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13 de junho de 2010

Salários desestabilizam futebol inglês

O ímpeto de possuir os jogadores mais caros do mundo pode ser motivo de instabilidade no futebol da Inglaterra. Segundo pesquisa realizada pela Deloitte, consultoria financeira, 67% da receita dos clubes ingleses são gastos para cumprir a folha salarial.

"A cada 100 milhões de libras que entram na Premier League [primeira divisão inglesa], 67 milhões de libras são usadas para pagar as contas, isso está alto demais", avalia Dan Jones, editor do estudo anual das finanças no futebol feito pela agência.

O Chelsea desponta no topo da lista de maiores pagamentos, com despesas em torno dos 167 milhões de libras anuais. O Manchester City, por sua vez, viu os gastos subirem de 54 milhões de libras para 83 milhões de libras.

Na última década, a parcela das receitas que vinha sendo redirecionada à folha salarial esteve entre 58% e 63%. "O resultado é uma margem de lucro muito pequena ou até inexistente, com a diminuição no crédito como consequência", afirma Jones.

Tal indicador é considerado um dos principais fatores que fizeram a Premier League ser ultrapassada pela Bundesliga, a elite alemã, como a liga mais lucrativa da Europa.

Fonte: Máquina do Esporte.

27 de maio de 2010

Clubes espanhóis enfrentam mais dívidas

Estudo realizado na Universidade de Barcelona, pelo professor Jose Maria Gay, aponta dívidas em torno de 3,53 bilhões de euros entre os 20 times que disputaram La Liga, a primeira divisão da Espanha, no período entre 2008 e 2009.

O cenário agravou-se em 40 milhões de euros em relação à temporada anterior, enquanto o crescimento das receitas caiu de 10% para 4%.

O custo operacional total subiu de 249 milhões de euros para 1,7 bilhão de euros, sendo que somente as "despesas laborais", como salários a jogadores, representam 85% do acréscimo.

Os únicos clubes capazes de obter lucro foram os líderes do campeonato, Barcelona e Real Madrid, e o rebaixado Numancia.

Há algumas semanas, ameaças de paralisação da primeira divisão espanhola ocorreram devido à falta de pagamento de salários dos atletas. Alguns, inclusive, limparam parabrisas para protestar contra os mais de 12 meses de atrasos.

Fonte:
Máquina do Esporte

21 de dezembro de 2009

Os gigantescos times minúsculos do futebol brasileiro

O blog Futebol Caipira noticiou: "Além de perder a base do time titular, a diretoria do Barueri ainda está travando um guerra política com o município de Barueri. O atual prefeito não está disposto a continuar investindo dinheiro no clube. E o impasse pode tirar o time da cidade.

Revoltados com a atitude da prefeitura, a diretoria do Barueri não descarta a possibilidade de abandonar o município e aceitar a proposta de outra cidade para mudar de nome e de região.

O Barueri recebeu uma proposta para se mudar para a cidade de Presidente Prudente, onde mandaria os jogos no estádio Eduardo José Farah, e trocaria o nome de Grêmio Barueri Futebol Ltda para Grêmio Prudentino Futebol Ltda.

Já a prefeitura de Barueri não está preocupada com a troca de sede do Barueri e acena com a possibilidade de montar outro time, o Esporte Clube Barueri, e iniciar na Federação Paulista de Futebol disputando o Campeonato Paulista da Quarta Divisão em 2010."

Sinceramente, eu não sei se rio ou se choro. São os chamados grandes times PEQUENOS, ou mesmo gigantescos times MINÚSCULOS do futebol brasileiro. Identidade, tradição e torcida? Que se danem. O importante é faturar.

Será que aqueles pouquíssimos torcedores que o Barueri tem vão se mudar para Presidente Prudente ou vão passar a torcer o novo time da cidade?

É, mas esse tal time que pode mudar de nome, de cidade e busca o dinheiro público, está na Série A do Brasileiro e com vaga garantida na Copa Sul-Americana, mesmo sem conseguir colocar nem mil e quinhentos torcedores no estádio. Enquanto isso, Ferroviário, Remo, Santa Cruz, Treze e outros tradicionais times do futebol brasileiro, com grandes e apaixonadas torcidas, comem o pão que o diabo amassou.

