popular, com uma linguagem que é acessível a todo mundo está discutindo uma coisa que há muito tempo ninguém ou muita gente jamais teve a possibilidade de efetuar, que era o voto. Foi importantíssimo. Igual a isso eu não conheço nada parecido no futebol.

Você acha que o futebol pode cumprir um papel mais progressivo?
Claro. E esse é o grande medo do sistema. Você imagina a Gaviões da Fiel politizada. Né!? Você tem mobilização já pronta, você tem palco, duas vezes por semana, para exercer o seu direito, a ação política, só falta a politização.

Falta organização política para os jogadores?
Falta consciência! Falta... Por isso o sistema deseduca esses caras. Em vez de educar, faz de tudo para o cara não adquirir uma consciência social, política, porque esse é o mais importante. Ele é mais ouvido que o Presidente da República, esse cara pode mudar o país. Uma das brigas que eu tenho é “por que não educar esse povo, se é obrigação do Estado educar todo mundo?”. Pelo menos esse povo tem que ser educado. Agora mesmo, fui para a África do Sul, uma campanha pró-educação, inclusive com iniciativa da Fifa, com chancela da ONU, Educação Global, que é uma das metas do milênio, até 2015 pôr todas as crianças na escola. Então, no caso da Fifa, ponha primeiro os jogadores. (risos)

Você acha que o Estado deveria cumprir um papel mais importante na gestão do esporte?
É claro! Mas ninguém quer mexer muito nisso. Ninguém quer mexer, porque é um vespeiro. Mas deveria. Particularmente o futebol no Brasil é um negócio, como outro qualquer. Por que o Estado não tem controle sobre isso. Ele usa todos os símbolos nacionais, hino, bandeira, até a alma do brasileiro ele usa.

Você acha que o Estado deveria intervir para tentar segurar os jogadores no Brasil?
Já existe legislação para isso. O trabalho infantil ele é penalizado. Mas como você vai evitar que uma criança se transfira para outro país dentro das condições legais, quer dizer, arrumam emprego para os pais, os caras sempre fazem aquilo que precisa ser feito. Isso só vai ser educado quando tivermos consciência de que temos que valorizar a ‘commodite’ que temos em mão. Que é a qualidade do jogador brasileiro, o talento do jogador brasileiro. Em vez de vez de vender o artista, tem que vender a obra dele. Quando a gente começar a vender a obra dele, a gente vai ter muito mais riqueza. Um bom exemplo é o Ronaldo. O Ronaldo é um cara que vale ouro, que veio pra cá e está ganhando o mesmo que estava ganhando lá, ou mais. Então é possível sim, mas é uma mudança de mentalidade. Na verdade o futebol brasileiro vende seu artista porque também é uma forma mais fácil de se manipular os recursos. Nem todo dinheiro que saí de lá chega aqui, no meio do caminho tem muita gente intermediária.