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19 de setembro de 2011

Brasil comienza a contar mil días para Mundial con obras atrasadas y huelgas

Por Agencia EFE
http://futbolrebelde.blogspot.com/


Brasil inició hoy la cuenta atrás de los mil días que faltan para la inauguración del Mundial del fútbol de 2014 con actos en las doce ciudades sede del evento, pero con varias obras atrasadas y huelgas en dos de los estadios que están en reforma.

El acto principal tuvo lugar en Belo Horizonte, precisamente la ciudad que tiene más adelantadas las obras, donde la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, acudió para anunciar inversiones por 2.300 millones de reales (unos 1.353 millones de dólares) en la ampliación del metro de la ciudad.

En Sao Paulo, en un evento en el lugar en el que se construye el estadio Itaquerao, que contó con la participación del gobernador regional, Geraldo Alckmin, y del campeón mundial Ronaldo, fue inaugurado uno de los relojes cuentan los mil días que faltan para la inauguración del Mundial, el 12 de junio de 2014.

Rousseff visitó las obras de remodelación del estadio Mineirao, que aspira a ser el escenario para la ceremonia inaugural del Mundial, en un día en que los empleados responsables por las reformas cruzaron los brazos en una huelga relámpago para reivindicar mejorías salariales.

Justo cuando se cuentan los mil días que faltan para el Mundial de fútbol, el deporte más popular del país, los cerca de 2.000 obreros que trabajan en las reformas del estadio Maracaná completaron 16 días de huelga a la espera de mejorías en las condiciones de trabajo.

La paralización de las obras en el "templo del fútbol" brasileño y el estadio con más opciones para ser sede de la final del Mundial amenaza la entrega del escenario, prevista para diciembre de 2012, para que pueda ser utilizado en la Copa de las Confederaciones de 2013.

Rousseff, que acudió al Mineirao de Belo Horizonte acompañada del ministro de Deportes, Orlando Silva, y del exftubolista Pelé, embajador especial del Gobierno para el Mundial, aseguró que Brasil organizará uno de los mayores eventos del mundo precisamente en uno de sus momentos de más prosperidad.

La mandataria, que posó junto a una camiseta de la selección brasileña con el número 1.000, atribuyó a Pelé parte de la pasión de los brasileños por el fútbol.

"Si hubo alguien responsable de que varias generaciones admirasen el fútbol es nuestro querido Pelé, un brasileño con un talento excepcional y una capacidad física fantástica, y no sólo el mayor atleta del siglo XX sino de los últimos tiempos", afirmó.

Tras anunciar 1.353 millones de dólares para el metro y otras infraestructuras de transporte en Belo Horizonte, la mandataria dijo que las inversiones en las obras para el Mundial ayudarán a Brasil a superar la crisis económica internacional.

"Seguir invirtiendo pesadamente en obras de infraestructura es parte de nuestra estrategia para garantizar que Brasil mantenga su desarrollo en ritmo adecuado", afirmó.

La mandataria aprovechó el acto para anunciar la llamada Ley General del Mundial de 2014, cuya presentación era pedida por la FIFA desde hace semanas, y que ofrece condiciones especiales e incentivos para las empresas con negocios en la Copa del Mundo.

Rousseff, que en los próximos días también anunciará inversiones para el metro en Salvador, Porto Alegre y Curitiba, agregó que las doce ciudades sede del Mundial están haciendo grandes esfuerzos para estar listas a tiempo.

Sin embargo, según un informe divulgado por el propio Gobierno esta semana, hay un serio retraso en las obras de aeropuertos y de vías de acceso para el Mundial, aunque las autoridades garantizan que serán concluidas a tiempo.

Las obras más adelantadas en general son los estadios, pese a que el de Sao Paulo apenas comenzó a ser construido hace un mes y el de Natal aún está en el papel.

El Gobierno garantiza que nueve de los doce estadios estarán concluidos en diciembre de 2012 y servirán para la Copa de las Confederaciones, que se disputará a mediados de 2013.

Pero el informe oficial confirma que las obras en general están atrasadas y subraya que las reformas de los aeropuertos de Belo Horizonte, Fortaleza, Manaos, Recife y Salvador no han comenzado.

Además de los aeropuertos, otra preocupación del Gobierno es el retraso en las obras del sistema de transporte en el país, ya que apenas cinco ciudades han iniciado los proyectos para mejorar la movilidad urbana.

1 de setembro de 2011

Operários que fazem reforma do Maracanã voltam a entrar em greve

Os operários que trabalham na reforma do Estádio do Maracanã retornaram à greve nesta quinta-feira, 1, alegando que o Consórcio Rio 2014, que reúne as empresas responsáveis pela obra, não cumpriu o acordo estabelecido em assembleia realizada no mês passado.

Ficou acertado que os 1.500 trabalhadores receberiam um vale-refeição no valor de R$ 160, e teriam direito a plano de saúde individual, benefício que, em 90 dias, poderia ser estendido para a família, além de mais segurança no trabalho.

“O problema é que todas as cláusulas que foram aprovadas e discutidas em assembleia não foram cumpridas pelas empresas. O pagamento do mês de setembro saiu, e os trabalhadores ficaram insatisfeitos, revoltados com o valor, pois o que foi acordado não veio no contracheque”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), Nilson Duarte Costa.

Segundo ele, ainda que existem outros problemas que precisam ser analisados urgentemente pelas empresas responsáveis pela obra. “Agora tem outros problemas como a falta de médicos à noite, a alimentação veio estragada, juntou tudo isso e acabou causando a paralisação. É bom que as empresas cumpram o que foi determinado, e, se alguma coisa estiver fora disso, a obra vai ficar parada. Estamos aqui para conversar, pois o diálogo é a melhor opção.”

Para o operário Sérgio Basílio da Silva, que trabalha há quatro meses na reforma, as empresas tratam os funcionários com descaso.“Eu me sinto humilhado, porque passo a maior parte do meu dia na obra trabalhando do que na minha própria minha casa” afirmou.

