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19 de setembro de 2011

Brasil comienza a contar mil días para Mundial con obras atrasadas y huelgas

Por Agencia EFE
http://futbolrebelde.blogspot.com/


Brasil inició hoy la cuenta atrás de los mil días que faltan para la inauguración del Mundial del fútbol de 2014 con actos en las doce ciudades sede del evento, pero con varias obras atrasadas y huelgas en dos de los estadios que están en reforma.

El acto principal tuvo lugar en Belo Horizonte, precisamente la ciudad que tiene más adelantadas las obras, donde la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, acudió para anunciar inversiones por 2.300 millones de reales (unos 1.353 millones de dólares) en la ampliación del metro de la ciudad.

En Sao Paulo, en un evento en el lugar en el que se construye el estadio Itaquerao, que contó con la participación del gobernador regional, Geraldo Alckmin, y del campeón mundial Ronaldo, fue inaugurado uno de los relojes cuentan los mil días que faltan para la inauguración del Mundial, el 12 de junio de 2014.

Rousseff visitó las obras de remodelación del estadio Mineirao, que aspira a ser el escenario para la ceremonia inaugural del Mundial, en un día en que los empleados responsables por las reformas cruzaron los brazos en una huelga relámpago para reivindicar mejorías salariales.

Justo cuando se cuentan los mil días que faltan para el Mundial de fútbol, el deporte más popular del país, los cerca de 2.000 obreros que trabajan en las reformas del estadio Maracaná completaron 16 días de huelga a la espera de mejorías en las condiciones de trabajo.

La paralización de las obras en el "templo del fútbol" brasileño y el estadio con más opciones para ser sede de la final del Mundial amenaza la entrega del escenario, prevista para diciembre de 2012, para que pueda ser utilizado en la Copa de las Confederaciones de 2013.

Rousseff, que acudió al Mineirao de Belo Horizonte acompañada del ministro de Deportes, Orlando Silva, y del exftubolista Pelé, embajador especial del Gobierno para el Mundial, aseguró que Brasil organizará uno de los mayores eventos del mundo precisamente en uno de sus momentos de más prosperidad.

La mandataria, que posó junto a una camiseta de la selección brasileña con el número 1.000, atribuyó a Pelé parte de la pasión de los brasileños por el fútbol.

"Si hubo alguien responsable de que varias generaciones admirasen el fútbol es nuestro querido Pelé, un brasileño con un talento excepcional y una capacidad física fantástica, y no sólo el mayor atleta del siglo XX sino de los últimos tiempos", afirmó.

Tras anunciar 1.353 millones de dólares para el metro y otras infraestructuras de transporte en Belo Horizonte, la mandataria dijo que las inversiones en las obras para el Mundial ayudarán a Brasil a superar la crisis económica internacional.

"Seguir invirtiendo pesadamente en obras de infraestructura es parte de nuestra estrategia para garantizar que Brasil mantenga su desarrollo en ritmo adecuado", afirmó.

La mandataria aprovechó el acto para anunciar la llamada Ley General del Mundial de 2014, cuya presentación era pedida por la FIFA desde hace semanas, y que ofrece condiciones especiales e incentivos para las empresas con negocios en la Copa del Mundo.

Rousseff, que en los próximos días también anunciará inversiones para el metro en Salvador, Porto Alegre y Curitiba, agregó que las doce ciudades sede del Mundial están haciendo grandes esfuerzos para estar listas a tiempo.

Sin embargo, según un informe divulgado por el propio Gobierno esta semana, hay un serio retraso en las obras de aeropuertos y de vías de acceso para el Mundial, aunque las autoridades garantizan que serán concluidas a tiempo.

Las obras más adelantadas en general son los estadios, pese a que el de Sao Paulo apenas comenzó a ser construido hace un mes y el de Natal aún está en el papel.

El Gobierno garantiza que nueve de los doce estadios estarán concluidos en diciembre de 2012 y servirán para la Copa de las Confederaciones, que se disputará a mediados de 2013.

Pero el informe oficial confirma que las obras en general están atrasadas y subraya que las reformas de los aeropuertos de Belo Horizonte, Fortaleza, Manaos, Recife y Salvador no han comenzado.

Además de los aeropuertos, otra preocupación del Gobierno es el retraso en las obras del sistema de transporte en el país, ya que apenas cinco ciudades han iniciado los proyectos para mejorar la movilidad urbana.

1 de setembro de 2011

Operários que fazem reforma do Maracanã voltam a entrar em greve

Os operários que trabalham na reforma do Estádio do Maracanã retornaram à greve nesta quinta-feira, 1, alegando que o Consórcio Rio 2014, que reúne as empresas responsáveis pela obra, não cumpriu o acordo estabelecido em assembleia realizada no mês passado.

Ficou acertado que os 1.500 trabalhadores receberiam um vale-refeição no valor de R$ 160, e teriam direito a plano de saúde individual, benefício que, em 90 dias, poderia ser estendido para a família, além de mais segurança no trabalho.

“O problema é que todas as cláusulas que foram aprovadas e discutidas em assembleia não foram cumpridas pelas empresas. O pagamento do mês de setembro saiu, e os trabalhadores ficaram insatisfeitos, revoltados com o valor, pois o que foi acordado não veio no contracheque”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), Nilson Duarte Costa.

Segundo ele, ainda que existem outros problemas que precisam ser analisados urgentemente pelas empresas responsáveis pela obra. “Agora tem outros problemas como a falta de médicos à noite, a alimentação veio estragada, juntou tudo isso e acabou causando a paralisação. É bom que as empresas cumpram o que foi determinado, e, se alguma coisa estiver fora disso, a obra vai ficar parada. Estamos aqui para conversar, pois o diálogo é a melhor opção.”

