
24 de agosto de 2011
21 de julho de 2011
Copa 2014: Eu não vou!
Em troca o povo brasileiro é quem pagará todo o ônus desta festa. A baixo alguns exemplos que ilustram o que estou falando:
VLT: MPF pede suspensão do processo de desapropriações
Faz parte da lista de irregularidades feita pelo procurador a denúncia de que já estavam sendo apresentadas aos moradores impactados com as obras do VLT planilhas que continham os valores de cada imóvel atingido pelo trecho Parangaba-Mucuripe. Segundo o procurador, esta ação só deveria acontecer depois de toda a obra receber a liberação dos órgãos responsáveis, no caso, a Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Semace).
Como agravante, segundo contou Sales, algumas pessoas da região já teriam sido chamadas pelo Governo do Estado do Ceará para negociar o pagamento e a saída de sua propriedade. Ele ainda considerou na ação relatos de moradores que acusam representantes do governo de oferecerem - a partir da planilha e da negociação - preços considerados irrisórios pelos imóveis atingidos, "impossibilitando uma justa indenização, o que consequentemente, impedindo a aquisição de outra moradia digna".
De acordo com Sales, um acompanhamento sistemático do procedimento de desapropriação é feito junto às comunidades afetadas de maneira que novas irregularidades na obra sejam detectadas.
Jogos da Copa do Mundo vão sustar leis de gratuidade e meia-entradaA minuta da Lei Geral da Copa, elaborada pelo Ministério dos Esportes e que agora está em análise na Casa Civil, vai sustar as leis de gratuidade e de meia-entrada vigentes no território nacional para os jogos do campeonato. O argumento é que os preços dos ingressos serão definidos pela Fifa, que terá liberdade de "discutir" eventuais descontos com os estados e cidades-sede. As informações são do Congresso em foco.
Detalhe é que o Ministério dos Esportes é comandado por Orlando Silva, que é, justamente, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Tendo por base os preços cobrados na Copa do ano passado na África do Sul, o povo vai mesmo ficar de fora da festa. Lá, os ingressos variaram de R$ 150 a até R$ 1.500. O valor variou de acordo com a localização do estádio e a importância do jogo.
Essas são apenas algumas das tantas outras falcatruas que serão e estão sendo feitas pelos Cartolas brasileiros junto com o governo federal. A Resistência convoca a todos a debater e lutar contra as ações tomadas pela FIFA/Governo Federal.
3 de janeiro de 2011
O futebol é um meio de conscientização das contradições da sociedade
10 de agosto de 2010
Sócrates, revolucionário da bola, afirma: "Sou e morrerei socialista!"
Com dificuldade conciliou as duas atividades nos primeiros anos de estudo. Quando se tornou profissional passou a receber convites de diversos clubes grandes, mas afirmou só sair do Botafogo depois de formado. Assim, chegou ao Corinthians e ficou conhecido como Doutor Sócrates.
Um dos líderes da democracia corinthiana e jogador da seleção brasileira nas copas de 82 e 86, Sócrates é considerado um dos grandes jogadores da história do Brasil.
Homem de respostas curtas e claras, consciência política e posições fortes, o Doutor conversou com o Unificados sobre a democracia corinthiana, socialismo, e claro, a seleção do Dunga.
ENTREVISTA
“Devemos lutar por democracia em qualquer estrutura social”
Unificados: Você sempre fugiu do padrão comum do jogador de futebol, tem consciência política, foi um dos lideres da democracia corinthiana, como isso surgiu?
Sócrates: Sei lá. O diferente não sou eu. O problema é o sistema educacional brasileiro que não dá oportunidade a todos, muito menos aos jogadores de futebol.
Unificados: Você ainda se considera socialista? Como vê o socialismo hoje?
Sócrates: Sou e morrerei assim. O socialismo idealizado não tem hoje nem nunca, só sempre.
