30 de julho de 2011
27 de julho de 2011
Copa para quem? Ato dia 30 de julho.

Copa para quem? Quer pra você? Então diz como!
Carta Aberta à Sociedade, do Comitê Popular da Copa/SP, sobre o processo de organização da Copa do Mundo, a ser realizada no Brasil em 2014.
O futebol deixou de ser uma saudável prática esportiva. No lugar do espírito esportivo, foram impostos à organização desse esporte uma série de interesses econômicos e políticos. Futebol virou mercadoria e sua finalidade o lucro. A entidade máxima do futebol mundial, a FIFA, tem como seu objetivo verdadeiro aumentar seu já milionário patrimônio.
Uma série de escândalos tornou pública a forma corrupta como essa entidade age. É nesse contexto que o Brasil vai sediar a Copa de 2014. Com superpoderes, a FIFA impôs uma série de requisitos para ser cumprido. Essas exigências fazem parte da rentabilidade que a entidade e suas empresas parceiras terão com a realização do evento. Na prática, não deixarão nenhum legado social positivo. Pelo contrário, fatos históricos (África do Sul, entre outros) apontam para outra direção.
Nós, cidadãos e cidadãs, que trabalhamos e pagamos impostos, perguntamos: é justo uma entidade corrupta ditar o quê o país deve fazer? Deve o Estado brasileiro se submeter aos seus ditames? Vale gastar tantos recursos públicos em um evento que dura apenas um mês?
Fica cada vez mais evidente que quem ganhará com a realização da Copa é o setor imobiliário; as incorporadoras e as empreiteiras lucrarão com as obras e serviços a serem realizados e com a especulação imobiliária. Através de seu poder econômico e político, esses setores pressionam o Estado para usufruir enormes somas de dinheiro público em benefício próprio.
Observamos a repetição de histórias trágicas: superfaturamentos; falta de transparência; agressões aos direitos humanos; repressão aos pobres; despejos forçados e desrespeito com a população em geral.
Leia a materia completa
A Copa acelera dois processos já em curso: a repressão aos pobres e aos movimentos populares e a supervalorização fundiária. Isso em todas as cidades-sede da Copa. A Copa não pode servir de pretexto para o aumento de políticas repressivas e contribuir para o agravamento de problemas como o da moradia. Temos problemas sérios como o assassinato de jovens da periferia, principalmente de jovens negros e negras, a violência generalizada contra as mulheres, os/as trabalhadores/as formais e informais e os movimentos sociais. Cabe lembrar que, durante a Copa realizada na África do Sul, houve um grande aumento do tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para a exploração sexual.
A Copa servirá para potencializar ainda mais estas formas de violência? Não podemos deixar que isso ocorra. Desde já denunciamos o turismo sexual em nosso país por causa da Copa.
Não concordamos que, sob o pretexto da realização da Copa, uma série de favorecimentos ocorra por parte do Estado brasileiro, como as licitações obscuras e a privatização dos aeroportos.
Também não queremos que a Copa seja a reprodução do Pan 2007, no Rio de Janeiro. O dinheiro utilizado para a realização daquele evento foi tirado da saúde, da educação, da moradia. Resultado: a falta de recursos provocou o caos nos hospitais, a epidemia de dengue e o desmoronamento de encostas.
No caso da cidade de São Paulo, é mentiroso o argumento de que o Estádio em Itaquera trará benefícios para toda a zona leste. O desenvolvimento da zona leste é obrigação do Estado, uma dívida histórica que este tem em prover saúde, educação, moradia, políticas para a infância e a juventude, desenvolvimento urbano e transporte de qualidade. Essas responsabilidades não devem estar atreladas à Copa, dado os interesses privados que esse evento comporta.
O Estádio é importante, mas é mais do que perverso se apropriar da paixão da torcida para justificar uma obra que só trará lucros a alguns setores; que o empenho para a construção do Estádio seja maior que o empenho para a construção da Universidade Federal da Zona Leste; que seja motivo para construir mais avenidas na região, com o transporte público, inclusive o metrô, já completamente saturado.
Ademais, repudiamos a valorização imobiliária da região e a remoção de comunidades inteiras. A população local deve ter seus direitos respeitados.
O Comitê Popular da Copa/SP é formado por entidades e organizações populares. Como trabalhadores/as organizados/as, temos um projeto de sociedade e de cidade diferente do que está sendo imposto. Não admitimos desrespeito às leis, acordos obscuros e violação aos direitos humanos. Contamos com o apoio de todas as entidades, órgãos da imprensa e setores da população preocupados com os rumos que a organização da Copa está tomando.
Por moradia digna para toda a população!
Por políticas públicas para a população de rua!
Por políticas públicas para a juventude!
Pelo fim de todas as formas de violência e exploração das mulheres!
Pelo fim da violência policial e do genocídio da população negra e pobre!
Por trabalho decente e salário justo!
Pelo fim da perseguição aos trabalhadores informais!
Por educação pública, universal e de qualidade!
Pela universidade pública (UNIFESP - Jacu Pêssego) com cotas sociais e raciais!
Por transporte público, barato e de qualidade para toda a população!
Por saúde pública de qualidade pra toda a população!
Que todos possam usufruir o direito à cidade!
Por uma Copa com verdadeiro legado social!
Pela transparência e acesso à informação!
Pelo fim da elitização do futebol!