Para o operário Sérgio Basílio da Silva, que trabalha há quatro meses na reforma, as empresas tratam os funcionários com descaso.“Eu me sinto humilhado, porque passo a maior parte do meu dia na obra trabalhando do que na minha própria minha casa” afirmou.

Consórcio Rio 2014
Em nota, a assessoria de imprensa do Consórcio Rio 2014 informou que o movimento ocorre dez dias depois de um acordo feito com representantes dos trabalhadores em torno de pauta de reivindicações.

Dessa forma, o consórcio entende que não há motivo para a atual paralisação e informa que irá recorrer imediatamente à Justiça do Trabalho, para que o movimento seja declarado abusivo e os operários voltem a trabalhar.

O consórcio acrescenta que, somente dessa forma, retomará as negociações com os representantes dos trabalhadores.

Agência Brasil

30 de julho de 2011

Italianos pedem que seleção boicote Copa de 2014

Os italianos continuam protestando contra a libertação, pelo governo brasileiro, do guerrilheiro Cesare Battisti, no inicio de junho. No começo da semana, algumas ruas da Itália apareceram cheias de cartazes pedindo que a seleção do país boicote a Copa de 2014, que será realizada no Brasil e estaria "manchada de sangue italiano”.
Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália, acusado de quatro assassinatos no final de 1970, quando fazia parte do grupo clandestino Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele vive há décadas longe do país natal. Detido no Brasil, teve sua extradição requisitada pela Justiça italiana. Antes de deixar a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, se negou a extraditar Battisti. O assassino foi libertado em junho e, por enquanto, fixou residência no Brasil.

Em diversas ocasiões os italianos têm protestado contra a decisão brasileira. O escritor Antonio Tabucchi, de 67 anos, cancelou sua participação na Flip, festival brasileiro de literatura, em protesto contra a libertação de Batistti. No começo deste mês, o governo italiano ameaçou boicotar os Jogos Militares, encerrados no Rio de Janeiro na semana passada, mas, no final, liberou os mais de 150 atletas para a competição.

Fonte: (Não) Veja.

"Devemos entender que o que está por trás do caso Battisti, na verdade, é a defesa da revolução socialista. Há que se combater a burguesia reacionária, que defende com unhas e dentes sua extradição, prisão perpétua ou mesmo a morte. Porém, também devemos combater aqueles que denunciam simplesmente o caráter "arbitrário" do processo judicial e a "perseguição política" do estado italiano, ao mesmo tempo em que também não medem palavras pra denunciar a "luta armada" e o "terrorismo?. Estes são os mesmos que não perdem tempo pra defender as instituições burguesas e pra legitimar a repressão contra os revolucionários socialistas.

Em ambos os casos, há o interesse em reforçar a "falência" e a "derrota" da revolução socialista, assim como de uma suposta incapacidade política do proletariado de destruir o Estado burguês e o capitalismo. Com isso, a direita reacionária pretende conseguir uma revanche e enterrar de vez o fantasma do socialismo. Os reformistas, fazendo coro, buscam enterrar a via revolucionária e garantir que o movimento dos trabalhadores seja simplesmente uma base de apoio da sua política burguesa."

Liberdade para todos os que lutaram e lutam contra o capitalismo!

Sou Fifa!

27 de julho de 2011

Copa 2014


Chargista: Luke

Copa para quem? Ato dia 30 de julho.

PARTICIPE DO ATO DIA 30 DE JULHO - EM FRENTE AO METRÔ ITAQUERA - 10 HORAS DA MANHÃ.

Copa para quem? Quer pra você? Então diz como!

Carta Aberta à Sociedade, do Comitê Popular da Copa/SP, sobre o processo de organização da Copa do Mundo, a ser realizada no Brasil em 2014.

O futebol deixou de ser uma saudável prática esportiva. No lugar do espírito esportivo, foram impostos à organização desse esporte uma série de interesses econômicos e políticos. Futebol virou mercadoria e sua finalidade o lucro. A entidade máxima do futebol mundial, a FIFA, tem como seu objetivo verdadeiro aumentar seu já milionário patrimônio.

Uma série de escândalos tornou pública a forma corrupta como essa entidade age. É nesse contexto que o Brasil vai sediar a Copa de 2014. Com superpoderes, a FIFA impôs uma série de requisitos para ser cumprido. Essas exigências fazem parte da rentabilidade que a entidade e suas empresas parceiras terão com a realização do evento. Na prática, não deixarão nenhum legado social positivo. Pelo contrário, fatos históricos (África do Sul, entre outros) apontam para outra direção.

Nós, cidadãos e cidadãs, que trabalhamos e pagamos impostos, perguntamos: é justo uma entidade corrupta ditar o quê o país deve fazer? Deve o Estado brasileiro se submeter aos seus ditames? Vale gastar tantos recursos públicos em um evento que dura apenas um mês?

Fica cada vez mais evidente que quem ganhará com a realização da Copa é o setor imobiliário; as incorporadoras e as empreiteiras lucrarão com as obras e serviços a serem realizados e com a especulação imobiliária. Através de seu poder econômico e político, esses setores pressionam o Estado para usufruir enormes somas de dinheiro público em benefício próprio.

Observamos a repetição de histórias trágicas: superfaturamentos; falta de transparência; agressões aos direitos humanos; repressão aos pobres; despejos forçados e desrespeito com a população em geral.