Postado por Chateaubriand Arrais Filho

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

30 de novembro de 2009

O neoliberalismo do Fortaleza


Fortaleza caiu.
Ruiu a experiencia de entronizar o neoliberalismo no futebol, do qual seu presidente é um adepto.
O clube mínimo, assim como o Estado mínimo que eles tanto apregoam não deu certo.
No Estado mínimo a população paga, hoje, o descalabro dos serviços públicos serem controlados pelas próprias empresas prestadoras de serviços.
Já no clube mínimo, não existe a mínima possibilidade do craque ganhar o mesmo salário de um jogador mediano.
E o neoliberalismo jogou o Fortaleza na terceira divisão.

Postado por Martins Andrade

Fonte: Futebol Baião-de-Dois

5 de novembro de 2009

Crias da base perdem vínculo contratual com o Ferroviário

A nova diretoria do Ferroviário terá pela frente uma árdua tarefa de descobrir o paradeiro dos principais atletas formados nas categorias de base do clube. Vários jogadores tiveram seus contratos rescindidos pela antiga gestão sem que tivessem sido oficialmente negociados com outros clubes.

Os contratos de jogadores como Guto, Leonardo, Diego, Léo Jaime, dentre outros, deveriam vigorar por cerca de mais três anos. Sem nenhuma explicação plausível, todas as crias do clube foram desvinculadas do Ferroviário, tendo ainda que assinar documentos em branco para continuarem suas carreiras em outras equipes.

Na prestação de contas entregue pelo ex-presidente Paulo Wágner Pinheiro ao Conselho Deliberativo, não consta nenhum lançamento de valores oriundos de negociações de jogadores. O fato causou bastante estranheza entre os corais. Entre agosto e outubro desse ano, o número de atletas vinculados ao Ferroviário reduziu de quase 100 jogadores para menos de 20. Nesse contexto, todas as revelações das categorias de base tiveram seus contratos rescindidos.

Os novos diretores do Ferroviário confirmaram o desejo de promover uma ampla auditoria nas contas do clube para que seja feito um levantamento minucioso da situação. Só em termos de passivos judiciais, Vilemar Rodrigues (foto), presidente do Conselho Deliberativo, estima atualmente cifras em torno de 2 milhões de Reais.

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

Que essa auditoria seja realmente posta em prática e concretizada pela nova diretoria. Esperamos que os culpados sejam apontados para que possam pagar o preço por terem cometido essa rapinagem contra o nosso clube. Nós estaremos de olho e, junto com os demais torcedores corais, buscaremos banir de vez estes parasitas que assolaram e os que continuam assolando o Ferrão!

21 de outubro de 2009

Passivo judicial é um dos principais desafios da nova direção do Ferrão

A próxima diretoria executiva do Ferroviário deve assumir o clube numa situação totalmente contrária ao que vem sendo propalado nos meios de comunicação da cidade.

Além de contar apenas com três atletas com contrato em vigência para o próximo campeonato estadual, o principal desafio da nova gestão, além da formação de um plantel de jogadores e comissão técnica, recairá na administração de um vultoso passivo judicial gerado nos últimos dois anos, que já ultrapassa a casa dos 2 milhões de Reais.

"Provavelmente aparecerão mais questões trabalhistas, mas o Conselho Deliberativo e a nova diretoria executiva trabalharão para minimizar os efeitos desse grave problema. Saberemos tomar as medidas cabíveis", informou Vilemar Rodrigues, presidente do Conselho.

Ao ser informado pessoalmente por Vilemar Rodrigues acerca de todas as dificuldades e do passivo judicial existente, o presidente da AAFAC, José Rêgo Filho, colocou a associação à disposição para buscar alternativas e colaborar com a solução da problemática.

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

10 de outubro de 2009

A melhor noticia nos últimos tempos: "Paulo Wágner não é mais presidente do Ferroviário"

Agora é oficial. O Ex/Presidente do Ferroviário, Paulo Wágner, entregou o seu cargo ao Presidente do Conselho Deliberativo do Ferroviário em um almoço na tarde de hoje. Além dele, o vice Renato Rocha também renunciou ao seu cargo. Com isso haverá uma nova eleição ainda esse ano para definir que será o novo presidente do clube até o fim do ano que vem.

Enquanto isso, mais absurdos da gestão Paulo Wágner continuam aparecendo. A situação do clube é crítica no sentido de que apenas três jogadores continuam com contrato. Todos os outros 96 que tinham contrato com o Ferroviário no início da Série D, rescindiram os seus contratos.

Ainda hoje acontecerá uma reunião entre os membros da AAFAC e alguns nomes interessados em compor a nova diretoria do clube. A intenção é tomar conhecimento da atual situação do clube e traçar metas para o futuro do Ferroviário.