Twitter: @CopaPopularSP
21 de julho de 2011
Copa 2014: Eu não vou!
Em troca o povo brasileiro é quem pagará todo o ônus desta festa. A baixo alguns exemplos que ilustram o que estou falando:
VLT: MPF pede suspensão do processo de desapropriações
Faz parte da lista de irregularidades feita pelo procurador a denúncia de que já estavam sendo apresentadas aos moradores impactados com as obras do VLT planilhas que continham os valores de cada imóvel atingido pelo trecho Parangaba-Mucuripe. Segundo o procurador, esta ação só deveria acontecer depois de toda a obra receber a liberação dos órgãos responsáveis, no caso, a Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Semace).
Como agravante, segundo contou Sales, algumas pessoas da região já teriam sido chamadas pelo Governo do Estado do Ceará para negociar o pagamento e a saída de sua propriedade. Ele ainda considerou na ação relatos de moradores que acusam representantes do governo de oferecerem - a partir da planilha e da negociação - preços considerados irrisórios pelos imóveis atingidos, "impossibilitando uma justa indenização, o que consequentemente, impedindo a aquisição de outra moradia digna".
De acordo com Sales, um acompanhamento sistemático do procedimento de desapropriação é feito junto às comunidades afetadas de maneira que novas irregularidades na obra sejam detectadas.
Jogos da Copa do Mundo vão sustar leis de gratuidade e meia-entradaA minuta da Lei Geral da Copa, elaborada pelo Ministério dos Esportes e que agora está em análise na Casa Civil, vai sustar as leis de gratuidade e de meia-entrada vigentes no território nacional para os jogos do campeonato. O argumento é que os preços dos ingressos serão definidos pela Fifa, que terá liberdade de "discutir" eventuais descontos com os estados e cidades-sede. As informações são do Congresso em foco.
Detalhe é que o Ministério dos Esportes é comandado por Orlando Silva, que é, justamente, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Tendo por base os preços cobrados na Copa do ano passado na África do Sul, o povo vai mesmo ficar de fora da festa. Lá, os ingressos variaram de R$ 150 a até R$ 1.500. O valor variou de acordo com a localização do estádio e a importância do jogo.
Essas são apenas algumas das tantas outras falcatruas que serão e estão sendo feitas pelos Cartolas brasileiros junto com o governo federal. A Resistência convoca a todos a debater e lutar contra as ações tomadas pela FIFA/Governo Federal.
16 de agosto de 2010
Bola da Vez: Andrew Jennings
13 de agosto de 2010
O debate dos presidenciáveis no país do futebol

12 de agosto de 2010
Suposto empresário dá golpe e abandona atletas em Itapajé
26 de julho de 2010
16 de julho de 2010
Por dinheiro, Fifa pode mudar calendário para Copa
"Muitos jogadores têm chegado (à Copa) apenas com sua carcaça, sem energia", disse o ex-jogador liberiano George Weah, atual dirigente da Fifa encarregado em dirimir esses problemas. "Isso precisa mudar".
Além do término antecipado dos torneios nacionais, ainda espera-se que a entidade máxima do futebol exija uma semana de folga para todos os jogadores convocados ao mundial.
A medida, contudo, não tem como objetivo apenas a regeneração física dos jogadores. Por trás dela, está a necessidade da Fifa de organizar competição com alto nível técnico, a fim de atrair patrocinadores.
Fonte: Máquina do Esporte.
15 de julho de 2010
Futebol brasileiro à beira do colapso

De lá para cá, estas exibições têm sido raras. Os motivos são diversos. Os mais citados são:
- redução de espaços abertos onde outrora os moleques quase pelados praticavam peladas alimentando enormes celeiros de jovens com alto potencial futebolístico. Estas áreas foram substituídas por escolinhas que em muitos casos inibem a criatividade de alguns promissores adolescentes, obrigando-os a atuarem de forma "burocrática" e previsível.
-elevação do gabarito da preparação física que permite que os defensores rapidamente provoquem trombadas contra os atletas mais técnicos. Sempre é mais fácil destruir do que criar algo elaborado. Fora a brandura das penas
aplicadas.
-árbitros despreparados que não inibem com rigor as jogadas mais violentas. A legislação esportiva oferece muitas brechas para atenuar e perdoar atos violentos dos botinudos. A quantidade de faltas precisa ser reduzida (como no Futsal) para que o jogo possa transcorrer com mais desenvoltura.
-jogadores deslumbrados com a ascensão meteórica se desgastam em noitadas mal dormidas e não rendem o máximo nos dias de jogos onde a exigência de esforço seja maior. Não seguem as normas disciplinares do clube. Total falta de profissionalismo. Os clubes fingem não ver.
-êxodo maciço de nossos melhores jogadores para outros continentes. Nossa desorganização fora das quatro linhas não nos permite montar uma estrutura adequada para concorrer com os poderosos clubes europeus e oferecer condições atrativas para nossos atletas permanecerem aqui. Até a Ásia consegue atrair nossos promissores jovens. Só teremos bons patrocinadores quando a administração for transparente e livre de vaidades. E quando as leis fecharem as brechas que ora existem.