Consórcio Rio 2014
Em nota, a assessoria de imprensa do Consórcio Rio 2014 informou que o movimento ocorre dez dias depois de um acordo feito com representantes dos trabalhadores em torno de pauta de reivindicações.

Dessa forma, o consórcio entende que não há motivo para a atual paralisação e informa que irá recorrer imediatamente à Justiça do Trabalho, para que o movimento seja declarado abusivo e os operários voltem a trabalhar.

O consórcio acrescenta que, somente dessa forma, retomará as negociações com os representantes dos trabalhadores.

Agência Brasil

30 de julho de 2011

Italianos pedem que seleção boicote Copa de 2014

Os italianos continuam protestando contra a libertação, pelo governo brasileiro, do guerrilheiro Cesare Battisti, no inicio de junho. No começo da semana, algumas ruas da Itália apareceram cheias de cartazes pedindo que a seleção do país boicote a Copa de 2014, que será realizada no Brasil e estaria "manchada de sangue italiano”.
Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália, acusado de quatro assassinatos no final de 1970, quando fazia parte do grupo clandestino Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele vive há décadas longe do país natal. Detido no Brasil, teve sua extradição requisitada pela Justiça italiana. Antes de deixar a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, se negou a extraditar Battisti. O assassino foi libertado em junho e, por enquanto, fixou residência no Brasil.

Em diversas ocasiões os italianos têm protestado contra a decisão brasileira. O escritor Antonio Tabucchi, de 67 anos, cancelou sua participação na Flip, festival brasileiro de literatura, em protesto contra a libertação de Batistti. No começo deste mês, o governo italiano ameaçou boicotar os Jogos Militares, encerrados no Rio de Janeiro na semana passada, mas, no final, liberou os mais de 150 atletas para a competição.

Fonte: (Não) Veja.

"Devemos entender que o que está por trás do caso Battisti, na verdade, é a defesa da revolução socialista. Há que se combater a burguesia reacionária, que defende com unhas e dentes sua extradição, prisão perpétua ou mesmo a morte. Porém, também devemos combater aqueles que denunciam simplesmente o caráter "arbitrário" do processo judicial e a "perseguição política" do estado italiano, ao mesmo tempo em que também não medem palavras pra denunciar a "luta armada" e o "terrorismo?. Estes são os mesmos que não perdem tempo pra defender as instituições burguesas e pra legitimar a repressão contra os revolucionários socialistas.

Em ambos os casos, há o interesse em reforçar a "falência" e a "derrota" da revolução socialista, assim como de uma suposta incapacidade política do proletariado de destruir o Estado burguês e o capitalismo. Com isso, a direita reacionária pretende conseguir uma revanche e enterrar de vez o fantasma do socialismo. Os reformistas, fazendo coro, buscam enterrar a via revolucionária e garantir que o movimento dos trabalhadores seja simplesmente uma base de apoio da sua política burguesa."

Liberdade para todos os que lutaram e lutam contra o capitalismo!

Sou Fifa!

14 de fevereiro de 2011

O futebol egípcio após a saída de Mubarak


"Eu apoio 100% o poder do povo e suas reivindicações legítimas." 
Hosni Abd Rabo, meio-campista do Al-Ahli


O clube Al Ahly do Cairo acaba de abrir um fundo para ajudar as vítimas da revolta de 25 de Janeiro. "Nosso clube não vai se limitar a um apoio financeiro, também vamos estimular a participação na doação de sangue para os feridos", revelou o meia Shehab Ahmed.

Para Sporting África

O ex-presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981, finalmente, decidiu demitir-se após a revolta de seu povo. Agora, tendo em conta esta realidade, o país inteiro deve ser reorganizado, incluindo o futebol. O campeonato poderá ser cancelado, até a poeira abaixar. Por seu turno, os jogadores mostram solidariedade para com seu povo. A Premier League, o campeonato já foi suspenso, mas rumores apontam para uma anulação completa da temporada 2010-2011, ou até a metade do ano.

A segunda parte da temporada foi adiada indefinidamente por razões de segurança. "Aqueles que querem os jogos disputados à porta fechada, tem um pensamento inadequado", disse Amer Hussein, diretor do Comitê Executivo da EFA.

O organismo que rege o futebol internacional (FIFA), criou duas principais condições para a retomada do egípcio Premiere League. "Os estados da FIFA como a principal condição que deve ser suficiente segurança para jogadores e fãs, antes de decidir retomar os jogos", disse Samir Zaher, Associação de Futebol do Egito (EFA).

"Isso também exige que todos os clubes devem apresentar a sua aprovação para prosseguir com a competição", disse Zaher. Quem também negou todos os rumores sobre o cancelamento do campeonato desta temporada. "O cancelamento do campeonato egípcio que nos vai custar muito. Os clubes podem ter de enfrentar desastres, porque eles gastaram muito dinheiro no acampamento de treinamento, os contratos de patrocínio e transferência de jogadores", disse ele.

Zaher acredita que a retomada do campeonato egípcio poderia ajudar a fazer as coisas de volta ao normal no país. "Teremos uma reunião com funcionários de diferentes clubes para chegar a um acordo sobre a retomada da competição e organização partidária, local, dias, horas e os árbitros", disse ele.

Jogadores de Solidariedade

Por seu turno, os jogadores não são indiferentes ao que acontece em seu país. "Eu apoio 100% o poder do povo e suas reivindicações legítimas. Muitos compatriotas vivem em condições muito difíceis", disse o meia Hosni Abd Rabo. "Algumas pessoas pensam que os jogadores de futebol não estão conscientes da realidade da vida nas ruas, mas a verdade é que muitos de nós vêm de famílias pobres e, portanto, compreendemo o sofrimento do povo. Os jovens podem estudar mas não conseguem encontrar trabalho. "Estou disposto a fazer qualquer coisa para apoiar a revolta ", acrescentou.

Enquanto um dos clubes mais prestigiados do país, Al Ahly do Cairo, acaba de abrir um fundo para ajudar as vítimas da revolta de 25 de Janeiro. "Nosso clube não vai se limitar a um apoio financeiro, também vamos estimular a participação na doação de sangue para os feridos", revelou o meia Shehab Ahmed. "Quem disse que futebol não tinha consciência social?" 