Fonte: Blog Canal Ferrão

Agora é juntarmos o que restou do nosso Ferrão e, de forma coletiva e democrática, reerguermos nosso amado clube. Que venham dias melhores! (LVC)

Agora podemos voltar a sorrir, e esperar que o Amanhã seja melhor, que os bons ventos voltem a soprar na barra pois queremos renovação no Ferroviário Atlético Clube. (Yuri Fontela)

8 de outubro de 2009

Paulo Wágner entregará carta renúncia essa semana

O Presidente do Ferroviário, Paulo Wágner, deverá estar entregando a sua carta renúncia ao Conselho Deliberativo do clube ainda esta semana.

Após muitos conflitos com diretores, uma gestão conturbada marcada por falta de compromisso para com o clube e prestação de contas obscuras, o atual presidente do Ferroviário se viu completamente só e com isso estará deixando o cargo.

Com isso, já acontecem nos bastidores reuniões com interessados em assumir a presidência. A intenção é formar um grupo coeso de diretores que possa dar uma nova vida ao clube que praticamente começará do zero.

Enquanto Paulo Wágner não sai, existem muitas especulações, onde as principais dão conta de que o clube não tem mais praticamente nenhum jogador. Muitos atletas que eram da base coral tiveram parte de seus direitos contratuais vendidos a diversos empresários.

Independente de quem assumir o clube, terá uma complicada missão pela frente. Muito bom seria se estes fizessem uma auditoria nas contas do clube para saber onde foi parar o dinheiro das negociações de atletas que até hoje o presidente não esclareceu.

Mesmo assim a saída do Presidente Paulo Wágner é hoje o melhor para o Ferroviário. Com isso será possível a entrada de uma diretoria compromissada com o clube, gerida profissionalmente, que conseguirá a médio-longo prazo fazer um Ferroviário melhor para a sua torcida.

Fonte: Blog Canal Ferrão

Vai tarde...

18 de junho de 2009

Lei antifumo pode causar crise econômica no futebol colombiano

Foi aprovada pelo Senado colombiano uma lei antifumo. Entre outros aspectos, ela proibe o consumo de tabaco em áreas fechadas e o patrocínio de eventos esportivos. Aí, então, entra a preocupação da esfera futebolística.
Uma empresa do setor tabagista é atualmente a principal patrocinadora da primeira e segunda divisões do Campeonato Colombiano e, em um prazo de um ano, terá de retirar seu logo das aparições públicas.
“Respeitamos a lei, mas não concordamos com ela. A saúde e a educação em nosso país sempre foram financiadas pelas bebidas, os jogos de azar e o tabaco”, retrucara Ramón Jesurún, presidente da Divisão Maior (primeira divisão) do futebol do país, antes da aprovação do projeto.
A medida veta o fumo em bares, restaurantes, shoppings, lojas, parques, estádios, cafeterias, discotecas, hotéis, feiras, cassinos e áreas onde são realizados eventos que reúna grandes massas – os estádios e praças esportivas entram nessa cota.
Entretanto, a iniciativa terá de ser novamente discutida. Os textos aprovados pela Câmara de Deputados e o Senado são diferentes e, após a tramitação, há necessidade de sanção do presidente Álvaro Uribe.
A proposta proíbe também que as fabricantes de cigarro anunciem seus produtos em meios de comunicação, como “rádio, televisão, cinema, jornais, revistas ou em qualquer documento de difusão em massa”.

Fonte: Universidade do Futebol

28 de maio de 2009

Peruanos ameaçam rejeitar convocação para a seleção

LIMA - Os jogadores peruanos não aceitarão a convocação para a seleção do país a partir de 24 de junho caso as autoridades não realizem reformas destinadas a reverter a crise esportiva no país, disse um dirigente sindical dos atletas na quarta-feira.

A medida não afetará os próximos jogos pelas eliminatórias para a Copa de 2010 - dia 7, em casa, contra o Equador, e no dia 10, em Bogotá, contra a Colômbia.

O protesto, no entanto, pode prejudicar o Peru nas quatro partidas restantes da disputa, contra Uruguai, Venezuela, Argentina e Bolívia.

"A partir de 24 de junho não aceitarão a convocação para a seleção até que sejam atendidas nossas reivindicações", disse a jornalistas o presidente da Agremiação de Futebolistas do Peru, Francesco Manassero (foto).

A decisão foi aprovada e assinada por 100 por cento dos atletas profissionais que atuam no futebol local, segundo ele.