-contratação de jogadores em fim de carreira que os estrangeiros não desejam mais. Estes atletas já realizados financeiramente, retornam por saudade da terra nativa para desfrutar do que melhor temos: mulheres bonitas, praias, sambas, cervejas, recantos bucólicos sem neve e fãs atuantes. Certamente (pois são humanos) não se empenharão da mesma forma que quando estavam no início da carreira. Já não entram nas divididas com o mesmo entusiasmo.
-táticas e estratégias voltadas para a defesa aglomerada em função de regras que não incentivam o ataque constante que fatalmente resulta no que de mais belo e emocionante existe neste esporte: o gol! Jogos terminados em 0 x 0 não deveriam conceder pontos aos dois times! Times que goleiam (mais de três gols de diferença) deveriam ser premiados com ponto extra.
-legislação benevolente com empresários e procuradores que forçam contratações visando apenas seus lucros pessoais. A saúde financeira do clube fica em terceiro plano. Desta forma, os grandes clubes devem até a sede aos cofres públicos. Os clubes menores já não montam mais equipes
capazes de produzir "zebras" que empolgavam nossos campeonatos.
Este conjunto de fatores está afastando os torcedores dos estádios. Aliados a outros de importância semelhante, tais como:
-datas e horários inadequados de jogos. Alguns terminam após 23:55 hs. Fica difícil para quem precisa acordar às 5:00 hs só poder dormir 3 ou 4 horas. Sem contar os regulamentos confusos e ilógicos que às vezes regem os torneios.
-falta de segurança nos estádios e adjacências. Torcidas "organizadas" promovem badernas que espantam famílias. Após 50 metros dos estádios o
torcedor não conta com nenhuma proteção policial para trafegar rumo ao seu lar.
-desconforto dentro e fora dos estádios. Assentos sujos e quebrados. Sinalização e iluminação deficientes. Banheiros sem água, sabão e papel higiênico. Bares com alimentos de origem suspeita. Infiltrações nas coberturas e poucas bilheterias para atender a multidão de compradores de ingressos (mesmo antecipados). Confusão nas ruas próximas e nos estacionamentos irregulares.
-transporte inadequado. Redução dos veículos coletivos após 23:00 hs. Metrô abarrotado e quente. Trajetos equivocados nestes horários.
-custo do espetáculo. Um par de torcedores (em geral pai e filho) consome no mínimo R$ 140,00 (ingresso+transporte+lanche) para assistir a um jogo. O baixo nível salarial de nosso povo não permite esta aventura mais de uma vez por mês. E o padrão dos jogos não motiva a ponto de tanto sacrifício.
-canais fechados para que o clamor público se faça presente. Jamais as sugestões de torcedores (os que pagam) foram coletadas para ajudar na melhora do espetáculo. A mídia pode fazer isto com baixos custos e encaminhar com credibilidade. E cobrar. Todo este pacote de "maldades" contribui para que jogos como Botafogo x Flamengo e Palmeiras x Corinthians tragam menos de 20.000 torcedores para os estádios. Na década de 1980, este número nunca era inferior a 60.000 espectadores.
Como nossa seleção só tem sido formada por atletas que residem fora do país, não temos oportunidade de assistir os melhores em nossos campos, mesmo tendo de superar todos os obstáculos citados acima. Somente assinantes de TV a cabo desfrutam de tais jogos.
Este cenário contribui para uma gradativa redução do entusiasmo dos nossos torcedores. A persistir esta curva descendente, dentro de poucos anos dezenas de profissionais do ramo futebolístico (inclusive jornalistas) perderão espaço para trabalhar.
Esta visão que aqui registramos, deve refletir o sentimento de mais de 90% dos torcedores. Basta efetuar uma rápida (e barata) pesquisa em escala nacional através da mídia para comprovar esta suspeita.
Certamente cada um de nós tem diversas sugestões para minimizar (e eliminar) vários dos problemas que nos incomodam. Apesar de vocês serem especialistas competentes do ramo, com certeza não se furtariam a juntar opiniões de seus seguidores para montar um documento elencando as medidas mais adequadas com tal objetivo. Estas opiniões seriam coletadas por pesquisas simples através de seus canais de comunicação. Sem maiores ônus para gerenciá-las.
Após uma triagem de consenso, o tal documento seria encaminhado a uma comissão (CBF + federações + árbitros + donos de jornais + rádios + TVs + segurança pública + empresas de transporte + câmara legislativa + patrocinadores) para que fosse criada uma cruzada de recuperação da alta qualidade do nosso futebol que sempre nos encantou e que sem dúvida causa inveja e temor aos demais países. Pelas enormes dimensões de nosso território, certamente temos capacidade para montar de três a quatro seleções nacionais superiores a todas as restantes do planeta. E gerar postos de trabalhos e bons lucros.
Algumas medidas poderiam ser convertidas em leis. Outras passariam a fazer parte de uma norma de conduta da CBF. Outras fariam parte de acordos éticos (?) entre os dirigentes sem vaidades (??). Algumas experiências podem ser efetuadas nas categorias sub-17 e feminina com aval da Fifa. Com ajuda dos militantes lúcidos da imprensa, certamente chegaremos a consenso de agrado geral para combater este marasmo que se instalou em nosso esporte preferido e lentamente esfacela nosso entusiasmo.