Leia a materia completa

A Copa acelera dois processos já em curso: a repressão aos pobres e aos movimentos populares e a supervalorização fundiária. Isso em todas as cidades-sede da Copa. A Copa não pode servir de pretexto para o aumento de políticas repressivas e contribuir para o agravamento de problemas como o da moradia. Temos problemas sérios como o assassinato de jovens da periferia, principalmente de jovens negros e negras, a violência generalizada contra as mulheres, os/as trabalhadores/as formais e informais e os movimentos sociais. Cabe lembrar que, durante a Copa realizada na África do Sul, houve um grande aumento do tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para a exploração sexual.

A Copa servirá para potencializar ainda mais estas formas de violência? Não podemos deixar que isso ocorra. Desde já denunciamos o turismo sexual em nosso país por causa da Copa.

Não concordamos que, sob o pretexto da realização da Copa, uma série de favorecimentos ocorra por parte do Estado brasileiro, como as licitações obscuras e a privatização dos aeroportos.

Também não queremos que a Copa seja a reprodução do Pan 2007, no Rio de Janeiro. O dinheiro utilizado para a realização daquele evento foi tirado da saúde, da educação, da moradia. Resultado: a falta de recursos provocou o caos nos hospitais, a epidemia de dengue e o desmoronamento de encostas.

No caso da cidade de São Paulo, é mentiroso o argumento de que o Estádio em Itaquera trará benefícios para toda a zona leste. O desenvolvimento da zona leste é obrigação do Estado, uma dívida histórica que este tem em prover saúde, educação, moradia, políticas para a infância e a juventude, desenvolvimento urbano e transporte de qualidade. Essas responsabilidades não devem estar atreladas à Copa, dado os interesses privados que esse evento comporta.

O Estádio é importante, mas é mais do que perverso se apropriar da paixão da torcida para justificar uma obra que só trará lucros a alguns setores; que o empenho para a construção do Estádio seja maior que o empenho para a construção da Universidade Federal da Zona Leste; que seja motivo para construir mais avenidas na região, com o transporte público, inclusive o metrô, já completamente saturado.

Ademais, repudiamos a valorização imobiliária da região e a remoção de comunidades inteiras. A população local deve ter seus direitos respeitados.

O Comitê Popular da Copa/SP é formado por entidades e organizações populares. Como trabalhadores/as organizados/as, temos um projeto de sociedade e de cidade diferente do que está sendo imposto. Não admitimos desrespeito às leis, acordos obscuros e violação aos direitos humanos. Contamos com o apoio de todas as entidades, órgãos da imprensa e setores da população preocupados com os rumos que a organização da Copa está tomando.

Pelo fim dos despejos e das remoções!

Por moradia digna para toda a população!

Por políticas públicas para a população de rua!

Por políticas públicas para a juventude!

Pelo fim de todas as formas de violência e exploração das mulheres!

Pelo fim da violência policial e do genocídio da população negra e pobre!

Por trabalho decente e salário justo!

Pelo fim da perseguição aos trabalhadores informais!

Por educação pública, universal e de qualidade!

Pela universidade pública (UNIFESP - Jacu Pêssego) com cotas sociais e raciais!

Por transporte público, barato e de qualidade para toda a população!

Por saúde pública de qualidade pra toda a população!

Que todos possam usufruir o direito à cidade!

Por uma Copa com verdadeiro legado social!

Pela transparência e acesso à informação!

Pelo fim da elitização do futebol!

Comitê Popular da Copa SP /Julho de 2011

Twitter: @CopaPopularSP

21 de julho de 2011

Copa 2014: Eu não vou!

Desde que a FIFA deu o anunciou de que o Brasil sediará a Copa 2014, já iniciava ali uma correria para preparar/maquiar o pais para esta grande “festa popular”. Afinal de contas o pais do futebol voltara a sediar os jogos da copa do mundo, receberá as principais seleções do mundo, e com elas todos os amantes do bom e velho futebol.

Em troca o povo brasileiro é quem pagará todo o ônus desta festa. A baixo alguns exemplos que ilustram o que estou falando:


VLT: MPF pede suspensão do processo de desapropriações

Faz parte da lista de irregularidades feita pelo procurador a denúncia de que já estavam sendo apresentadas aos moradores impactados com as obras do VLT planilhas que continham os valores de cada imóvel atingido pelo trecho Parangaba-Mucuripe. Segundo o procurador, esta ação só deveria acontecer depois de toda a obra receber a liberação dos órgãos responsáveis, no caso, a Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Semace).

Como agravante, segundo contou Sales, algumas pessoas da região já teriam sido chamadas pelo Governo do Estado do Ceará para negociar o pagamento e a saída de sua propriedade. Ele ainda considerou na ação relatos de moradores que acusam representantes do governo de oferecerem - a partir da planilha e da negociação - preços considerados irrisórios pelos imóveis atingidos, "impossibilitando uma justa indenização, o que consequentemente, impedindo a aquisição de outra moradia digna".

De acordo com Sales, um acompanhamento sistemático do procedimento de desapropriação é feito junto às comunidades afetadas de maneira que novas irregularidades na obra sejam detectadas.

Jogos da Copa do Mundo vão sustar leis de gratuidade e meia-entradaA minuta da Lei Geral da Copa, elaborada pelo Ministério dos Esportes e que agora está em análise na Casa Civil, vai sustar as leis de gratuidade e de meia-entrada vigentes no território nacional para os jogos do campeonato. O argumento é que os preços dos ingressos serão definidos pela Fifa, que terá liberdade de "discutir" eventuais descontos com os estados e cidades-sede. As informações são do Congresso em foco.
Detalhe é que o Ministério dos Esportes é comandado por Orlando Silva, que é, justamente, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Tendo por base os preços cobrados na Copa do ano passado na África do Sul, o povo vai mesmo ficar de fora da festa. Lá, os ingressos variaram de R$ 150 a até R$ 1.500. O valor variou de acordo com a localização do estádio e a importância do jogo.