"É necessário tomar ações urgentes para uma mudança no futebol do nosso país. A agremiação nunca falou de greve nem adiamento do campeonato", afirmou Manassero.

O futebol peruano vive uma das piores crises da sua história, e seus clubes acumulam resultados desastrosos nos torneios internacionais. Além disso, a seleção está praticamente fora da Copa de 2010, já que ocupa a lanterna nas eliminatórias, com 7 pontos em 12 partidas.

Fonte: Reuters

11 de maio de 2009

Ali Babá e os quarenta ladrões

Vamos direto ao assunto: não seria mais racional as Séries A, B, C e D do campeonato brasileiro começarem no mesmo período? Assim, muitos clubes participantes não seriam obrigados a pararem entre o fim do estadual e o início da competição nacional. A Série C só começa no fim de maio e a D no início de julho. Já os exaltados 40 clubes das Séries A e B - sempre privilegiados - dispõem de um certame o ano inteiro. Seria pedir muito que a CBF programasse melhor o calendário do mais importante campeonato do território nacional? Creio que não faria mais que sua obrigação.

Não vou entrar no mérito de um campeonato que privilegia apenas 40 clubes, nem todos importantes em nível de tradição, representatividade e potencial de torcedores, mas que chegaram onde estão por merecimento técnico e principalmente por serem melhor geridos. Apelo apenas para o bom senso em evitar que as outras equipes (Séries C e D) sejam obrigadas a parar para depois recomeçar dentro da mesma temporada. No caso dos humildes 40 participantes da Série D, há uma vácuo de mais de 2 meses no calendário entre as competições. Quem paga a folha de pagamento destes times durante o período sem arrecadação? O desmanche dos elencos é praticamente inevitável e torna ainda mais caro o processo de preparação das equipes.

Também não vou comentar sobre a eliminação precoce da grande maioria dos times, que ficarão sujeitos a longos períodos de inatividade até o ano que vem. Mais um absurdo de um calendário excludente. Nem vou comentar sobre o papel quase sempre ridículo das federações, sempre coniventes com os desmandos da CBF. Os 10 meses de competições oficiais, previstos no Estatuto do Torcedor, são desrespeitados vergonhosamente por ambas instituições. Até o dia que os clubes e seus torcedores se rebelarem e tomarem suas providências.

Enquanto isso, os dirigentes da CBF e das federações vão se perpetuando no poder. Em 2009, Ricardo Teixeira completa 20 anos no comando da CBF, mesmo período de tempo que a "situação" manda e desmanda na FCF. Simplesmente lamentável sob todos os aspectos. Enquanto mais de 300 times comem o pão que o diabo amassou, a CBF continua dando festinha particular para 40 convidados, promovendo o "maior e melhor campeonato do mundo", de nível técnico muitas vezes duvidoso, para uma legião de expectadores que sequer tem a capacidade - e a dignidade - de perceber a morte aos poucos do maior patrimônio do futebol nacional: os seus próprios times de futebol.

Postado por Evandro Ferreira Gomes

Fonte: Blogservatório - Portal oficial do Ferrão

7 de maio de 2009

Salve-se quem puder

Primeiro foi o absurdo critério imposto pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para definir os 20 times da Série C 2009, que tinha como principal atrativo os mesmos moldes das Séries A e B: disputa por pontos corridos e calendário o ano inteiro.

Depois veio a constatação da balela: nada de pontos corridos e muito menos calendário o ano inteiro. A Série C será composta por 4 grupos regionalizados e metade dos times que iniciarão a competição ficarão de "férias" em apenas 2 meses, depois de míseras 8 partidas.

Agora, mais uma lamentação: não só os 40 clubes da Série D, mas também todos os da Série C vão ter que se virar para arranjar dinheiro. A informação que já havia sido anunciada pelo diretor da CBF, Virgílio Elísio, foi confirmada também pelo presidente da FBA (Futebol Brasil Associados), José Neves.

"A CBF não vai ajudar financeiramente os clubes da Série C. Agora temos a Série D para olhar, pois achamos que o filho já cresceu. Faremos de tudo para que os clubes tenham boas condições, ainda mais durante essa crise, que é séria, mas não daremos dinheiro", anunciou Elísio.

"Cada um vai se bancar, cada um vai se virar. Este ano será assim com as Série C e D", confirmou Neves.

Salve-se quem puder!