Dentre as dezenas de questões possíveis a serem coletadas, de imediato (e humildemente) sugerimos a seguinte: a seleção de futebol deve ser convocada seguindo o seguinte critério (podendo mesclar alguns):
a) Apenas jogadores que estejam atuando no Brasil no mínimo por dois anos.
b) Convocar no máximo 25% de "estrangeiros" (a experiência deles lá
fora não deixa de ser útil ao treinador).
c) De forma que a média de idade seja inferior a 25 anos.
d) Que tenham atuado em mais de 80% das partidas da última temporada.
e) Não tenham tido mais de quatro expulsões durante a última temporada.
f) Outra sugestão (descreva em até duas linhas).
Sem mais no momento, despedimo-nos na esperança de que algo de útil possa ser extraído deste resumo e possa auxiliá-los nesta complicada batalha que certamente vai esbarrar em fortes interesses (às vezes escusos) para manter este "caos" dentro de nossas fronteiras. Mas se vocês se unirem e abraçarem esta causa e apoio de ex-atletas que criaram o entusiasmo que ainda nos alimenta, tenham certeza de que o povo os apoiará na pressão que forçará os dirigentes a adotar atitudes saudáveis no sentido de preservar nosso maior patrimônio: o fabuloso futebol brasileiro!
Uma cruzada comandada por jornalistas sérios, competentes e preocupados com o futuro de nosso esporte preferido, com certeza terá sucesso garantido e agradecimento dos fãs do tão decantado "futebol-arte". Além de alargar os horizontes profissionais para diversas categorias.
*Haroldo Pereira Barboza é matemático, analista e poeta, e escreveu o livro "Brinque e Cresça Feliz"
11 de julho de 2010
O futebol como negócio e ideologia

Em um evento de tamanha envergadura, o montante de dinheiro em circulação é vultuoso. A FIFA terá um renda de U$$ 3,5 bilhões no período de 2011-2014 só com a organização da Copa no Brasil. Para ajudar, a FIFA e a rede de TV que terá os direitos de transmissão terão isenção fiscal do Governo Federal. Mais dinheiro público.
Se os jogadores sequer se identificam com o país que juram amar, as empresas que "vivem de futebol" se identificam financeiramente muito bem com o futebol (e com outros esportes também). A região de Sialkot (fronteira do Paquistão com a India) é o local onde se produzem 40 milhões de bolas (costuradas manualmente) todos os anos (em ano de Copa do Mundo esse número sobe 50%) abastecendo parte importante do mercado mundial. Para se ter uma idéia do nível de extração de mais valia, cada trabalhador recebe entre U$$ 0,60 e U$$ 0,75 (Estadão de 21/04/2010) por bola costurada, e em um dia de 8 horas de jornada de trabalho costura-se no máximo seis bolas, com um salário mensal de aproximadamente R$ 205,00. Considerando que cada bola é vendida no mercado europeu por R$ 260,00 podemos fazer rapidamente as contas do tamanho da exploração: uma única bola vendida paga com sobras o salário de um mês de um operário paquistanês. Isso que é mais valia!
Como se vê por esse exemplo, tanto dinheiro na FIFA tem origem: a exploração dos trabalhadores, pois é desse lucro exorbitante que empresas como a Adidas (que é fabricante oficial de bolas para as Copas desde 1970) tiram dinheiro para o pagamento dos patrocínios, propaganda, etc. O capital já tomou conta de todos os eventos esportivos, descaracterizando-os completamente. Se as pessoas querem que seu país seja o campeão, para o capital o que determina se esse evento teve sucesso ou não é o tamanho da lucratividade. O esporte preferido do capital é a exploração.
Fonte: Espaço Socialista.
1 de julho de 2010
Dunga e as estruturas de poder do futebol brasileiro
Carlos Caetano Bledorn Verri atende pela alcunha de Dunga e recebeu uma oportunidade rara sob todos os pontos de vista. Temos de reconhecer que nenhum trabalhador, de ofício algum, seja ele ou ela classista ou arrivista identificado pelo selo de “profissional”, jamais inicia sua trajetória no mundo do trabalho pelo topo e consagração em sua carreira. Nem mesmo os mais críticos contra a marketização, inimigos viscerais da ampliação dos espaços de mercado na sociedade – como este aqui a escrever – vão admitir um neófito dar o primeiro passo a partir do posto máximo imaginável. Dunga, que justiça seja feita mais se parece com o anão zangado, atingiu o topo do mundo sem subir degrau algum. Jamais treinara nem sequer time de futebol de botão (outro patrimônio cultural dos povos brasileiros) e começa a coordenar a seleção mais cultuada do planeta.
A Confederação Brasileira de Futebol é uma entidade privada, supostamente federalista, mas na prática reflete um poder executivo quase imperial de seu presidente. Assim o foi na Era João Havelange (quando ainda havia a CBD), e após o mesmo passara com o almirante Heleno Nunes. Vale observar que este naval fora o “gênio” que forçou o capitão de artilharia do Exército e egresso de sua Escola de Educação Física, Cláudio Coutinho, a deixar o Falcão no Brasil e escalar o volante do São Paulo, Chicão, para a Copa de 1978 na Argentina. Dizem os porões que o volante são paulino era cutuado com um “Deus da Raça” do DOPS. Não me espanta. Seguindo na trajetória da entidade, já como CBF, houve a vexatória dupla de comandantes políticos, Octávio Pinto Guimarães e o então deputado Nabi Abi Chedid; culminando no Reinado de Ricardo Teixeira, o ex-genro (de Havelange). Este operador da Bolsa de Valores, amo e senhor da estrutura máxima do futebol identidade do país, atingiu o poder em 16 de janeiro de 1989.