Fonte: Diário do Nordeste e Jornal Extra.

Essas são apenas algumas das tantas outras falcatruas que serão e estão sendo feitas pelos Cartolas brasileiros junto com o governo federal. A Resistência convoca a todos a debater e lutar contra as ações tomadas pela FIFA/Governo Federal.

7 de novembro de 2010

Moradores da Favela do Metrô protestam contra demolição de casas p/ Copa de 2014

Segundo eles, as demolições não têm base legal e a Prefeitura não se dispôs a dialogar sobre as opções de remoção


Jéssica Barreiros


“As pessoas não querem ser tratadas como lixo urbano”, enunciou o orador de uma manifestação ocorrida na manhã de hoje em frente à estação ferroviária da Mangueira. Os moradores da Favela do Metrô protestaram contra a demolição de casas da comunidade iniciada há dois dias atrás. Segundo os moradores, não ocorreu um diálogo efetivo com a Prefeitura para procurar alternativas de remoção que suprissem as necessidades das mais de 670 famílias prejudicadas.

A demolição das casas foi anunciada no dia 22 de julho e faz parte do programa de preparação da região do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. Segundo Julio César Condaque, membro do Movimento Nacional Quilombo, Raça e Classe, o ato de interdição feito pela Prefeitura através da Defesa Civil não tem bases legais, já que não foram feitas as devidas justificativas para a remoção. “Estamos encaminhando ações contra esta forma ilegal da Prefeitura de agir. Mas o governo ainda não criou uma ação de remoção e isso nos impede de criar uma espécie de contra-ação”, contou.

Como alternativa de habitação, foram oferecidas aos moradores residências no bairro de Cosmos, porém, apenas 20 famílias aceitaram a proposta. Segundo eles, o local carece de infra-estrutura básica, como postos de saúde e escolas, e o morador ainda terá que pagar a casa por mais de 10 anos e arcar com despesas extras como a conta de condomínio. Além disso, a mudança resultará na perda de emprego de mais de 3000 trabalhadores. “Um morador foi para lá e voltou no mesmo dia, porque não tinha água nem luz”, contou um integrante da manifestação que não quis ser identificado. Apesar das más condições das novas residências, alguns foram persuadidos pela proposta da Prefeitura. “Todo mundo ficou com medo. Eles falaram que iriam demolir tudo, então alguns foram obrigados a aceitar. Algumas pessoas choravam enquanto eram removidas” conta a moradora Evelyn Jesus Santos.

Uma opção viável de realojamento seria o complexo residencial do programa Minha Casa, Minha vida, que está sendo construído perto da Mangueira. Entretanto, segundo os moradores, a Favela do Metrô não pode ser contemplada pelo projeto pois a secretaria de habitação declarou que se trata de uma comunidade informal, então a remoção para Cosmos seria a única alternativa viável. “O subprefeito não quis negociar um plano de urbanização, que incluiria a doação das casas que estão feitas para o Minha Casa, Minha vida. Estamos sendo tratados como cidadão de segunda categoria”, protestou Júlio Cesar.

A derrubada de casas foi considerada pelos moradores como um gesto brutal contra a comunidade. “A própria remoção já é algo violento, pela definição da ONU, porque ela precede um abandono e um levantamento do patrimônio material -a mobília- e imaterial, que é a memória que as pessoas do local, já que alguns moram aqui há 30, 40 anos”, explicou Júlio Cesar. Além disso, moradores denunciaram que as operações de remoção foram auxiliadas pelo Setor de Operações Especiais do distrito de Irajá, o que descreveram como “terror psicológico. Muita gente não foi trabalhar ontem com medo que derrubem as casas”.

Vinte residências já foram demolidas desde quarta-feira, o que causou transtornos a muitos moradores. Marlene Guimarães, que presenciou as demolições, conta que “quando começaram a demolir foi a maior confusão. Houve batidas, estrondos e poeira para todos os lados. As crianças choraram, o ambiente era de terror. O que aconteceu poderia até mesmo ter sido prejudicial para as mulheres grávidas”.

Segundo a Secretaria de Habitação, o processo de derrubada e remoção está a cargo da Subprefeitura da Zona Norte, que não teve nenhum representante encontrado para comentar o caso até o fechamento de nosso expediente.


20 de agosto de 2010

Burguesia cria polícia para reprimir torcedores da Copa de 2014

O estado de sítio que a burguesia está impondo à população não tem limites. Não bastasse todas as medidas repressivas e as inúmeras polícias criadas para reprimir os trabalhadores, o governo de São Paulo anunciou a criação de mais uma polícia para a Copa do Mundo de 2014.

O futebol é sem dúvida uma das maiores paixões dos brasileiros e é justamente por isso que a burguesia impõe uma verdadeira ditadura aos torcedores, uma vez que esse esporte como já aconteceu em outros momentos pode se transformar em um pólo aglutinador, o que amedronta a burguesia que não permite sequer que os torcedores levantem bandeiras de protesto dentro dos estádios. A perseguição e campanha contra as torcidas organizadas já chegou a tal nível que os governos burgueses chegaram inclusive a tentar proibi-las, medida que obviamente não foi posta em prática graças à pressão dos torcedores.

Para se ter idéia do clima repressivo, a burguesia já está montando toda uma operação para perseguir a população trabalhadora durante a Copa 2014 que será realizada no Brasil. O primeiro Estado a anunciar medidas repressivas foi São Paulo, ou melhor, o governo do PSDB e do DEM, que inclusive é conhecido pela truculência com que age contra os trabalhadores.