Originalmente publicado em 11 de fevereiro, 2011 em http://sportingafrica.blogspot.com/


Tradução de Google Tradutor com revisão

3 de janeiro de 2011

O futebol é um meio de conscientização das contradições da sociedade


Entrevista Marcos Alvito
"O futebol é um meio de conscientização das contradições da sociedade"
Por Débora Prado
Antropólogo e professor da Universidade Federal Fluminense, Marcos Alvito foi um dos idealizadores da Associação Nacional dos Torcedores (ANT), que luta pela defesa do futebol brasileiro como arte, cultura e um patrimônio popular. A associação teve sua primeira chapa para diretoria eleita no dia 12 de dezembro, cerca de dois meses após a fundação, e deve votar seu estatuto no começo do ano que vem. Já com mais de 2,5 mil associados, entre os objetivos da ANT estão a luta contra a retirada de comunidades de trabalhadores em nome da Copa do Mundo e das Olimpíadas e a exclusão do povo brasileiro dos estádios de futebol. Em entrevista a Caros Amigos, Alvito fala sobre a associação e o potencial pedagógico e transformador que o futebol pode ter se não expropriado somente para fins mercadológicos. Confira:
Caros Amigos - O que é ANT, por que ela foi fundada e o que ela busca?
A ANT é uma entidade autônoma, supra-clubistica, apartidária, porém política – entendida num sentido amplo de uma luta pela cidadania torcedora. Ela é formada por torcedores individualmente, ela não tem nenhuma ligação com as torcidas organizadas, embora a gente considere as organizadas como parte da cultura do futebol e sejamos contra a criminalização destas torcidas. Mas, a ANT é formada por indivíduos que se associam livremente. Ela tem como objetivo principal lutar pela defesa do futebol brasileiro como arte e cultura popular e também como um patrimônio que está sendo expropriado num processo perverso, que está sendo travestido de uma modernização e que na verdade não é modernização, pois se mantém intactas as estruturas arcaicas do futebol brasileiro, permitindo uma livre exploração do futebol por parte do capital.
Esse futebol não é moderno. Você tem uma estrutura feudal do ponto de vista das decisões, com clubes que são aristocráticos, com dirigentes que se perpetuam no poder, com todo tipo de manobras palacianas, intrigas de corte, etc. Estamos em plena Idade Média por um lado e por outro há o capitalismo selvagem, em que se aumenta o ingresso na hora que quiser e bem acima da inflação. Há um aumento abusivo de preço, mas cadê a defesa do consumidor, o ministério público, a defensoria pública? Não tem, porque você não tem ninguém que represente os torcedores. Por isso a gente tem que ter uma associação para representar os interesses dos torcedores. Só que a nossa associação não vê o futebol desligado do movimento social, a gente vê o futebol como cultura popular e um meio de conscientização das contradições que atravessam a sociedade.
Caros Amigos - Como está o calendário da ANT?
A gente vai ter um congresso da ANT em janeiro ou fevereiro para votar o nosso estatuto, para fazermos a primeira grande convenção nacional. E assim que começar o Campeonato Brasileiro, na primeira rodada, a gente vai fazer o “Dia do Pinico”. Como a gente não é bárbaro e achamos que a árvore é um ser vivo, nós vamos levar pinicos para os jogos da primeira rodada do Brasileiro, já que não tem banheiro químico.
A gente quer se organizar durante as férias e depois de votado nosso estatuto a vamos entrar com ações legais. Por exemplo, o futebol se dá nas quatro linhas. O Engenhão tem ainda, desde que foi inaugurado, placas de publicidade que cobrem a linha de fundo toda e isto inclui a linha do gol. Então, você paga 30 reais para sentar atrás da linha do gol e não vê a bola entrar. Se no Engenhão eu só vejo três linhas, ou você muda aquelas placas de lugar ou você interdita o estádio, pelo menos as alas sul e norte, porque o ingresso está sendo vendido para ver um jogo de futebol e se eu não vejo a bola entrar no gol, eu não vejo o grande momento do jogo. Então, ou tira a placa do lugar ou interdita o Engenhão. Vamos pedir a defensoria pública que eles façam alguma coisa contra o aumento abusivo do preço dos ingressos, porque os clubes botam o ingresso no preço que quiserem.
Agora, aquilo que eu pessoalmente vejo como a coisa mais importante que a ANT pode fazer é uma movimentação junto ao Congresso Nacional para votar uma lei que regulamente as escolinhas de futebol. Se você entrar num restaurante, você não vê um garçom com sete anos de idade, mas aos 7, 8,9 e 10 anos há meninos sendo explorados pelos clubes para serem depois vendidos como se fossem mercadorias. Eu acho que isso é a face mais horrenda e perversa do futebol, que é se valer do sonho de milhões de meninos - que é um sonho ao mesmo tempo de fama, de glória, de realização, e também de ascensão social - para descartar num funil gigantesco. É como o Darcy Ribeiro chamava o Brasil de um moinho que mói gente, o futebol, as categorias de base dos grandes clubes, são um moinho de crianças, são uma fábrica de destruição de sonhos. Essas crianças são exploradas, depois elas são totalmente descartadas sem nenhum apoio de serviço social, sem que haja nenhum apoio educacional. É uma máquina absolutamente perversa.
O mínimo que esses clubes tem obrigação de fazer é, se eles querem treinar essas crianças, ter um limite para esse treinamento e tem que ter um processo de profissionalização. Os clubes tem que ter escolas próprias profissionalizando esses garotos. Se um garoto vai treinar no São Paulo, por exemplo, aos sete anos, então o São Paulo vai ter que assinar um compromisso que vai ter uma escola onde haja ensino de língua, de computação, um ensino de primeira qualidade e profissionalizante e ele vai ter que ficar com esse garoto até ele concluir o segundo grau.  A gente que ama o futebol tem a obrigação ética de amar um futebol que no mínimo dê um retorno educacional a esses garotos.
Meu outro sonho é fazer o que existe na Inglaterra, onde o Ministério da Cultura banca um reforço escolar para garotos e garotas de comunidades usando as instalações dos clubes. O Corinthians, vamos dizer, vai montar 10 escolas dessas em toda a periferia, mas monta também uma sala multimídia, de maneira que as crianças das escolas municipais do entorno possam passar algumas semanas ali. Pode ter a revista do Corinthians e isso ser usado para ensinar português, gramática, redação. Isto representa afirmar o vínculo do clube com a comunidade e é usar o futebol como uma arma da educação. Eu, como professor, tenho um sonho de usar o futebol, de fazer uma pedagogia do futebol. Ele tem penetração em todas as classes, é uma língua geral, e isso poderia ser usado de um trilhão de maneiras e hoje ele só é utilizado pelo mercado, só é usado de uma forma feitichizada. Ele poderia ser usado para combater a homofobia, o sexismo, podemos fazer várias parcerias com os movimentos sociais. Aliás, eu quero aproveitar este espaço para prestar uma homenagem ao MC Leonardo, porque foi numa conversa com ele e inspirado na luta da ApaFunk (Associação dos profissionais e amigos do funk), que é a madrinha da ANT, que a gente teve a ideia de fazer a associação. A gente está inspirado por eles.
>> Conheça os sete objetivos da ANT, uma organização sem fins lucrativos para lutar contra:
1.     A exclusão do povo brasileiro dos estádios de futebol, fruto de uma política deliberada de diminuição da capacidade dos estádios, extinção de setores populares dos estádios e aumento abusivo dos ingressos
2.     O desrespeito à cultura torcedora com a extinção de áreas populares como a geral, onde há uma tradição própria de participação no espetáculo que inclui assistir ao jogo de pé (o que acontece na Alemanha)
3.     A falta de transparência no futebol brasileiro, há décadas nas mãos de dirigentes incompetentes e corruptos; exigimos a democratização das decisões acerca do futebol brasileiro com a participação dos torcedores; por exemplo: as sucessivas e milionárias reformas do Maracanã, feitas sem nenhuma consulta aos torcedores
4.     A exploração politiqueira do futebol visando eleger candidatos que aproveitam-se da sua popularidade para conseguirem mandatos contra o povo
5.     O controle das tabelas e horários dos campeonatos na mão da rede de televisão que há décadas detém o lucrativo monopólio das transmissões televisivas de jogos de futebol; horário máximo de 20h para o início das partidas durante a semana e 17h aos domingos
6.     A retirada de comunidades de trabalhadores em nome da Copa do Mundo e das Olimpíadas
7.     A falta de meios de transporte dignos durante os dias de jogos; exigimos esquemas especiais em dias de jogos
Fonte: Caros Amigos