Já naquele hoje distante primeiro ano à frente da entidade, indicara o ex-preparador físico do Flamengo e recém iniciado treinador de futebol, Sebastião Lazaroni, que recebeu o comando da seleção. Na seqüência, o gênio da CBF queima a carreira de Paulo Roberto Falcão como técnico, colocando-o na fogueira da Copa América do Chile. Neste caso, o de Dunga, o padrão se mantém. Ricardo Teixeira indica alguém com trajetória vencedora dentro das quatro linhas, uma pessoa com a marca da seriedade e empenho no trabalho, mas sem nenhuma experiência prática. Independente de valorarmos ou não o trabalho de Dunga (e me incluo nos críticos), um analista político tem como dever interpretar que fatos assim só ocorrem em organizações quase autocráticas, quando um Executivo “manda prender e manda soltar”, ou “bate, prende e arrebenta”, seguindo apenas os seus próprios critérios. Ou seja, desde que atenda os anseios dos aliados empreendedores econômicos do negócio da bola, o Presidente Imperador faz o que quiser.
Para quem imagina que exagero, basta uma lembrança. Indicar Dunga para a seleção brasileira sem nunca haver treinado nem time de pelada varzeana, é a réplica do padrão do ocorrido na noite anterior da final da Copa do Mundo de 1998 e que resultara na escalação de Ronaldo Nazário fora de toda e qualquer condição de jogo. Posteriormente o fato rendeu, gerando a CPI da Nike e da CBF, cujos relatórios foram velados e o livro escrito por um de seus relatores teve a edição apreendida das livrarias e distribuidoras. A bancada da bola, a cartolagem com mandato federal ou amizades planaltinas, é poderosa. Por estes e outros fatores, seria inimaginável supor que Dunga não tenha (ou tinha) uma boa relação com a diretoria da Confederação em geral e com seu presidente em particular. Este ato, relacionado com o padrão de jogo por ele imposto, mais a pregação da “ideologia da superação” e a abundância de patrocinadores, conforma um cenário perfeito para taxar Dunga e Jorginho de chapas-branca e subordinados.
Não seriam os primeiros tampouco. É o padrão da CBF (como na antiga CBD) e que muito poucos dele discordaram. Um exemplo máximo é o eterno saudoso João Sem Medo Saldanha, alegretense e gaucho sem acento, de outra estirpe, distinta do natural de Ijuí. Ou seja, qualquer pessoa com um mínimo de senso de rebeldia e dignidade, tem razões e motivos para discordar e até antipatizar com Dunga, seus métodos e aliados. O que ninguém esperava era a reação deste treinador para com a emissora líder da TV brasileira.
O entrevero de fundo
Assim como tenho diversos motivos para não suportar o técnico da seleção brasileira (por fatores futebolísticos mais que nada), confesso que me surpreendi com sua reação perante a TV Globo e ao vivo. Explico. Não foi a primeira vez e pelo visto nem será a última situação em que Carlos Caetano colide de fronte com a mídia comercial, oligopolista e corporativa brasileira. No caso dos conglomerados midiáticos nacionais, boa parte de seus funcionários na função de repórteres “apanharam” (na gíria jornalística) em coletivas e demonstraram indignação posterior. O silêncio de sempre vinha da amiga e parceira de Ricardo Teixeira, as Organizações Globo. Não me recordo de um ato de solidariedade desta emissora para com os colegas empregados nas concorrentes. E, grosserias sempre foram manifestadas pela dupla da comissão técnica em posto de comando. Sim, pois além de Dunga, Jorge de Amorim Campos sempre se indigna com as críticas e levanta a voz, repudiando as supostas posturas antipatriotas de coleguinhas da imprensa os atacando.
É preciso tecer algumas considerações:
Ninguém pode ocupar um posto de exposição pública e sentir-se imune às críticas. Assim, quem senta diante de uma roda de repórteres corporativos com um painel de patrocinadores atrás, tem uma previsão de comportamento estudado, trabalhado através de media training e decorando respostas água com açúcar, reforçando o senso comum, condensando idéias de consentimento forçado e ausentando-se de polêmicas. Ao menos nisso, segundo meu ponto de vista, Dunga se porta bem.
Carlos Caetano tem o dever de ouvir opiniões alheias e respeitar todas as formas de críticas. Ao mesmo tempo, não tem nenhuma obrigação de reconhecer um mandato societário da mídia corporativa. Os repórteres falam em nome de suas empresas, seus produtos irão para uma grade montada sobre um modelo de negócios e tudo está entreverado com entretenimento. Já resta pouca ou quase nenhuma vocação de jornalismo como paladino da cidadania na mídia corporativa esportiva brasileira e mundial. A liberdade de imprensa defendida por editores e patrões, é a liberdade de empresa. Quem mais executa a censura são as chefias a mando de anunciantes ou sócios majoritários. Os bastidores do futebol brasileiro revelam um nexo político-financeiro-criminal e até os adolescentes sabem disso. O padrão é o mesmo em poderosas ligas estrangeiras, como a inglesa, onde tem tudo menos capital inglês controlando seus clubes-empresa. Esse é o pano de fundo e é muito mais relevante do que a possível operação pubiana do marido da obispa Caroline Celico, operadora midiático-financeira da “Igreja” Renascer em Cristo no Estado Espanhol, o meio campista Ricardo Izecson dos Santos Leite (Kaká).