Postado por Chateaubriand Arrais Filho

Fonte: Portal oficial do Ferroviário

24 de abril de 2009

Southampton é punido e cairá para terceira divisão


Na próxima temporada, o Southampton disputará a terceira divisão do Campeonato Inglês. Nesta quinta-feira, o clube foi punido pela Football League com a perda de dez pontos e, a duas rodadas do fim da competição, as chances de se safar são mínimas.
A penalização é motivada por conta de a Southampton Leisure Holdings, companhia proprietária do clube, ter entrado em concordata no início de abril. A argumentação da agremiação é que a empresa não era dela, mas investigações verificaram ligações “como uma única entidade econômica”.
De acordo com o regulamento, a retração da pontuação será mantida. Penúltimo colocado na segunda divisão, a equipe está a quatro pontos da zona de permanência.
A punição será aplicada ainda nesta temporada, caso os Saints consigam terminar fora do grupo dos três últimos, ou na próxima, já com o time na League One.
Na Premier League, a última temporada da qual o Southampton participou foi em 2004/05. Campeão da Copa da Inglaterra de 1976, o clube tem como melhor colocação na elite do futebol local um segundo lugar, em 1983/84.


23 de abril de 2009

Dirigente alerta para possível colapso financeiro no futebol espanhol

Para o presidente do Osasuna, medidas precisam ser tomadas para que os clubes de pequeno e médio porte não assumam mais dívidas

Na última terça-feira, Francisco Izco (foto), presidente do Osasuna, clube da primeira divisão do futebol espanhol, afirmou que se uma ação não for tomada para que os clubes assumam mais dívidas, a modalidade pode sofrer um colapso na Espanha

De acordo com o dirigente, os clubes espanhóis que não possuem um vasto poder lucrativo como os de Real Madrid e Barcelona, por exemplo, estão mantendo-se no limite de suas rendas, utilizando um modelo econômico defeituoso.

"A não ser que haja uma grande mudança, prevejo um genuíno desastre financeiro", disse Izco por e-mail à agência Reuteurs. "Houve um grande acordo de excesso na construção dos elencos. Os clubes não monitoraram seus gastos e a situação saiu de controle", completou.

zco é presidente do Osasuna desde 2002. Seus comentários foram feitos em meio a possibilidade real de falência de clubes pequenos e médios, que tentam administrar o aumento dos salários e custos de transferência durante a pior recessão sofrida na Espanha nos últimos 50 anos.

utro exemplo claro de que a situação das agremiações espanholas não é boa, foram as medidas a que foi obrigado a se submeter o Valência, equipe duas vezes vice-campeã da Liga dos Campeões da Uefa na última década. A agremiação assumiu que pode ter que vender alguns dos seus principais jogadores, além de não ter conseguido pagar os salários em dia, e ter paralisado as obras do seu novo estádio.

Segundo os cálculos da Universidade de Barcelona, os 20 clubes da primeira divisão do futebol espanhol possuem uma dívida de aproximadamente três bilhões de euros.

Para o presidente do Osasuna, o impacto da crise financeira será mais claro nos clubes da Espanha durante esta temporada, quando as agremiações tiverem que negociar as receitas de vendas de ingressos, patrocínio e direitos de televisão. "O mundo do futebol não está imune à situação econômica", afirmou Izco.

No futebol espanhol, a maioria dos clubes é gerido como sociedades desportivas anônimas (SADs), ou empresas esportivas limitadas. Alguns poucos, como Osasuna, Real Madrid, Barcelona e Athletic Bilbao, são administrados como clubes esportivos, com os seus muitos sócios como donos, ao invés de um pequeno número de acionistas.

O governo da Espanha criticou as SADs por conta do abuso das leis de insolvência, pelas quais, os clubes iniciam procedimentos de falência para cortarem seus níveis de débito e continuam seu exercício além da capacidade, voltando à situação de dívidas anterior.

Para Izco, esse modelo precisa ser revisto. Ele pediu que as autoridades esportivas espanholas introduzam controles financeiros para forçar os clubes a frearem os seus gastos.

Fonte: Universidade do Futebol


17 de março de 2009

O neoliberalismo no futebol

Multiplicam-se as reclamações de que o dinheiro passou a mandar no futebol, que os clubes estão falidos, que os jogadores já não tem apego aos clubes, mudam às vezes durante o campeonato, passando para o rival, se contratam meninos ainda para jogar no exterior, uma parte deles fica abandonado, submetidos a todo tipo de irregularidade.

Mas o que aconteceu, o que está na raiz de tudo isso?