* Saiba mais sobre a ANT pelo twitter @ANTorcedores e pelo site

2 de janeiro de 2011

Ante a jornada de 26 de dezembro

O direito de contar com selecçons galegas em igualdade de condiçons com as outras naçons do planeta e polo tanto gozando do pleno reconhecimento internacional é ante todo um direito nacional da Galiza, a nossa naçom.

É por isso que, mais um ano, o partido da selecçom galega de futebol será o pretexto para que a juventude trabalhadora manifeste na rua o apoio que os sectores populares galegos dam a todas às reivindicaçons nacionáis no terreno desportivo, em contraposiçom a antidemocrática legislaçom espanhola. Legislaçom que lateja ao serviço do projecto nacional rojigualdo e responsável directa da regionalizaçom que padecem as nossas equipas.

 A campanha mediática à roda da selecçom espanhola de futebol durante a celebraçom da Taça do Mundo evidenciou a agressividade espanholista e o carácter opressivo e destrutor de todas as suas manifestaçons. Além do mais, esta campanha de chauvinismo reaccionário foi fomentada e aproveitada pola caste política e o mundo empresarial para agravar o degrau de exploraçom do conjunto d@s trabalhadoras/es galeg@s, enquanto amplos sectores destes distraiam as suas preocupaçons quotidianas olhando para Suláfrica.

Mas outro modelo desportivo é possível. Queremos umhas equipas galegas que sejam oficiáis e que nos representem no mundo com a bandeira erqueita da contribuiçom ao desporto de base, antidoto perfeito contra a competitividade depredadora que fomenta o capitalismo. Capaz de insuflar vitalidade e energia a um ócio nom mercantilizado e consumista. Que nom castre a potencialidade física de mulheres e homens sob parámetros seguidistas dos roles de género impostos polo vigorante sistema patriarcal.

De BRIGA aplaudimos a iniciativa de Siareir@s Galeg@s de convertir o evento deste 26 de Dezembro também numha clamorosa reivindicaçom dos valores internacionalistas. O povo palestiniano é torturado, assassinado e negado em todas as suas dimensons na terra onde geraçons trabalhárom devido às políticas colonialistas do estado sionista de Israel, com a cumplicidade inquebrantável da Uniom Europeia e dos EUA. É o nosso dever como jovens revolucionári@s apoiar e difundir a sua luita como se fosse nossa, reconhecendo todos os métodos de luita para garantir o sucesso do seu povo.

Fonte: BRIGA

Povos em luita. Selecçons irmás


A selecçom nacional de futebol volverá ao campo a desputar, mais um ano, um amigável com muita transcendência política. O colectivo Siareir@s Galeg@s leva semanas de intenso trabalho, que com certeza irám a mais nos próximos dias, de cara à convocatória dum emotivo jogo de paz entre as selecçons de duas naçons em distintos níveis de conflito contra os seus opressores.

Palestina dará continuidade às distintas selecçons que, com carácter nom oficial desde o retorno da direita espanhola ao governo da Junta, colocam as pernas no frio mês de natal galego para entreter um público arrejuntado nas bancadas em apoio às reivindicaçons de emanipaçom nacional.

BRIGA quer dar reconhecimento público ao sacrifício d@s companheir@s de Siareir@s Galeg@s que fam possível mais um ano este simbólico acto de sam patriotismo rebelde, construindo desde a base do nosso orgulho a realidade desfeita desde o auto-ódio e complexo fomentado pola elite burguesa da caste política.