Nesse sentido entendo que Dunga está no seu direito, tanto o de reagir como bem quiser (e sentir as conseqüências da ação) diante de provocações de toda ordem. O exercício arbitrário das próprias razões até crime é, mas de peso leve, de tipo crime de honra. Não havendo violência gratuita, ele que reaja como bem entender e que sirva de lição. A gritaria é ampla: “O técnico da seleção não é um modelo de comportamento!”. É verdade; mas a crítica sobre ele se dá na relação de seu temperamento com os anseios de exposição midiática para atender as cotas de patrocínio e a figura de relações públicas que a bola como negócio exige de suas estrelas. Certa vez afirmei serem os boleiros de dimensão internacional uma espécie de commodity que anda, fala e faz besteira com a própria reputação e a alheia. Sob esse ponto de vista, Dunga é um desastre andante e falante. Para mim, nesse item, Carlos Caetano fez um golaço, lavando a alma na peleia simbólica de milhões de brasileiros.
Já da parte da Globo, a irritação tem sua origem na proibição de exclusivas e no fim de privilégios em zonas mistas especiais. Em 2002 a emissora transmitiu a Copa sozinha e no desastre de 2006, teve “concorrência” apenas na TV paga através do Band Sports. Na ocasião, Carlos Caetano era funcionário da família Saad e comentava a Copa da Alemanha para a concorrente da família Marinho. Aprendeu na planície a dureza que é enfrentar uma tropa completa estando em minoria. Deve ter visto poucas e boas também; afinal, estamos na era do jabá eletrônico e das estruturas de poder atravessadas pelo marketing e o comércio de imagens. Sabendo disso, atormentado com as reclamações vindas por cima (entre direções), Dunga se estourou diante da humanidade através das telas de TV.
Além da irritação da TV líder pela perda dos privilégios que sempre tivera, também consta o fato do exagero de treinos fechados. Os repórteres afirmam que assim eles não conseguem produzir “conteúdo” para alimentar as redes. Essa é uma meia verdade. A outra ponta é a captura de imagens das placas dos patrocinadores. Exposição de imagem é a moeda de troca do emprego de dinheiro em troca da estampa das logomarcas nos uniformes de treino e jogo, além das peças publicitárias, utilizadas pelos jogadores da seleção. Sem essa cobertura, Dunga ganha no controle do grupo, mas ao mesmo tempo diminui a satisfação dos aplicadores no seu investimento comum. Por estas duas brigas simultâneas, é do senso comum que o atual treinador tem seus dias contados, tanto diante de uma possível eliminação e mesmo saindo campeão do mundo.
A estrutura de poder do futebol brasileiro passa por quatro patas basilares e não tolera muita divergência. São elas: a geração e venda de imagens (via TV, e recentemente via TV paga, como nos canais Premiere Futebol Clube, pertencente da Globo via cabo e satélite); a negociação de direitos econômicos de jogadores (onde operam investidores e milionários mais reconhecidos, tendo ou não uma empresa laranja à frente, a exemplo da MSI); a negociação de direitos de imagens e publicidade (onde lidera a co-proprietária do futebol nacional, a empresa Traffic de J. Hawilla, patrão de Kleber Leite por exemplo) e; a comandância mais tradicional pela via da cartolagem, como é o caso de Ricardo Teixeira. Nenhuma dessas quatro partes sustenta ou tolera um comportamento independente e autonômico, mesmo que expresse um pensamento conservador e patrioteiro, ainda que tenha a sua imagem vinculada a uma série de patrocinadores de grosso calibre. Uma commodity não pode gerar incerteza no investidor. Dunga gera, e por isso, com o perdão do trocadilho, que ele – ganhando ou perdendo - já era.
Comentário final
Dunga e Jorginho passaram do limite de boa convivência com a mídia corporativa e isto acarreta uma sentença punitiva. Não nos espantemos se estiverem preparando matérias de fôlego, cujas pautas de gaveta já devem inclusive estar prontas, e apontando no lide a fritura do atual técnico da seleção.
Ao mesmo tempo, reafirmo que simpatizar com a atitude de Dunga diante da mídia corporativa não implica uma adesão nem ao seu estilo de jogo (que considero medíocre e medroso) e menos ainda uma defesa de sua permanência no cargo. Isso sim seria misturar futebol com política, elogiando um comportamento rebelde e a partir daí reconhecendo uma suposta expertise como treinador – característica que não reconheço de jeito algum. Podemos e devemos elogiar a conduta diante de um dos poderes de fato do país e não respaldar o desempenho no ofício que exerce. Tal é o caso.
Vejo que o episódio abriu precedente e pode e deve ser repetido sempre que alguém sentir-se acuado diante da indústria da mídia. E, por se tratar de futebol, a incidência e seu efeito didático são imensos. Cabe aos batalhadores da democracia na mídia como dos intérpretes e analistas do oligopólio trabalhar o fato para além do episódico e pontual. Se redescobertas e postas à público, as estruturas do futebol brasileiro são insustentáveis sob nenhum ângulo. Eis um bom momento.
Fonte: Site Estratégia e Análise.