O futebol – assim como todos os esportes – não é imune às imensas transformações econômicas, sociais e éticas que as nossas sociedades sofreram e ainda sofrem. No Brasil, o neoliberalismo chegou ao futebol através da chamada Lei Pelé. Que pregava a “profissionalização” do futebol, contra a ditadura dos clubes, que tinham os jogadores atrelados ao clube como se se tratasse de uma relação feudal, pré-capitalista.

Intensificou-se dura campanha contra os “cartolas”, com acusações - todas provavelmente reais -, de corrupção, concentração de poder, arbitrariedades, etc. Porém, de forma similar ao que se fazia na campanha neoliberal contra o Estado, não era para democratizar aos clubes, ou ao Estado, mas para favorecer o mercado.

A profissionalização foi isto. Supostamente para libertar os jogadores do domínio dos clubes, jogou-os nas mãos dos empresários privados. Não por acaso se deu durante a década de 90, em pleno governo FHC, que preconizou todo o tempo a centralidade do mercado, os defeitos do Estado, a necessidade de mercantilizar tudo, de transformar a sociedade em um lugar em que tudo se compra, tudo se vende, tudo é mercadoria.

Os jogadores foram transformados em simples mercadorias, nas mãos dos empresários, que reinam soberanos, assim como o mercado e as grandes empresas fazem no conjunto da sociedade. Enquanto os clubes, da mesma forma que o Estado, ao invés de serem democratizados, são sucateados. Interessa aos empresários privados que os clubes sejam fracos, estejam falidos, serão mais frágeis ainda diante do poder do seu dinheiro. Assim como ao chamado mercado interessa que o Estado seja mínimo, seja fraco, para que ceda cada vez mais a seus interesses.

Os clubes podem ser democratizados – de que o exemplo da democracia corintiana é claro. O jogo dos empresários não é democratizável, nem passível de ser controlado socialmente, vale quem paga mais, que tem mais dinheiro. Assim como o Estado pode ser democratizado – e as políticas de orçamento participativo são o melhor exemplo disso.

Com o reino do mercado, não há Estado, não há democracia, não há interesses coletivos. Triunfa o mercado e seu principio maior – o do dinheiro. Com o reino dos empresários privados, não há clubes, há times, que ocasionalmente são montados para disputar um campeonato, enquanto os empresários não vendem os jogadores. Os campeonatos servem apenas como vitrine para exibir as mercadorias dos empresários.

Em um tempo em que tantas identidades entraram em crise, nem sequer os clubes de futebol conseguem resistir, diante da privatização que a lei Pelé significou, fazendo da camisa dos jogadores um lugar em que mal cabe – quando cabe – o distintivo, de tal forma tudo é comercializado. Ou se fortalecem os clubes, democraticando-os, destacando sua dimensão publica e não de empresas privadas a serviço da comercialização dos jogadores, ou a quebra generalizada que atinge o mercado capitalista não poupará os clubes. Que irão à falência, diante do enriquecimento ilimitado dos empresários privados.

Escrito por Emir Sader.

3 de março de 2009

Futebol dá um bico no povão

O futebol sempre foi conhecido como o "esporte do povão". Para jogá-lo, não precisa de muito: basta uma bola qualquer (oficial, de meia ou até de papel serve) e duas "traves", que podem ser feitas com dois chinelos de dedos, tijolos... Dá para jogar um contra um, dois contra dois e por aí vai. Fica a gosto dos "boleiros".

Assistir a uma partida de futebol profissional, porém, está virando cada vez mais passatempo para a elite do País. Não existem mais ingressos populares. De uns anos para cá, os clubes se acham no direito de cobrar preços exorbitantes em seus jogos. Principalmente aquelas partidas em que julgam ser "especiais".


Em São Paulo, uma arquibancada não sai por menos de R$ 40. Isso em jogos de São Paulo, Corinthians ou Palmeiras. Se o torcedor resolver escapar da chuva (ou do sol), então, pode preparar o bolso: os preços das cadeiras cobertas variam de R$ 100 a R$ 150.


Mas a ganância dos dirigentes já ultrapassou os limites do Sul/Sudeste. Aqui mesmo, apesar de ainda mais acessíveis, as arquibancadas já chegaram aos R$ 20.
O maior absurdo, porém, está acontecendo em Recife. Como disputa a Copa Libertadores, o Sport está cobrando R$ 100 por uma arquibancada contra a LDU, do Equador. O argumento dos dirigentes é sempre o mesmo: "Se não aumentar os preços, o clube não sobrevive".