Segundo anunciou o próprio governo do PSDB, “o Estado de São Paulo criou o Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância Esportiva (Grade), que terá policiais especializados em futebol. Uma de suas missões é evitar que durante o Mundial as torcidas organizadas recebam influência de membros de grupos radicais, de forte atuação na Europa” (Folha S. Paulo, 17/8/2010). A afirmação, apesar de ser uma tentativa descarada de enganar a população, que muitas vezes cai nos argumentos morais de que de fato as torcidas são violentas, deixa evidente qual a verdadeira proposta da burguesia e seus interesses. A suposta violência entre as torcidas não é nem de longe o verdadeiro motivo da ditadura que está sendo imposta nos estádios, tão pouco é maior do que a violência do Estado. É preciso ter claro que o objetivo é apenas o de reprimir a população, tanto é assim que o próprio nome da política “Grupo de Repressão e Análise”.

A quantidade de medidas impostas pela burguesia contra a população é algo incontável. O que chama atenção é que as leis estão sendo implementadas por motivos cada vez mais banais. No caso da Copa, o governo já está impondo uma série de medidas antes mesmo de o evento acontecer. Isso sem falar nas diversas demolições que com toda certeza ocorrerão. Ou seja, urinar na rua, sair da escola mais cedo, assistir jogos de futebol, brincar carnaval etc. etc. etc., tudo isso se transformou em crimes de acordo com a visão da burguesia.

Fonte: Site do PCO

16 de agosto de 2010

Bola da Vez: Andrew Jennings

Entrevista do Bola da Vez dia 14 de Agosto de 2010
ESPN Brasil

Em entrevista ao programa Bola da Vez, ele afirmou que a reputação do brasileiro só é boa por aqui e denunciou pelo menos dois graves casos na passagem de Havelange pela Fifa.
Jennings é mais crítico ainda com Jack Warner, vice-presidente da Fifa. O jornalista chega a analisar que o mundo seria melhor sem ele.
Andrew Jennings também disse ter conhecimento da operação nos bastidores que trouxe a vitória à candidatura de Londres para ser sede da Olimpíada de 2012

Parte 1:



Assista as demais partes da entrevista:

18 de julho de 2010

Violência mancha o futebol brasileiro

Campeão da Copa das Confederações, pentacampeão mundial de futebol e, até recentemente, líder do ranking da Fifa, o Brasil ocupa uma posição nada honrosa no ranking da violência relacionada ao esporte. Estudo divulgado em 2009 pelo sociólogo Maurício Murad aponta que 42 pessoas foram mortas em confrontos envolvendo torcidas - dentro e nas imediações dos estádios, entre 1999 e 2008. Os dados são confiáveis, pois foram todos checados e conferidos pelos Institutos Médicos Legais (IMLs) e delegacias de polícia das cidades onde foram registradas as ocorrências.

Tristes episódios, como o de um torcedor corintiano espancado até a morte antes do duelo entre Corinthians e Vasco válido pela semifinal da Copa do Brasil, na noite de 3 de junho de 2009, em São Paulo, mostram que não apenas de glórias vive o “País do Futebol”.

A violência que mancha o futebol nacional é reflexo das mazelas sociais que campeiam pelo Brasil, violência esta que aumenta à medida que crescem a impunidade e a malversação dos recursos públicos. Essa combinação de fatores põe em cheque a capacidade de o Brasil sediar a Copa do Mundo em 2014, onde a segurança pública é um dos itens principais do catálogo de exigências da Fifa. Triste contradição!

A origem da guerra entre torcidas uniformizadas é a rivalidade insana do futebol. Não apenas no Brasil, mas também em países europeus e de outros continentes, o “povão” se envolve mais com futebol que com questões ligadas à religião ou à família, por exemplo. O que fazer para estancar essa violência irracional? Afinal, uma partida de futebol é tão somente uma partida de futebol. Deveria ser, mas infelizmente a “paixão” pelo esporte acaba acobertando verdadeiras escolas do crime.

O tema é momentoso e revela uma profunda crise de valores por que passa a sociedade contemporânea. A violência vai paulatinamente consolidando-se como uma linguagem universal entre os jovens. A internet serve de instrumento para a articulação de encontros entre “gangues” de torcidas, que usam o futebol para canalizar suas energias e deflagrar cenas de revolta e brutalidade.

O vazio cultural também encontra ressonância nos jogadores profissionais de todo planeta, cujos hábitos e valores já não servem de exemplo como outrora. Ao valorizar a posse de bens materiais, a sociedade de consumo ajuda a pintar um quadro, no qual futebol, comércio e violência formam cada vez mais, partes de um todo de difícil separação.

O problema deve ser enfrentado com pragmatismo, requerendo a intervenção direta do Estado e a mobilização da sociedade civil. Todos, a começar pelos dirigentes dos clubes profissionais e das federações de futebol, devem se envolver e articular acordos para coibir a violência crescente. É preciso aplicar medidas políticas, jurídicas e administrativas que sejam viáveis para transpor essa triste página do desporto nacional.

O Estatuto de Defesa do Torcedor (em vigência desde 2003) necessita ser mais amplamente divulgado, a fim de que os torcedores/consumidores estejam bem informados acerca de seus direitos e deveres para cobrar providências por parte dos clubes e do poder público. Igualmente salutar é a reforma do documento legal, no sentido de criminalizar ações de vandalismo praticadas por falsos torcedores. Há torcidas organizadas funcionando como verdadeiras associações civis, com sede própria, estatuto, CNPJ e corpo diretivo. À primeira vista, nada de errado, pois são grupos legítimos com os quais o Estado deve dialogar. Entretanto, há casos em que dirigentes de times criam laços promíscuos, por meio da manipulação de integrantes, chegando ao absurdo de permitir a isenção da compra do ingresso por facções das organizadas, estabelecendo-se uma relação tipicamente comensal ou parasitária.