30 de junho de 2010
Anúncio do Pão de Açúcar “elimina” a seleção brasileira

De acordo com o Pão de Açúcar, o erro foi de inteira responsabilidade da Folha de S. Paulo. De acordo com a assessoria da rede de varejo, o jornal reconheceu o erro e informou que se retratará publicamente.
A lambança no departamento comercial da Folha foi além. Foi publicado também um anúncio da rádio Transamérica chamando o jogo de “hoje” entre Brasil e Chile.
14 de junho de 2010
Futebol finta crise.
Há mais de um ano atrás, a 16 de Setembro de 2008, a crise financeira internacional atingia o seu auge com a maior falência da história dos EUA, a do banco Lehman Brothers, um dos pilares da Wall Street. A recessão económica mundial estava definitivamente instalada.
Exatamente um ano depois, a 16 de Setembro de 2009, o mundo centrava a sua atenção na recepção do Inter de Milão ao campeão da Europa, Barcelona, no arranque da fase de grupos da Liga dos Campeões. No estádio Giuzeppe Meazza, 80 mil adeptos enchiam as arquibancadas; nas televisões, centenas de milhões de espectadores dos cinco continentes seguiam as incidências do encontro. No relvado, entre os jogadores das duas equipes, encontravam-se diversos reforços para a nova época, que representaram um investimento conjunto superior a 200 milhões de euros, com destaque para o sueco Zlatan Ibrahimovic que custou 66 milhões ao Barcelona, transferido exatamente do Inter.
Os investimentos dos 20 clubes que mais gastaram em novas contratações para a temporada 2009/10 quase triplicaram em relação a 2008/09, sendo que as “loucuras” cometidas pelo Real Madrid e pelo Manchester City contribuíram grandemente para tal crescimento.
A crise mundial que afeta todos os setores económicos e de atividade, parece não chegar ao futebol. Pelo menos, ao de topo, ou seja, ao patamar mais elevado do futebol europeu de clubes. E a grande questão é: porquê?
Se analisarmos as receitas dos clubes provenientes das quotizações dos seus sócios e da bilheteira não encontramos grandes diferenças relativamente ao tempos anteriores à recessão económica. As assistências nos estádios nas principais ligas europeias mantêm-se estáveis nos últimos anos, acusando até algumas perdas residuais.
A razão para o sucesso relativo do futebol no combate à crise prende-se diretamente com o apetite que o futebol – ou pelo menos os seus melhores produtos, leia-se clubes e competições – continua a despertar nos investidores. Desde logo, esta situação reflete-se no permanente crescimento do valor dos direitos televisivos das principais ligas europeias. Por exemplo, na Inglaterra, os direitos televisivos representam atualmente 60% das receitas dos clubes. Os novos contratos da Premier League com as televisões prevêem qualquer coisa como um valor de 2 237 milhões de euros por três anos (2010/11 a 2012/13), o que constitui um acréscimo na ordem dos 17%. E não se contabiliza aqui a venda dos direitos internacionais que são negociados diretamente com cada país interessado, que podem chegar aos 1000 milhões de euros. Não é por acaso que é já perfeitamente habitual a marcação de jogos da Premier League para a hora de almoço, porque coincide com o horário nobre no Sudeste Asiático. Também se tornou prática habitual as tournées de início de temporada dos grandes clubes pelo Oriente e pelos EUA, mercados em grande expansão para o futebol europeu.
O apetite pelo produto futebol reflete-se igualmente no crescimento das receitas comerciais, de merchandising e publicidade, dos grandes clubes. Também no passado dia 16 de Setembro de 2008, o Liverpool FC anunciou um acordo com o Standard Chartered Bank para o patrocínio da camisa do clube por 91 milhões de euros (nos próximos quatro anos). Um contrato ao nível do existente entre o Manchester United e a Aon, suplantando as parcerias Bayern Munique/T-Home (19 milhões/ano), Real Madrid/Bwin e Juventus/Tamoli (17 milhões/ano).
Bem distante destes números está o futebol português, incapaz de aumentar os investimentos em jogadores, limitado pela incapacidade de atrair mais adeptos aos estádios e de rentabilizar devidamente os direitos televisivos, cujo valor se encontra estagnado há demasiado tempo.
13 de junho de 2010
Salários desestabilizam futebol inglês

"A cada 100 milhões de libras que entram na Premier League [primeira divisão inglesa], 67 milhões de libras são usadas para pagar as contas, isso está alto demais", avalia Dan Jones, editor do estudo anual das finanças no futebol feito pela agência.
O Chelsea desponta no topo da lista de maiores pagamentos, com despesas em torno dos 167 milhões de libras anuais. O Manchester City, por sua vez, viu os gastos subirem de 54 milhões de libras para 83 milhões de libras.
Na última década, a parcela das receitas que vinha sendo redirecionada à folha salarial esteve entre 58% e 63%. "O resultado é uma margem de lucro muito pequena ou até inexistente, com a diminuição no crédito como consequência", afirma Jones.
Tal indicador é considerado um dos principais fatores que fizeram a Premier League ser ultrapassada pela Bundesliga, a elite alemã, como a liga mais lucrativa da Europa.