Unificados: Acha que um movimento semelhante à democracia corinthiana poderia acontecer em algum clube atualmente?
Sócrates: Eu acho que sim. E também acredito que devemos lutar por democracia em qualquer estrutura social, inclusive no futebol. Particularmente, sempre achei um absurdo viver em um regime de casta, isso vem da origem do meu pai.
Ele nasceu pobre, fodido e não tinha o que comer. Então esse sentimento sempre foi muito claro para mim, por que casta? Por que as pessoas são tratadas de forma diferente? Esse sentimento nasceu comigo e você vai elaborando com o tempo.
Mas isso é uma coisa interiorizada, tentar lutar contra isso depende das oportunidades que você tem na vida. E aconteceu no Corinthians em uma época de crise e só existe revolução em crise. Ou então em guerra.
Unificados: A democracia corinthiana teve algum efeito no comportamento dos jogadores dentro de campo? E como foi a recepção dos jogadores e dirigentes de outros times?
Sócrates: Quem se sente tratado como deve sempre reage positivamente. Foi isso que aconteceu. Todos nós reagimos positivamente, e a reação dos demais pouco importa.
Ali aconteceu uma revolução porque as pessoas queriam fazer revolução, estavam juntas em um momento propício para isso. Se fosse em outro momento talvez não acontecesse nada.
Unificados: Como o movimento acabou? Isso teve a ver com sua ida para a Itália?
Sócrates: Um movimento revolucionário só ocorre na sociedade que o quer. Quando inventamos ou estamos em outra sociedade, esta caminha de acordo com a maioria dos seus integrantes e interesses.
Eu saí, o Casão (Walter Casagrande, hoje comentarista na Globo) saiu, mais gente saiu e contrataram outros 10 caras, com outra cabeça. O momento mudou, acabou porque tinha que acabar.
Eu fui para a Itália por causa das Diretas Já. Fiquei frustrado com o resultado da votação no Congresso. Fui embora.
Unificados: Muito se falou das atitudes do Dunga nessa Copa do Mundo, o que achou do desempenho da seleção?
Sócrates: Compatível com o esperado. Os jogadores estavam quebrados. O Dunga não levou os principais talentos do Brasil, aquela seleção não era a representação do país.
Unificados: E de afirmações do Dunga, que falou que não poderia dizer se a escravidão tinha sido boa ou ruim, e nem a ditadura?
Sócrates: Um pouco de literatura não faz mal a ninguém, muito pelo contrario. Quem não lê e não quer saber como o homem se comportou em outros tempos é um absoluto alienado ou analfabeto.
Unificados: Esse ano temos eleições legislativas, como você vê o cenário político atual no Brasil?
Sócrates: O país está em evolução. Seja lá quem forem os políticos eleitos, que ninguém altere este cenário para pior. Para melhor, por favor!
15 de julho de 2010
Futebol brasileiro à beira do colapso

De lá para cá, estas exibições têm sido raras. Os motivos são diversos. Os mais citados são:
- redução de espaços abertos onde outrora os moleques quase pelados praticavam peladas alimentando enormes celeiros de jovens com alto potencial futebolístico. Estas áreas foram substituídas por escolinhas que em muitos casos inibem a criatividade de alguns promissores adolescentes, obrigando-os a atuarem de forma "burocrática" e previsível.
-elevação do gabarito da preparação física que permite que os defensores rapidamente provoquem trombadas contra os atletas mais técnicos. Sempre é mais fácil destruir do que criar algo elaborado. Fora a brandura das penas
aplicadas.
-árbitros despreparados que não inibem com rigor as jogadas mais violentas. A legislação esportiva oferece muitas brechas para atenuar e perdoar atos violentos dos botinudos. A quantidade de faltas precisa ser reduzida (como no Futsal) para que o jogo possa transcorrer com mais desenvoltura.