E o torcedor que se dane!

Postado por - Thiago Cafardo
03/03/2009 14:07

Fonte: Blog de Esportes do jornal O POVO

28 de janeiro de 2009

Ferrão: Futebol Moderno X Independência de Classe


O "futebol moderno",caracterizado pela máxima dependência financeira de clubes empresas, é uma realidade. Se isso é bom ou ruim no aspecto desportivo é uma questão pra discutir, embora poucos queiram, afinal, segundo a constatação destes especuladores do futebol tudo que não se enquadra nesse esquema está fadado a derrota.
O fato é que quem gosta de futebol, certamente não gosta do que se convencionou chamar de futebol moderno, pois isso implica na falta de identidade dos clubes, jogadores com torcidas, cidades, bairros, classes, enfim.
Nesse aspecto, gostaria de destacar nosso Ferrão como bastião do autêntico futebol de origem histórica e social. Inicialmente, queria tratar do aspecto da sustentação financeira do Clube. Até então, o Ferrão é sustentado pela contribuição de sócios proprietários, eventuais patrocinadores, eventual venda de passes de jogadores, rendas de jogos e venda de direitos de imagem e reprodução. Note-se que a arrecadação, interpretando as informações anteriores, seria um valor estimado irregular, já que até bem pouco tempo o Clube não tinha calendário garantido ano todo, portanto a renda de bilheterias já não seria garantido, não havendo jogos não há patrocinadores, não só não é possível vender passes de jogadores como o Clube é onerado para manter os atletas durante a ausência de jogos, diminui até a contribuição de sócios e a venda de materiais com direito de imagem e distribuição.
Bem, não estou defendendo a fórmula descrita acima como forma de sustentação do Clube.
Eis onde queria chegar.
Desde o início de 2008 que o Ferrão passa por um novo momento. E o marco desse novo- o que não tem nada do dito futebol moderno- é sem dúvidas o Projeto Sócio- Torcedor do Ferroviário e se fôssemos no ulterior falaríamos da Associação dos Amigos do Ferroviário Atlético Clube- AAFAC, afinal o projeto sócio-torcedor é a materialização de seus esforços em prol do Tubarão da Barra. Diferente de todos os outros projetos de sócios-torcedores de clubes cearenses o sócio- torcedor do Ferrão investe no patrimônio do Clube, por conseguinte em todos os aspectos, afinal o quê é um clube sem patrimônio material e social? Assim, todos sabem e podem ver sua contribuição empregada no engrandecimento do Clube, seja estrutural, logístico e na expansão sócio-cultural, isto é, o reconhecimento da importância da entidade Ferroviário AC para o povo ou povos dada a razão de classe que o Ferrão é portador.
É inegável que as relações de mercado, capitalistas estão impregnadas em todos os cantos e atam a existência social de tudo financeiramente e para se ter uma contribuição de alguém é necessária uma relação de troca ou benefício, como é o caso do atual sócio-torcedor, algo similar ocorre inclusive nos sindicatos de trabalhadores atualmente, fazendo um paralelo com a contribuição de classe, pois os operários ferroviários já fizeram issso algum tempo atrás.
Mas, os mais abnegados, os militantes do Ferroviário contribuem sem pedir nada em troca, pelo simples fato de identificarem o Ferrão como entidade da classe operária no futebol, querem apenas que ele se mantenha como sempre foi, independente, autônomo e fundamentalmente mantenha suas raízes de classe.
Com isso quero dizer que a partir desse convencimento, apelando para a consciência de classe poderia-se colocar a sustentação financeira do Clube noutro patamar, o da independência de classe. É certo que "quem paga escolhe a música", e por vezes vemos coisas alheias e estranhas as origens e tradição de nosso Clube, quando não, apelações a deus a ao diabo por patrocínio para nossas categorias de base, esportes amadores, enfim.
Torcida Coral é necessário mais que sentimento, é preciso consciência de classe para mantermos nossa bandeira independente das especulações de quem quer que seja. Assim como nossos camaradas "hammers" lutaram contra a "mdernização" privatização do West Ham United FC- clube do proletariado londrino residente no bairro de West Ham- agarrando-se as grades da sede do clube com faixas com dizeres "Não está à venda!", nós dizemos "Esse Clube pertence ao proletariado!", portanto que seja financiado por nós.