A pouco mais de quatro anos de sediar a Copa do Mundo, o Brasil precisa agir rápido. Um aspecto crucial é promover a especialização de efetivos da polícia para atuar diretamente em ocorrências relacionadas a eventos esportivos. As autoridades públicas devem investir em recursos humanos e tecnológicos, como a implantação de um banco de dados informatizado, que reúna elementos úteis para uma ação de inteligência integrada por parte da polícia, Ministério Público e Poder Judiciário. Um primeiro passo para combater a impunidade no futebol seria a identificação dos líderes que conflagram a violência. Os jogos aglomeram multidões e na hora da confusão há sempre o insuflador, a quem os demais seguem. Câmeras potentes, de alta definição possibilitam a visualização real do tumulto, facilitando a prisão dos culpados e a conseqüente obtenção de provas que forneçam subsídios à ação estatal.

O combate à violência no futebol brasileiro só será eficaz quando o tema for inserido, de fato, no contexto macro da realidade nacional. Não adianta partir para a radicalização, pedindo a eliminação das torcidas organizadas. Isto atenta contra a democracia, já que representaria o fechamento de um espaço de convivência plural, que agrega cidadãos de diversas classes sociais.
Medidas enérgicas fazem-se prementes para frear o quadro tirânico e opressor reinante em nosso futebol. Ao mesmo tempo é necessário que o Estado esteja presente nas periferias, com campanhas sócio-educativas de inclusão social através do esporte, em parceria contínua com as comunidades e organizações da sociedade civil.


Escrito por: Lucas Nery.

17 de julho de 2010

Sócrates: "Imagina a Gaviões da Fiel politizada! Esse é o grande medo do sistema"

Como você está vendo a organização da Copa do Mundo aqui no Brasil daqui a quatro anos?
Sócrates
Aqui no Brasil, ainda não há organização nenhuma, pelo que eu saiba. Na verdade, existe uma desorganização dirigida para que os investimentos que sejam alocados nas obras não passem por licitações, então estão protelando o máximo possível para que isso ocorra.

Você acha que é intencional?
É claro! Isso aconteceu no Pan-Americano, acontece sempre. Quanto mais demorado melhor, porque aí tudo é feito a toque de caixa, e a toque de caixa tem situação emergencial que vale a pena para desviar alguma coisa.

Você acha que a exclusão do Morumbi como um estádio da Copa tem a ver com isso?
Não tenho dúvida. Eles querem construir um outro estádio. Desde o começo estava na cara, criaram todo tipo de dificuldade. E acho que o São Paulo fez certo, fazer um investimento de 700 milhões no Morumbi? É mais fácil o São Paulo construir outro estádio.

Você acha que o interesse é mais econômico ou político?
É para-econômico. Não é nem econômico. Economicamente não poderíamos escolher Manaus em vez de Belém. Cuiabá como sede, onde eles vão ter que construir o estádio para depois ficar parado, Brasília a mesma coisa, Natal a mesma coisa. É não é interesse econômico. É desperdício de dinheiro. Desperdício econômico. É para-econômico, para desviar verba.

Você não vê o fato de o São Paulo ter encabeçado uma chapa de oposição na eleição do Clube dos 13 como um elemento para a exclusão?
Não, isso vem lá de fora. Todos os estádios vão ser reformados. Alguns com um custo absurdo. Deve ser a quinta ou sexta vez que fazem reforma no Maracanã nos últimos três anos. O Minerão também. Vão construir outro na Bahia. Entendeu? É pro dinheiro andar. Andando o dinheiro alguém tá ganhando. Seja quem constrói, quem administra. O único que não ganha é o povo.

Você sempre diz que atualmente o futebol tem mais força do que arte. Você acha que a Copa de 1982 foi um marco na consolidação do esporte como está hoje?
Não existe um divisor aí. O que ocorre é uma falta de adaptação do futebol com a evolução física dos atletas. A questão não é só filosófica, claro que isso faz parte do processo. Mas ela é muito mais dependente da questão física. Inclusive na minha tese de mestrado, seria nove contra nove, tirar dois jogadores de cada time. Quer dizer, você resgatar os espaços que tínhamos há anos atrás. Então vão ter que jogar. Hoje tem gente que se esconde. Você pega um back central da vida ai que não sai do lugar. A única coisa que ele faz é chutar a bola pra frente, pro lado, isso não é jogar futebol. Com nove contra nove, o back central vai ter que saber jogar. Não só ele, todos vão ter que saber jogar, porque a bola vai correr. Na verdade o futebol é um dos poucos esportes que não se adaptou a essa evolução. Imagine uma prova de atletismo, 100 metros, hoje, com cronômetro manual... Iria dar empate para caramba. Ou 50 metros na piscina. Tem que se adaptar a isso. E futebol não mudou nada. Não quer mudar. Nem tecnologia se utiliza para se dirimir as dúvidas de arbitragem.

Você não acha que essa não adaptação beneficia maus jogadores, que mesmo não tendo tanto talento, mantêm contratos milionários?
Hoje, na verdade, se nivelou o futebol. Um ou outro jogador que se destaca, que tem mais técnica, mais talento. Na verdade, todo mundo privilegia o físico hoje e é isso que impera no futebol. Seja na seleção de Honduras, você comparar com a seleção da Inglaterra. Você vê as equipes que se classificaram, tem time que nunca passou para a segunda fase e tem um monte na segunda fase, tá tão igual.