-jogadores deslumbrados com a ascensão meteórica se desgastam em noitadas mal dormidas e não rendem o máximo nos dias de jogos onde a exigência de esforço seja maior. Não seguem as normas disciplinares do clube. Total falta de profissionalismo. Os clubes fingem não ver.
-êxodo maciço de nossos melhores jogadores para outros continentes. Nossa desorganização fora das quatro linhas não nos permite montar uma estrutura adequada para concorrer com os poderosos clubes europeus e oferecer condições atrativas para nossos atletas permanecerem aqui. Até a Ásia consegue atrair nossos promissores jovens. Só teremos bons patrocinadores quando a administração for transparente e livre de vaidades. E quando as leis fecharem as brechas que ora existem.
-contratação de jogadores em fim de carreira que os estrangeiros não desejam mais. Estes atletas já realizados financeiramente, retornam por saudade da terra nativa para desfrutar do que melhor temos: mulheres bonitas, praias, sambas, cervejas, recantos bucólicos sem neve e fãs atuantes. Certamente (pois são humanos) não se empenharão da mesma forma que quando estavam no início da carreira. Já não entram nas divididas com o mesmo entusiasmo.
-táticas e estratégias voltadas para a defesa aglomerada em função de regras que não incentivam o ataque constante que fatalmente resulta no que de mais belo e emocionante existe neste esporte: o gol! Jogos terminados em 0 x 0 não deveriam conceder pontos aos dois times! Times que goleiam (mais de três gols de diferença) deveriam ser premiados com ponto extra.
-legislação benevolente com empresários e procuradores que forçam contratações visando apenas seus lucros pessoais. A saúde financeira do clube fica em terceiro plano. Desta forma, os grandes clubes devem até a sede aos cofres públicos. Os clubes menores já não montam mais equipes
capazes de produzir "zebras" que empolgavam nossos campeonatos.
Este conjunto de fatores está afastando os torcedores dos estádios. Aliados a outros de importância semelhante, tais como:
-datas e horários inadequados de jogos. Alguns terminam após 23:55 hs. Fica difícil para quem precisa acordar às 5:00 hs só poder dormir 3 ou 4 horas. Sem contar os regulamentos confusos e ilógicos que às vezes regem os torneios.
-falta de segurança nos estádios e adjacências. Torcidas "organizadas" promovem badernas que espantam famílias. Após 50 metros dos estádios o
torcedor não conta com nenhuma proteção policial para trafegar rumo ao seu lar.
-desconforto dentro e fora dos estádios. Assentos sujos e quebrados. Sinalização e iluminação deficientes. Banheiros sem água, sabão e papel higiênico. Bares com alimentos de origem suspeita. Infiltrações nas coberturas e poucas bilheterias para atender a multidão de compradores de ingressos (mesmo antecipados). Confusão nas ruas próximas e nos estacionamentos irregulares.
-transporte inadequado. Redução dos veículos coletivos após 23:00 hs. Metrô abarrotado e quente. Trajetos equivocados nestes horários.
-custo do espetáculo. Um par de torcedores (em geral pai e filho) consome no mínimo R$ 140,00 (ingresso+transporte+lanche) para assistir a um jogo. O baixo nível salarial de nosso povo não permite esta aventura mais de uma vez por mês. E o padrão dos jogos não motiva a ponto de tanto sacrifício.
-canais fechados para que o clamor público se faça presente. Jamais as sugestões de torcedores (os que pagam) foram coletadas para ajudar na melhora do espetáculo. A mídia pode fazer isto com baixos custos e encaminhar com credibilidade. E cobrar. Todo este pacote de "maldades" contribui para que jogos como Botafogo x Flamengo e Palmeiras x Corinthians tragam menos de 20.000 torcedores para os estádios. Na década de 1980, este número nunca era inferior a 60.000 espectadores.
Como nossa seleção só tem sido formada por atletas que residem fora do país, não temos oportunidade de assistir os melhores em nossos campos, mesmo tendo de superar todos os obstáculos citados acima. Somente assinantes de TV a cabo desfrutam de tais jogos.