O dia 26 de dezembro, todas as actividades de Siareir@s Galeg@s conformam um interessante motivo para a confraternizaçom entre jovens procedentes de muitas comarcas do País para que, nesta ocasiom em Ourense, construamos Pátria de maos dadas contra o terrorismo sionista e espanhol, contra o terrorismo do capital.

Programaçom do colectivo em defesa dos direitos nacionais da Galiza no terreno desportivo:
12:00 na Praça da Magdalena
III Aberto de Bilharda da Auténtica
Actuaçom de Palhaços em Rebeldia e Jantar Popular

16:00 desde a Praça Maior
Manifestaçom Nacional sob a legenda "POVOS EM LUITA, SELECÇONS IRMÁS"
17:30 no Campo dos Remédios
Partido de futebol GALIZA - PALESTINA

20:30 na Praça Magdalena
Concerto de KELTOI, ROYALTIES e SOM DO GALPOM.

Fonte: BRIGA

7 de dezembro de 2010

É hoje que Cantona vai ganhar um estandarte vermelho


Por: José Milhazes, baseando-se no site do KPLO (Comunistas de São Petersburgo e da Região de Leninegrado):

A Organização Comunistas de São Petersburgo e da Região de Leninegrado decidiu condecorar Eric Cantona com um Estandarte Vermelho “pela ideia de destruir o poder absoluto do capital mundial financeiro-especulativo”.

“O camarada Cantona, depois de tomar consciência de que errou quando jogou pelo Manchester United e dançou a mando da batuta sanguinária da FIFA, passou claramente para as posições do marxismo criativo”, escreve esta organização estalinista no seu sítio na Net.

“Os membros da Comissão Ideológica do CC do PC consideram que a nova forma de luta de classes, inventada por Cantona, entrará nos anais do movimento revolucionário mundial. Dezenas de milhares de europeus e muitas centenas de habitantes da antiga URSS preparam-se para a hora “X” e atirar a sua pedra virtual”, sublinha-se no comunicado.

Os comunistas decidiram “condecorar Cantona com um estandarte vermelho pelo contributo para o processo revolucionário”.

O comunicado termina com uma célebre frase do poeta revolucionário soviético Vladimir Maiakovski: “Chegou o teu último dia, burguês!”.

26 de novembro de 2010

Da "pequena forma de dizer não"

Os jornais desportivos já quase não falam dos quatro irmãos Starostin. Afinal Nikolai, o mais velho dos quatro, morreu há já década e meia, aos 96, encerrando definitivamente um ciclo de glória, perseguição e resgate que durou quase meio século. Em conjunto com Aleksandr, Andrey e Pyotr, constituíra, na década de 1930, o núcleo motor da equipa de futebol do Spartak de Moscovo. Os «irmãos Starostin» foram por esses anos terríveis – os do pior período das purgas estalinistas e das grandes fomes – os mais populares jogadores da União Soviética, responsáveis pelo futebol tecnicista, ao «estilo europeu», do Spartak de Moscovo. Os seus êxitos rapidamente incomodaram o regime, que apoiava as outras duas grandes equipas da capital, o CSKA, clube do exército, e o Dynamo, do NKVD/KGB, ambos partidários de um jogo mais atlético, mas não o Spartak. Os Starostin acabaram por ser acusados de «vedetismo» e, a dada altura, indiciados por integrarem uma pseudo-conspiração destinada a assassinar José Estaline.
A enorme popularidade de que dispunham salvou-os do pelotão de fuzilamento – a acusação foi convertida numa outra, menos grave – mas não de passarem dez anos em campos do Gulag, onde «terminaram a carreira» jogando futebol em equipas de prisioneiros. Alguns testemunhos referem que para a sua desgraça não terá contribuído pouco uma derrota humilhante um dia imposta pelo Spartak ao Dynamo, numa altura em que neste actuava um jovem de fugaz carreira desportiva de nome Lavrenti Beria, nem mais nem menos do que o futuro «comissário dos assuntos internos», o chefe da polícia politica. Nikolai e os irmãos, bem como outros responsáveis, jogadores e adeptos do Spartak envolvidos na mesma purga, apenas foram definitivamente reabilitados, alguns deles a título póstumo, na época de Kruchtchev. Toda a história, muito útil para perceber uma «pequena forma de dizer não» conservada como instrumento de resistência na era de Estaline, é-nos contada em Spartak Moscow. A History of the People’s Team in the Workers’ State, de Robert Edelman. A Cornell University Press publicou-o em 2009.

25 de novembro de 2010

Os futebolistas bascos vão jogar com a selecção para relançar a exigência da oficialização




Vai haver jogo de Natal da selecção. E muitos dar-se-ão por satisfeitos pelo facto de se retomar a celebração de uma festa que, na opinião dos protagonistas, deveria ir bastante mais além.

É precisamente o objectivo final dessa jornada, a sua essência, aquilo que separou a Federação e os futebolistas nos últimos anos. E, na verdade, continua a fazê-lo. Porque, como os jogadores explicaram ontem numa nota pública, desta vez também não se chegou a um acordo com a Federação, que acusam não só de «não ter vontade de dar passos em prol da oficialização», mas também de manter um discurso ambíguo a esse respeito, incumprindo permanentemente os compromissos assumidos.

A pesar disso, os futebolistas tomaram «a decisão de jogar, para acabar com as interpretações interessadas e para que a sociedade entenda claramente que os futebolistas bascos estão sempre dispostos a defender as nossas cores, no campo ou em qualquer outro lugar». Mas as suas intenções têm pouco a ver com o aspecto folclórico ou, mais ainda, pecuniário com que se conforma a Federação. «Só quer organizar os jogos com o objectivo de obter benefícios económicos - denunciam. Essa é a sua verdadeira preocupação a respeito da selecção. Para arredondar o orçamento anual, essa fonte de rendimentos é imprescindível à Federação Basca. E é isso que a leva a fazer o esforço de organizar o jogo, não o sonho da oficialização da nossa selecção».