Como foi a democracia corinthiana?
Uma sociedade que decidia tudo no voto e a maioria simples levava vantagem nas decisões, absolutamente democrático. O roupeiro tinha o mesmo peso de voto de um dirigente.

Como a direção do time reagiu? Não só a direção, mas os patrocinadores, o Leão quis dar uma pernada?
O Leão não dava pernada em ninguém, ele nunca votou ué. Um voto nulo, em branco. Se você não quer participar de uma sociedade você não vota e agüente a decisão da maioria. A direção participava, um voto era da direção do clube e não tinha patrocinador, nessa época não tinha essas coisas.

Esse foi um dos poucos momentos em que o futebol cumpriu um papel mais positivo politicamente?
Na verdade cumpriu um papel importante nesse processo de redemocratização, porque o processo corintiano começou dois anos antes da grande mobilização das Diretas Já! Acho que foi um fator importantíssimo na discussão da realidade política brasileira. Você está dentro de um meio extremamente popular, com uma linguagem que é acessível a todo mundo está discutindo uma coisa que há muito tempo ninguém ou muita gente jamais teve a possibilidade de efetuar, que era o voto. Foi importantíssimo. Igual a isso eu não conheço nada parecido no futebol.

Você acha que o futebol pode cumprir um papel mais progressivo?
Claro. E esse é o grande medo do sistema. Você imagina a Gaviões da Fiel politizada. Né!? Você tem mobilização já pronta, você tem palco, duas vezes por semana, para exercer o seu direito, a ação política, só falta a politização.

Falta organização política para os jogadores?
Falta consciência! Falta... Por isso o sistema deseduca esses caras. Em vez de educar, faz de tudo para o cara não adquirir uma consciência social, política, porque esse é o mais importante. Ele é mais ouvido que o Presidente da República, esse cara pode mudar o país. Uma das brigas que eu tenho é “por que não educar esse povo, se é obrigação do Estado educar todo mundo?”. Pelo menos esse povo tem que ser educado. Agora mesmo, fui para a África do Sul, uma campanha pró-educação, inclusive com iniciativa da Fifa, com chancela da ONU, Educação Global, que é uma das metas do milênio, até 2015 pôr todas as crianças na escola. Então, no caso da Fifa, ponha primeiro os jogadores. (risos)

Você acha que o Estado deveria cumprir um papel mais importante na gestão do esporte?
É claro! Mas ninguém quer mexer muito nisso. Ninguém quer mexer, porque é um vespeiro. Mas deveria. Particularmente o futebol no Brasil é um negócio, como outro qualquer. Por que o Estado não tem controle sobre isso. Ele usa todos os símbolos nacionais, hino, bandeira, até a alma do brasileiro ele usa.

Você acha que o Estado deveria intervir para tentar segurar os jogadores no Brasil?
Já existe legislação para isso. O trabalho infantil ele é penalizado. Mas como você vai evitar que uma criança se transfira para outro país dentro das condições legais, quer dizer, arrumam emprego para os pais, os caras sempre fazem aquilo que precisa ser feito. Isso só vai ser educado quando tivermos consciência de que temos que valorizar a ‘commodite’ que temos em mão. Que é a qualidade do jogador brasileiro, o talento do jogador brasileiro. Em vez de vez de vender o artista, tem que vender a obra dele. Quando a gente começar a vender a obra dele, a gente vai ter muito mais riqueza. Um bom exemplo é o Ronaldo. O Ronaldo é um cara que vale ouro, que veio pra cá e está ganhando o mesmo que estava ganhando lá, ou mais. Então é possível sim, mas é uma mudança de mentalidade. Na verdade o futebol brasileiro vende seu artista porque também é uma forma mais fácil de se manipular os recursos. Nem todo dinheiro que saí de lá chega aqui, no meio do caminho tem muita gente intermediária.

16 de julho de 2010

Por dinheiro, Fifa pode mudar calendário para Copa

Para evitar que estrelas como Cristiano Ronaldo, Messi, Kaká e Rooney repitam o mau desempenho da Copa do Mundo da África do Sul em 2014, no Brasil, a Fifa planeja exigir que os campeonatos nacionais terminem cerca de um mês antes do mundial.

"Muitos jogadores têm chegado (à Copa) apenas com sua carcaça, sem energia", disse o ex-jogador liberiano George Weah, atual dirigente da Fifa encarregado em dirimir esses problemas. "Isso precisa mudar".

Além do término antecipado dos torneios nacionais, ainda espera-se que a entidade máxima do futebol exija uma semana de folga para todos os jogadores convocados ao mundial.

A medida, contudo, não tem como objetivo apenas a regeneração física dos jogadores. Por trás dela, está a necessidade da Fifa de organizar competição com alto nível técnico, a fim de atrair patrocinadores.

Fonte:
Máquina do Esporte.

14 de julho de 2010

Tá na cara. E ninguém faz nada

Os ministros do Esporte, Orlando Silva, e do Turismo, Luiz Barretto, disseram que o Brasil terá estádios pequenos na Copa de 2014. A intenção do governo é adequar ou construir estádios com a capacidade mínima exigida pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para o torneio, 40 mil lugares.

Tudo isso para, segundo eles, respeitar a média de público normal do país e as exigências da Fifa. Apenas os estádios que receberão jogos da fase final do torneio terão maior capacidade. A medida é para reduzir custos com obras e baratear a manutenção dos estádios usados na Copa depois do fim do torneio. “Não podemos construir um estádio em Brasília com capacidade para 70 mil pessoas e depois nunca mais conseguir lotá-lo”, explicou o ministro.