Este cenário contribui para uma gradativa redução do entusiasmo dos nossos torcedores. A persistir esta curva descendente, dentro de poucos anos dezenas de profissionais do ramo futebolístico (inclusive jornalistas) perderão espaço para trabalhar.
Esta visão que aqui registramos, deve refletir o sentimento de mais de 90% dos torcedores. Basta efetuar uma rápida (e barata) pesquisa em escala nacional através da mídia para comprovar esta suspeita.
Certamente cada um de nós tem diversas sugestões para minimizar (e eliminar) vários dos problemas que nos incomodam. Apesar de vocês serem especialistas competentes do ramo, com certeza não se furtariam a juntar opiniões de seus seguidores para montar um documento elencando as medidas mais adequadas com tal objetivo. Estas opiniões seriam coletadas por pesquisas simples através de seus canais de comunicação. Sem maiores ônus para gerenciá-las.
Após uma triagem de consenso, o tal documento seria encaminhado a uma comissão (CBF + federações + árbitros + donos de jornais + rádios + TVs + segurança pública + empresas de transporte + câmara legislativa + patrocinadores) para que fosse criada uma cruzada de recuperação da alta qualidade do nosso futebol que sempre nos encantou e que sem dúvida causa inveja e temor aos demais países. Pelas enormes dimensões de nosso território, certamente temos capacidade para montar de três a quatro seleções nacionais superiores a todas as restantes do planeta. E gerar postos de trabalhos e bons lucros.
Algumas medidas poderiam ser convertidas em leis. Outras passariam a fazer parte de uma norma de conduta da CBF. Outras fariam parte de acordos éticos (?) entre os dirigentes sem vaidades (??). Algumas experiências podem ser efetuadas nas categorias sub-17 e feminina com aval da Fifa. Com ajuda dos militantes lúcidos da imprensa, certamente chegaremos a consenso de agrado geral para combater este marasmo que se instalou em nosso esporte preferido e lentamente esfacela nosso entusiasmo.
Dentre as dezenas de questões possíveis a serem coletadas, de imediato (e humildemente) sugerimos a seguinte: a seleção de futebol deve ser convocada seguindo o seguinte critério (podendo mesclar alguns):
a) Apenas jogadores que estejam atuando no Brasil no mínimo por dois anos.
b) Convocar no máximo 25% de "estrangeiros" (a experiência deles lá
fora não deixa de ser útil ao treinador).
c) De forma que a média de idade seja inferior a 25 anos.
d) Que tenham atuado em mais de 80% das partidas da última temporada.
e) Não tenham tido mais de quatro expulsões durante a última temporada.
f) Outra sugestão (descreva em até duas linhas).
Sem mais no momento, despedimo-nos na esperança de que algo de útil possa ser extraído deste resumo e possa auxiliá-los nesta complicada batalha que certamente vai esbarrar em fortes interesses (às vezes escusos) para manter este "caos" dentro de nossas fronteiras. Mas se vocês se unirem e abraçarem esta causa e apoio de ex-atletas que criaram o entusiasmo que ainda nos alimenta, tenham certeza de que o povo os apoiará na pressão que forçará os dirigentes a adotar atitudes saudáveis no sentido de preservar nosso maior patrimônio: o fabuloso futebol brasileiro!
Uma cruzada comandada por jornalistas sérios, competentes e preocupados com o futuro de nosso esporte preferido, com certeza terá sucesso garantido e agradecimento dos fãs do tão decantado "futebol-arte". Além de alargar os horizontes profissionais para diversas categorias.