Daí que, face à atitude federativa, os futebolistas façam um apelo para que as aparições da selecção não se reduzam a festivais anuais para amealhar verbas. «Tomámos a decisão de vestir a camisola do nosso país. E, unindo-nos à vontade dos aficionados bascos e da maioria da sociedade, gostaríamos que o jogo de Natal fosse um dia de reivindicação do nosso direito e não um acto teatral para cobrar dinheiro», insistem.

De facto, os jogadores querem que «este jogo represente o final de um ciclo e o princípio de uma nova era. Estamos dispostos a jogar este ano, mas, olhando para o futuro, julgamos que será necessário trabalhar também noutras áreas». E para isso solicitam a ajuda da sociedade basca. «Há muito trabalho por fazer e queremos dizer, com sinceridade, que nós, jogadores, não nos vemos capazes de fazer o caminho todo sozinhos. Por isso, com toda a humildade, queremos pedir ajuda à sociedade basca e especialmente a quem pude dar o seu contributo neste âmbito, para que entre todos construamos o caminho em direcção à oficialização».

Amaia U. LASAGABASTER


7 de novembro de 2010

Moradores da Favela do Metrô protestam contra demolição de casas p/ Copa de 2014

Segundo eles, as demolições não têm base legal e a Prefeitura não se dispôs a dialogar sobre as opções de remoção


Jéssica Barreiros


“As pessoas não querem ser tratadas como lixo urbano”, enunciou o orador de uma manifestação ocorrida na manhã de hoje em frente à estação ferroviária da Mangueira. Os moradores da Favela do Metrô protestaram contra a demolição de casas da comunidade iniciada há dois dias atrás. Segundo os moradores, não ocorreu um diálogo efetivo com a Prefeitura para procurar alternativas de remoção que suprissem as necessidades das mais de 670 famílias prejudicadas.

A demolição das casas foi anunciada no dia 22 de julho e faz parte do programa de preparação da região do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. Segundo Julio César Condaque, membro do Movimento Nacional Quilombo, Raça e Classe, o ato de interdição feito pela Prefeitura através da Defesa Civil não tem bases legais, já que não foram feitas as devidas justificativas para a remoção. “Estamos encaminhando ações contra esta forma ilegal da Prefeitura de agir. Mas o governo ainda não criou uma ação de remoção e isso nos impede de criar uma espécie de contra-ação”, contou.

Como alternativa de habitação, foram oferecidas aos moradores residências no bairro de Cosmos, porém, apenas 20 famílias aceitaram a proposta. Segundo eles, o local carece de infra-estrutura básica, como postos de saúde e escolas, e o morador ainda terá que pagar a casa por mais de 10 anos e arcar com despesas extras como a conta de condomínio. Além disso, a mudança resultará na perda de emprego de mais de 3000 trabalhadores. “Um morador foi para lá e voltou no mesmo dia, porque não tinha água nem luz”, contou um integrante da manifestação que não quis ser identificado. Apesar das más condições das novas residências, alguns foram persuadidos pela proposta da Prefeitura. “Todo mundo ficou com medo. Eles falaram que iriam demolir tudo, então alguns foram obrigados a aceitar. Algumas pessoas choravam enquanto eram removidas” conta a moradora Evelyn Jesus Santos.

Uma opção viável de realojamento seria o complexo residencial do programa Minha Casa, Minha vida, que está sendo construído perto da Mangueira. Entretanto, segundo os moradores, a Favela do Metrô não pode ser contemplada pelo projeto pois a secretaria de habitação declarou que se trata de uma comunidade informal, então a remoção para Cosmos seria a única alternativa viável. “O subprefeito não quis negociar um plano de urbanização, que incluiria a doação das casas que estão feitas para o Minha Casa, Minha vida. Estamos sendo tratados como cidadão de segunda categoria”, protestou Júlio Cesar.

A derrubada de casas foi considerada pelos moradores como um gesto brutal contra a comunidade. “A própria remoção já é algo violento, pela definição da ONU, porque ela precede um abandono e um levantamento do patrimônio material -a mobília- e imaterial, que é a memória que as pessoas do local, já que alguns moram aqui há 30, 40 anos”, explicou Júlio Cesar. Além disso, moradores denunciaram que as operações de remoção foram auxiliadas pelo Setor de Operações Especiais do distrito de Irajá, o que descreveram como “terror psicológico. Muita gente não foi trabalhar ontem com medo que derrubem as casas”.

Vinte residências já foram demolidas desde quarta-feira, o que causou transtornos a muitos moradores. Marlene Guimarães, que presenciou as demolições, conta que “quando começaram a demolir foi a maior confusão. Houve batidas, estrondos e poeira para todos os lados. As crianças choraram, o ambiente era de terror. O que aconteceu poderia até mesmo ter sido prejudicial para as mulheres grávidas”.

Segundo a Secretaria de Habitação, o processo de derrubada e remoção está a cargo da Subprefeitura da Zona Norte, que não teve nenhum representante encontrado para comentar o caso até o fechamento de nosso expediente.


23 de agosto de 2010

Da Copa ao 'Comando Africano' do USA

Hugo R. C. Souza

O esmero dos velhos e novos demagogos em prol do embuste da "Copa do Mundo social" é gigantesco. Na África do Sul ainda segregacionista, ainda injusta, e ainda governada por lacaios das potências e, portanto, ainda semicolônia, o corrupto Jacob Zuma, gerente sul-africano, e o corrupto Josef Blatter, chefe da todo-poderosa e bilionária Federação Internacional de Futebol (Fifa), juntaram-se no show de abertura da Copa para insistir na ladainha de que começava ali uma festa do povo. Mais agigantado ainda, entretanto, é o ânimo das massas sul-africanas oprimidas para desmascarar a burguesia festeira de riso fácil.

À farsa dos "centros sociais" erguidos pela transnacional escravocrata de materiais esportivos Nike no bairro popular do Soweto, ao embuste da campanha "1 Goal", com a qual a Fifa tenta emplacar a cobrança genérica e inócua por educação para todas as crianças africanas como contraponto ao alto faturamento dos ricos na Copa, à falácia dos "benefícios sociais" que a Copa, dizem, trará para os povos da África em geral e para o povo sul-africano em particular, a tudo isso, as massas trabalhadoras respondem com mobilizações e retumbantes protestos contra as políticas de degradação das condições de vida e de exploração extremada da mão de obra local avalizadas pela gerência Zuma, e das quais tiram proveito os organizadores do evento, seus patrocinadores oficiais e as empreiteiras contratadas para erguer os estádios e fazer outras obras no país sede do campeonato mundial de futebol profissional.

