15 de junho de 2010

A luta de classes na copa

Polícia reprime trabalhadores sul-africanos

Nem tudo se resume a festa e vuvuzela na Copa do Mundo. Na madrugada desta segunda-feira (horário local), após o jogo Alemanha 4 x 0 Austrália, cerca de mil funcionários do estádio Moses Mabhida, em Durban que reclamavam de salários atrasados e falta de condições de trabalho foram duramente reprimidos pela polícia sul-africana. De acordo com os manifestantes, eles tinham sido contratados por 1.500 rands (a moeda sul-africana, o equivalente a cerca de R$ 350) por dia, mas estavam recebendo apenas 190 rands (R$ 45). O protesto começou no estacionamento, que fica embaixo das arquibancadas, e prosseguiu pelas ruas no entorno do estádio, que ironicamente leva o nome do lendário secretário-geral do Partido Comunista Sul-africano. Como de praxe, a polícia utilizou bombas de efeito moral, balas de borracha e cassetetes para reprimir os manifestantes, que revoltados revidaram com pedras e garrafas. Resultado: dezenas trabalhadores feridos. Mas este não é o primeiro protesto relacionado ao Mundial. Antes mesmo do início da competição, trabalhadores envolvidos nas obras entraram em greve pelas mesmas bandeiras.

Fonte: Blog PSTU na arquibancada

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