*Haroldo Pereira Barboza é matemático, analista e poeta, e escreveu o livro "Brinque e Cresça Feliz"
25 de junho de 2010
Futebolistas revolucionários de 68
Para mais informações sobre história social consultar:
Instituto Internacional de História Social (Amsterdã, Holanda)
27 de janeiro de 2010
Por auxílio à arbitragem, Fifa admite utilizar câmeras na linha de gol

Não sou totalmente oposto, mas somente quando uma tecnologia que permita verificar se a bola passou da linha do gol estiver pronta para ser experimentada”, afirmou o dirigente, em entrevista ao jornal suíço "Sonntagsblick".
No mês de março, a entidade que rege o futebol organizará uma reunião para discutir a possibilidade de se colocar um microchip na bola e a utilização de câmeras dentro dos gols.
Tais procedimentos, entretanto, garante Blatter, não serão acrescidos durante a realização da Copa do Mundo que será realizada em junho, na África do Sul.
Fonte: Soccerex Business
Comunicação eletrônica e imagens de vídeo são os principais recursos para auxiliar os árbitros no futuro. Dando assim uma transparência maior e uma (quem sabe) freada nas mancadas feitas em campo, onde os árbitros não enxergam. Esses recursos tecnológicos já existem e alguns inclusive estão sendo testados. O problema é implantá-los oficialmente. Qualquer proposta de mudança no futebol só entra em vigor depois de aprovada pela International Football Association Board (Ifba), uma comissão formada por quatro representantes da Fifa e um de cada federação de futebol britânica (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales). Qualquer proposta precisa de pelo menos seis dos oito votos para ser aprovada. E, diferentemente da Uefa (a confederação européia), que é declaradamente a favor do uso de novas tecnologias no futebol, a Fifa e, conseqüentemente, a Ifba são conservadoras. Parece que agora as coisas estão tomando outros rumos e os “donos da bola” estão mais abertos ao dialogo.
22 de dezembro de 2009
Torcida coral se mobiliza para ajudar reformas na Barra

A Vila Olímpica Elzir Cabral (foto) está um verdadeiro canteiro de obras. Desde o começo de dezembro, quando o elenco profissional do Ferrão iniciou a pré-temporada e mudou-se para a cidade de Itaitinga, no Centro Esportivo do Nordeste (CETEN), as instalações corais na Barra do Ceará estão passando por grandes reformas.
Enquanto a Associação dos Amigos do Ferroviário Atlético Clube (AAFAC) está engajada na recuperação do gramado do Estádio Elzir Cabral, a diretoria de patrimônio do clube está focada na melhoria dos alojamentos na sede.
No Fórum do Portal Oficial do Ferroviário, foi iniciada uma mobilização entre os sócio-torcedores do clube para ajudarem nas reformas. Outra necessidade urgente foi identificada e iniciou-se a "Campanha do Muro".
O projeto consiste na construção de um muro que separe o estacionamento da sede administrativa, como exigência da polícia para o campeonato estadual. No mais, levantar o restante de grade para continuar com a visibilidade e ventilação. Essa reforma vai também ser importante para facilitar o controle de pessoas no dia-a-dia da Barra.
"Utilizamos este importante meio de interatividade entre adeptos corais para termos sucesso. Precisávamos de alguém para coordenar a campanha de arrecadação de tijolos e contribuição financeira para o projeto do muro", disse Félix Ponte, diretor adjunto de patrimônio.
Através de louvável iniciativa, o sócio Marcelo Caetano prontificou-se como coordenador e vem fazendo um trabalho excelente. O âmbito da campanha se estendeu pela Comunidade Virtual do Ferrão no Orkut e o número de doações tem aumentado consideravelmente.
O torcedor que ainda não colaborou e deseja participar desta importante mobilização, deve ligar para o número (85) 9168-1261 e tratar com Marcelo Caetano.
15 de dezembro de 2009
Torcedor disponibiliza em blog as edições da Rádio Ferrão

Alberto Tavares, torcedor coral, está gravando e disponibilizando as edições passadas da Rádio Ferrão, desde o dia 22 de novembro. Os áudios, organizados por blocos, já podem ser conferidos em blog de sua autoria.