Agora, amigos, a pergunta é: por que isso aparece só agora? Esse ar “bonzinho” de nossos governantes quando todos (ou quase) os projetos já foram apresentados e as cidades escolhidas.

A ideia é extremamente válida, mas falar isso agora é ter que mudar projeto a pouco mais de dois anos do prazo final para conclusão. Brasília apresenta falta de público e força no futebol há muito tempo. E o projeto também já foi feito a muito tempo.

No Brasil é assim. Simples. Nada fiscaliza e nada se faz. As licitações não saem, estádios não andam, outros sequer projeto tem. E os que tem agora podem ser mudados.

E a Fifa, que aprovou os projetos, deixa mudar assim. E ainda dizem que não houve influência política na escolha das cidades. Foi só análise dos projetos… sei…

Fifa que mandará no País até a Copa.

Fonte:
Blog Gol.

26 de junho de 2010

Segundo jornal, Kassab banca Pirituba à Fifa

A construção de uma arena em Pirituba deve ser ratificada como projeto de São Paulo para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, já enviou documentação sobre o novo estádio à Fifa.

A decisão é uma repercussão do veto ao Morumbi, estádio do São Paulo, que integrava o projeto da cidade até a semana passada. O clube apresentou seis projetos diferentes de reforma para a arena e, segundo o comitê organizador local (COL), não conseguiu enviar a tempo as garantias financeiras sobre as intervenções na arena.

Desde que o Morumbi foi alijado da Copa do Mundo, ganhou força a criação de uma arena em Pirituba. O bairro da região norte de São Paulo vai receber nos próximos anos um grande centro de convenções, e a arena deve fazer parte desse complexo.

Segundo “O Estado de S. Paulo”, Kassab apresentou o projeto de estádio à Fifa, inclusive com a equação financeira para erguer a nova arena. Com a exclusão do Morumbi, São Paulo foi alijada da lista de cidades que receberão jogos da Copa do Mundo em 2014.

A construção de uma arena em Pirituba, contudo, possui dois grandes problemas. O primeiro é o tamanho do empreendimento, inicialmente previsto para 45 mil espectadores. São Paulo ainda postula a abertura da Copa do Mundo, e para isso necessita de um estádio com ao menos 60 mil lugares.

Outro problema é a administração do estádio depois da Copa do Mundo. O Corinthians, único time grande da capital que não manda jogos em um estádio próprio, considera cara a ideia de usar a arena de Pirituba. Com isso, o comitê paulista trabalha com a ideia de ceder a administração do espaço à iniciativa privada.

Fonte: Máquina do Esporte.

21 de junho de 2010

Após "verde", Copa abandona seu lixo

Uma das marcas do projeto da Alemanha para sediar a Copa do Mundo em 2006 foi o projeto "Copa verde", conjunto de medidas que o país adotou para reduzir o impacto ambiental do torneio. Quatro anos depois, o tratamento dado ao lixo mostra que a questão ecológica não se tornou um debate constante na competição.

Um dos pontos defendidos pela Alemanha para a "Copa verde" era a coleta seletiva de lixo para reciclagem. Na África do Sul, em vez de latas específicas para cada material, o que se vê é falta até mesmo de receptáculos comuns.

O resultado imediato disso é o acúmulo de lixo nas ruas ao redor dos estádios. Há equipes de limpeza do país trabalhando constantemente antes e depois dos jogos, mas isso tem sido insuficiente para acabar com todo o montante produzido.

A situação é ainda mais curiosa no IBC (International Broadcasting Centre, espaço que reúne as emissoras que detêm direitos de transmissão do evento). O local contém latas para coleta seletiva, mas é comum ver total desrespeito aos materiais indicados pelas cores.

O IBC tem outra situação inusitada: o número de latas de lixo é extremamente pequeno, mas há vasos sem plantas espalhados pelo complexo. Isso transformou as cerâmicas pretas em depósitos de todo tipo de lixo (especialmente copos, latas e cigarros).

O conceito de "Copa verde" também está presente no projeto brasileiro para sediar o evento de 2014. Essa ideia deve nortear todas as reformas de estádios, que seriam feitas com intuito de reduzir impacto ambiental. Na Alemanha, por exemplo, arenas chegam a ter 50% de sua energia gerada por painéis de captação solar.

Fonte: Máquina do Esporte.

19 de junho de 2010

Veto reabre debate por custeio de arenas

Em última instância, quem vai pagar a conta de arenas para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil? Anunciado na última quarta-feira, o veto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador local (COL) ao Morumbi, estádio escolhido por São Paulo para representar a cidade no torneio, reaqueceu um debate sobre esse tema.

Pouco depois de a decisão ter sido anunciada, nota emitida pela Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo, endossada pela prefeitura, rechaçou a possibilidade de usar dinheiro público para a construção de uma nova arena na região.

O governo federal também se eximiu. Em entrevista coletiva concedida em Johanesburgo, na África do Sul, o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, passou a responsabilidade ao comitê local.

"O governo federal assinou um termo com a Fifa e se comprometeu a cumprir 11 exigências para realizar a Copa do Mundo, mas nenhuma delas era relacionada a estádios. Isso consta de um documento que as cidades acertaram com a Fifa. Portanto, é uma responsabilidade da região", explicou o ministro.

Segundo Silva Júnior, o governo federal foi procurado no início do ano passado por representantes das 12 cidades-sedes. Eles argumentaram que a crise financeira internacional dificultou a busca por parceiros comerciais e pediram ajuda na forma de crédito facilitado.

O governo federal colocou uma linha de crédito de R$ 400 milhões à disposição das cidades via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, entidades privadas responsáveis por estádios não conseguiram reunir garantias necessárias para tomar a receita.

Fonte: Máquina do Esporte.