Exemplo disso foi a manifestação de cerca de 400 operários realizada logo após a partida da Copa entre Alemanha e Austrália, na cidade de Durban no dia 13 de junho, em frente ao estádio Moses Mabhidas. A revolta dos trabalhadores explodiu porque, enquanto transnacionais como Visa, Adidas, Sony e Coca-Cola colocavam seus painéis publicitários no estádio, os operários que ergueram a arena esportiva tiveram seus pagamentos cortados em mais de um terço, de 250 rands por dia, o equivalente a míseros US$ 33, para ainda mais míseros 190 rands.

Os 'embaixadores' do Africom

Enquanto transcorre a lucrativa festa futebolística promovida pela Fifa, por uma dúzia de transnacionais e pelo governo oportunista da África do Sul, acirra-se a corrida imperialista em todo o continente africano, seja por meio dos chamados investimentos estrangeiros diretos, terreno onde a China revisionista vem ganhando espaço com uma massiva compra de terras junto às classes dominantes locais, seja pelo caminho da "ajuda humanitária", corolário politicamente correto que visa amenizar a truculência dos esforços pela partilha do mundo, ou ainda pela via clássica e cara mais evidente da ferocidade imperialista: o aumento da presença militar.

É neste cenário que o USA vem reforçando seus esforços de dominação na África por meio do seu chamado "Comando Norte-Americano para a África", o Africom. Trata-se de um destacamento do exército ianque alocado no continente africano para garantir os interesses dos monopólios do USA naquela tão castigada região do mundo, cujos povos vêm há séculos sendo penalizados pelos processos de colonização e recolonização por parte das potências. Os chefes militares do Africom chegam a ser chamados de "embaixadores".

No último dia 13 de junho, por exemplo, dia seguinte à abertura da Copa do Mundo, o chefe adjunto do Africom, o "embaixador" Tony Holmes, chegou a Cabo Verde, na costa oeste da África, a fim de "reforçar a cooperação" entre o USA e o arquipélago cabo-verdiano, onde já existe um Centro de Operações de Segurança Marítima (COSMAR) financiado pela Casa Branca.
Criado em outubro de 2007, o Africom se encontra sediado em Stuttgart, na Alemanha (país onde há o maior número de bases militares ianques fora do USA), contando com um efetivo de 1.300 funcionários civis e militares, mas seus comandantes estão procurando o melhor lugar para instalar um grande destacamento em solo africano, e os governos da Libéria e do Marrocos já se oferecem para receber as tropas do famigerado comando.

Fonte: A Nova Democracia

20 de agosto de 2010

Burguesia cria polícia para reprimir torcedores da Copa de 2014

O estado de sítio que a burguesia está impondo à população não tem limites. Não bastasse todas as medidas repressivas e as inúmeras polícias criadas para reprimir os trabalhadores, o governo de São Paulo anunciou a criação de mais uma polícia para a Copa do Mundo de 2014.

O futebol é sem dúvida uma das maiores paixões dos brasileiros e é justamente por isso que a burguesia impõe uma verdadeira ditadura aos torcedores, uma vez que esse esporte como já aconteceu em outros momentos pode se transformar em um pólo aglutinador, o que amedronta a burguesia que não permite sequer que os torcedores levantem bandeiras de protesto dentro dos estádios. A perseguição e campanha contra as torcidas organizadas já chegou a tal nível que os governos burgueses chegaram inclusive a tentar proibi-las, medida que obviamente não foi posta em prática graças à pressão dos torcedores.

Para se ter idéia do clima repressivo, a burguesia já está montando toda uma operação para perseguir a população trabalhadora durante a Copa 2014 que será realizada no Brasil. O primeiro Estado a anunciar medidas repressivas foi São Paulo, ou melhor, o governo do PSDB e do DEM, que inclusive é conhecido pela truculência com que age contra os trabalhadores.

Segundo anunciou o próprio governo do PSDB, “o Estado de São Paulo criou o Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância Esportiva (Grade), que terá policiais especializados em futebol. Uma de suas missões é evitar que durante o Mundial as torcidas organizadas recebam influência de membros de grupos radicais, de forte atuação na Europa” (Folha S. Paulo, 17/8/2010). A afirmação, apesar de ser uma tentativa descarada de enganar a população, que muitas vezes cai nos argumentos morais de que de fato as torcidas são violentas, deixa evidente qual a verdadeira proposta da burguesia e seus interesses. A suposta violência entre as torcidas não é nem de longe o verdadeiro motivo da ditadura que está sendo imposta nos estádios, tão pouco é maior do que a violência do Estado. É preciso ter claro que o objetivo é apenas o de reprimir a população, tanto é assim que o próprio nome da política “Grupo de Repressão e Análise”.

A quantidade de medidas impostas pela burguesia contra a população é algo incontável. O que chama atenção é que as leis estão sendo implementadas por motivos cada vez mais banais. No caso da Copa, o governo já está impondo uma série de medidas antes mesmo de o evento acontecer. Isso sem falar nas diversas demolições que com toda certeza ocorrerão. Ou seja, urinar na rua, sair da escola mais cedo, assistir jogos de futebol, brincar carnaval etc. etc. etc., tudo isso se transformou em crimes de acordo com a visão da burguesia.