O endereço é: http://www.radioferrao.blogspot.com.
A Rádio Ferrão, uma iniciativa da AAFAC em parceria com a diretoria de marketing do clube coral, vai ao ar todos os domingos, de 21h às 23h, pela famosa Rádio Clube AM 1200, a pioneira no ramo de rádiodifusão no estado.
Alberto é Fotografo, Video Maker e apaixonado pelo Ferroviário, como ele mesmo se define na apresentação do blog. Além deste arquivamente, Alberto também está retransmitindo ao vivo o programa pela internet, em canal criado no site Justin.tv.
3 de novembro de 2009
O problema sócio-econômico do futebol cearense

Enquanto Ceará e Fortaleza oferecem o pão e o circo, a discussão sequer é lembrada. O silêncio vergonhoso de quem teria a obrigação de promover o debate acoberta não apenas uma injustiça - e ilegalidade - esportiva, mas uma questão seriíssima em nível sócio-econômico. Há uma altíssimo nível de desemprego entre os profissionais da bola, que na melhor das hipóteses, são submetidos a contratos temporários de apenas três ou quatro meses no ano inteiro.
Semana passada, o promissor zagueiro Tonton foi vítima desse calendário excludente. Tendo que se submeter a faturar, em nome da própria sobrevivência, míseros 200 Reais para disputar uma partida de liga interiorana, o ex-beque do Horizonte faleceu em acidente automobilístico. Tonton é apenas mais um exemplo, pois, na prática, todos os dias inúmeros atleta locais passam fome por não ter onde trabalhar, diante da curiosa inoperância de seu próprio sindicato.
A FCF acena mudanças a partir da criação de uma copa estadual, já anunciada, que premiará o campeão com uma vaga para a Copa do Brasil no ano seguinte, a exemplo do que acontece em todos os outros estados brasileiros. Já não era sem tempo. O problema do desemprego será minimizado e ainda exigirá dos clubes um nível de planejamento que a maioria não está acostumada - e essa lógica inclui o Ferroviário. Melhor para o futebol cearense, que passará por um processo de seleção natural onde os bons, comprometidos e organizados ficarão, o que a médio e longo prazo, fortalecerá o nosso desporto.
Vai sempre haver quem ache ruim, afinal de contas é bem mais fácil permanecer na inatividade e na zona de conforto, local onde podem ser realizados os negócios mais escusos, longe dos holofotes durante a maior parte do ano, o que muitas vezes inviabiliza um processo de mudança. Vamos ver se os dirigentes eleitos da nova FCF cumprirão a promessa e quebrarão o status quo. Se assim o fizerem, estarão contribuindo para um futebol cearense mais forte e merecerão o respeito de uma legião de desportistas que vêem o esporte de uma forma muito mais ampla do que simplesmente a rivalidade nos gramados.
Postado por Evandro Gomes
21 de outubro de 2009
Bolívia prepara recurso para impedir veto a jogos na altitude

O governo boliviano anunciou hoje que prepara um recurso ante o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, em francês) caso seja aprovado um novo veto à disputa de partidas de futebol na altitude.
O vice-ministro de Esportes, Víctor Barrientos, afirmou à imprensa a opção jurídica se confirmará caso “a intransigência da Fifa continue” e a entidade decida proibir jogos a mais de 2.750 metros acima do mar.
Em 2008, a Fifa impediu disputas oficiais em estádios que superassem aquela altitude, mas depois suspendeu temporiariamente a medida para La Paz, capital boliviana, cujo estádio Hernando Siles está a 3.600 metros acima do nível do mar.
“Ninguém escolhe o lugar onde nasce, e a altura por si só não ganha nem perde jogos. Estatisticamente, nos últimos anos, a altura não beneficiou as equipes locais. Esta é a defesa que faremos”, disse o vice-ministro.