28 de maio de 2010
Centauro patrocinará juízes brasileiros
A marca dividirá espaço no uniforme com a Penalty, que fornece o material e é também uma patrocinadora oficial. A apresentação do novo uniforme acontecerá ainda nesta semana. No tecido, a tecnologia semelhante à utilizada pelos principais clubes: 100% poliéster super microfibra. O bolso para guardar os cartões será feito a laser, sem apresentar costura. O detalhe final fica no zíper que fecha a gola em 'V'.
A ação é feita em uma parceria entre as duas marcas. Elas já se uniram em ações de marketing por clubes como Vasco, Vitória, Portuguesa e Ceará. A Centauro é a maior rede de lojas de produtos esportivos do país. Recentemente ela se associou à Penalty até para fazer ação pela Copa, em uma promoção chamada "Febre de África", que distribuiu viagens para a Copa do Mundo.
Patrocínio em uniforme de árbitro não pode ser considerado uma novidade. Apesar de não ter ocorrido em competições nacionais ainda, em campos pelo Brasil já é prática comum. Em campeonatos estaduais, as marcas apareceram até onde não deviam, como no calção.
Segundo a Fifa, não há problema na publicidade no uniforme desde que ele fique na manga e não entre em conflito com os patrocinadores dos times em campo. O anúncio não pode ter mais do que 200 cm². Em Pernambuco vê-se um exemplo claro: a Lupo fica no calção do árbitro. Além disso, ela é patrocinadora do Náutico. Ou seja, quebram-se duas regras.
Fonte: Máquina do Esporte.
Fui elogiar, tá ai, mais uma merda que a FIFA apóia.
19 de maio de 2010
Corinthians lança chip de celular

Futebol: esporte popular cada vez mais com o espírito empresarial. Aonde vamos parar? Pois nos bastidores esportivos (e futebolístico) a competição normalmente está vinculada à "política" ou a interesses econômicos.
21 de dezembro de 2009
Os gigantescos times minúsculos do futebol brasileiro
O blog Futebol Caipira noticiou: "Além de perder a base do time titular, a diretoria do Barueri ainda está travando um guerra política com o município de Barueri. O atual prefeito não está disposto a continuar investindo dinheiro no clube. E o impasse pode tirar o time da cidade.
Revoltados com a atitude da prefeitura, a diretoria do Barueri não descarta a possibilidade de abandonar o município e aceitar a proposta de outra cidade para mudar de nome e de região.
O Barueri recebeu uma proposta para se mudar para a cidade de Presidente Prudente, onde mandaria os jogos no estádio Eduardo José Farah, e trocaria o nome de Grêmio Barueri Futebol Ltda para Grêmio Prudentino Futebol Ltda.
Já a prefeitura de Barueri não está preocupada com a troca de sede do Barueri e acena com a possibilidade de montar outro time, o Esporte Clube Barueri, e iniciar na Federação Paulista de Futebol disputando o Campeonato Paulista da Quarta Divisão em 2010."
Sinceramente, eu não sei se rio ou se choro. São os chamados grandes times PEQUENOS, ou mesmo gigantescos times MINÚSCULOS do futebol brasileiro. Identidade, tradição e torcida? Que se danem. O importante é faturar.
Será que aqueles pouquíssimos torcedores que o Barueri tem vão se mudar para Presidente Prudente ou vão passar a torcer o novo time da cidade?
É, mas esse tal time que pode mudar de nome, de cidade e busca o dinheiro público, está na Série A do Brasileiro e com vaga garantida na Copa Sul-Americana, mesmo sem conseguir colocar nem mil e quinhentos torcedores no estádio. Enquanto isso, Ferroviário, Remo, Santa Cruz, Treze e outros tradicionais times do futebol brasileiro, com grandes e apaixonadas torcidas, comem o pão que o diabo amassou.
Postado por Chateaubriand Arrais Filho
30 de novembro de 2009
O neoliberalismo do Fortaleza

O clube mínimo, assim como o Estado mínimo que eles tanto apregoam não deu certo.
No Estado mínimo a população paga, hoje, o descalabro dos serviços públicos serem controlados pelas próprias empresas prestadoras de serviços.
Já no clube mínimo, não existe a mínima possibilidade do craque ganhar o mesmo salário de um jogador mediano.
E o neoliberalismo jogou o Fortaleza na terceira divisão.
Postado por Martins Andrade
5 de novembro de 2009
Crias da base perdem vínculo contratual com o Ferroviário

Os contratos de jogadores como Guto, Leonardo, Diego, Léo Jaime, dentre outros, deveriam vigorar por cerca de mais três anos. Sem nenhuma explicação plausível, todas as crias do clube foram desvinculadas do Ferroviário, tendo ainda que assinar documentos em branco para continuarem suas carreiras em outras equipes.
Na prestação de contas entregue pelo ex-presidente Paulo Wágner Pinheiro ao Conselho Deliberativo, não consta nenhum lançamento de valores oriundos de negociações de jogadores. O fato causou bastante estranheza entre os corais. Entre agosto e outubro desse ano, o número de atletas vinculados ao Ferroviário reduziu de quase 100 jogadores para menos de 20. Nesse contexto, todas as revelações das categorias de base tiveram seus contratos rescindidos.
Os novos diretores do Ferroviário confirmaram o desejo de promover uma ampla auditoria nas contas do clube para que seja feito um levantamento minucioso da situação. Só em termos de passivos judiciais, Vilemar Rodrigues (foto), presidente do Conselho Deliberativo, estima atualmente cifras em torno de 2 milhões de Reais.