Fonte: Site do PCO

16 de agosto de 2010

Bola da Vez: Andrew Jennings

Entrevista do Bola da Vez dia 14 de Agosto de 2010
ESPN Brasil

Em entrevista ao programa Bola da Vez, ele afirmou que a reputação do brasileiro só é boa por aqui e denunciou pelo menos dois graves casos na passagem de Havelange pela Fifa.
Jennings é mais crítico ainda com Jack Warner, vice-presidente da Fifa. O jornalista chega a analisar que o mundo seria melhor sem ele.
Andrew Jennings também disse ter conhecimento da operação nos bastidores que trouxe a vitória à candidatura de Londres para ser sede da Olimpíada de 2012

Parte 1:



Assista as demais partes da entrevista:

13 de agosto de 2010

O debate dos presidenciáveis no país do futebol


Quinta feira 13 de agosto de 2010, da Vila Setembrina dos Farrapos pelas costas apunhalados por latifundiários escravagistas, Bruno Lima Rocha, cientista político

Na 5ª feira dia 05 de agosto do corrente ano o país pôde assistir ao primeiro debate entre os quatro mais destacados candidatos à Presidência da República. Como se sabe, é da “tradição” democrático-liberal brasileira que a Rede Bandeirantes inaugure a rodada de embates verbais entre os concorrentes ao Executivo da União e dos estados. Simultaneamente a exibição do embate televisivo, a Rede Globo, ainda emissora líder, transmitia um jogo de futebol de grande relevância, a partida de volta da semifinal da Copa “Santander” Libertadores, entre o São Paulo F.C. e o Internacional S.C. Alegrias futebolísticas à parte, era a crônica do desastre anunciado.

É de praxe afirmar ser o Brasil o país do futebol, haja vista o número de horas de programação dedicadas quase exclusivamente para este esporte que movimenta recursos astronômicos. No miolo do fenômeno do descolamento de preços, com a alta de salários e cotas de patrocínio, a TV ocupa a base de sustentação dessa indústria do entretenimento desportivo, pagando (e em via de regras de forma antecipada), as cotas de direitos de exibição. O senso comum também noz faz ouvir que os brasileiros não se interessam pela política em nenhum aspecto. Infelizmente, os números de medição de audiência instantânea, organizados pelo Instituto Ibope (o mais contestado em termos de pesquisas eleitorais) em domicílios da Grande São Paulo, dão a prova material dos ditados populares. Para termos uma idéia de proporção, para cada ponto contabilizado pelo Ibope temos a equivalência de 60 mil domicílios na capital paulista e sua região metropolitana. Os números indicam que o primeiro debate da corrida presidencial oscilou entre 2,5 e 5 pontos; enquanto a partida teve média de 29,5 atingindo um pico de 33,8 pontos. Nada de novo no front.

Podemos também realizar uma ilação do fracasso devido ao debate ser insosso. Plasticamente limpo e vazio de conteúdo estratégico. Isto é, ninguém debate a fundo a chave do cofre, não se aponta a única saída prevista para atender todas as demandas do povo brasileiro. Em contrapartida, a produção audiovisual é de alta qualidade. Até onde se sabe, os candidatos são assessorados por competentes profissionais. Receberam treinamento para a mídia (os gringos chamam de media training), de postura diante do vídeo (como um diretor de palco), realizaram sabatina prévia de perguntas (através de memorizações e jogos de mnemotecnia) e passam por algum preparo em oratória e dicção. Enfim, estavam tecnicamente preparados para suas performances. O problema pode estar aí. Mesmo que exista uma discórdia de conceitos e idéias-guia, não há muita desavença na forma. Para a maioria do eleitorado, distante da política por três anos e meio e convocado a decidir sobre temas complexos encarnados nas candidaturas, a relação é muito desigual.

Ao mesmo tempo, dentro das quatro linhas dos gramados, o interesse e a familiaridade são proporcionalmente inversos. No caso, nós brasileiros prestamos muita atenção e estamos familiarizados com temáticas de alguma complexidade. Desafio um oponente do futebol a provar que se trata de atividade desprovida de inteligência. Em geral, uso este exemplo em sala de aula. Uma parte considerável dos brasileiros, para além de paixões torcedoras ou ódios contra cartolas e dirigentes, entende e muito a respeito de temas complexos. Cidadãos comuns, quando familiarizados com um jargão apropriado e participando de uma cultura própria, conseguem emitir opinião a respeito de estratégia, tática, desempenho dos indivíduos, ambiente coletivo, qualidade das lideranças, investimentos em contratações oportunas ou equivocadas e assuntos do gênero. As variáveis de possibilidades e as tramas diretas e indiretas são muitas, exigindo no mínimo uma mente treinada e um olhar aplicado.

Na política poderia acontecer o mesmo, se e caso camadas mais abrangentes do povo brasileiro fizessem a prática política ao longo do ano. Acontece que o “excesso de participação” é visto como algo “perigoso”, pois aumenta o poder de grupos de pressão que não são naturalizados como sendo os únicos legítimos para isso. O fosso está justamente na agenda discreta, ou quase indecifrável. Poucos sabem que o PIB brasileiro está em torno de R$ 3,143 trilhões, dos quais cerca da metade passa pelo caixa da União. No orçamento executado em 2009, segundo dados do SIAFI, o Brasil gastou 2,8% de sua receita com Educação e “apenas” 35,57% da dívida pública (isso sem contabilizar o refinanciamento). A totalização dos gastos com os credores financeiros, segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), atinge a absurdos 48% do projeto de orçamento que foi previsto para 2009. Portanto, é falsa a polêmica do aumento de despesa da máquina pública como causadora de déficit. O rombo está na forma de financiamento do Estado brasileiro, e por tabela, do conjunto das políticas que punem ou beneficiem agentes econômicos e sociais. Esses são os segredos de Estado, e é isto que deveria ser a prioridade de qualquer debate político.

Se fossem compreensíveis estes números e estivesse em jogo o modelo de sustentar a sociedade brasileira, não estaríamos lamuriando a pouca audiência de um debate de presidenciáveis. Enquanto isso não ocorrer, teremos o paradoxo brasileiro de ver a política como sazonal e o futebol como permanente. Uma “democracia” assim tende a pasmaceira ou exasperação. Quem planta colhe.

Fonte: Estrategiaeanalise.com.br

12 de agosto de 2010

Suposto empresário dá golpe e abandona atletas em Itapajé


Consequência da mercantilização do esporte... Os empresários devem ser banidos dos clubes de futebol. São parasitas que só pensam no próprio bolso...