Barrientos acrescentou que a participação do governo boliviano neste processo, encabeçado pelo presidente Evo Morales, que é fã de futebol, é “contundente” para que a Fifa desista de sua posição.
Morales afirmou neste domingo que a entidade “discrimina” a Bolívia e “erra” ao querer vetar novamente jogos na altitude, lembrando que o futebol é um esporte de “integração”.
Morales respondeu dessa maneira às declarações do chefe da comissão médica da Fifa, o belga Michael D'Hooghe, que insinuou neste sábado que a entidade pretende proibir novamente partidas disputadas em locais de altitude elevada. “Temos que encerrar já este último capítulo e dizer a palavra final”, afirmou Barrientos.
Se a proibição da Fifa se confirmar, alguns dos principais estádios bolivianos serão afetados, como o Hernando Siles, o Jesús Bermúdez, de Oruro, a 3.700 metros de altitude, e o Víctor Agustín Ugarte, de Potosí, a 4.000 metros acima do nível do mar.
Para defender o futebol disputado na altitude, Morales chegou a jogar uma partida em La Paz, em março de 2008, da qual também participou o técnico da seleção argentina, Diego Maradona.
Fonte: Portal Copa 2014
5 de outubro de 2009
Clube de futebol anarquista leva o esporte além de vencer e perder

Essencialmente, o Anarquista Futebol Clube erradicou a hierarquia que normalmente existe nos esportes organizados ao despojar o jogo de suas regras tradicionais. Isso significa sem contagem de placar, limites, capitães, e sem as mãos (epa! Handball é totalmente permitido). Qualquer coisa e qualquer um são permitidos, exceto comportamentos agressivos e más atitudes – as quais Megelas explica você ser capaz de “tirar pessoas fora”. Times são escolhidos usando um sistema de números (1, 2, 1, 2,) e tendem a ser bem flexíveis. Jogadores buscam por pessoas que não estão em seus “times”, e por conta de as pausas para descanso/socialização/Gatorade serem freqüentes, os times tendem a mudar e modificar ao longo da noite.
Embora isso possa parecer apenas diversão, o Anarquista Futebol Clube é retamente atribuído a um conjunto específico de valores. Por utilizar o termo altamente conotativo “anarquista”, o clube politizou o futebol, em reação à discriminação que viam nos esportes, e nos sentimentos divisores que os esportes organizados possam fomentar (exemplo: “amo esse time porque é o meu; odeio tal time por não ser o meu”). Com isso em mente, pessoas aderem ao clube Anarquista porque é um espaço onde sabem que se sentirão seguros e compreendidos. Mais importante, é um espaço onde eles podem realmente se curtir e curtir o futebol sem ter que se preocupar com a desigualdade.
O grupo de Ovidiu inclui dois outros garotos adolescentes e um menino de oito anos, o irmão mais novo de um dos amigos de Ovidiu. Parte da abertura do programa inclui aceitar grupos de todas as idades. Nas noites de quarta, é perfeitamente normal ver pessoas de 15 anos jogando com – nunca contra – pessoas de 50 anos.
Fonte: The McGill Daily/ANA - Agência de Noticias Anarquistas.
11 de agosto de 2009
“Foda-se a Copa do Mundo de 2010”: Futebol para as pessoas, não para o mercado

O torneio de futebol fez parte do Recess: Street Credit, evento cultural e de exibição artística que coincidiu com a reunião anual da “11ª Escola de Inverno do Khanya College”. O evento foi realizado na Rua Henry Nxumalo em Newtown, abaixo da rodovia M1 – somente a poucas centenas de metros de distância da Delegacia Central de Polícia de Johanesburgo – quando ativistas e aficionados futebolistas fecharam a rua com fita plástica e começaram a jogar bola.