12 de novembro de 2008

Atraso de salários a atletas deveria causar rebaixamento em Portugal, avalia sindicato

“Quem não pagar salários, desce de divisão”. É esse o procedimento defendido por Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol de Portugal (SJPF). Nesta segunda-feira, o mandatário do órgão disse vai propor que os clubes com os ordenados de seus atletas em atraso sejam rebaixados de divisão, tal qual ocorre na Espanha.

Lá, houve um acordo entre a Liga e o Sindicato para que os clubes que mantivessem salários em atraso fossem despromovidos. Eu acho que essa é uma boa medida e não fica mal copiar o que está bem feito. Tornei pública [a opinião] porque permite um debate dos próprios agentes do futebol sobre a mesma, mas vou apresentá-la amanhã (terça-feira) ao presidente da Liga e, seguidamente, ao Secretário de Estado do Desporto”, disse Evangelista, em entrevista à Agência Lusa.


O Estado garantiria, assim, o pagamento aos jogadores das remunerações em atraso por intermédio das verbas auferidas pelo Totobola, espécie de loteria local.


Em relação à posição do treinador do Estrela da Amadora, Lito Vidigal, que disse não ter condições para continuar no clube, devido aos salários em atraso, o presidente do SJPF foi claro:


Era importante que essas medidas tivessem conseqüências, porque, no futebol português, fazem-se muitas ameaças, muitas críticas e muitos reparos, mas, depois, não se levam até ao final os nossos atos”, apontou.



Muitas vezes os jogadores compactuam com essas situações, suportando, mês após mês, e a situação agrava-se, porque os incumpridores já perceberam que os jogadores não concretizam aquilo que se propõem fazer”, completou Evangelista.


Enquanto não houver mudanças na regulamentação, e a própria Liga não alterar os pressupostos financeiros, entretanto, não deverá haver consequências para os clubes que não cumpram as suas obrigações.


Fonte: Cidade do Futebol


De acordo!

11 de novembro de 2008

Técnico entra em greve por salários de atletas

Clubes em dificuldade financeira é algo bastante comum em muitos países do mundo, inclusive no Brasil. Dívidas astronômicas com esse ou com aquele investidor, salários de funcionários e jogadores atrasados são realidades que também não espantariam muitos dos amantes do futebol.


No entanto, Lito Vidigal (foto), técnico do clube português Estrela da Amadora, tomou uma postura, no mínimo interessante, ante à falta de salários dos seus jogadores,. O treinador entrou em greve, e disse que só volta a campo quando a agremiação pagar os atletas.

"Seguimos trabalhando por respeito ao clube, que tem 76 anos de história. Porém, agora, não tenho mais condições de trabalhar. Não volto a trabalhar até que apareça alguém para ajudar esta equipe", disse o comandante do Estrela da Amadora.

Sem receber os seus ordenados há quatro meses, os jogadores do clube português em questão estão na oitava colocação do Campeonato Português. Frente ao milionário cenário de alguns clubes, a greve de Vidigal pretende que olhe-se para os atletas com mais respeito.

Geralmente, quando as agremiações ficam devendo meses de salários aos seus atletas, são estabelecidos acordos entre as partes para que não ocorram incidentes como esse. Por conta disso, muitos clubes, além de deverem para empresas e bancos, devem muito dinheiro para atletas.

Fonte: Cidade do Futebol

Parabéns ao técnico Lito Vidigal pelo espírito de solidariedade e de luta classista!

31 de outubro de 2008

Elenco do Fortaleza está com salários atrasados

A falta de pagamento é um dos assuntos mais bem guardados pela atual diretoria do Fortaleza. Descobrir quanto um jogador ganha e se ele estava recebendo em dias era praticamente impossível de ser descoberto.

No entanto, como o time não vence há quatro rodadas e está na zona de rebaixamento, o fato veio à tona e jogadores e comissão técnica estão sem receber há praticamente dois meses.

De acordo com informações da Rádio CBN, o mês de setembro ainda não foi pago e o mês de outubro, que vence na próxima semana, não deverá ser efetuado por completo. Com uma folha de pagamento girando em torno de R$ 400 mil a R$ 500 mil, a esperança da diretoria é que a patrocinadora do clube possa ajudar a quitar os débitos.

Nesta quinta-feira, após a reapresentação do elenco, no Estádio Alcides Santos, está sendo planejada uma reunião entre jogadores e comissão técnica com o mandatário da Santana Textiles, Raimundo Delfino Filho, parceira do Fortaleza para tentarem resolver o impasse.


Fonte: LANCEPRESS