De acordo com o chamado para participar no evento, o torneio tinha a “intenção de romper com o fluxo normal do tráfego de veículos motorizados no quarteirão, tomando a rua para finalidades criativas e políticas. Os times foram cuidadosamente selecionados, com uma pequena representação de um extenso corpo social-político de organizações e coletivos”, pretendendo “trazer e juntar uma variedade de ativistas culturais e sociais-políticos, com a intenção de desenvolver trabalhos em rede, engajamento político e diversão”.

Infelizmente nem todos os oito times convidados para participar do acontecimento apareceram, mas o Siyaphambili Youth Project e o time Círculo-A estavam presentes, juntamente com outros dois times.
A atmosfera do torneio era totalmente contra a Copa do Mundo de 2010, que é visto por muitos ativistas como exclusiva aos ricos. O SYP tinha em seu uniforme as letras que compunham a frase “FODA-SE 2010”, que estava pintado nas costas das suas camisetas.
O Círculo-A perdeu de 5 a 3 para um time de jovens boleiros, o quarto e o quinto gol foram marcados nos últimos dois minutos num contra-ataque, quando o time anarquista buscava “desesperadamente” a vitória. O Círculo-A talvez pudesse ter jogado melhor, mas alguns dos craques anarquistas de Soweto que eram aguardados para reforçar o time não puderem comparecer porque não conseguiram levantar a tempo o dinheiro necessário para o transporte.
No final do evento houve um bate-papo para que o torneio se torne o começo de uma liga de futebol “seis de cada lado” do movimento social.
22 de junho de 2009
Manhã de sábado proveitosa para os Sócio-Torcedores

O encontro foi aberto pelo presidente da AAFAC, José Rêgo Filho, que reforçou a necessidade dos sócio-contribuintes corais participarem mais ativamente da vida democrática do clube. Em seguida, o advogado Arthur Ferraz contemplou o público presente com uma brilhante explanação acerca das oportunidades para implantação de um modelo profissional em equipes de futebol no contexto da Lei-Pelé.
O calendário futebolístico exercido pela Federação Cearense de Futebol voltou a ser discutido. Em decorrência da insistência da mentora em descumprir o Estatuto do Torcedor, que garante, no mínimo, 10 meses de competições oficiais para todas as agremiações esportivas, foi deliberado por 29 votos a 1, que a AAFAC tem a obrigação de interpelar judicialmente a FCF.
Assuntos como a readequação dos benefícios e valores das contribuições também entraram em pauta. Por fim, os Sócio-Torcedores presentes reivindicaram junto ao ex-presidente William Braga que provoque o presidente do Conselho Deliberativo, Sr. Vilemar Rodrigues, para uma assembléia geral extraordinária a fim de esclarecer outras importantes questões levantadas no fórum.
12 de junho de 2009
AAFAC realiza Fórum de Debates entre Sócio-Torcedores

A iniciativa visa principalmente a integração democrática dos sócio-contribuintes do clube e a discussão de novas alternativas que garantam um crescimento sustentável ao Ferroviário. Terão acesso ao evento os Sócio-Torcedores em dia com suas contribuições e os orgãos de imprensa.
A realização deste fórum é uma demanda antiga dos Sócio-Torcedores corais, prontamente aceita pela direção da AAFAC. A escolha do local do evento levou em consideração o vínculo histórico que o clube mantém com a Estrada de Ferro.
"O auditório da CBTU estará a disposição dos membros da associação para discutirmos várias questões acerca do nosso querido Ferroviário", garantiu o ex-presidente coral William Braga, um dos maiores entusiastas da idéia.
SERVIÇO:
I Fórum de Sócio-Torcedores do Ferroviário Atlético Clube
Local: Auditório da CBTU - Data: 20/6/2009 - Horário: de 9h às 12h
Endereço: Rua Dr. João Moreira, 555 - Centro - Ao lado da Estação João Felipe
Ponto de Referência: Defronte a Praça da Estação
Observação: Estacionamento interno a disposição dos Sócio-Torcedores